O SUL EM CIMA 27 / 2023

O SUL EM CIMA 27_2023_Jerônimo Jardim


Nessa edição, o  Programa O Sul em Cima faz uma homenagem ao trabalho do inesquecível Jerônimo Jardim!
 
Jerônimo Osório Moreira Jardim nasceu em 1944 em Jaguarão, mas cresceu em Bagé (RS). Nos anos 1970, mudou-se para Porto Alegre (RS), onde iniciou sua carreira artística. De 1973 a 1977, integrou, juntamente com Ivaldo Roque, Loma, Yoli e Tenison Ramos, o Grupo Pentagrama. Com o conjunto gravou um LP produzido por Ayrton dos Anjos para a gravadora Continental. Em 1978, lançou seu primeiro disco solo “Jerônimo Jardim”, para a recém inaugurada gravadora gaúcha Isaec.
Jerônimo Jardim foi autor de sucessos nacionais como ‘Purpurina’, interpretada  por Lucinha Lins, bela música que venceu em 1981 o festival MPB-Shell e “Moda de Sangue”, de autoria junto a Ivaldo Roque, que se popularizou na voz de Elis Regina e esteve na trilha sonora das novelas “Coração Alado” (1980) e “Torre de Babel” (1998), ambas da Rede Globo. Em 1985, Jerônimo foi responsável por uma das grandes polêmicas da Califórnia da Canção Nativa. Sua música  Astro Haragano foi declarada vencedora do evento, para contrariedade da plateia, que o vaiou. Jardim acabou se retirando dos palcos até meados dos anos 1990, dedicando-se, predominantemente, à publicidade, mas também dando aulas de Direito do Trabalho. A redenção viria em 1996, quando voltou ao festival e, fora da competição, foi ovacionado por mais de 4 mil pessoas ao apresentar a mesma Astro Haragano. 
Artista de longa trajetória e formação ampla, Jerônimo Jardim era bacharel em Direito e foi servidor público do poder judiciário, onde atuou como assessor da ministra Rosa Weber, então presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) e hoje presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ainda teve sólida carreira na publicidade.  Jerônimo lançou os álbuns Jerônimo Jardim, Terceiro Sinal, Digitais, Estação, Quando a noite Vem, De Viva Voz e Singular e Plúrimo de 2015, que ele considerou o melhor disco de sua carreira. Gravado todo ao vivo em estúdio, o álbum possui várias parcerias. 
Os álbuns De Viva Voz e Singular e Plúrimo foram vencedores do Prêmio Açorianos na categoria de Melhor Compositor de MPB.  Também recebeu em 2007, um prêmio Açorianos Especial pelo conjunto da obra.
Autor de três peças para teatro e de cinco livros infantis, Jerônimo Jardim lançou também dois bons romances: In extremis – Na alça da Mira e Serafim de Serafim. 
Em uma das vezes que esteve internado  por conta de problemas decorrentes de uma doença autoimune, Jerônimo Jardim escreveu Frestas, um de seus últimos trabalhos. A letra foi enviada à atriz e cantora Simone Rasslan e a seu marido Álvaro RosaCosta, que musicaram e lançaram a canção no YouTube. Frestas foi escrita em junho, mas é só uma de tantas letras que ele concebeu enquanto recebia cuidados no Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre. Infelizmente, Jerônimo nos deixou em 3 de agosto de 2023, aos 78 anos. Considerado um dos grandes nomes da música popular do sul do Brasil, Jerônimo Jardim teve obras gravadas por diversos intérpretes.
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Músicas: 01 – Côto de Vela – Jerônimo Jardim / Ivaldo Roque (com Grupo Pentagrama) //  02 – Astro Haragano  // 03 – Clara Clareou // 04 – Purpurina – (com Lucinha Lins)  // 05 – Moda de Sangue – Jerônimo Jardim e Ivaldo Roque (com Elis Regina) // 06 – De Viva Voz // 07 – Cartas Digitais – Jerônimo Jardim e Clair Jardim  (músicas 6 e 7 do álbum De Viva Voz) // 08 –  A Voz do Riacho – Jerônimo Jardim – intérpretes: Sexto Sentido Cuba e Jerônimo Jardim // 09 – Janaína –  Luiz Coronel e Jerônimo Jardim – intérpretes: Luiz Coronel, Marcelo Delacroix e Jerônimo Jardim // 10 – El Viento – de Jerônimo Jardim – intérpretes: Telmo Martins (Vocal), Renato Borghetti (gaita-ponto)  e Jerônimo Jardim (músicas 8,9 e 10 – do álbum Singular e Plúrimo) // 11 – Frestas –  Jerônimo Jardim e Álvaro RosaCosta – Piano e voz: Simone Rasslan / Viola caipira e programação: Álvaro RosaCosta 
 
 

 

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