Na festa com Fagner e Zé Ramalho.

O lançamento do “O outro lado de Abbey Road” foi simpático.  Nossa gravação faz parte da Coleção Beatles 69, uma trilogia, e a musica “Every Night” que cantamos está no CD “O outro lado de Abbey Road”.  
Fiquei muito contente de encontrar e conversar com o Fagner que não via há muito tempo. Batemos um papo longo, relembramos coisas dos anos 80, falamos sobre questões atuais da música, e ele acabou contando histórias interessantes do inicio de sua carreira que eu não conhecia. Ele chegou no Rio de Janeiro em 1972 e aí tudo começou realmente para ele quando teve sorte (depois de muita luta em São Paulo e Brasília) em cair nas mãos de Roberto Menescal através de um  gaúcho chamado Sepé (bela coincidência não é?). Assim ele chegou até Nara Leão, Elis e Regina, e outros importantes veículos da arte brasileira naquela época, ficando então conhecido em todo Brasil.  Brinquei com ele que estava em forma, magrinho e mais alto que antes (ironizando pois sempre foi alto) o que o fez rir muito. Aliás eu estava entre gigantes, pois além dele e Kledir, chega depois o Zé Ramalho, mais alto e corpulento ainda (eu com 1m e 75 cm fiquei baixinho perto deles).
Também foi ótimo reencontrar o Zé e ouvi-lo rasgar-se de elogios e sorrisos falando do Autorretrato. Contou que começou a assistir o especial no Canal Brasil e não parou mais. Isso já valeu a noite, porque ouvir elogios vindo desses grandes músicos ( nos dois sentidos) é maravilhoso. 

K&K cantando Beatles

Participamos de um lancamento histórico de 3 CDs  onde vários artistas brasileiros cantam Beatles. Nossa gravação, “Every Night”, está no disco “O outro lado de Abbey Road”. .
O projeto (Coleção Beatles 69) é iniciativa de Marcelo Fróes.
Escutem aqui:

Aline e K&K

Obrigado Aline. Fiquei feliz com o texto a seguir que me foi enviado.

Eu sou Aline, 26 anos sou cantora e chef de cozinha e moro em Brasília. Por incrível que pareça (alguns vão querer me matar hehehe) eu conheço K&K desde julho deste ano mesmo. Pouquinho tempo né? Mas o suficiente para amar as canções que tocam meu coração e alma. Tudo começou quando estava em São Leopoldo-RS visitando um amigo. O frio neste dia estava tão cortante que resolvi almoçar em casa olhando o jornal local. Adivinhem quem estava lá divulgando trabalho novo? Sim, nossa querida dupla de guris. Nunca tinha ouvido falar, mas só o papo e o estilo dos meninos ao conversar com a repórter fez com que eu deixasse a sopa que estava tomando de lado e prestar atenção à entrevista. Já fui com a cara dos meninos…quando começaram a tocar “Autorretrato”, foi paixão a primeira escuta quando terminaram então fiquei extasiada. Quanta criatividade, humor, harmonia e um estilo completamente diferente de fazer música. Fui direto para a internet procurar mais coisas sobre a dupla e providenciar já pelo menos 1 CD. Não os conheço pessoalmente (só conversei pelo chat) e nunca fui à um show, ainda, claro.
Um beijão enorme para todos!!!! Foi bom trocar figurinhas com vcs aqui e no chat, tem que ter mais!

Fátima Regina

Amanhã vamos estar no Teatro Municipal de Niterói como convidados do show de Fátima Regina. Ela tem uma das mais belas e preparadas vozes do Brasil e incluiu duas canções de nosso novo repertório, do Autorretrato, em seu trabalho.

O show começa as 20 hs neste que é um dos mais belos teatros do país, primo irmão do Teatro São Pedro de Porto Alegre.
Quem estiver por perto…

Xodó e a Olina

Participei de um encontro entre amigos para receber ensinamentos sobre alimentação ayurvédica, que se origina da Índia. Esse sistema milenar tem seguidores em todo o mundo e é aplicado tanto em refeições normais como na medicina.
Na parte prática do curso, realizada ontem, o orientador monitorou nosso trabalho na cozinha durante a confecção de alguns pratos. Tudo muito interessante e consumimos alimentos curiosos e de sabor atraente. Porém para mim foi um desastre. Essa noite passei mal. Muito mal mesmo. Os alimentos eram muito picantes e meu intestino entrou em guerra consigo mesmo. Quando despertei no meio da noite percebendo que estava a beira do abismo corri para tomar um pouco de Olina. É um remédio fitoterápico, muito popular no sul do Brasil, feito com Aloe Ferox, Angélica Archangelica e Cinnamomum Zeylanicum. Vinte minutos depois de tomar uma dose, senti que estava saindo do inferno em direção ao paraíso. O enjôo passou e os pensamentos de desespero, que o sofrimento produz, aos poucos foram se acalmando. O sono restaurador voltou e hoje estou aqui sem seqüelas.
Há pouco tempo em uma entrevista em Porto Alegre, comentei que não abro mão da Olina nas viagens que faço. Os produtores enviaram um souvenir com o líquido precioso e uma gentil carta de agradecimento. Mas eu é que sou grato e acho que coisas boas devem ser apoiadas e divulgadas, em todos o setores.
Em Porto Alegre há uma senhora muito amiga de minha família, a Xodó, que é uma pessoa muito boa e profundamente religiosa. Ela me dizia com sua voz calma e texto articulado: “Kleiton, eu gosto tanto de Olina que mesmo quando não estou doente, de vez em quando tomo um pouquinho. Faz um bem…” .

“Santa Xodó, Santa Olina
Assim me protejo dos males da vida”

Com todo o respeito à cultura oriental, viva a nossa e viva a comida caseira.

Reza por nós Xodó!

Nina, quase gente!

A Nina está ótima, casa vez mais humana, hehehe. Ela tem um olhar espetacular. Há pouco ela estava deitada no sofá a meu lado (acho que cães devem viver ao ar livre, mas não sou tão durão assim) com as patas para cima enquanto eu fazia carinho (shiatsu para cães, hihihi) no seu pelo maravilhoso. Fazemos sempre boas caminhadas. Mas ando muito ousado com novas trilhas e na última, por muito pouco não fomos atacados por um enorme cão. O que me salvou foi o Caminho de Santiago. Aprendi que os peregrinos recebem aquele cajado, não por motivos exotéricos, mas sim para espantarem cães ferozes que surgem durante o percurso. Assim, antes de nossa mais recente “peregrinação” peguei no caminho um cajado de terceiro mundo, um cabo de vassoura com um pvc enfiado na ponta e segui confiante o caminho minado de cães. Foi a sorte, pois quando o cão nos atacou, bati fortemente no chão o que o assustou e o fez parar para pensar “que animal mais estranho”. E fomos saindo de fininho enquanto ele espreitava imóvel e enigmático.Fortes emoções. Eu e dona Nina nos caminhos da vida. Andamos juntos muitas vezes por semana. Depende do tempo é claro ( do meu e o da natureza).

Loki e Cartola

Ontem, graças a dica da Sandra, amiga do interior de São Paulo, assisti no Canal Brasil o documentário Loki, sobre Arnaldo Batista e Mutantes. Imperdível. Aliás foi a noite dos documentários porque assisti logo em seguido o do Cartola. Ambos maravilhosos e fundamentais para entender a diversidade e genialidade da arte popular no Brasil.
Que Deus proteja sempre nossos genios!

Marió no Canadá

Fiquei feliz em ver uma amiga feliz.
Ela foi para o Canadá e começa uma nova vida. Sabia que ela andava para aqueles lados e enviei
um sonho para que se divertisse um pouco com minhas molecagens.
Na resposta ela enviou boas notícias, recém casada, fotos e histórias de amigos novos e antigos.
Divido com vocês, na pasta de sonhos, essa história divertida com Marió, em Paris.
Sonhar vale a pena.

Marió em Paris

Rio, 8 de novembro de 2008
Estamos ao ar livre, acompanhados por gente jovem por todos os lados. O ambiente é de descontração e caminhamos conversando tranquilamente, numa passagem que nos leva a entrada de um restaurante ou um prédio qualquer. A turma que está a nossa volta, fica observando-nos. Talvez me conheçam da musica, sejam amigos da Marió, enfim, somos o foco das atenções ali, porém tudo de uma maneira suave e elegante.
Quando chegamos na porta de entrada, bastante alta, de arquitetura sóbria, peço para Marió parar e escutar-me. Quero fazer um agrado a ela de forma bem humorada. As pessoas sabem que sou músico, e revelo que gosto de criar musicas improvisadas para os amigos em determinadas situações, sempre com o intuito do exercício criativo e sobretudo pela diversão, uma brincadeira musical.
Depois de preparar as pessoas para o que vai acontecer, então improviso catarolando e sorrindo:

“Encontrei a Marió
Quando vivia em Paris
Um homem que a amava
Chupou o seu nariz…”

Todos caíram na risada com a rima engraçada e o clima seguiu naquela alegria.
Sentia-me como uma criança fazendo uma poesia de humor rudimentar, mas sem nenhuma maldade.
Não lembro se foi antes da piada ou depois mas em um determinado instante eu estava em suave silêncio, contemplativo, observando seu rosto que irradiava simpatia e otimismo, um momento da mais pura felicidade interior.