ARAUCANA1

O Sul em Cima 7 – Grupos Araucana e ÁRIA Trio

Parte 1


Parte 2 

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho dos grupos ARAUCANA e ÁRIA TRIO.

GRUPO ARAUCANA

ARAUCANA

A estética da Milonga desconstrutivista

A desconstrução sonora por meio da fusão de vertentes da música latino-americana dá a cara ao som produzido pela Araucana: milonga, MPB, groove, rock, trip-hop misturam-se ao clima de temperaturas amenas do sul do Brasil, o ambiente ideal para as araucárias.

Originário de Caxias do Sul-RS, formado no final de 2016, o grupo passou 2017 produzindo seu primeiro álbum, Espirais em Aquarela, que conta com nove músicas, sendo cinco em português e quatro em espanhol. As letras, escritas por Maurício Kehrwald, tratam sobre existencialismo e o poder do ser humano na autogestão da mente e suas consequências.

A formação conta com integrantes atuantes no circuito musical do Rio Grande do Sul: Nina Fioreze (voz), Carlos Balbinot (guitarra), Rafael De Boni (acordeom), Maurício Kehrwald (violão), Lucas Chini (baixo) e Mateus Mussato (bateria).

O álbum foi lançado nas plataformas digitais em 12 de março de 2018 e está disponível para audição na íntegra.

O lançamento do CD aconteceu dia 25 de março, durante o Festival Brasileiro de Música de Rua, importante e tradicional evento que ocorre anualmente em Caxias do Sul e passa por diversas cidades da Serra Gaúcha.

capa cd ARAUCANA

Conheça os integrantes:

Nina Fioreze é cantora atuante na serra gaúcha e região metropolitana do RS ao lado do cantor William Monteiro. Carlos Balbinot assina a produção musical, guitarras, programações e charango do álbum Espirais em Aquarela. Como músico, atuou em bandas como Grandfúria, Volux e JL. Possui em seu currículo a produção de mais de 50 álbuns, dentre eles, de bandas como Cuscobayo, Grandfúria, Bob Shut, Salve Jurema, e Mindgarden. Rafael De Boni também desenvolve trabalho ao lado do músico Valdir Verona, com indicação ao prêmio Açorianos, além dos grupos CComa, De Boni & Henz e a cantora Tatiéli Bueno. Maurício Kehrwald possui em seu currículo produção musical e letras em trabalhos em Caxias do Sul, além de integrar também o projeto Pachamama Fusion. Lucas Chini gravou com Rafa Schuler, Cockeynne Bluesman, Ana Gazola, e Cia. de Dança Contemporânea Matheus Brusa. Além da Araucana, hoje participa dos projetos Não Alimente Os Animais e Azzy.

Mateus Mussato é também baterista da Mindgarden, vencedora do Prêmio da Música da Serra Gaúcha 2016 nas categorias Melhor Álbum de Rock e Álbum do Ano; Nei Lisboa & Salvagni Big Band, Bibi Jazz Band e Paradise Sessions.

ÁRIA TRIO

Ária Trio 1 foto FotoCine

Grupo instrumental com a rara combinação de piano, violão e harmônica mesclando as influências distintas de cada integrante. Iniciou os trabalhos no ano de 2000 na cidade de Caxias do Sul – RS. Após anos de pesquisa, composições, arranjos e shows com material próprio e releituras, em 2009 lança seu primeiro álbum, “AD LIBITUM”, que foi muito bem recebido e comentado pelo público e crítica especializada. Neste cd o grupo contou com Valdir Verona ao violão e teve a participação do percussionista caxiense Edemur Pereira e da percussionista mineira Rosa Amélia. No ano de 2012, Tomás Savaris assume os violões do trio e a sequência de shows e trabalhos permitiu que o grupo produzisse uma grande quantidade de material inédito. Em 2015 o trio, ainda mais coeso e maduro, lança seu segundo disco “ÁRIA TRIO II” trabalhando a proposta, seguida desde o início do grupo, de que cada membro tenha em suas composições a marca de sua trajetória pessoal. Esmeralda Frizzo (piano) tem a influência do estudo erudito, Tomás Savaris (violão) a força do regional brasileiro e sul-americano e Ricardo Biga por sua vez, a conexão com o blues/rock. Cada qual preserva as características de seu estilo em suas composições, mas abre espaço para que os outros integrantes do grupo coloquem sua musicalidade na interpretação e arranjos fazendo com que o produto final soe realmente único. O disco Ária Trio II contou com a participação do percussionista Marlon Castilhos (Porto Alegre) além do indígena Trio Manari (Pará). O grupo segue apresentando-se, em várias cidades do sul e também em outros estados do país como Pernambuco, Paraná e Minas Gerais.

Integrantes

Esmeralda Frizzo (piano)

Tomás Savaris (violão)

Ricardo Biga (harmônica)

ARIA TRIO 1- foto de Ricardo Fedumenti

Vamos apresentar no programa O SUL EM CIMA, as músicas:

01 – Espirais em Aquarela / 02 – Do Fogo que segue a queimar / 03 – Luz del fuego  / 04 –  Soy humano, Soy dios  / 05 –  Pós-apocalíptica / 06 – Pátria, Pampa y libertad  / 07 – De cada quântico salto  /  08 – Soy Pátria / 09 -Caem gotas multicoloridas do CD Espirais em Aquarela do Grupo Araucana. Todas as letras são de Maurício Alejándro Kehrwald e música de Araucana, com exceção da música Pátria, Pampa y Libertad que tem letra de Maurício Alejándro Kehrwald e música de Rafael Froner e Araucana.

Também vamos apresentar as músicas: 01 – Inesquecible (Esmeralda Frizzo) / 02 – Lucinda (Esmeralda Frizzo), música do CD Ad Libitum (2009)  / 03 –  Manhã Fria (Esmeralda Frizzo) / 04 – Meia Noite no Cais (Ricardo Biga), músicas do CD Ária Trio II de 2015.

Contatos:

ARAUCANA

araucanacxs@gmail.com

fb.com/araucanaoficial

instagram.com/araucanaoficial

ÁRIA TRIO

www.ariatrio.com https://www.facebook.com/ariatriocxs/

Telefone: (54) 3028.1746

festival

O Sul em Cima 04 – Festival Brasileiro de Música de Rua 2018

 

O SUL EM CIMA dessa edição mostra músicas de participantes do Festival Brasileiro de Música de Rua 2018.

 

O Festival Brasileiro de Música de Rua em seu ano 7 coloca a Serra Gaúcha no mapa da Música do Brasil. De 17 à 25 de março, as ruas de Caxias do Sul-RS abriram passagem para a  música latino-americana com artistas do Norte e Nordeste, integrados à artistas do RS e grupos do Chile, México e Uruguai.

 

Esta edição foi dividida em 2 etapas:

17 à 22 de março – Festival Brasileiro de Música de Rua nas ruas de Caxias do Sul.

 

23 à 25 de março – Festival Brasileiro de Música de Rua apresenta palco Fonograma e Incubadora da Música na Universidade de Caxias do Sul.

 

Num total de 09 dias, comunidades, escolas públicas, entidades, ruas, praças e parques, receberam pequenos shows, palestras e exibições de documentários, com o intuito de formação de plateia. Já nos dias 24 e 25 de março, o Festival Brasileiro de Música de Rua instalou o palco Fonograma, com shows ao ar livre  na Universidade de Caxias do Sul.

 

GEORREFERENCIAMENTO

Com a proposta de apresentar um georreferenciamento da Música Brasileira Contemporânea, o FEST RUA aproxima – por exemplo – os consagrados OTTO (pernambucano da cena mangue beat) e Vitor Ramil (cantautor gaúcho) com os grupos caxienses selecionados pelo edital Natura Musica 2017 Catavento e Yangos (nominado ao Grammy 2017).

Aproximando extremos geográficos e musicais do Brasil, o FEST RUA funciona como uma antena captadora da novíssima música brasileira .
VIVER DE MÚSICA

Além dos concertos ao ar livre, são promovidas ações de formação para o “Negócio da Música – Viver de Música”, na qual produtores, patrocinadores, gestores de cultura e artistas se encontram para discutir a profissão, através das palestras e debates da Incubadora da Música.  Para isto, foi convidado o ex-diretor do Centro Cultural São Paulo e produtor musical Pena Schmidt, que carrega em seu currículo trabalhos como Mutantes, Titãs, Hollywood Rock, Free Jazz Festival e o primeiro Rock In Rio. Os encontros aconteceram no Centro de Cultura Ordovás  e na UCS , em Caxias do Sul.

ARTISTAS QUE PARTICIPAM DO FBR 2018

“O RS tem uma dificuldade geográfica em captar aquilo que está acontecendo no Norte e no Nordeste do Brasil. E certamente estas regiões também têm essa dificuldade para acessar a música feita aqui. Um dos principais papéis deste Festival é criar esses canais de transmissão direta. Ter o apoio da Natura Musical e do Governo do Estado do RS são importantíssimos para aproximarmos os extremos do Brasil e movimentar a economia da cultura. ” – afirma Luciano Balen – realizador do evento em conjunto com o Sistema Fecomércio – SESC/RS. Esta é a sétima edição do FEST RUA, que nos anos anteriores contabilizou um público superior a 150 mil pessoas, interagindo com artistas em mais de 400 concertos, 60 oficinas/palestras e outras 160 atividades.
Em 2018, o FESTIVAL conta com o apoio do mais importante financiador da música no Brasil Natura Musical – projeto da Natura Cosméticos que há 12 anos vem salvaguardando a música popular em nosso país. O Festival Brasileiro de Música de Rua é o único festival do Sul do país a obter a chancela deste edital.
Além da Natura Musical e da Universidade de Caxias do Sul, que apresentam esta edição, são apoiadores: Metadados, Focco Sistemas de Gestão, Randon S.A. Implementos e Participações e Pisani Plásticos S.A. O financiamento é da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através do Pró-Cultura RS LIC-RS.

 

As músicas apresentadas no programa O Sul em Cima são:

 

01 – Música:  BALA     –   Artista:  OTTO  (de PE)

de (OTTO / PUPILLO) Esta música está no CD mais recente de 2017 (Ottomatopéia)  – Nascido no agreste pernambucano, o trabalho de Otto é um retrato da cultura brasileira, da nossa capacidade de absorver e digerir diferentes influências para criar algo totalmente novo, rico e diverso. Sua história na música começa na França, onde tocou com músicos do gabarito do trombonista Raul de Souza. De volta ao Brasil, ele participou da primeira formação das bandas Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, com quem lançou os álbuns Samba Esquema Noise, em 1994, e Guentando a Ôia, em 1996. Seu primeiro disco solo, o Samba pra Burro, veio em 1998. Em 2009, lançou o álbum Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, muito elogiado pelos críticos no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.

 

02 – Música:  TAN DISTANTE  DEL SER  –    Artista:   MELANÍ LURASCHI  (Uruguai)

Melaní Luraschi é uma compositora, escritora, cantora e artista de 24 anos. Sua primeira conexão com a arte foi muito pequena através do teatro. Suas canções emergem e nascem com honestidade, refletindo sua vida e suas histórias. Fusiona a raiz folclórica latino-americana com diferentes músicas do mundo. Ela publicou um livro de poesias “Día para pescar un sueño” e um disco “Canto ancestral”. Além de ter visitado países como Chile, Argentina, Peru, Equador, Espanha, França e Polônia.

 

03 – Música:  PELEIA   –  Artista:  Grupo  YANGOS   (de Caxias do Sul)

YANGOS é um dos grupos referência da música instrumental sul-brasileira. Formado pelos músicos César Casara, Cristiano Klein, Rafael Scopel e Tomás Savaris, YANGOS faz da união do piano, percussão, acordeon e violão um encontro potente, adicionando pitadas jazzísticas a milongas, chamamés e chacareras.
Com origem na Serra Gaúcha, o quarteto soma quatro discos e um dvd. Seu mais recente trabalho, CHAMAMÉ, foi nominado à 18.ª Entrega Anual do Latin GRAMMY® – Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras.

 

04 – Música:  MÁGICA ILHA  –   Artista:  Grupo SALVE JUREMA (RS)

Membros: Patric Dias, Eduardo Marcon, Thales Rech e Rafael Grison  –  Salve Jurema EP é o primeiro trabalho da banda. Ele apresenta um som que passa por várias atmosferas, uma mistura de rock and roll e ritmos brasileiros de todo o país.

 

05 – Música:  ESPIRAIS EM AQUARELA    –   Artista: Grupo  ARAUCANA  (Caxias do Sul)

Araucana é fusão. A milonga desconstrutivista é o fio condutor na mistura de vertentes da música latino-americana com groove, rock, trip-hop e o clima de temperaturas amenas do sul do Brasil, o ambiente ideal para as Araucárias. Formado em 2016, o grupo caxiense passou 2017 produzindo o primeiro álbum, intitulado Espirais em Aquarela, que conta com nove músicas. O lançamento oficial do CD ocorre em março, durante o Festival Brasileiro de Música de Rua, importante e tradicional evento que ocorre em diversas cidades da Serra Gaúcha  – Araucana: o grupo é formado por Nina Fioreze (vocal), Carlos Balbinot (guitarra), Rafael De Boni (Acordeon), Maurício Kehrwald (letras e violão), Lucas Chini (baixo) e Mateus Mussato (bateria).

 

06 – Música:  SI TE VOLVIERA A ENCONTRAR  –   Artista:  LAURA MURCIA  (México)

Voz, guitarra, letras: Laura Murcia

 

07 – Música: CIDADE SOLIDÃO   –  Artista:  HIQUE GOMEZ

“Cidade Solidão”  do CD “O TEATRO DO DISCO SOLAR” de  Hique Gomez (1994)

 

08 – Música: LIBRE (MELODIA PARA DON SEGUNDO SOMBRA)  – Artista:  UILIAM MICHELON   (Vacaria / RS)

Uiliam Michelon é músico, acordeonista, arranjador, compositor e professor de acordeon, natural de Vacaria/RS – Brasil. Passou pelas escolas de Acordeon dos professores João Maria Pinheiro da Rosa e Oscar dos Reis, sendo também autodidata. Gravou dois discos com o Grupo Pátria Sulina de Lages/SC e também dois discos com o cantor caxiense Fábio Soares, com o qual atua como acordeonista oficial e diretor musical. Desenvolve ainda um trabalho sério com música instrumental baseado em diversas influências onde as principais residem no Chamamé, no Jazz, no Tango e na música Clássica.

 

09 – Música:  FAROL     –   Artista:  LUCAS ESTRELA  (Pará)

O guitarrista Lucas Estrela, um dos expoentes da música paraense atual, lançou em 2017 seu novo trabalho “Farol”.  Com patrocínio do Natura Musical, apoio da Lei Semear, Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado do Pará, “Farol” traz uma importante marca na renovação da criativa cena local amazônica através da utilização de elementos distintos como tecnoguitarrada e eletrocarimbó, o segundo disco de Lucas (o 1º foi o disco independente Sal ou Moscou de 2016) representa um momento de consolidação do seu estilo de compor. “A base do disco é guitarra, bases eletrônicas e elementos percussivos da música tradicional paraense. Mas outras ideias vão sendo adicionadas a essa fórmula, sempre com a ideia de promover uma aproximação entre a música regional da Amazônia e a música eletrônica global moderna”, revela o compositor.

 

 

10 – Música:  OS DIAS   –  Artista: Grupo VELHO DE GUERRA   (Flores da Cunha / RS)

Aparência bruta, cheiro de terra, som de ferrugem e uma alma verdadeiramente sensível. É Velho de Guerra. A banda, idealizada pelo músico florense GILDO NAIBO, lançou seu primeiro álbum.

Um disco acústico que soa pesado. As músicas carregam a identidade do músico, que escreveu, arranjou e gravou a maioria dos instrumentos. Nas melodias, Naibo encontrou naturalmente um ponto em comum entre o tradicionalismo gaúcho, grunge e folk rock. Entre arranjos vocais para três e quatro vozes, trastejamentos propositais e uma dose de agressividade, a sonoridade é crua e direta. Acordeon e harmônica também marcam presença. Na base rítmica, bumbo leguero, meia lua e chipô.

 

11 – Música:  ACALMA O CORAÇÃO     –   Artista: CUSCOBAYO  (Caxias do Sul)

Cuscobayo é: ALEJANDRO MONTES DE OCA – sopros /  LOURENÇO GOLIN – baixo  / MARCOS SANDOVAL – vocal e cajón   /  RAFAEL CASTILHOS – percussão  /   RAFAEL FRONER – vocal e violão a Cuscobayo surgiu em julho de 2012, em Caxias do Sul e logo se tornou notória pelas suas composições próprias e pelo público seguidor que começou a atrair. Desde então lançou um EP (‘Na Cancha’, 2013) e um disco (‘Cuscobayo’, 2016), chegando a mais de 200 shows por cerca de 50 cidades de 7 estados diferentes, passando por grandes festivais(Bananada, Morrostock, Móveis Convida, inúmeros Grito Rock, Pira Rural, Acid Rock, dentre outros) e também uma recente turnê pela Argentina, no final de 2016. Atualmente a banda colhe os frutos do seu primeiro disco e já trabalha na produção do sucessor.

 

12 – Música:  CAMPOS NEUTRAIS    –  Artista: VITOR RAMIL

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O Sul em Cima 02 – Grupo Mato Grosso

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho do GRUPO MATO GROSSO, em especial músicas do disco BRASILEIRO, lançado em 1989.

Parte 1

Parte 2

 

Grupo Mato Grosso
capaO Mato Grosso foi um grupo que se formou na Europa numa viagem de alguns músicos catarinenses que levaram junto o músico baiano Letieres Leite. Peregrinando por lá, foram parar na Áustria. Alguns desistiram no caminho e retornaram, mas dois músicos do antigo e extinto grupo Engenho (de Santa Catarina) Alisson Mota e Claudio Frazê, mais Letieres Leite  (Bahia) e o percussionista Laurinho Bandeira (também de Florianopolis) fixaram raízes em Viena. Lá, por sugestão de um produtor local, adotaram o nome MATO GROSSO por ser possível de pronunciar na língua alemã, conta Dudu Trentin.

Juntou-se a eles Marcelo Onofri que depois, Dudu Trentin veio a substituir. Porém o  Dudu se afastou um tempo do grupo Mato Grosso e chamou os gaúchos Alegre Corrêa, Ronaldo “Gringo” Saggiorato e Fernando Paiva para formar uma outra banda, a YES BRASIL, mas depois de um tempo, foram todos para o grupo Mato Grosso.

Em 1989, lançaram o disco “Brasileiro” e mais adiante lançaram o CD “Dez Anos”,  que é uma espécie de coletânea, com duas faixas do disco “Brasileiro” (Vamos Lá e Alô Brasil), três inéditas (Santa Marta, Kotô e Moçambique), mais uma faixa com Alegre Corrêa (Essa Canoa), uma com Denise Fontoura (Guerra e Paz), uma com Diana Miranda (Filhas da África) e uma com o grupo Samba do Beko (Ser pai, ser mãe).

A sede do grupo sempre foi Viena – Áustria,  porém a atuação do grupo Mato Grosso se estendia em boa parte da Europa (Austria, Alemanha, Itália e Suiça principalmente).  Na suíça, vivia o produtor do disco BRASILEIRO, chamado URS – ALBERT da empresa Face Music.

O disco Brasileiro foi lançado em 3 versões. Primeiramente em LP, na Europa pela Face Music em 1989, mais tarde lançado em CD na Europa e depois, uma edição americana com outro design de capa.

Os músicos que participaram desse trabalho foram Alegre Corrêa (violão, guitarra), Dudu Trentin (teclados), Marcelo Onofri (piano, vocal), Ronaldo Saggiorato (baixo), Fernando Paiva (bateria), Laurinho Bandeira (percussão) e Cláudio “Frazê” Rodrigues (percussão). Convidadas: Paula Trentin-Jenner e Rita Scodeler (vocal).

Produzido por Cláudio Rodrigues (Mato Grosso) e Urs-Albert (Face Music). Gravado por Uli Bleicher no Estúdio Soundmill em outubro de 1989 – Viena.

Músicos

Sem título

Dudu Trentin:   pianista, tecladista, compositor, arranjador, orquestrador e regente –  de Marau/RS.  Iniciou a carreira artística no final dos anos 1970. Mudou-se, em 1983, para Porto Alegre, onde acompanhou alguns artistas, como Nei Lisboa e Vítor Ramil, além de integrar o grupo instrumental Cheiro de Vida.
Em 1987, foi para Viena, onde estudou no Franz Schubert Konservatoriun e no Konservatoriun Der Stadt Wien. Voltou para o Brasil em 1996. Ao longo de sua carreira, atuou ao lado de vários artistas no Brasil e Europa.

Alegre Corrêa – nasceu em 1960, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Já aos 13 anos de idade – como violonista, cantor, percussionista e compositor – imigrou para a sua residência atual: a música. Em 1989, se mudou para Viena – Áustria, fundando, quatro anos mais tarde, o Alegre Corrêa Sextett, com o qual realizou diversas turnês pela Europa, tocando em importantes espaços culturais como Opera de Viena, Vienna Konzerthaus, Jazzherbst Salzburger.

Como sideman, tocou ao lado de renomados músicos da cena jazzística da Áustria em inúmeras turnês na Alemanha, Suiça, Itália, Hungria, Luxemburgo, Croácia, Eslovênia, Turquia e Israel. Destaque para a Vienna Art Orchestra, onde permaneceu de 2000 a 2006. Em 2005, Alegre Corrêa passou a integrar o The Zawinul Syndicate, liderado pelo lendário tecladista Joe Zawinul (que tocou com Cannonball Adderley, Miles Davis, Weather Report), permanecendo no grupo por dois anos, e realizando turnês e shows por toda a Europa, Estados Unidos, América do Sul e Ásia.

Ronaldo Saggiorato (de Passo Fundo) é uma referência no baixo elétrico de seis cordas. Tocou com nomes de peso e morou muitos anos na Europa. Possui dois CDs de composição gravados e participação em dezenas de CDs com artistas como Renato Borguetti, Letieres Leite, Vitor Ramil, Alegre Corrêa, Dante Ozzetti, Guinha Ramires, Mohamed Mounir, Sandra Pires, Elias Meiri, Timna Brauer, Marcelo Onofri, Alessandro Kramer, entre muitos outros.

Marcelo Onofri  –  Marcelo Onofri nasceu em Teófilo Otoni/MG. Pianista, cantor, compositor, arranjador. Atualmente é professor do Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP, responsável pelas disciplinas Música e Ritmo e Canto para o ator.

Estudou na Escola de Música de Brasília, no Conservatório Carlos Gomes (Campinas, São Paulo) e em seguida cursou composição e regência na UNICAMP, criando nesta época o primeiro Coral Cênico da cidade: Coral Latéx.

Em 1987 mudou-se para Viena (Áustria), onde viveu durante 15 anos. Ingressou no curso de Regência Orquestral na Escola Superior de Música de Viena e realizou vários trabalhos: foi formador do Grupo Brasileiro Mato Grosso, pianista do Libertango Trio (trabalho de releituras da obra do compositor argentino, AstorPiazzola); regeu durante 4 anos o Coral”JedwederKüchenChor”.

Fernando Paiva – Baterista, compositor, arranjador  – De Porto Alegre. / Vive e trabalha em Viena.

Cláudio “Frazê” Rodrigues – De SC  – Fez parte do Grupo Engenho, um dos mais importantes grupos musicais de SC.

Laurinho Bandeira – DE SC – Percussionista

Vamos apresentar no programa O Sul em Cima, as músicas:

Alô Brasil (Dudu Trentin / Nei Lisboa), Vamos Lá (Alegre Corrêa), Cunhataí(Toninho Porto), For All (Marcelo Onofri), Festa na Floresta (Ronaldo Saggiorato / Marcelo Onofri / Laurinho Bandeira), Couvert (Alegre Corrêa / Raul Boeira), Vai Iluminar (Alegre Corrêa), Reza (Marcelo Onofri / Raul Boeira) do disco “Brasileiro” de 1989  e as músicas Kotô  (Alegre Corrêa / Laurinho Bandeira) e Moçambique (Toninho Porto) do CD Mato Grosso “Dez Anos“.

Lara

O Sul Em Cima – Lara Rossato

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da cantora e compositora LARA ROSSATO, em especial músicas de seus álbuns DOCE e MESA PARA DOIS

Parte 1

Parte 2

 

Lara Rossato
Lara_Rossato

Fazer carreira na música era uma realidade distante para a menina criada em uma área rural. Ainda assim, Lara Rossato subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos. E decidiu que ali seria o seu lugar.

Vinda de uma família que vive no interior de Dom Pedrito, seus primeiros anos escolares foram em uma escola na fronteira com o Uruguay, perto da casa de sua mãe, onde ela ouvia no rádio as canções que tocavam naquele pais. Quando se mudou para a área urbana de Dom Pedrito fez amigos ligados à música e subiu ao palco a convite deles para cantar algumas canções.

“Eu era uma criança livre, criativa, desenhava histórias em quadrinhos, dançava, escrevia poemas. Nunca imaginei que iria me apaixonar pela criação de melodias e letras, nunca achei que tinha voz para cantar…”. “Minha primeira vez em um palco foi aterrorizante, minhas mãos tremiam, eu não sentia minhas pernas, mas ao final da canção o pessoal aplaudiu, acho que gostaram (risos) mas eu apesar do medo, senti que já sabia tudo sobre estar no palco, que era algo meu..– Trechos de entrevista para Rádio FM cultura de Porto Alegre.

Depois de se apresentar em diversos lugares em sua cidade natal e região, Lara mudou-se para Pelotas em 2005 para dar continuidade à sua carreira como cantora e compositora, participando de várias bandas e lançando seu primeiro disco demo intitulado “Doce“, um disco com influências mais roqueiras e pitadas latinas, com todas as letras e músicas de sua autoria. Ela comenta que esse disco foi feito com poucos recursos já que na época também trabalhava e estudava.

Em 2012, mudou-se para Porto Alegre sem conhecer ninguém na capital, mas disposta a investir ainda mais na carreira musical.  Enquanto escrevia para seu segundo disco, entrou para o coletivo de compositores ESCUTA – O SOM DO COMPOSITOR (um movimento de artistas que fomentava a cena autoral da cidade). Nesse ano, Lara fez seus primeiros shows na cidade enquanto trabalhava compondo e gravando para produtoras de áudio.

Mesa Para Dois
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Em setembro de 2014 “Mesa para dois” foi lançado na web, com uma sonoridade pop e arranjos orgânicos. Produzido por Guilherme Almeida em São Paulo, o disco gerou ótimas críticas na imprensa, mostrando a evolução pessoal e profissional na vida da artista.

“O álbum mostra uma cantora e compositora de personalidade forte, com letras bem construídas, quase todas de temática romântica. Uma das revelações do pop gaúcho” – Juarez Fonseca, crítico musical e colunista do Jornal Zero Hora.

O disco chegou carregado de letras ligadas à relacionamentos e experiências que viveu, com arranjos que misturam o violão acústico com batidas mais dançantes.  Além das versáteis canções, sua voz também teve um grande destaque.

“Uma linda e multifacetada voz, que pode sussurrar e ser potente com a mesma consistência, sem falar da capacidade de compor coisas simples e belas que soam quase despretensiosas e por isso mesmo tem personalidade e beleza…” – Fabrício Simões, fotógrafo – Velvet Studio.

“Mesa para Dois valoriza a amplitude da voz de Lara, sem deixar que isso se traduza em mera demonstração de técnica vocal, e capricha nos arranjos. São canções com aquela vocação para serem repetidas sem cansar o ouvinte, pelo contrário, tendem a viciá-lo mais e mais na audição, encantando da faxineira ao gerente da empresa. Música pop feita por quem ouviu muito o estilo, e se dedicou a aprender a fazê-lo.”

 Leo Vinhas, jornalista e escritor no blog Scream and Yell.

O disco “Mesa para dois” ganhou menção honrosa pelo site Embrulhador no Prêmio “Melhores da música Brasileira” em 2015 e em outubro do mesmo ano Lara foi escolhida para representar o Brasil no segundo maior festival da América Latina: o Festival Internacional de la canción de Punta del Este, no Uruguay. Na volta para o Brasil, Lara foi convidada para fazer parte do selo Loop Discos, após Edu Santos (produtor e sócio fundador do selo) assistir um vídeo seu na internet, interpretando “Julho de 2013”, single do seu novo disco.

Em fevereiro de 2016, ela tocou com sua banda no popular bar Opinião em Porto Alegre junto com colegas do selo Loop Discos. Após esse show Lara recebeu vários convites, sendo um deles para tocar no “Sunset Beira Rio” antes do show da banda Rolling Stones. Ainda nesse mesmo ano Lara foi destaque na conceituada revista “Donna” do jornal Zero Hora, sendo indicada como uma das representantes das novas vozes do Rio Grande do sul junto com outras quatro cantoras.  Em agosto, ganhou o troféu de melhor intérprete no 6º Festival de música da Juventude de Porto Alegre e foi homenageada em sua cidade natal ganhando o título de Cidadã Ilustre pelos feitos conquistados em sua ainda curta carreira. Em 2017 Lara foi convidada para cantar na Festa Nacional da Música e no 9º Festival de Inverno de Porto Alegre.

Como compositora, Lara Rossato se destaca assinando músicas que fez para vídeos promocionais de grandes marcas nacionais.

Ela também atuou como diretora de fotografia e roteirista em alguns videoclipes próprios e de outros artistas.

Atualmente ela está se preparando para o lançamento de um novo material discográfico sem data prevista.

Contatos:
https://www.facebook.com/LaRossato/
https://www.lararossato.com/

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O Sul em Cima – Evandro Vedovelli

O programa O Sul em Cima traz uma entrevista com Evandro Vedovelli e mostra em especial as músicas do seu novo disco Camaleão.

PROGRAMA 1, PARTE 1:

PROGRAMA 1, PARTE 2:

PROGRAMA 2, PARTE 1

PROGRAMA 2, PARTE 2

 

EVANDRO VEDOVELLI

01

Nascido em Farroupilha, em 1989, o cantor e compositor Evandro Vedovelli chama atenção por onde canta suas músicas. Harmonias caprichadas e belas melodias acompanham letras que traduzem o ser humano, o cotidiano, e o amor, sem criar nem repetir clichês.

Na música do compositor, a leveza e a beleza da música brasileira se misturam com o swing da música negra e com o charme dos ritmos latinos e do jazz, criando uma atmosfera diferenciada. Suas interpretações calmas e energéticas, soltas e minimalistas, fazem de Evandro um artista único e diferenciado, que tem na arte, o dom de agradar aos mais variados públicos, que apreciam a sua simplicidade moderna.

Atualmente o músico vive no Rio de Janeiro e já coleciona participações com vários nomes da música, incluindo com o cantor Jack Johnson. ambos cantaram juntos em um evento social no Rio de Janeiro. Também já cantou ao lado da banda Cachorro Grande, de Rafael Malenotti, vocalista da Acústicos e Valvulados, e do músico e compositor Otto. Tem músicas compostas em parceria com Kleiton Ramil, da dupla Kleiton & Kledir, e já se apresentou com Nei Lisboa em um show onde foi responsável pelo arranjo de três músicas do interprete.

As músicas do compositor já foram premiadas em festivais como o festival Som Léo, de São Leopoldo, e o festival SESI descobrindo talentos, da serra gaúcha. O músico já teve trabalhos de sua autoria executados em rádios como a Pop Rock, Ipanema, Rádio USP, Roquete Pinto/RJ, entre outras. Evandro tem um disco lançado como vocalista da banda Jacarandá. E está lançando o segundo disco “CAMALEÃO”, que tem a produção musical do cantor e compositor Kleiton Ramil, e arranjos do maestro Dudu Trentin.

CAMALEÃO: AS MUITAS CORES DO CD DE VEDOVELLI

Um disco autoral, que marca o voo solo de um artista que teve passagens por várias bandas em sua carreira. Assim é Camaleão, CD de Vedovelli que chega às plataformas digitais e física via Biscoito Fino. “O disco tem esse título por conta da capacidade que eu tenho de me adaptar a diferentes situações, mas sem perder as características, as bases de quem eu sou em minha essência. E tudo isso tento traduzir da forma artística de que mais gosto, que é a música”, define o cantor e compositor gaúcho.

O CD teve produção artística de Kleiton Ramil, com arranjos de Dudu Trentin, e Vedovelli conta que houve uma sintonia imediata entre ele, Kleiton e Henry Lichtmann, produtor executivo do CD. “Quando chegou a hora de montar o repertório do disco, pegamos todas as músicas que eu havia pré-selecionado para o trabalho e selecionamos 10 delas, uma a uma. Casualmente também acabou sendo a escolha do Kleiton e do Henry, que foram os curadores do repertório junto comigo”. E o que está no repertório? “São músicas que eu escrevi durante a minha vida. Coisas que guardei para mim,  que não foram parte do repertório de antigos trabalhos com bandas e artistas”, revela.

Na hora de definir as influências de seu trabalho, Vedovelli não poupa referências: “Como qualquer pessoa nascida no final dos 80 e começo dos 90, minha música é influenciada pelo orgânico e analógico do mundo onde cresci e me desenvolvi até perto da adolescência, junto com a mistura do eletrônico e das tecnologias que surgiram com força na época da minha adolescência e juventude.”Nesse calderão, entram influências das mais variadas: Gilberto Gil, Red Hot ChiliPepppers, John Frusciante, Jorge Drexler, Novos Baianos, Chet Faker, Phoenix, Damian Rice, Caetano Veloso, Jack Johnson, Milton Nascimento.

Além da música, Vedovelli também cuida da identidade visual de seu CD: “Um amigo no Camboja me mostrou fotos do Festival Holi na Índia, e eu adorei a ideia de ter as cores na pele”. E completa: “Eu quis trazer isso para a arte do disco, como se cada música fosse uma cor, uma experiência, uma recordação que pintou a minha essência. Por isso a nuvens de cores na capa, e o título de Camaleão para o CD.”

CD Camaleão

Guitarra, violão, ukulele, teclado, programação: Vedovelli

Guitarra: Felipe Melanio

Baixo: Viny Melanio

Bateria: Heitor Lima

Teclados e programações: Dudu Trentin

Todas as composições de Vedovelli.

O Sul em Cima vai mostrar em dois programas, uma entrevista e músicas dos álbuns Camaleão de Evandro Vedovelli e músicas da banda Jacarandá.

Contato:

https://www.facebook.com/evandro.vedovelli

VÍDEO: Vedovelli – “Sou” – Camaleão (Clipe Oficial)

Gastão villeroy _ foto de marcos hermes

O Sul em Cima – Gastão Villeroy

O Programa O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de  GASTÃO VILLEROY, em especial músicas de seu CD “AMAZÔNIA, AMAZÔNIA”.

Depois de anos tocando e gravando com artistas brasileiros e estrangeiros de renome, finalmente o baixista gaúcho, nascido em São Gabriel/RS GASTÃO VILLEROY estreia em disco solo.

Com a presença de Lenine, Maria Gadú, Milton “Bituca” Nascimento, Seu Jorge, Samuel Rosa, Chico Chico, Antonio Birabent e Kika Werner, o instrumentista internacional, Gastão, faz do seu primeiro álbum uma amazônia de sentidos. Com músicas que vão do mais profundo instrumental com batidas de jazz e referências latinas, caminhando pelo samba e chegando até à bossa nova, somos convidados a desbravar o que as raízes brasileiras e as tendências contemporâneas tem de melhor: a capacidade de nos fazer viajar. O resultado de toda essa pluralidade resulta na união que torna tudo singularmente familiar.

Em “Amazônia, Amazônia”, Gastão mostra como a música do sul marcou sua carreira: “Recebi muita carga da música dos pampas, onde nasci. Mesmo nos sambas e músicas com sotaque nordestino é visível a influência dos ritmos gaúchos. Lenine, que divide a faixa ‘Rio Seco’ comigo, costuma dizer que esta composição é uma ‘milonga-maracatu’ “, conta Villeroy.

Sobre Gastão Villeroy

Gastão Villeroy é baixista, compositor e cantor, nascido em São Gabriel, RS. Começou sua carreira musical em Porto Alegre, para onde se mudou aos 9 anos de idade. Cresceu ouvindo as músicas que seu pai, Gil Villeroy, pianista amador e assíduo compositor, tocava ao piano e violão, ou colocava na vitrola. Ouviam de Tom Jobim a Bach, de Frank Sinatra a Beatles.

Aos 17 anos Gastão foi baterista da banda de rock progressivo “A Mursa”, com seus dois irmãos e mais dois amigos. Em Porto Alegre, estudou com Everson Vargas e Ary Piassarolo e teve a oportunidade de tocar com alguns dos principais artistas gaúchos, dentre os quais seu irmão Antonio Villeroy, com quem tem uma parceria até os dias de hoje, em discos, dvd e canções. Com 27 anos mudou para o Rio de Janeiro onde aprofundou seus estudos. Estudou baixo elétrico, com Jorge Helder e Iuri Popov, baixo acústico com Dener Campolina e Harmonia, com o mestre húngaro Ian Guest. Desde então, teve a oportunidade de tocar com diversos artistas, do samba ao rock, do forró ao erudito, do brega ao jazz. “Foi a escola que a vida me proporcionou, com muito orgulho” diz Gastão.

Gravou com Dione Warwick, Tim Reies ( saxofonista dos Rolling Stones ), com o cantor colombiano Stéfano. Tocou com as cantoras portuguesas Carminho e Marisa, com o Argentino Fito Paes, o uruguayo Rubem Rada e o congolês Lokua Kanza. Na MPB e no jazz, teve a oportunidade de dividir o palco com Adriana Calcanhoto, Gal Costa, Caetano Veloso, João Bosco, Lenine, Lô Borges, Toninho Horta, Beto Guedes, Tim Maia, Sandy, Carlinhos Brown, Maria Rita, João Donato, Ana Carolina, Baby do Brasil, Moraes Moreira, Sargenteli, Luis Airão, Banda Zero, Nando Reis, Alceu Valença, Dominguinhos, João Carlos Martins, Kátia, Sidney Magal, Wayne Shorter, Ron Carter e muitos outros.

Em 2001, comecou a tocar com Milton Nascimento, com quem gravou 3 álbuns e 2 dvds e com quem trabalha até os dias de hoje. “Foi Milton que me viu cantando, testando seu microfone, em uma passagem de som, na Itália, na primeira tour que fizemos à Europa. Bituca disse que eu cantaria Morro Velho com ele naquela mesma noite. Anos depois, o mesmo Milton me convidou a dividir, com ele, uma faixa em um disco que saiu somente na Inglaterra, para a revista seleções. Estava dado o start na minha carreira de cantor, algo inusitado para mim, até então.Em 2009 comecei a tocar com a cantora Maria Gadu, com quem gravei 1 disco e 1 dvd. Viajamos pelo Brasil inteiro, Europa, EUA e África, durante 6 anos. Gadu sempre me deu espaço para que cantasse nos shows, invariavelmente dividindo os vocais com ela, ora em sua composição “Laranja”, ora em “Maria Solidária” de Milton e Fernando Brant. Gadu e Bituca são alguns dos responsáveis pela minha decisão de gravar um disco com minhas músicas, além de minha família, especialmente à Kika Werner, que esteve ao meu lado quando compus a maioria das canções e sempre apoiou esse projeto” conta Gastão.

 

Vamos ouvir no programa, as músicas:

Caballito,

Rio Seco (part. Lenine);

Amazônia, Amazônia (part. Maria Gadu);

Ismália (part. Milton Nascimento);

Ilusionado (part. Antonio Birabent);

Buscando Tu Amor (part. Chico Chico);

Casamenteiro (part. Seu Jorge);

Na Picada da Maré (part. Samuel Rosa);

It Would Never Be Enough (part. Kika Werner);

Pampa Andaluz.

 

PARTE 1

 

PARTE 2

purahéi trio

O Sul em Cima – PURAHÉI TRIO

O SUL EM CIMA nº 1 de 2017 é dedicado ao grupo PURAHÉI TRIO, formado por ROMY MARTÍNEZ (Paraguai), CHUNGO ROY (Argentina) E MAIARA MORAES (Brasil).

Depois do primeiro disco do grupo (Paraguay Purahei), que foi um trabalho feito usando o cancioneiro paraguaio como matéria prima, este projeto propõe a partida de seu ponto de origem em direção a novas paisagens. Percorrendo os caminhos dos rios, desde a foz até o encontro com o mar, a poética que percorre todo o imaginário deste trajeto é construída em torno do da água. Água como caminho. Água como modo de sobrevivência. Água como o tempo que passa.

E ao fim da jornada que se empreende chegam novas paisagens, novas perspectivas, mas chega também a saudade, a nostalgia. Se recriam as imagens de um passado idealizado, vivido ou não, as lembranças e os sentimentos da infância, da família, do povoado, da terra. As idealizações de um Brasil profundo que, mesmo quem não o viveu, carrega consigo, quem sabe através de uma memória coletiva, compartilhada.

O projeto foi selecionado no primeiro lugar do Prêmio da Música Catarinense/Edital Elisabete Anderle 2014, e tem como ponto de partida pesquisar as músicas de uma região que pouco se conhece e que pouco lugar tem nas projeções do que seria a identidade cultural brasileira. É uma região muito ampla, as fronteiras que o Brasil possui com dois países: Paraguai e Argentina, ou seja, os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. E embora tenha tido uma produção cultural – aqui falamos de música – que foi extremamente popular em diversos momentos da história da música brasileira, pouco é reconhecida como representante de uma brasilidade.

Longe dos estereótipos do carnaval, do samba, do país tropical, esta música e sua poética estão ligadas às imagens calmas do pampa e da margem do rio, usa palavras e expressões que vêm do espanhol, do guarani, toma forma através de gêneros como a guarânia, o chamamé e a milonga. Todas essas formas de expressão que são tão paraguaias e argentinas, quanto brasileiras.

Assim foi escolhido e arranjado o repertório. Contemplando diversos gêneros, regiões, compositores contemporâneos e tradicionais, a temática que unifica as canções escolhidas é o cantar desta terra através das letras e das formas musicais. Os arranjos buscam ressignificar e renovar este repertório por vezes esquecido dentro do cancioneiro da música popular brasileira.

Alguns clássicos da música mato-grossense receberam novas versões, como Tocando em Frente e Sonhos Guaranis. Paulo Simões, co-autor de Sonhos Guaranis, ao ouvir a versão em guarani e a gravação de sua canção feita pelo trio, disse: “Romy, fiquei emocionado em dobro, ouvindo seu belo trabalho (e de seus companheiros) e, em seguida, lendo suas palavras tocantes (referindo-se à versão). Realmente, às vezes, compor canções pode valer muito a pena”. Outra música muito conhecida que recebeu novo arranjo foi Tristeza do Jeca, ressaltando a forte influência que a música caipira (e brasileira de uma forma geral) recebeu da música latino-americana e paraguaia, mais especificamente.

PURAHEI TRIO

Maiara Moraes é flautista. Sua formação começou em Florianópolis – cidade onde cresceu – e passou pelo Conservatório de Tatuí, EMESP (SP), Escola Municipal de São Paulo, professores particulares em Buenos Aires e São Paulo. Sempre se dedicou ao estudo da música popular latino-americana, especialmente a brasileira,com foco na interpretação e improvisação dentro dos gêneros. Atualmente participa de diversos grupos de forró, samba, choro e música instrumental, além de ser mestranda em música na UNICAMP, onde, sob orientação do Prof. Dr. Rafael dos Santos, realiza uma pesquisa sobre o grande flautista Copinha, falecido em 1984.

Chungo Roy é pianista, arranjador e compositor, nascido na cidade de Posadas (Misiones/AR). Desde 1999 reside em Buenos Aires onde se apresentou ao lado dos músicos mais importantes da cena musical de Buenos Aires e Montevideo como Rubén Rada, Pipi Piazzolla, Ramiro Flores e Osvaldo Fatorusso. No quinteto de Daniel Maza como tecladista, arranjador e compositor; no grupo de Matias Mendez como tecladista; além de desenvolver seu projeto como pianista e compositor ao lado de Ezequiel Canteros, Andrés Pellican e Pablo Gonzalez. Em 2015 finalizou a Diplomatura em Música Argentina, sob direção de Juan Falú e Lilián Saba, na qual se especializou em estilos como tango, chacarera, gato, zamba, milonga e música litoraleña. Tendo em sua formação diversas influências como do folclore argentino, jazz e música clássica, em seu trabalho criativo busca expandir os estilos tradicionais – harmonias e melodias – trazendo novas sonoridades a esta música.

Romy Martínez é cantora, pesquisadora e compositora /versionista. Nascida em Cidade do Leste (Alto Paraná, PY), sua carreira e formação acadêmica transcorrem entre o Paraguai, Brasil e Argentina. É proficiente em espanhol, português, guarani e inglês. Desenvolve projetos de música e pesquisa com artistas e gêneros de diversas nacionalidades, principalmente os inter-relacionam a diversidade cultural da região do Cone Sul latino-americano. Trabalhou e colaborou com Carlinhos Antunes, Willy González, Alegre Corrêa, Badi Assad, Juan Falú, Rudi Flores e Néstor Acuña, entre outros músicos e artistas. É licenciada em música pela UDESC (2008). Cursou Etnomusicología e, Tango e Folclore no Conservatório Manuel de Falla de Buenos Aires, cidade onde residiu entre 2011 e 2014. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina da USP, sob orientação dos Prof. Dr. Renato Seixas e Alberto Ikeda onde realiza sua pesquisa sobre músicas da fronteira entre o Paraguai, Argentina e Brasil.

Participações especiais no disco Yrupa Purahéi:

Lea Freire  flautas baixo e contrabaixo, Bebê Kramer no acordeom, Duo A corda em Si (Mateus Costa e Fernanda Rosa) contrabaixo e voz, Carlinhos Antunes na viola caipira.

No site do grupo www.puraheitrio.com  está disponível para download o disco Yrupa Purahéi (2016), além de vídeos de cinco músicas desse trabalho, onde cada uma é acompanhada por uma breve explicação sobre o gênero apresentado, seu compositor e pela partitura do arranjo elaborado pelo trio.

Vamos ouvir no programa O Sul em Cima, as músicas do CD YRUPA PURAHÉI Canções das Margens do Rio:
1 – Estrangeiro (Alegre Corrêa / Romy Martinez)

2 – Batendo água (Luiz Marenco / Gujo Teixeira)

3 – Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira)

4 – Tapera (Vitor Ramil / João da Cunha Vargas)

5- Pé de cedro (Zacarías Mourão / Goiá)

6 – Irupé (Chungo Roy)

7 – La Cautiva (Emiliano R. Fernández / Agustín Larramendia)

8 – Tocando em frente (Almir Sater / Renato Teixeira)

9 – Milonga três nações (Fernanda Rosa / Versão guarani-espanhol: Romy Martínez)

10- Sonhos guaranis – Avá kéra poty (Almir Sater / Paulo Simões ) Versão: Romy Martínez

11- Tres Hermanos (Chungo Roy)

12 – Estrangeiro (Bonus Track)

 

Ouça o programa:

Primeira Parte:

 

Segunda Parte:

 

Contatos:

http://www.puraheitrio.com/

https://www.facebook.com/puraheitrio/?fref=ts