O SUL EM CIMA 30 / 2023
QUEL – O que a ancestralidade tem a nos dizer em nossa vivência atual? A questão é ponto de partida de “Quem Dirá”, primeiro álbum da multiartista Quel. Com participações de Laila Garin, Maíra Freitas e Coral Canta Piá, o trabalho combina a voz da jovem cantora com referências ancestrais e atuais de brasilidade, buscando arranjos percussivos, mesmo para os instrumentos harmônicos. Composto por sete faixas autorais, conta com quatro produtores musicais: a pianista Maíra Freitas, o percussionista Guilherme Kastrup, o multi-instrumentista Beto Lemos e Érica de Paula, que além da parceria na produção musical em todas as faixas, faz a direção musical do álbum marcado pela pluralidade estilística dos arranjos. Quel enxerga a música como uma ferramenta de transformação social e tem como referências os trabalhos de nomes como Luedji Luna e Xênia França. Já Elza Soares é uma grande inspiração – Eu acredito que a arte tem o poder de fazer com que as pessoas sintam e consigam transformar a si e ao seu redor a partir desse sentimento. Então, para mim, compor e cantar só fazem sentido se eu tiver algo a dizer e se esse algo tocar alguém. Se uma pessoa se sentir contemplada pela minha arte, consegui cumprir meu propósito… – reflete.
Cantora, compositora e atriz, Quel explora a pluralidade também nas múltiplas possibilidades de fazer a arte. O início da caminhada se deu pela música, aos 13 anos, fazendo aulas de violão e depois, de canto. A partir dali, fez sua estreia como vocalista no grupo “DC3”, onde ficou por três anos até criar outra banda, “Ubatuque”, com os amigos de escola Theo Bial, Pedro Mansur e OgrowBeats. Depois da “Ubatuque”, ela começou a investigar o universo do teatro musical com a companhia “Cine em Canto”. Na mesma época, entrou na universidade e ingressou como vocalista da Bateria da PUC. Em 2019, apresentou-se no festival Rock in Rio com o grupo argentino Fuerza Bruta. Em 2021, teve a oportunidade de explorar suas diferentes facetas no teatro com o musical “Zaquim”, no qual participou como elenco, compositora e instrumentista. Hoje, com o álbum, eu tento juntar cada pedaço de mim que desabrochou nesses trabalhos para compartilhar a pluralidade de fontes que me constituem como artista – destaca. Músicas: 01 – Mensagem – Quel // 02 – Caminho / Seu Zé – Quel // 03 – Presente Azul – Quel e Maíra Freitas // 04 – Água – Theo Bial – part Coral Canta Piá // 05 – Cadê – Quel – part Laila Garin // 06 – Quem Dirá – Quel – part Maíra Freitas // 07 – Asas do Agora – Quel
ANA PAULA DA SILVA – Música, recolhimento, escuta atenta, porção de água de rio cuja superfície parece estar (ou está) imóvel: essa é a denominação de Remanso, novo álbum da cantora e compositora Ana Paula da Silva já disponível em todas as plataformas digitais, contemplado pelo Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) – Mecenato Municipal de Joinville (SC). Sétimo disco de Ana Paula, o primeiro solo, em voz e violão, o trabalho reforça o perfil da catarinense elogiada por ter voz potente e ser uma das mais promissoras do Brasil. Bisneta de negros e de caboclos, Ana Paula utiliza em seu repertório tambores entrelaçados a melodias que contemplam a ancestralidade. Remanso
Ana Paula da Silva é compositora, instrumentista e cantora brasileira. De Joinville, Santa Catarina. Com 27 anos de carreira, lançou sete álbuns Remanso (2023); Raiz Forte (2016); Pé de Crioula (2010); Aos de Casa (2009), Contos em Cantos (2008), Por Causa do Samba (2006) e Canto Negro (2006); um DVD e um Songbook. Seu trabalho musical resultou em alguns prêmios nos últimos anos, como: Prêmio de Melhor Cantora e Autora, Região Sul, pelo Prêmio Profissionais da Música (2023), em Brasília (DF); Melhor Cantora Regional pelo Prêmio da Música Brasileira (2017)/Ano Ney Matogrosso, no Rio de Janeiro (RJ); e como Melhor Artista, no Prêmio Grão de Música, em São Paulo (SP). Além de realizar o trabalho artístico no Brasil e no exterior, há quase 20 anos, Ana Paula da Silva atua como diretora musical de trabalhos autorais e com produção artística. Seu mais recente projeto é como pesquisadora-compositora. É mestra pela Universidade Estadual de Santa Catarina na área de Processos Criativos e é a autora do livro Alma na Voz e Mãos no Tambor, dedicado a práticas musicais da Baía da Babitonga, sua região de nascimento. Músicas do pgm: 01 – Jangada – Gregory Haertel e Ana Paula da Silva // 02 – Lavadeira – Natália Pereira e Ana Paula da Silva – feat Clara C. da Silva (percussão) // 03 – Corrida de Jangada – Edu Lobo e Capinan // 04 – Descabida – Vê Domingos e Ana Paula da Silva – feat Clara C. da Silva (voz e percussão) // 05 – Canto Negro – Ana Paula da Silva // 06 – Aos Pés da Cruz – Marino Pinto e Zé da Zilda // 07 – Orun Ayê – Tatiana Cobbett e Ana Paula da Silva + Poema Remanso: Ana Paula da Silva
Contatos:
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de MONICA TOMASI e DIOGO DARKIE
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos dos artistas do grupo Uma Terra Só (com Bernardo Pellegrini, Dadá Malheiros, Nina Ximenes, Geslaney Brito & Iara Assessú, Marcos Bassul e Divino Arbués)
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar o trabalho de IAN RAMIL e músicas do seu novo álbum Tetein.
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de FLOR GRASSI, GUILHERME SILVEIRA e PAULA SANTORO
Contatos:
Na edição 21 / 2023 de O SUL EM CIMA, vamos mostrar artistas do Grupo Uma Terra Só (Carlos Di Jaguarão & Luiz de Aquino, Célio Cruz, Cláudia Amorim, Richard Mercier, Sulimar Rass e Zé Renato)
CARLOS DI JAGUARÃO e LUIZ DE AQUINO – Luiz de Aquino nasceu em Santos/SP e radicado na França. É violonista, arranjador, produtor musical, editor e interprete. Sua carreira de violonista, o conduziu a inúmeras turnês internacionais pela Europa, Africa e America do Norte. Luiz é membro da Sacem (Sociedade Autoral Francesa) categoria profissional desde 1985, Fundador da Escola de Música Atla (1993), criador da Editora Nova Nota (2009-2017) e Presidente da Editora TBM (Think Brazil Music) Europe desde 2015. Também é criador da Editora CraftTunes – Paris em 2019 e já trabalhou na produção e composição de centenas de obras para o Audiovisual junto a BMG, Universal, etc e diversas músicas para publicidade e produções cinematográficas Francesas e Americanas // Carlos Di Jaguarão, é gaúcho e morador da cidade de Jaguarão, além de poeta, é letrista, roteirista e compositor. Formado em Publicidade e Propaganda pelo curso de Comunicação Social de Pelotas – RS. Começa a escrever aos 18 anos de idade participando de algumas coletâneas e mostras culturais. Tem parcerias musicais com inúmeros artistas como Simone Guimarães, Moacyr Luz, Nilson Chaves, Nelson Angelo, Luiz de Aquino e muitos outros grandes artistas. Em 2022, Luiz de Aquino e Carlos Di Jaguarão lançaram o álbum “Outras Praias”. Músicas: 01 – Omolu Tatá – Luiz de Aquino e Carlos Di Jaguarão – intérprete: Luiz de Aquino // 02 – Coimbra – Luiz de Aquino e Carlos de Jaguarão – intérprete: Luiz de Aquino – Participação: Veronique le Berre
CÉLIO CRUZ – Célio Cruz é compositor e cantor manauara que surgiu no cenário da música brasileira amazonense na maratona dos Festivais da década de 80. Tem dois álbuns solo: “Candeia de Estrelas”, de 95, com arranjos de Ringo Morais, e com patrocínio do Governo do Estado do Amazonas, e “Floresta Minha – coletânea de canções amazônicas”, de 2010, com arranjos de Minni Paulo Medeiros e Humberto Araújo, e com o patrocínio do Banco da Amazônia S/A. Além do trabalho solo, Célio Cruz participou de vários trabalhos coletivos em Manaus e em outros estados brasileiros. O compositor e cantor amazonense se inscreve na música regional amazônica com variedade rítmica e poética, com lirismo e compromisso com a defesa da floresta e da diversidade cultural brasileira, da paz, do amor e da dignidade humana. Músicas: 01 – Candeia de Estrelas – Célio Cruz // 02 – Festa – Célio Cruz e Candinho
CLÁUDIA AMORIM – cantora e produtora cultural do Rio de Janeiro. Claudia começou a cantar ainda menina, com 11 anos, dublando as canções da animação Clube do Mickey, dos Estúdios Disney. A artista soma em sua trajetória três álbuns (Dia Branco, Para Entender as Estrelas e Sede), três singles (This Round is Mine, Não Existe Amor em SP e Eu Só Peço a Deus) e cinco clipes oficiais, tudo disponível na internet e plataformas de streaming. Já cantou ao lado de grandes nomes da MPB, como Geraldo Azevedo, Danilo Caymmi, Quarteto em Cy, Leila Maria, Renato Piau, Lula Ribeiro, Marcelo Caldi, Délia Fischer. Com seus shows percorreu várias cidades brasileiras de Florianópolis ao Cariri no sertão Nordestino. Fez sua primeira turnê internacional em 2013 cantando em Genebra, Stuttgart e Paris. No momento, Claudia dedica-se aos seus dois projetos de show, Claudia Amorim e as Mulheres do Brasil, aprovado na Lei Aldir Blanc. Um repertorio em homenagem às compositoras mulheres brasileiras dos anos 50 para cá e banda exclusivamente feminina. Seu segundo espetáculo chama-se Claudia Amorim e as Cores do Brasil, um apanhado de músicas que cantou ao longo dos últimos anos, mostrando a diversidade da cultura brasileira e das pessoas que trabalham na cena musical atual, buscando prestigiar as minorias. Cores do Brasil é recheado por ritmos afro-brasileiros, sambas e bossas e baladas pop e românticas. Músicas: 01 – Do Brasil – Vander Lee // 02 – Eu só peço a Deus – Leon Gieco – versão em português de Raul Ellwanger
RICHARD MERCIER – Nasceu em 1973 em Vichy, região de Auvergne na França. Começou a estudar saxofone aos oito anos na Escola de Música de Saint Yorre e depois na Escola Nacional de Música de Vichy. Aos 16 anos, em 1989, Richard se muda para Paris. Em 1999 tornou-se titular do DEM JAZZ VOCAL, com medalha de ouro no Conservatório de Música de Metz. Distinção atribuída por unanimidade pelo júri, presidido pela cantora Michelle Hendricks. Richard morou 15 anos no Brasil, em 2010 gravou seu primeiro álbum “7” (Sete) em Belo Horizonte no Estúdio Bemol, com as parcerias de Célio Balona (acordeon), Esdra “Neném” Ferreira (bateria), Yan Vasconcellos (contrabaixo) e Cristiano Caldas (piano). Em 2020, gravou na França seu segundo álbum “Recalculating The Seven” com a parceria do carioca Carlinhos Queiroz no contrabaixo e do indiano Mohamed Zafer no tabla. Atualmente, Richard Mercier está trabalhando em seu terceiro álbum gravado na França e no Brasil com artistas mineiros e cariocas. Músicas do álbum Recalculating The Seven : 01 – Mélopée // 02 -Valse pour Claude
SULIMAR RASS – é músico, compositor, produtor fonográfico e professor de música que reside em Pelotas / RS. É proprietário da Rass Escola de Música, conceituada escola que atua há mais de 20 anos no mercado. É graduado no curso de Tecnologia em Produção Fonográfica da UCPel. Estudou violão erudito na UFPel, onde participou de diversos cursos, workshops e oficinas. Suas produções artísticas incluem o DVD “Sulimar Rass em Estúdio”, que teve ótima repercussão e aceitação de crítica e público. Em 2016 lançou seu primeiro CD “Conclusões Absurdas” e em 2018 conclui a produção de seu mais recente trabalho “Canções Inerentes”. Trata-se de um disco fortemente influenciado pelos ritmos e temas pertinentes a região sul do Brasil, Uruguai e Argentina, com arranjos modernos, com fortes influências jazzísticas e eruditas. Músicas: 01 – Canções Canções // 02 – Todos os Tempos
ZÉ RENATO – o cantor e compositor José Renato Silva Filho, nasceu no Recife em janeiro de 1944. Filho de um locutor e narrador esportivo da Rádio Clube de Pernambuco. Quando Zé Renato completava cinco anos de idade, seu pai recebeu na época, através do diretor artístico da Rádio Nacional, um convite para participar do “cast” da emissora do Rio de Janeiro. Sua família toda migrou para a Cidade Maravilhosa. E foi no Rio de Janeiro que Zé Renato deu os primeiros passos para o mundo da música. Paralelamente ao seu estudo, iniciou na sua juventude, uma carreira um pouco diferente da música, quando se aprofundou no campo do marketing e da propaganda, trabalhando em agencias de publicidade e veículos de comunicação. Em 1967, na era de ouro dos festivais, ele integrou o lendário Grupo Manifesto (65 – 68), do qual também faziam parte os irmãos Fernando e Gracinha Leporace, Augusto Pinheiro, Mariozinho Rocha, Amaury Tristão, Guto Graça Melo, Lucia Helena (mais tarde Lucinha, hoje Lucina), Junaldo Silva e Gutemberg Guarabyra. Grupo a quem Elis Regina havia dado visibilidade ao gravar “Manifesto” (Guto e Mariozinho Rocha) no não menos lendário LP “Dois na Bossa”, com Elis e Jair Rodrigues. Naquele ano, o Grupo Manifesto subiu ao palco do II Festival Internacional da Canção (FIC), da TV Globo, e venceria a competição com “Margarida”, de Gutemberg Nery Guarabyra Filho. Atualmente, Zé Renato continua compondo e realizando shows, além de comandar a Webradio Manifesto em Olinda. Músicas: 01 – Doida Amada – Zé Renato, Sérgio Bittencourt e Gilvandro Filho // 02 – Brilha – Zé Renato e Tibério Gaspar