O SUL EM CIMA 03 / 2023

O SUL EM CIMA 03_2023


No programa O SUL EM CIMA dessa semana, vamos mostrar os trabalhos de DUCA LEINDECKER e JORGE HELDER

Duca Leindecker começou sua carreira aos treze anos de idade. De lá para cá construiu uma sólida trajetória como instrumentista, compositor, produtor artístico e escritor. Foi um dos fundadores da banda de rock Bandaliera, com a qual lançou em 1987 o CD “Nosso lado animal” e “Ao Vivo”, em 1991. No ano de 1988 lançou o disco solo “Duca Leindecker”.
No início da década de 1990, a convite de Bob Dylan, fez abertura dos shows do cantor por várias cidades brasileiras. Por essa época, em Porto Alegre, foi um dos fundadores da banda de rock Cidadão Quem com a qual lançou sete CDs. Depois criou o Pouca Vogal (2008 a 2012), ao lado de Humberto Gessinger da banda Engenheiros do Hawaii. Com o projeto, os dois cruzaram o país na tour do CD e DVD gravado ao vivo em Porto Alegre.
Na literatura, em 1999 publicou o livro “A casa da esquina”, no ano de 2002 lançou “A Favor do Vento” e em 2013, lançou seu terceiro livro, O Menino que Pintava Sonhos.
Após as bandas Cidadão Quem, Pouca Vogal e os discos solo “Voz, Violão e Batucada” (2013) e “Plano Aberto” (2015), Duca Leindecker lançou em 2018 o álbum Baixar Armas. O disco é um convite à reflexão sobre a epidemia de ódio e intolerância que assolou o Brasil nos últimos anos. Duca aborda temas difíceis sem deixar de lado seu otimismo e leveza. Em 2020, Duca lançou o EP “Próximo Céu” e também a canção Triângulo que foi gravada com o filho Guilherme Leindecker no baixo. A canção faz parte do projeto Triângulo que também conta com Duca na guitarra e voz e Cláudio Mattos na bateria. 
Músicas: 01 – Rosa dos Ventos – Duca Leindecker, Kleiton Ramil e Kledir Ramil – feat de Kleiton & Kledir (single lançado em dez 2022) // 02 – Iceberg – Duca Leindecker – do CD Voz, Violão e Batucada de 2013 // 03 – Triângulo – Duca Leindecker // 04 – Menina – Duca Leindecker – do álbum Baixar Armas de 2018 // 04 – 0X0 Ñ – Duca Leindecker e Humberto Gessinger – feat Humberto Gessinger – do álbum Baixar Armas // 06 – O Amanhã Colorido (Ao Vivo) – do CD Plano Aberto de 2015
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Jorge Helder – Músico requisitado por grandes nomes da MPB, o artista lançou Caroá, álbum autoral e instrumental.
Na definição do dicionário, o Caroá é um tipo de bromélia de flores vermelhas e rosadas, típica de áreas de Caatinga, cujas folhas fornecem fibra para confecção de barbantes, redes, tecidos e esteiras, entre outras peças. Caroá também é o nome do segundo álbum do músico e compositor Jorge Helder, lançado em novembro de 2022 via Biscoito Fino. Cearense de Fortaleza (radicado no Rio de Janeiro desde 1986), Jorge Helder buscou inspiração em suas origens para batizar o tema que dá nome ao álbum: “Fiz uma grande pesquisa voltada para temáticas especificamente nordestinas, por se tratar de um baião influenciado pelo grande Luiz Gonzaga. A fotógrafa Géssica Amorim, que fez a foto que está na capa do álbum, é pernambucana e me contou que muitas famílias nordestinas, inclusive a de Gonzaga, tiram o seu sustento do Caroá”, pontua Helder. O próprio Luiz Gonzaga compôs “Arrancando Caroá” tema gravado em 1941. 
Aos 60 anos, 40 deles dedicados à música, Jorge Helder é presença constante nos projetos – álbuns e turnês- dos maiores nomes da música brasileira. Dentre os convidados álbum estão Sérgio Santos,  Mônica Salmaso,  Zé Nogueira e Zé Renato. 
‘Quando entrei no estúdio para gravar, ao lado desses músicos incríveis – Chico Pinheiro na guitarra, Hélio Alves no piano, Tutty Moreno na bateria e Marcelo Costa na percussão – aos poucos fui percebendo a necessidade da participação vocal em algumas músicas. Para minha sorte, pude contar com esses grandes cantores e músicos, comemora o baixista. Co  mais de 350 gravações no currículo, em álbuns de outros compositores e intérpretes, Jorge Helder revela em “Caroá” a sua novíssima safra como compositor. 
Músicas:  01 – Caroá // 02 – Santos de Casa – feat Sérgio Santos // 03 – Tutty // 04 – Lugar sem tempo – feat Mônica Salmaso // 05 – Impressão Perfume – feat Zé Nogueira // 06 – Miguilim  – feat Zé Renato 
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O SUL EM CIMA 02 / 2023

o sul em cima 02_2023_Almôndegas

No programa O SUL EM CIMA dessa semana, vamos mostrar o trabalho do grupo ALMÔNDEGAS.

 
ALMÔNDEGAS – Depois de muitos anos de espera, finalmente vai acontecer o aguardado encontro dos integrantes originais do Almôndegas. Gilnei, João Baptista, Kledir, Kleiton, Quico e Zé Flávio se reúnem em um espetáculo inédito para celebrar a banda que é um marco na história da música popular do Rio Grande do Sul e relembrar canções como ‘Vento Negro’, ‘Canção da Meia Noite’, ‘Haragana’, ‘Até não mais’, ‘Sombra Fresca e Rock no Quintal’ e tantas outras. O encontro vai ser no dia 24 de março de 2023 no Auditório Araújo Vianna em Porto Alegre e 25 de março, no Theatro Guarany em Pelotas. 
 
O Almôndegas foi uma das bandas pioneiras em criar uma linguagem particular para a música pop gaúcha. Formado em Porto Alegre, o grupo misturava velhas canções do folclore gaúcho, MPB e rock. O trabalho do Almôndegas virou referência para artistas posteriores do pop rock gaúcho como Thedy Corrêa, Wander Wildner, Duca Leindecker entre outros. 
A banda Almôndegas surgiu oficialmente com a gravação do primeiro LP, em 1975, mas desde quatro anos antes , Kleiton e Kledir, o primo Pery Souza e os amigos Gilnei Silveira e Quico Castro Neves lideravam uma gurizada que se reunia em um apartamento no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, para cantar. Músicos de formação eclética, eles venceram o I Festival Universitário da Canção Catarinense com a música Quadro Negro. Em 1974, realizaram sua primeira gravação: a música Testamento, com letra de José Fogaça, música que virou trilha sonora de um programa (Opinião Jovem) que o próprio Fogaça tinha na Rádio Continental 1120 AM. A mescla de regionalismo com música pop , espécie de marca registrada do Almôndegas, surgiu meio por acaso. Em um show no antigo Encouraçado Butikin, o grupo cantou Amargo, de Lupicínio Rodrigues, e a reação da platéia foi calorosa. Com o aval do público, os músicos passaram a repetir a apresentação em outros shows e levaram a experiência para o primeiro disco. 
O grupo gravou o primeiro LP (‘Almôndegas’), em 1975 (mesmo ano de ‘Aqui’, trabalho que colocou a faixa ‘Canção da Meia-noite’ na novela Saramandaia, da Rede Globo). Em 1977, a banda partiu para o Rio de Janeiro. Kleiton, Kledir e Gilnei levavam outros sonhos na bagagem e contavam com o auxílio precioso dos novos integrantes João Baptista e Zé Flávio. Neste ano, vieram mais dois discos: ‘Gaudêncio Sete Luas’ (na verdade, uma coletânea dos anteriores) e ‘Alhos com Bugalhos’. 
Os registros da carreira do Almôndegas culminou com ‘Circo de Marionetes’, de 1978. No ano seguinte – 1979 – o grupo se desfez. Mesmo iniciando sua carreira no circuito universitário e sendo lançados junto com as sementes do que seria o Rock do Sul, o grupo nunca negou as raízes Rio-grandenses, tanto que participaram, em 1975, da quinta ‘Califórnia da Canção Nativa’, com a música ‘Piquete do Caveira’. 
Depois do final da banda, em 1979, os integrantes continuaram a se encontrar em diversas ocasiões. Em novembro de 1990, quase todos os integrantes de todas as formações se encontraram para uma série de shows na casa noturna de Porto Alegre, L’Atmosphere, para comemorar os 15 anos de surgimento da banda. Contando com Fernando Pezão e Inácio do Canto  e João Baptista. Em 2010, Kleiton & Kledir foram homenageados no Carnaval de Pelotas, o que foi também motivo para o reencontro de ex-integrantes do grupo. 
Músicas: 01 – Sombra Fresca e Rock no quintal – Zé Flávio // 02 – Quadro Negro – Kledir Ramil // 03 – Almôndegas – Gilnei Silveira e Kledir Ramil // 04 – Vento Negro – José Fogaça // 05 – Canção da Meia Noite – Zé Flávio // 06 – Séria Festa – Kleiton Ramil // 07 – Amor Caipira e Trouxa das Minas Gerais – Zé Flávio // 08 – Haragana – Quico Castro Neves // 09 – Em Palpos de Aranha – Zé Flávio // 10 – Feiticeira – Kleiton Ramil e Kledir Ramil // 11 – Mantra – Kleiton Ramil e Zé Flávio // 12 – Androginismo – Kledir Ramil // 13 – Alô, Buenas – Kleiton Ramil // 14 – Circo de Marionetes – Kleiton Ramil e Kledir Ramil
 

O SUL EM CIMA 01 / 2023

O Sul em Cima 01_2023

No programa O Sul em Cima dessa semana, vamos mostrar os trabalhos de Leandro Maia e Rogério Botter Maio. 
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LEANDRO MAIA   é cantor, violonista e compositor.  Possui três discos autorais: Palavreio (2008, produzido por Pedrinho Figueiredo), Mandinho (2012, produzido por Leandro e Luiz Ribeiro) e Suíte Maria Bonita e Outras Veredas (2014, produzido por André Mehmari). Recebeu o 1º Prémio Ibermúsicas de Composición de Canción Popular, concedido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos. Recebeu o Troféu Brasil-Sul de Música como intérprete, melhor projeto visual e melhor disco infantil (para Mandinho). Possui cinco Prêmios Açorianos de Música (Grupo MPB, Revelação, Intérprete, Disco Infantil), um Troféu RBS Cultura e diversas indicações como compositor e melhor espetáculo. Em 2020, lançou o filme “Paisagens”, dirigido por Juliano Ambrosini e Nando Rossa.
Leandro Maia é PhD em Música (Songwriting) pela Bath Spa University, Mestre em Letras (UFRGS) e Licenciado em Música (UFRGS). É professor do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), junto aos Cursos de Bacharelado em Música e Especialização em Artes.
Guaipeca é o single que abre a série de lançamentos do álbum Guaipeca: uma ilusão autobiográfica, quarto disco de Leandro Maia e que terá um total de 12 músicas. Produzido por Luciano Mello, cantor e compositor radicado em Portugal, o registro conta com a participação da atriz Maria Falkembach e do baterista Marcelo Callado. A faixa caracteriza-se como um “punk-rock-de-galpão”, numa canção-manifesto com voz, violão, bateria e megafone.
Guaipeca é como se chama o cachorro vira-lata. Uma palavra de origem indígena, muito utilizada no sul do país para o “cachorro de rua”, “bicho solto”. Guaipeca é avatar, o alter ego, o duplo que Leandro Maia escolheu para contar a sua “ilusão autobiográfica”, que se desenvolve em três eixos narrativos interligados: o amor, o humor e a política (crítica social).
Em Guaipeca, não se trata de louvar o complexo de vira-lata criticado por Nelson Rodrigues, mas de celebrar a vira-latinice do sul global. Guaipeca não tem complexo de vira-lata. A vira-latinice guaipeca descoloniza, ao mesmo tempo em que problematiza identidades e estereótipos. Para o vira-latino, fronteiras não são barreiras ou divisórias, mas superfícies de contato.
Guaipeca é uma reflexão sobre identidade”, conta Leandro. Depois de duas décadas de carreira, o músico sentiu a necessidade de transbordar os limites do corpo e se transformar em som. Juntou tudo o que construiu durante a vida e usou como matéria-prima do disco. O álbum é uma autobiografia, mas ilusória. Todo o exercício de se contar uma biografia é uma ilusão, pois a vida não se encaixa nos trilhos contínuos da narrativa. “A vida não cabe na linearidade, segundo Bourdieu”, explica. Mas se a vida é muito grande para a biografia, ela cabe perfeitamente na arte. Ela encontra na música o espaço para voar livre nas notas, o caminho para seguir sua jornada e a concretude para se tornar eterna.
Para o financiamento do disco em vinil, o autor recebe contribuições em campanha na plataforma Catarse, de 3 de fevereiro  até 04 de Abril. O link para apoiar o projeto é:  www.catarse.me/guaipeca
Músicas:
01 – Guaipeca – Leandro Maia // 02 – Quem Já Viu – Leandro Maia e Ronald Augusto // 03 – Perto de Você – Leandro Maia // 04 – Deus Na Laje – Pablo Lanzoni e Leandro Maia // 05 – Feito São Thomé – Leandro Maia e Jerônimo Jardim // 06 – On The Same Side – Leandro Maia 
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ROGÉRIO BOTTER MAIO – É baixista, compositor, arranjador e produtor musical. Estudou música na Unicamp, na Hochschule Für Musik, em Graz, na Áustria e na Berklee College of Music em Boston.  Viveu 15 anos no exterior, atuando como músico. Em 1989 morou em Roma e, nessa ocasião, atuou como músico em “O Poderoso Chefão III”. Entre 1992 e 1997 viveu em New York, onde tocou com Paquito D’rivera, Lionel Hampton, Cláudio Roditi, Manfredo Fest e Leny Andrade. Gravou com Gerry Mulligan e Jane Duboc, Naná Vasconcelos, Nelson Ayres entre outros. Em 2004 tocou com seu grupo no Indonesia Open Jazz Festival. De volta ao Brasil, dentre outros projetos, tocou com Jovino Santos Neto, Danilo Caymmi, Ná Ozzetti entre outros. 
Rogério Botter Maio lançou os álbuns  ‘Crescendo’ (1996), ‘Aprendiz’ (2000), ‘Prazer da Espera’ (2006), ‘Tudo por um ocaso’ (gravado em 2008), e ‘Sobre o Silêncio’ (2012 – pré indicado ao Prêmio Brasileiro de Música 2013). Nos últimos anos tem estado de volta aos palcos europeus e também ministra seu workshop sobre música brasileira.
O sexto CD de Rogério Botter Maio intitulado ‘Por um Triz’ foi lançado em novembro de 2020 e é seu primeiro trabalho dedicado exclusivamente a canções e conta com convidados especiais como Jane Duboc, Renato Braz, Sérgio Santos, Fátima Guedes, Vanessa Moreno, Ana Paula da Silva e Jazzafari. 
Músicas:
01 – Rendez-Vous – Rogério Botter Maio – part.especial de Jane Duboc e Dario Eskenazi (pianista argentino) – está no CD ‘Crescendo’ // 02 – Aprendiz – Rogério Botter Maio e Silvana Vasconcelos – está no CD ‘Aprendiz’ // 03 – Tudo por um Ocaso – Rogério Botter Maio e Giana Viscardi – part especial de Israel Álvares na gaita cromática – está no CD ‘Tudo Por um Ocaso’ // 04 – Luzes – Rogério Botter Maio – part especiais: Vanessa Moreno (voz) e Hector Costita (sax tenor) – está no CD ‘Por um Triz’  //05 – Ano Novo – Rogério Botter Maio – part especial: Carlos Aguirre (acordeon)  – está no CD ‘Sobre o Silêncio’ 
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