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O SUL EM CIMA 41 / 2019

O Sul em Cima  dessa edição mostra os trabalhos de Francis Hime, Dandara Manoela e Fernando Leitzke. 


FRANCIS HIME
O tempo de Francis Hime é hoje! Raros são os artistas que chegam aos 80 anos – idade festejada dia 31 de agosto de 2019, pelo cantor, compositor, pianista, arranjador e maestro carioca – com a obra ainda viçosa, sem precisar se escorar nas conquistas do passado.

Francis Hime assumiu o papel de um dos principais protagonistas da música popular brasileira a partir da primeira metade dos anos 60. Seria impossível escrever a história da música brasileira nas últimas décadas sem dar a Francis Hime um destaque muito especial. No mapa da MPB, todos os afluentes confluem para o talento estuário de Francis Hime.
Tom Jobim é um piano, Caymmi um violão, Vinicius, uma caneta, Noel, um terno branco. Por analogia, Francis Hime é uma orquestra. E uma orquestra sinfônica. Não uma sinfônica convencional, apoiada exclusivamente nas cordas, madeiras e gravatas, mas uma formação enriquecida por metais de gafieira, cavaquinhos de chorões e tamborins de escola de samba. Se a música do Rio é uma fusão – a música de todos os Brasis confluindo para um estúdio onde as águas se misturam e ganham ritmo e densidade – , Francis é a personificação dessa fusão. A todos estes ritmos brasileiros, Francis empresta seu inspirado refinamento e deles toma emprestado a vitalidade e a beleza.
Francis Hime debutou no mercado fonográfico em 1964 como o integrante mais importante do grupo Os Seis em Ponto. Contudo, o compositor somente começou a se mostrar realmente, com toda a plenitude, a partir de 1973, ano do tardio primeiro álbum solo de Francis. 
O artista poderia estar vivendo somente do cancioneiro apresentado nas décadas de 1970 e 1980, anos da harmoniosa parceria com Chico Buarque, desenvolvida de 1972 a 1984. Mas seguiu em frente, abrindo parcerias no século XXI – com Adriana Calcanhotto, Paulinho Moska, com Guinga, Thiago Amud entre outros – e procurando criar sempre, ainda que com fidelidade aos cânones da geração devota do soberano Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) projetada na década de 1960.
Um dos maiores nomes da música brasileira desde que entrou em cena, em 1963, Francis Victor Walter Hime está ancorado no presente.  HOJE , novo álbum de Francis Hime, reúne músicas inéditas e celebra os 80 anos do compositor, com as participações de Adriana Calcanhotto, Chico Buarque, Lenine, Olivia Hime e Sergio Santos. Com 12 faixas, Hoje, traz parcerias de Francis Hime com Geraldo Carneiro, Paulo César Pinheiro, Olivia Hime, Adriana Calcanhotto, Thiago Amud, Herminio Bello de Carvalho, Tiago Torres da Silva, Ana Terra e Silvana Gontijo.
O álbum chegou as lojas em novembro de 2019,  depois de “Navega Ilumina”, lançado em 2014, último de inéditas de Francis Hime que, em 2018, recebeu sua primeira indicação ao Prêmio Jabuti de literatura, na categoria Artes, pelo livro “Trocando em Miúdos – as minhas canções”. O álbum “Hoje” tem direção musical e arranjos de Francis Hime, produção de Olivia Hime e direção de gravação e mixagem de Paulo Aragão, um dos mais destacados arranjadores de sua geração, fundador e integrante do quarteto Maogani de Violões.
Músicas:
01 – MAIS SAGRADO –   Autoria: Francis Hime / Ana Terra    –   intérpretes: Francis Hime e Olívia Hime  //  02 – O TEMPO E A VIDA – Autoria: Francis Hime / Tiago Torres da Silva   – Intérpretes:  Francis Hime e Lenine // 03 – FLORES PRA FICAR – Autoria: Francis Hime / Adriana Calcanhotto – Intérpretes: Francis Hime e Adriana Calcanhotto // 04 – LAURA – Autoria: Francis Hime / Olívia Hime  – Intérpretes: Francis Hime e Chico Buarque  // 05 – JOGO DA VIDA – Autoria: Francis Hime / Silvana Gontijo   – Intérpretes: Francis Hime / Sérgio Santos e Olívia Hime  // 06 – SAMBA DOLENTE – Autoria: Francis Hime / Olívia Hime  – Intérprete: Francis Hime 
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Dandara Manoela 1DANDARA MANOELA 
Dandara Manoela é cantora, compositora e percussionista. Transitando pelo samba e pela MPB, a artista traz à tona lutas e afetos subjetivos que encontram espaço na multidão. Em 2018, a artista lançou seu primeiro álbum, “Retrato Falado”, gravado via financiamento coletivo em Florianópolis (SC). Entre as 12 faixas, estão composições como “Mulher de Luta” e “Dona Georgina”, conhecidas por suas letras potentes. Além do trabalho solo, Dandara integra a banda de samba-reggae Cores de Aidê e a Orquestra Manancial da Alvorada. Em 2017, venceu o Prêmio da Música Catarinense nas categorias melhor cantora e artista revelação com a Orquestra.
MÚSICAS: 01 – Minha Prece // 02 – Cada Lembrança // 03 – Encontros  
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fernando leitzke 1- credito Bidu CampecheFERNANDO LEITZKE 
Fernando Leitzke é pianista e compositor e arranjador. Natural de Pelotas, iniciou seus estudos no conservatório de música de Pelotas onde estudou por 6 anos. Aos 17 anos começou a estudar choro e música brasileira. Aos 21 anos mudou-se para o Rio de Janeiro e tem tocado ao lado de grandes artistas do gênero .
Em 2015 lançou seu primeiro disco chamado “Rios que Navego” com grandes nomes da música instrumental como Oscar Bolão, Guto Wirtti e João Camarero. É um repertório pianístico e percussivo, com composições próprias, além de outros grandes pianistas como Radamés Gnatalli, Tom Jobim e Rubén González além de músicas que vão além da fronteira Brasil, Uruguai e Argentina.
Rios que Navego” faz esta viagem pelo samba, samba canção, candombe, zamba, choro e influências de todos estes rios. Rios que navego é um disco de fronteiras e tradições.
Músicas:  01 – Chaleira Quente – Fernando Leitzke  // 02 – Mundo Melhor – Pixinguinha e Vinícius de Moraes // 03 -Candombe para Gardel – Ruben Rada  // 04 – Descendo o Morro – Tom Jobim e Billy Blanco
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Contatos:
http://francishime.com.br/
https://www.facebook.com/dandaramanoela/
https://www.facebook.com/fernandolpiano/

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