O SUL EM CIMA 31 / 2023

O SUL EM CIMA 31_2023_Três Marias e Daniela Conejero


Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar o trabalho do Grupo Três Marias e Daniela Conejero. 
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GRUPO TRÊS MARIAS – Nascido em  Brasília,  mas radicado em Porto Alegre, o grupo de percussão Três Marias celebra seus 10 anos de trajetória na música popular. O grupo está lançando Não se Cala, o primeiro disco do conjunto formado pelas musicistas Dessa Ferreira, Gutcha Ramil, Pâmela Amaro,Tamiris Duarte e Thayan Martins — que são cinco, apesar do nome. 
Gutcha Ramil é uma das fundadoras das Três Marias ao lado de Dessa Ferreira e Kika Brandão, que deixou a banda quando as companheiras se mudaram de Brasília para Porto Alegre, mas segue contribuindo esporadicamente com o grupo. A entrada de Pâmela Amaro, Tamiris Duarte e Thayan Martins ocorreu já na capital gaúcha, em meados de 2015. Assim, as Marias viraram cinco. Nunca foi um problema, já que o nome do grupo remete ao conjunto de estrelas homônimas, conforme explica Gutcha.
Nomes fundamentais do tambor e da cultura popular também estão presentes no álbum, que traz parcerias com os mestres Tião Carvalho (MA/SP), Mamau de Castro (RS) e Adiel Luna (PE), além de composições da mestra Martinha do Coco (PE/DF) e do mestre Paraquedas (RS). É uma forma de reverenciar o legado daqueles que as Marias têm como referências.
No escopo das sonoridades, o disco traz a pluralidade que já virou marca registrada do grupo, conhecido por incorporar uma variedade ímpar de ritmos e instrumentos da música popular, da conga à rabeca. Há faixas de samba de coco, samba de roda, bumba meu boi, forró, xote, jongo, ijexá, ladainha de capoeira e cântico iorubá, entre outros gêneros.
As letras abordam temas como ancestralidade, memória, a importância da percussão e dos mestres da cultura popular, feminismo, fé, amor, culto aos orixás e relação com a natureza, entre outros. O título Não se Cala faz referência à última canção do disco, que funciona como um grande manifesto contra os diferentes tipos de silenciamentos que atravessam a trajetória das Marias.
— São dois silenciamentos principais que a gente enfrenta: como mulheres musicistas e como artistas do tambor e da cultura popular — afirma Pâmela. — Quando falamos em não se calar, é como um grito por ser mulher, por ser preta, por ser LGBT, por ser percussionista… Enfrentamos muito preconceito, mas acho que a melhor parte de nós é que nunca deixamos ninguém largar o instrumento — reflete.
Músicas: 01 – Mariê Mariô – Dessa Ferreira e Pâmela Amaro – part Dona Conceição // 02 – Yagô Laroiê – Mestre Paraquedas – part Dona Conceição e Tião Carvalho // 03 – Banto Yorubá – Pâmela Amaro e Mamau de Castro // 04 – Pedido a Osun – Pâmela Amaro – part Diih Neques e Kika Brandão // 05 – Tartaruga – Gutcha Ramil e Dessa Ferreira // 06 – No Agora – Tamiris Duarte – part Paola Kirst, Clarissa Ferreira, Tião Carvalho e Neuro Júnior // 07 – Não se Cala – Dessa Ferreira – part Nina Fola e Sankofa Drums.
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DANIELA CONEJERO é uma compositora, cantora e percussionista chilena, envolvida com a arte desde muito cedo. Ainda pequena, aprendeu a tocar violão e escreveu suas primeiras canções enquanto cursava o Ensino Médio, experiência que a leva, mais tarde, a estudar composição na Faculdade de Artes da Universidade do Chile e, em paralelo, canto lírico com a professora Patricia Herrera. Posteriormente, Daniela se muda para a França, onde estuda percussões tradicionais, no Conservatório d’ Aubervilliers Courneuve e, no norte da África, se aprofunda nos estudos de músicas do mundo. Desde o começo de sua vivência nas artes, integra coros e grupos de música e dança de raiz, sendo parte ativa dos grupos Santa Mentira, Sindicato Sonoro, La PedroBand y Aluna, dentre outros. Entre 2003 e 2013, participou de diversas formações junto a estas bandas. Como solista, lançou diversos álbuns, como: “Ángel de Ciro” (LP 2006), “Superhéroe” (EP 2007-2011), “Nacido Libre” (EP Francia-2011) y “Vamp!” (LP 2013). Atualmente radicada em Frutillar (Chile), “Cidade Creativa de la Música” (UNESCO), Daniela Conejero tem atuado como preparadora vocal, professora de canto, composição e percussão em seu projeto Escola Itinerante “Sabiduría Nómade”. É também monitora do programa “Música a la Cuerda”, do projeto “Semanas Musicales”, assim como do programa de Música Latinoamericana para Escolas Rurais, enquanto segue com seu trabalho artístico, apresentando-se ao vivo com seu trio e trabalhando em novas produções musicais. “Nómade”, seu último disco, foi lançado recentemente em formato físico e, ao longo do segundo semestre, terá todas as suas canções disponibilizadas em streaming. A produção do disco foi, em parte, financiada pelo Fundo de Fomento à Música Nacional – Convocatória 2023, do Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio do Chile. 
Acostumada a tocar em diversos tipos de formações, para esta nova etapa de criação e performance, Daniela Conejero optou por um formato minimalista, com o objetivo de sustentar, através da experiência, magia e perícia musical, um repertório rico em gêneros e colorações diversas. Para integrar o Daniela Conejero Trio, a artista convocou dois músicos de notável trajetória e destreza em vários estilos: Ítalo Aguilera e Felipe Conejero.
Músicas: 01 – Caracola // 02 – Quererse Bien // 03 – Notre Vol // 04 – Nomade // 05 – Cabalito de Agua // 06 – Agüita de Paz // 07 – A Mis Pies 
 
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O SUL EM CIMA 30 / 2023

O SUL EM CIMA 30_2023_GRUPO UMA TERRA SÓ

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar artistas do Coletivo UMA TERRA SÓ (com Marianna Leporace, Rômulo Gomes, Felipe Radicetti e Cacala Carvalho)
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Marianna Leporace – Cantora, jornalista, produtora e compositora. Possui treze CDs e um EP lançados, entre trabalhos solo, em duos ou grupos. Cantora com larga experiência em estúdio, gravou por muitos anos jingles e trilhas de desenhos animados para a televisão. Além de seu trabalho solo, forma um duo com a pianista Sheila Zagury e acaba de formar um duo também com o cantor e compositor João Pinheiro. Dirige o “Coletivo Meu Caro Amigo Chico Buarque”, que reúne quarenta artistas, entre intérpretes e instrumentistas, para reverenciar a obra do autor em grandes concertos.  Ao lado de Sandra De Paoli, criou a Zênitha Produções. Em setembro de 2018 a empresa realizou a primeira edição do Brazilian Baltic Festival, criado por Marianna, Sandra e Solange Karlauskis, produtora brasileira residente em Riga (Letônia), com o intuito de divulgar a nossa música na região do Báltico. Em 2021, ao lado de Cacala Carvalho, Felipe Radicetti e Rômulo Gomes, ampliou o horizonte da empresa, agregando à Zênitha um selo musical. A empresa passou então a se chamar Zênitha Música e vem lançando singles e álbuns do quarteto e de outros artistas. Os quatro também montaram um show autoral, batizado de “Quartô”. Músicas: 01 – Água, Mãe Água – João Bosco // 02 – Ar e Vendaval – Yuri Popoff e Alexandre Lemos // 03 – Canção Mediterrânea – Felipe Radicetti e Marianna Leporace 
 
Rômulo Gomes é natural de Campos dos Goytacazes e acumula 40 anos de carreira atuando como cantor, compositor, produtor, arranjador, instrumentista e professor de música, tendo o privilégio de ter sido parceiro do consagrado e saudoso Johnny Alf. Como baixista acompanhou nos palcos ou em estúdios, artistas como Caetano Veloso, Nana Caymmi, Chico Buarque, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Leny Andrade, Gal Costa, Carlos Lyra, Johnny Alf, Hermeto Pascoal, Emílio Santiago, Milton Nascimento, Joyce , Ivan Lins, Dori Caymmi, Ivete Sangalo, Gilson Peranzzetta, Zizi Possi, Zé Renato, Leila Pinheiro, João Bosco, entre muitos outros. Pelo período de 10 anos, fez parte da banda da cantora Maria Bethânia. Entre CDs e DVDs, Rômulo tem hoje sua participação registrada em mais de 1400 faixas gravadas. Em 2015, foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Grupo de MPB, com o ZR TRIO, ao lado de Zé Renato e Tutty Moreno. Atualmente, além de seus shows autorais e de suas próprias produções, Rômulo faz parte da banda que acompanha Maria Bethânia, Zé Renato, Leila Pinheiro, Aluayê-Os Novos Afro-Sambas, entre outros. Músicas: 01 – Canção do Vento // 02 – Nove Chaves // 03 – Vista pro Mar
 
Felipe Radicetti é organista e compositor atuante no cinema, no teatro e para o cancioneiro popular. Mestre em Música e Educação, é autor de quatro livros publicados:  Escutas e olhares cruzados nos contextos audiovisuais (2018), Trilhas Sonoras: o que escutamos no teatro, cinema e nas mídias audiovisuais (2020), Introdução à composição musical tonal (2023) pela Editora Intersaberes e Você, compositor: contextos determinantes para a criação musical (2023) pela Editora Consequência. A discografia de Radicetti inclui os álbuns Homens Partidos (2000), SuperLisa (2003 e 2006, ed. no Japão em 2005), Sagrado Profano (2006), Europa (2013) e America (2015). Em 2020 lançou o seu mais recente disco, Lorca, reunindo canções de sua autoria sobre poemas do poeta espanhol. Indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2014 a melhor trilha sonora pelo espetáculo Sacco&Vanzetti.  Associado a outros três artistas, coordena o selo discográfico independente Zênitha Música. 
Músicas: 01 – Aurora – Felipe Radicetti e Etel Frota  // 02 – Cadafalso – Felipe Radicetti e Cristina Saraiva – part Chico Adnet // 03 – Medida – Felipe Radicetti e Felipe Cerquize – part Juliana Rubim
 
Cacala Carvalho – Cantora, compositora e professora de canto, pós-graduada em pedagogia vocal, a carioca/niteroiense Cacala Carvalho, artista Zênitha Música, iniciou sua carreira no final dos 80 no Rio de Janeiro. Seus trabalhos em grupo mais conhecidos são o Arranco de Varsóvia e o trio vocal feminino Folia de 3, mas mantém seu trabalho solo, atualmente em duo com seu filho Canequinha ao violão. Tem 2 álbuns de carreira solo, 9 álbuns com projetos em grupo, 1 EP autoral solo e vários singles lançados. Atualmente prepara seu terceiro álbum inteiramente autoral, no qual algumas composições falam sobre o impacto da pandemia na vida da artista. 
Músicas:01 – Sem Querer – Arthur Maia e Cacala Carvalho – part Arthur Maia // 02 – Amor – Cacala Carvalho e Fernando Caneca – part Canequinha (violão) e Felipe Caneca (Sanfona) // 03 – Mestres Meus –  Cacala Carvalho e Alexandre Lemos – part Flenks
 
01 – Do Grupo Quartô – Música: Caminhos da Canção.  Formado por Cacala Carvalho, Felipe Radicetti, Marianna Leporace Rômulo Gomes (autoria e interpretação dos 4 artistas)
 
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O SUL EM CIMA 29 / 2023

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Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar um Especial com o trabalho de LEANDRO MAIA   
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Leandro Maia é cantor, violonista e compositor.  Possui quatro discos autorais: Palavreio (2008, produzido por Pedrinho Figueiredo), Mandinho (2013, produzido por Leandro e Luiz Ribeiro), Suíte Maria Bonita e Outras Veredas (2014, produzido por André Mehmari) e  “Guaipeca: uma ilusão autobiográfica” (2023, produzido por Luciano Mello). Recebeu o 1º Prémio Ibermúsicas de Composición de Canción Popular, concedido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos. Recebeu o Troféu Brasil-Sul de Música como intérprete, melhor projeto visual e melhor disco infantil (para Mandinho). Possui cinco Prêmios Açorianos de Música  (Grupo MPB, Revelação, Intérprete, Disco Infantil),  um Troféu RBS Cultura e diversas indicações como compositor e melhor espetáculo. Em 2020, lançou o filme “Paisagens”, dirigido por Juliano Ambrosini e Nando Rossa. Leandro Maia é PhD em Música (Songwriting) pela Bath Spa University, Mestre em Letras (UFRGS) e Licenciado em Música (UFRGS). É professor do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), junto aos Cursos de Bacharelado em Música e Especialização em Artes. 
“Palavreio”, seu CD-livro de estréia, é considerado um dos dez melhores discos brasileiros de 2008. Em 2013, Leandro Maia lançou o álbum Mandinho- Prêmio Açorianos de Música de Melhor Disco Infantil e indicado a Melhor Espetáculo do Ano. Mandinho é uma expressão típica da cidade de Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul. Com acento regional e universalidade existencial, Mandinho mergulha na infância e sua relação com “o mundo”. Presente e passado, realidade e fantasia, cotidiano e estranhamento estão equilibrados no trabalho, que respeita a infância como um espaço de construção de pensamento, de poesia e de curiosidade. Em 2014, Leandro lançou Suíte Maria Bonita e Outras Veredas, produzido por André Mehmari. Dedicado à figura feminina e uma ode ao mundo histórico-literário, o disco começou a ser gestado em 2009. Com 15 canções, o trabalho – dirigido e produzido por André Mehmari – propõe uma “Nova Canção Brasileira de Câmara” através da interface entre o dito “erudito” e o dito “popular”. Contemplado em 2013 com Prêmio Funarte de Música Brasileira.
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Leandro Maia está lançando agora seu quarto trabalho, o LP “Guaipeca: Uma Ilusão Autobiográfica”, realizado através de financiamento coletivo. Guaipeca é como se chama o cachorro vira-lata. Uma palavra de origem indígena, muito utilizada no sul do país para o “cachorro de rua”, “bicho solto”. Guaipeca é avatar, o alter ego, o duplo que Leandro Maia escolheu para contar a sua “ilusão autobiográfica”, que se desenvolve em três eixos narrativos interligados: o amor, o humor e a política (crítica social). Em Guaipeca, não se trata de louvar o complexo de vira-lata criticado por Nelson Rodrigues, mas de celebrar a vira-latinice do sul global. Guaipeca não tem complexo de vira-lata. A vira-latinice guaipeca descoloniza, ao mesmo tempo em que problematiza identidades e esteriótipos. Para o vira-latino, fronteiras não são barreiras ou divisórias, mas superfícies de contato. 
Guaipeca é uma reflexão sobre identidade”, conta Leandro. Depois de duas décadas de carreira, o músico sentiu a necessidade de transbordar os limites do corpo e se transformar em som. Juntou tudo o que construiu durante a vida e usou como matéria-prima do disco. O álbum é uma autobiografia, mas ilusória. Todo o exercício de se contar uma biografia é uma ilusão, pois a vida não se encaixa nos trilhos contínuos da narrativa. Mas se a vida é muito grande para a biografia, ela cabe perfeitamente na arte. Ela encontra na música o espaço para voar livre nas notas, o caminho para seguir sua jornada e a concretude para se tornar eterna.
Guaipeca, por sua vez, será lançado exclusivamente no formato de LP – disco de vinil. Os discos estão à venda na página do artista onde também é possível solicitar acesso virtual às músicas. “Guaipeca: uma ilusão autobiográfica” não será disponibilizado em outras plataformas de streaming, após uma avaliação do autor sobre o panorama do mercado digital.
Músicas: 01 – Paisagens // 02 – Palavreio // 03 – Eu Nuvem – Leandro Maia e Vitor Ramil – feat Vitor Ramil // 04 – Histórias de Nós Dois – Marcelo Delacroix e Leandro Maia – feat Marcelo Delacroix // 05 – Bem Capaz – Leandro Maia e Maria Falkembach //  06 – Guaipeca – incluindo trecho do poema Negritodes de Leandro Maia – part Maria Falkembach (voz) // 07 – Perto de Você // 08 – On the Same Side // 09 – Feito São Thomé – Leandro Maia e Jerônimo Jardim // 10 – Deus na Laje – Pablo Lanzoni e Leandro Maia // 11 – Quem Já Viu – Leandro Maia e Ronald Augusto 
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O SUL EM CIMA 28 / 2023

O SUL EM CIMA 28 2023 - Quel e Ana Paula da Silva

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de QUEL e ANA PAULA DA SILVA.

QUEL – O que a ancestralidade tem a nos dizer em nossa vivência atual? A questão é ponto de partida de “Quem Dirá”, primeiro álbum da multiartista Quel. Com participações de Laila Garin, Maíra Freitas e Coral Canta Piá, o trabalho combina a voz da jovem cantora com referências ancestrais e atuais de brasilidade, buscando arranjos percussivos, mesmo para os instrumentos harmônicos. Composto por sete faixas autorais, conta com quatro produtores musicais: a pianista Maíra Freitas, o percussionista Guilherme Kastrup, o multi-instrumentista Beto Lemos e Érica de Paula, que além da parceria na produção musical em todas as faixas, faz a direção musical do álbum marcado pela pluralidade estilística dos arranjos. Quel enxerga a música como uma ferramenta de transformação social e tem como referências os trabalhos de nomes como Luedji Luna e Xênia França. Já Elza Soares é uma grande inspiração – Eu acredito que a arte tem o poder de fazer com que as pessoas sintam e consigam transformar a si e ao seu redor a partir desse sentimento. Então, para mim, compor e cantar só fazem sentido se eu tiver algo a dizer e se esse algo tocar alguém. Se uma pessoa se sentir contemplada pela minha arte, consegui cumprir meu propósito… – reflete. 

Cantora, compositora e atriz, Quel explora a pluralidade também nas múltiplas possibilidades de fazer a arte. O início da caminhada se deu pela música, aos 13 anos, fazendo aulas de violão e depois, de canto. A partir dali, fez sua estreia como vocalista no grupo “DC3”, onde ficou por três anos até criar outra banda, “Ubatuque”, com os amigos de escola Theo Bial, Pedro Mansur e OgrowBeats. Depois da “Ubatuque”, ela começou a investigar o universo do teatro musical com a companhia “Cine em Canto”. Na mesma época, entrou na universidade e ingressou como vocalista da Bateria da PUC. Em 2019, apresentou-se no festival Rock in Rio com o grupo argentino Fuerza Bruta. Em 2021, teve a oportunidade de explorar suas diferentes facetas no teatro com o musical “Zaquim”, no qual participou como elenco, compositora e instrumentista. Hoje, com o álbum, eu tento juntar cada pedaço de mim que desabrochou nesses trabalhos para compartilhar a pluralidade de fontes que me constituem como artista – destaca.  Músicas: 01 – Mensagem – Quel // 02 – Caminho / Seu Zé – Quel //  03 – Presente Azul – Quel e Maíra Freitas // 04 – Água – Theo Bial – part Coral Canta Piá // 05 – Cadê – Quel – part Laila Garin // 06 – Quem Dirá – Quel – part Maíra Freitas // 07 – Asas do Agora – Quel 

ANA PAULA DA SILVA –  Música, recolhimento, escuta atenta, porção de água de rio cuja superfície parece estar (ou está) imóvel: essa é a denominação de Remanso, novo álbum da cantora e compositora Ana Paula da Silva já disponível em todas as plataformas digitais, contemplado pelo Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) – Mecenato Municipal de Joinville (SC). Sétimo disco de Ana Paula, o primeiro solo, em voz e violão, o trabalho reforça o perfil da catarinense elogiada por ter voz potente e ser uma das mais promissoras do Brasil. Bisneta de negros e de caboclos, Ana Paula utiliza em seu repertório tambores entrelaçados a melodias que contemplam a ancestralidade. Remanso apresenta 12 faixas nas quais Ana Paula da Silva além de cantar e tocar assina arranjos, direção musical e produção. A filha, Clara Corrêa da Silva, tem participações especiais em Descabida e Lavadeira. Renato Pimentel é o engenheiro de som.

Ana Paula da Silva é compositora, instrumentista e cantora brasileira. De Joinville, Santa Catarina. Com 27 anos de carreira, lançou sete álbuns Remanso (2023); Raiz Forte (2016); Pé de Crioula (2010); Aos de Casa (2009), Contos em Cantos (2008), Por Causa do Samba (2006) e Canto Negro (2006); um DVD e um Songbook. Seu trabalho musical resultou em alguns prêmios nos últimos anos, como:  Prêmio de Melhor Cantora e Autora, Região Sul, pelo Prêmio Profissionais da Música (2023), em Brasília (DF); Melhor Cantora Regional pelo Prêmio da Música Brasileira (2017)/Ano Ney Matogrosso, no Rio de Janeiro (RJ); e como Melhor Artista, no Prêmio Grão de Música, em São Paulo (SP). Além de realizar o trabalho artístico no Brasil e no exterior, há quase 20 anos,  Ana Paula da Silva atua como diretora musical de trabalhos autorais e com produção artística. Seu mais recente projeto é como pesquisadora-compositora. É mestra pela Universidade Estadual de Santa Catarina na área de Processos Criativos e é a autora do livro Alma na Voz e Mãos no Tambor, dedicado a práticas musicais da Baía da Babitonga, sua região de nascimento.  Músicas do pgm: 01 – Jangada – Gregory Haertel e Ana Paula da Silva // 02 – Lavadeira – Natália Pereira e Ana Paula da Silva – feat Clara C. da Silva (percussão) // 03 – Corrida de Jangada – Edu Lobo e Capinan // 04 – Descabida – Vê Domingos e Ana Paula da Silva – feat Clara C. da Silva (voz e percussão) // 05 – Canto Negro – Ana Paula da Silva // 06 – Aos Pés da Cruz – Marino Pinto e Zé da Zilda // 07 – Orun Ayê – Tatiana Cobbett e Ana Paula da Silva + Poema Remanso: Ana Paula da Silva 

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O SUL EM CIMA 27 / 2023

O SUL EM CIMA 27_2023_Jerônimo Jardim

Nessa edição, o  Programa O Sul em Cima faz uma homenagem ao trabalho do inesquecível Jerônimo Jardim!
 
Jerônimo Osório Moreira Jardim nasceu em 1944 em Jaguarão, mas cresceu em Bagé (RS). Nos anos 1970, mudou-se para Porto Alegre (RS), onde iniciou sua carreira artística. De 1973 a 1977, integrou, juntamente com Ivaldo Roque, Loma, Yoli e Tenison Ramos, o Grupo Pentagrama. Com o conjunto gravou um LP produzido por Ayrton dos Anjos para a gravadora Continental. Em 1978, lançou seu primeiro disco solo “Jerônimo Jardim”, para a recém inaugurada gravadora gaúcha Isaec.
Jerônimo Jardim foi autor de sucessos nacionais como ‘Purpurina’, interpretada  por Lucinha Lins, bela música que venceu em 1981 o festival MPB-Shell e “Moda de Sangue”, de autoria junto a Ivaldo Roque, que se popularizou na voz de Elis Regina e esteve na trilha sonora das novelas “Coração Alado” (1980) e “Torre de Babel” (1998), ambas da Rede Globo. Em 1985, Jerônimo foi responsável por uma das grandes polêmicas da Califórnia da Canção Nativa. Sua música  Astro Haragano foi declarada vencedora do evento, para contrariedade da plateia, que o vaiou. Jardim acabou se retirando dos palcos até meados dos anos 1990, dedicando-se, predominantemente, à publicidade, mas também dando aulas de Direito do Trabalho. A redenção viria em 1996, quando voltou ao festival e, fora da competição, foi ovacionado por mais de 4 mil pessoas ao apresentar a mesma Astro Haragano. 
Artista de longa trajetória e formação ampla, Jerônimo Jardim era bacharel em Direito e foi servidor público do poder judiciário, onde atuou como assessor da ministra Rosa Weber, então presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) e hoje presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ainda teve sólida carreira na publicidade.  Jerônimo lançou os álbuns Jerônimo Jardim, Terceiro Sinal, Digitais, Estação, Quando a noite Vem, De Viva Voz e Singular e Plúrimo de 2015, que ele considerou o melhor disco de sua carreira. Gravado todo ao vivo em estúdio, o álbum possui várias parcerias. 
Os álbuns De Viva Voz e Singular e Plúrimo foram vencedores do Prêmio Açorianos na categoria de Melhor Compositor de MPB.  Também recebeu em 2007, um prêmio Açorianos Especial pelo conjunto da obra.
Autor de três peças para teatro e de cinco livros infantis, Jerônimo Jardim lançou também dois bons romances: In extremis – Na alça da Mira e Serafim de Serafim. 
Em uma das vezes que esteve internado  por conta de problemas decorrentes de uma doença autoimune, Jerônimo Jardim escreveu Frestas, um de seus últimos trabalhos. A letra foi enviada à atriz e cantora Simone Rasslan e a seu marido Álvaro RosaCosta, que musicaram e lançaram a canção no YouTube. Frestas foi escrita em junho, mas é só uma de tantas letras que ele concebeu enquanto recebia cuidados no Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre. Infelizmente, Jerônimo nos deixou em 3 de agosto de 2023, aos 78 anos. Considerado um dos grandes nomes da música popular do sul do Brasil, Jerônimo Jardim teve obras gravadas por diversos intérpretes.
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Músicas: 01 – Côto de Vela – Jerônimo Jardim / Ivaldo Roque (com Grupo Pentagrama) //  02 – Astro Haragano  // 03 – Clara Clareou // 04 – Purpurina – (com Lucinha Lins)  // 05 – Moda de Sangue – Jerônimo Jardim e Ivaldo Roque (com Elis Regina) // 06 – De Viva Voz // 07 – Cartas Digitais – Jerônimo Jardim e Clair Jardim  (músicas 6 e 7 do álbum De Viva Voz) // 08 –  A Voz do Riacho – Jerônimo Jardim – intérpretes: Sexto Sentido Cuba e Jerônimo Jardim // 09 – Janaína –  Luiz Coronel e Jerônimo Jardim – intérpretes: Luiz Coronel, Marcelo Delacroix e Jerônimo Jardim // 10 – El Viento – de Jerônimo Jardim – intérpretes: Telmo Martins (Vocal), Renato Borghetti (gaita-ponto)  e Jerônimo Jardim (músicas 8,9 e 10 – do álbum Singular e Plúrimo) // 11 – Frestas –  Jerônimo Jardim e Álvaro RosaCosta – Piano e voz: Simone Rasslan / Viola caipira e programação: Álvaro RosaCosta 
 
 

 

O SUL EM CIMA 26 / 2023

O SUL EM CIMA 26_2023_Monica e Diogo

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de MONICA TOMASI e DIOGO DARKIE

MONICA TOMASI – Algum Lugar, da cantora, compositora e violonista gaúcha Monica Tomasi, é o sexto disco de carreira e representa um momento de profunda expressão artística e libertação. As canções nasceram durante os últimos cinco anos, desde sua mudança para a Europa.  Algum Lugar é uma jornada musical que aborda temas como mudança, transformação, dúvidas, resiliência, privação, lockdown e cura. Mas, acima de tudo, é um álbum sobre amor e esperança, sentimentos que permeiam cada nota e letra presente nas oito canções que compõem esse trabalho. Produzido por Mario Carvalho, Algum Lugar é uma colaboração entre o Brasil e a Alemanha que reuniu amigos e parceiros musicais como Angelo Primon, que trouxe toda a química estética, as percussões de Cris Gavazzoni (radicada na Alemanha) e participação especial de Fernando Peters na faixa ‘Lente de Contato’, músicos que contribuíram de forma importante para a sonoridade única desse álbum.
“Uma das características marcantes de Algum Lugar é, para mim, a exploração de diferentes ritmos e influências musicais.” Em cada faixa, um convite a cruzar fronteiras sonoras, dançando ao xote em ‘Tobogã’, sentindo a energia do candombe uruguaio em ‘Essencial’, apreciando a melodia da viola pantaneira em “Repara” e deixando-se levar pela influência afro-brasileira em ‘Capoeira’, tudo embalado pelo ritmo envolvente do pop brasileiro. 
“Esse disco é uma parte de mim, uma expressão da minha jornada e um convite para compartilharmos momentos de reflexão, alegria e conexão”.
Músicas (de Monica Tomasi): 01 – Tobogã // 02 – Essencial // 03 – Distopia // 04 – Repara – Monica Tomasi e Necka Ayala // 05 – Capoeira // 06 – Lente de Contato
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DIOGO DARKIE – Cantor e compositor gaúcho, nascido em Porto Alegre, Diogo Darkie tem no rock a veia condutora da sua expressão artística. Aos 13 anos escreveu suas primeiras letras de música, influenciado pelos discos de vinil de seu pai onde constavam nomes como Led Zeppelin, The Who, Deep Purple. Passou por diversas bandas e em 2008 apresentou seu primeiro CD. Em 1993, a família se mudou para Montenegro, foi quando se aprofundou nos estudos musicais, aprendendo teoria, estudando o instrumento, participando do Coral da Fundarte e dando continuidade às composições. De lá para cá, nunca mais parou, participou de festivais, tocou em bandas cover e bandas de baile. 
Não contente com a realidade de sua música, Diogo optou por estudar publicidade e propaganda, com o objetivo de conhecer mais sobre comunicação e agregar valor à carreira musical. Retornou a Porto Alegre em 2001 e logo após a conclusão do curso de publicidade (2007) lançou seu primeiro single. “Lhe tirar do sério’ teve boa repercussão e em 2008 lançou o EP, contando com mais 4 músicas. Em 2013, iniciou uma parceria com o Man Cave Studio (TX/USA) publicando periodicamente na internet novas canções que culminaram no lançamento do EP ‘A Raposa’ em 2014.
Diogo Darkie já lançou vários singles e EPs que podem ser conferidos nas plataformas digitais. 
Músicas (de Diogo Darkie) : 01 – A Raposa // 02 – Amor pra não ter fim // 03 – Com todos os dentes // 04 – Eterna Busca // 05 – Só o Amor // 06 – Ter Fé 
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O SUL EM CIMA 25 / 2023

O SUL EM CIMA 25_2023_GRUPO UMA TERRA SÓ

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos dos artistas do grupo Uma Terra Só (com Bernardo Pellegrini, Dadá Malheiros, Nina Ximenes, Geslaney Brito & Iara Assessú, Marcos Bassul e Divino Arbués)

 
1- BERNARDO PELLEGRINI – Nasceu em 1958 em Londrina e começou sua trajetória musical no Paraná, nos anos 70. Ao longo de sua trajetória, lançou os álbuns Humano Demais, Dinamite Pura, Quero Seu Endereço e É isso que vai acontecer.  O álbum ‘Outros Planos‘ lançado em 2018, pode ser considerado o resultado de uma maturidade sonora e poética de Pellegrini. Como articulador cultural, Bernardo teve um papel fundamental como um dos idealizadores do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic). Atualmente, Bernardo Pellegrini é o secretário de Cultura de Londrina.
Músicas do álbum Outros Planos: 01 – Outros Planos – Bernardo Pellegrini // 02 – A Lua é Minha – Bernardo Pellegrini e Mário Bortolotto
 
2 – DADÁ MALHEIROS – nasceu em Recife, Pernambuco. É compositor, arranjador, músico e produtor musical. Compositor Erudito, teve algumas peças executadas por vários grupos e orquestras como Peccatte String Quartet, Orquestra Enigmatic nos U.S.A, Orquestra Sinfônica do Recife, Quarteto Encore (PE), entre outros. Dadá é diretor e produtor musical de CDs e Eventos e tem vasto currículo como compositor, arranjador de orquestras, solista, maestro e músico.
Música: 01 – “2º e o 3º movimentos da Sinfonietta nº 2” – Dadá Malheiros, executada pela Orquestra Sinfônica do Recife em 1ª audição mundial, no dia 12/04/2023, Teatro de Santa Isabel, Recife. 
 
3 – NINA XIMENES – nasceu em Fortaleza e mora atualmente em São Paulo. Atualmente, faz parte de dois trios: ‘Xiambê’ e ‘Triskelion’ (new age), mas também segue com sua carreira solo. No ano de 2019, lançou o CD Natural. O álbum surpreende pela diversificação, representada por um repertório bastante diferenciado, no qual se misturam bossa nova, balada, new age, pop, baião, samba canção. Essa mistura de gêneros se uniformiza, entretanto, pela voz única e singular de Nina, que traz, naturalmente, a unidade que faltava nesse caleidoscópio sonoro que ela mesma escolheu interpretar. 
Músicas: 01 – Garota de Ipanema (The Girl from Ipanema) – Tom Jobim / Vinícius de Moraes – versão: Norman Gimbel – participações: Jane Duboc e a pianista Sílvia Goes // 02 – Lindo Lago do Amor – Gonzaguinha 
 
4 – GESLANEY BRITO e IARA ASSESSÚ – Artistas do interior da Bahia, da cidade de Vitória da Conquista , Sudoeste baiano. Propõem no repertório musical, além das canções autorais, as parcerias que retratam o colorido que já existe na música que pensam como diversa. As cirandas, os folgues e demais tradições habitam em suas percepções. Bem como as relações das músicas urbanas e rurais, particulares e ao mesmo tempo, interdependentes, sinestésicas, convergentes com a musicalidade brasileira. Músicas: 01 – Janeiro – Geslaney Brito – intérpretes: Geslaney Brito e Iara Assessú // 02 – Déjà Vü – Geslaney Brito – intérpretes: Geslaney Brito e Iara Assessú
 
5 – MARCOS BASSUL – é compositor, violonista e intérprete nascido em Niterói (RJ). Começou a fazer shows por Minas Gerais durante a década de noventa. A partir de 1992, em Brasília, compôs e produziu trilhas para teatro enquanto continuava no circuito de casas noturnas e estudava Licenciatura em Música na Universidade de Brasília. Lançou em 2005 seu primeiro CD – Portfólio, um CD com músicas gravadas em épocas diferentes, num repertório de estilos variados. Gravou em 2012 o CD – Acustico ma non troppo, um CD que dá destaque à capacidade técnica e criatividade do músico instrumentista. 
Músicas (de Marcos Bassul): 01 – O trem – com Marcos Bassul e Thiago Lunar nas vozes // 02 – Saideira
 
6 – DIVINO ARBUÉS – é cantor e compositor de Mato Grosso, mais precisamente da região do Araguaia e tornou-se conhecido com as músicas que foram consagradas em seus três primeiros discos. Sua carreira artística nasceu dos Festivais do Centro-Oeste do Brasil. Ao todo, em sua trajetória, Arbués lançou 8 discos, 2 livros e desempenha um destacado ativismo cultural, participando na idealização e produção de dezenas de eventos, atuando em vídeos, participando em trilhas sonoras, atividades de literatura e de vários segmentos culturais. Músicas: 01 – Beijo Brasileiro – Divino Arbués // 02 – Passarinho do Sertão – Divino Arbués
 
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O SUL EM CIMA 24 / 2023

O SUL EM CIMA 24_2023_Bianca Obino_Rafa Rodrigues e Luiz Carlos Sá

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Bianca Obino, Rafa Rodrigues e Luiz Carlos Sá
 
BIANCA OBINO – Compositora, cantora e violonista. Tem três discos e um EP lançados, com composições em inglês e em português.  Graduada em Canto pela UFRGS (2007), especializada no método Somatic Voicework pela Shenandoah University (EUA, 2011) e mestre em Songwriting (Composição de Canção) pela Bath Spa University (Inglaterra, 2014). Já recebeu prêmios como Comenda Lobo da Costa (2012) e Mulheres de Destaque (2013). Também foi indicada ao Prêmio Açorianos de Música (2013) nas categorias de Melhor Instrumentista MPB e de Artista Revelação. 
A cantora e compositora Bianca Obino volta aos lançamentos musicais neste ano de 2023 com seu novo single “Emojional”, que está disponível desde o dia 21 de julho em todos os aplicativos de música. A faixa faz uma crítica bem-humorada à forma como as pessoas se comunicam na internet, usando “emojis” para expressar sentimentos enquanto o contato carece de presença e corporalidade. “Emojional” é o sexto single dentro do projeto “Slow Art Identity” criado por Bianca no início de 2021. O projeto consiste em uma pesquisa artística desenvolvida ao longo de 3 anos, onde a artista explora diferentes sonoridades e estéticas a cada lançamento de faixa, além de criar novos produtos artísticos a partir de seus insights e interação com o público. 
Além de Bianca no vocal, participaram da gravação os músicos Fernando Sessé (percussão e beats eletrônicos), Bruno Vargas (baixo), e Diego Gadenz (guitarras, teclados e a produção musical). 
Música: 01 –  Emojional – Bianca Obino
 
RAFA RODRIGUES – É um cantor, compositor, guitarrista e violonista petropolitano. Aos 16 anos, fez sua primeira composição e desde então já tem diversas músicas compostas. Na mesma época em que começou a compor, formou sua primeira banda de Pop/Rock, chamada Jompz. A banda se apresentou em diversas casas de show em Petrópolis e chegou a realizar shows também no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis. Em 2009, a música Pra onde você for, de sua autoria, teve um número expressivo de visualizações no Myspace, chegando a mais de vinte mil acessos. A mesma música também fez parte da programação de uma rádio local durante alguns meses. Desde então vem aprimorando e desenvolvendo seu trabalho musical. Hoje, com um trabalho mais solo, Rafa Rodrigues já faz parte da programação musical de alguns dos mais tradicionais bares e casas de show de Petrópolis, além de festas particulares. Seu trabalho consiste tanto em apresentações acústicas solo, fazendo voz e violão, como também acompanhado pela banda formada por Rogério Lucas ‘Percy’ (guitarra), Mariano Sam Romam (baixo), Marcelo Berner (bateria). 
Músicas: 01 – Pra onde você for – Rafa Rodrigues// 02 – Cada Um – Rafa Rodrigues e Sandro Luz // 03 – Imagine – Rafa Rodrigues // 04 – Fim de Tarde – Rafa Rodrigues // 05 – Platônico – Rafa Rodrigues e Sandro Luz 
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LUIZ CARLOS SÁ – O cantor, compositor e instrumentista Luiz Carlos Pereira de Sá, nasceu no Rio de Janeiro. Começou sua carreira profissional em 1965, tendo suas primeiras músicas gravadas por Pery Ribeiro, Luhli, Nara Leão, MPB4, Leny Andrade e outros. No ano seguinte, fez sua estréia nos palcos, participando do musical ‘Samba Pede Passagem’, do Grupo Opinião, formando o Grupo Mensagem – um coletivo de jovens ‘cantautores’ que unia vozes e músicas de Sá, Sidney Miller, do futuro cineasta Paulo Thiago, de Marco Antonio Menezes e de Sonia Ferreira (futura Quarteto em Cy) – ao lado de figuras consagradas como Baden Powell, Aracy de Almeida, Ismael Silva e outros ícones do samba de raiz. 
Depois de concorrer em alguns festivais e gravar seus primeiros singles, formou em 1972 com Zé Rodrix e Guarabyra, o trio Sá, Rodrix & Guarabyra – que seguiu em dupla, a partir de 1974, após a saída de Rodrix (que depois voltou de 2001 a 2009), emplacando sucessos como ‘Primeira Canção da Estrada’. ‘O Pó da Estrada’, ‘Hoje Ainda é Dia de Rock’, ‘Mestre Jonas’,  ‘Sobradinho’, ‘Espanhola’, ‘Cheiro Mineiro de Flor’ e ‘Jesus Numa Moto’.   
Agora, Luiz Carlos Sá, está lançando seu primeiro CD solo. Intitulado “Solo e bem acompanhado’, o álbum tem doze músicas, sendo 9 inéditas, três releituras e conta com as participações de Roberto Frejat, Roupa Nova, Armandinho Macedo, Lucy Alves e Golden Boys. O álbum está disponível desde maio nas plataformas de streaming. Neste trabalho, Luiz Carlos Sá passeia por vários estilos musicais, como o ‘rock rural’ – música brasileira que mistura uma raiz interiorana com influências do folk rock. 
A semente de ‘Solo e Bem Acompanhado’ foi plantada já há um bom tempo. “O disco, na verdade, começou a ser esboçado em 1999, junto ao produtor, Vinícius Sá…”   O projeto, porém, foi deixado de lado logo após as primeiras gravações, em 2001. “Naquele momento, o Zé Rodrix (1947-2009) havia voltado para o trio Sá, Rodrix & Guarabyra, com vistas ao que seria uma única apresentação no Rock n Rio III”, rememora Sá. Só que o retorno do trio fez tanto sucesso que gerou um contrato com a Som Livre. “E eu acabei postergando tudo (o projeto solo) até 2017”.   
“Estou me sentindo um estreante e ao mesmo tempo renovado com este projeto”, confidencia Sá, confirmando que a dupla com Guarabyra continua firme e forte, fazendo shows pelo Brasil. Sobre o álbum, ele adianta: “Na escolha do repertório, em conjunto com o produtor Vinícius Sá, acabamos por selecionar uma parte de canções com cunho político e social e outra parte com viés mais romântico”, conclui o artista que passou os últimos anos de pandemia em Portugal, e que agora está de volta ao Brasil, fixando residência em Nova Lima, Minas Gerais. 
Músicas: 01 – Eu te via Clareando – Luiz Carlos Sá e Torquato Neto – feat Lucy Alves // 02 – Caçador de Mim – Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão – feat Roupa Nova // 03 – Um povo com vida – Luiz Carlos Sá e Mamour Ba // 04 – Pra contar pra mim – Flávio Venturini e Luiz Carlos Sá // 05 – A Ilha – Luiz Carlos Sá e Gutemberg Guarabyra –  feat Roberto Frejat // 06 – Os Dez Mandamentos do Amor – Pedro Baldanza e Luiz Carlos Sá – feat Golden Boys. 
 
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O SUL EM CIMA 23 / 2023

O SUL EM CIMA 23_2023 - IAN RAMIL

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar o trabalho de IAN RAMIL e músicas do seu novo álbum Tetein.

 
IAN RAMIL – Compositor, cantor, músico, produtor e diretor, Ian Ramil ganhou o Grammy Latino 2016 de ‘Melhor Disco de Rock em Língua Portuguesa’ e recebeu a indicação de ‘Artista Revelação’ com o álbum Derivacivilização, de 2015. Por esse trabalho, recebeu ainda o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Compositor. Com seu primeiro disco, IAN (2014), recebeu o Prêmio APCA como Artista Revelação. Teve suas músicas gravadas por artistas como Filipe Catto, Apanhador Só, Poty Burch, Juliana Cortes e A Banda Mais Bonita da Cidade. Em 2012 criou, junto de outros 11 compositores, o coletivo Escuta – O Som do Compositor. Faz parte do show Casa Ramil, espetáculo que desenvolveu ao lado de seu pai, seus tios e primos: Kleiton, Kledir, Vitor, Gutcha, Thiago e João. Ian estudou artes cênicas no Departamento de Artes Dramáticas da UFRGS (DAD) e fez Formação de Atores e Estilos Cênicos no TEPA. Entre 2005 e 2011 trabalhou como ator e diretor, atuando em dezenas de espetáculos, filmes e séries. Dirigiu dois espetáculos: Peru, NY e Órfão – O Tempo Sem Ponteiros.
Depois de ganhar o Grammy Latino de Melhor Disco de Rock, em 2016, Ian traz em ‘Tetein’, seu terceiro disco lançado em junho de 2023, um universo sonoro onde guitarra e bateria dão lugar a silêncios, texturas, beats, vocais massivos, arranjos orquestrais e eletroacústica conectados por uma minuciosa direção musical.  Criado a partir do nascimento de Nina, sua primeira filha, o disco traz 12 faixas inventivas e multifacetadas, de poética arrojada e arranjos ricos em texturas e dinâmicas. ‘Tetein’ é um mergulho intenso no íntimo e na realidade urbana, guiado pela usual tendência vanguardista das canções de Ian. Um parque imaginário no fantástico mundo da delicadeza. 
A maior parte das 12 faixas de Tetein foi composta a partir de 2016, com Ian buscando sonoridades que escapassem do formato banda e do protagonismo de ruídos e guitarras de Derivacivilização (2015). As gravações começaram em 2018, com previsão inicial de lançamento em maio de 2020. Diante da pandemia, a ideia de criar um álbum sem pressa ganhou ainda mais tempo para a conclusão da mixagem e masterização. 
“Foi um processo longo em busca de sonoridades e cores. Tem o universo afetivo da casa e da intimidade, e o mundo que vemos pela janela, pelo celular, pela televisão, que também é parte da gente”, observa Ian…”Foi um processo diferente, muito mais delicado que o disco anterior e tem a ver muito com o processo criativo que vem desse lugar da delicadeza, do reencontro com coisas da própria infância. Quando me tornei pai, tive muito uma viagem no tempo…”
‘Sigo abastrato e distraído como sempre fui, mas ter uma criança por perto é sempre um exercício de estar presente e perceber como as coisas passam rápido, em momentos aparentemente banais que são únicos e duram pouco…” reflete o músico. 
“Ian Ramil finalmente nos traz um álbum novo e o faz num momento de riqueza em sua vida, de superação na política nacional, de refino no seu tocar e num aprofundamento estético muito valoroso em o que canta…” “…esse disco é todo Tetein – não sobra nada, não falta nada, está na medida exata do que precisa ser ouvido exatamente hoje” (Marcelo Labes)
“Ian Ramil não teme audácias, vai a elas com talento (…) tirando o chapéu para Ian Ramil – um cara a ser aplaudido de pé pelos amantes da música brasileira” (Aquiles Reis do MPB4)
Músicas do programa: 01 – Seis Patinhos  // 02 – Souvenir // 03 – Derivacivilização –  part de Filipe Catto // 04 – Tetein // 05 – Canção de Chapeuzinho Vermelho – Braguinha / Francisco Mignone – part Nina Ramil // 06 – Macho Rey – Ian Ramil e Juliana Cortes // 07 – Cantiga de Nina // 08 – O Mundo é meu País – Ian Ramil e Luiz Gabriel Lopes // 09 – Lego Efeito Manada – Ian Ramil e Poty Burch // 10 – Mil Pares // O Bichinho // 12 – Teletransporte // Palavras Vão – part Martin Estevez, Guilherme Ceron e Felipe Zancanaro // 14 – Homem Bomba – Ian Ramil e Porty Burch // 15 – Cantiga de Nina II
 
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O SUL EM CIMA 22 / 2023

O SUL EM CIMA 22_2023

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de FLOR GRASSI, GUILHERME SILVEIRA e PAULA SANTORO

 
FLOR GRASSI – ‘Saudade Invade’ é o single de estréia de Flor Grassi, filha do diretor de cinema Tiago Arakilian  e neta do ator Antonio Grassi. A jovem, de 16 anos , celebra na música a MPB clássica, com inspiração em nomes  como João Gilberto, Caetano Veloso e Marisa Monte – além de novos  sons, novas gerações de artistas como Zé Ibarra e Julia Mestre, que encabeçam a banda Bala Desejo, são referências que costuma citar. Com produção do Música  aos Montes, selo musical de Belo Horizonte, o resultado é uma bossa nova  que mistura o clássico ao contemporâneo.  A temática aborda o vazio que se sente após alguém, subitamente,  não fazer mais parte da sua rotina. 
Apesar de muito nova, Flor expõe muita maturidade artística. Na cidade mineira, realizou cursos e oficinas no  Grupo Galpão e no Grupo Corpo, grupos mineiros mundialmente reconhecidos no teatro e na dança, respectivamente. Flor Grassi também fez teatro musical na Professional Performing Arts, ensino médio profissionalizante de Nova Iorque.
A ligação forte que estabeleceu com Belo Horizonte é estampada no single. Isso porque, em 2023, a carioca mudou-se para a cidade de onde vem parte da família e, desde então, realizou diversas apresentações. As ruas do bairro Santa Tereza, em BH começaram a se entremear tanto à sua vida e ganharam destaque na composição, em parceria com o músico Rafa Bicalho.
Música: 01 – Saudade Invade – Flor Grassi e Rafa Bicalho
 
GUILHERME SILVEIRA – é um violonista, bandolinista, compositor e arranjador gaúcho, radicado em Paris desde 2019. Com uma trajetória profissional de mais de 20 anos, carrega diversas experiências em diversas formações musicais, passando por músico acompanhante, grupo Omundô, Orquestra Latino-americana da UNESPAR, Orquestra de MPB da UFPR. Atuou também como compositor, arranjador e instrumentista, em gravações para diversas trilhas de teatro. Destaca-se a peça “O olhar de Neusa”, ganhadora do prêmio gralha azul. Atualmente, trabalha na divulgação do seu primeiro EP instrumental, que conta com a participação do renomado flautista e saxofonista Pedrinho Figueiredo.
O EP “Un Autre Sens” se trata de um trabalho que reúne e expressa diversas referências musicais que se desdobram ao longo do tempo.  As diferentes fases e períodos das composições convergem para um sentido único onde se agrupam na diversidade estética da música brasileira. O EP conta ainda com a participação de músicos muito talentosos, o que confere ao trabalho características próprias de sensibilidade e criatividade. Nas composições e violões: Guilherme Silveira, contrabaixos: Rodrigo Marques, flauta transversal: Pedrinho Figueiredo, pianos: Lucas Franco e Klüber,  bateria: Thales Lemos, saxofone soprano: Rachel Ramos, clarinetes: Jonathan Augusto e violão 7 cordas: Luiz Ivanqui – Músicas: 01 – Brigitte // 02 – Manhãs de Maio // 03 – Choro à Francesa // 04 – Outono
 
PAULA SANTORO é mineira de Belo Horizonte, radicada no RJ. Ela traz suas raízes em sua música, que tem grande influência do Clube da Esquina. Além dos 6 álbuns solo já lançados, sua discografia inclui colaborações em gravações de Guinga, Arthur Verocai, Mário Adnet, Bianca Gismonti, Eduardo Neves e outros.
Paula já dividiu estúdio ou palco com grandes nomes da música popular brasileira, como: Alcione (homenagem a Ary Barroso em Londres|UK), Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Nana Caymmi, Guinga, Toninho Horta, Lô Borges, Flávio Venturini, Ângela RoRo e Joyce. Seus álbuns têm recebido excelentes críticas no Brasil e no exterior (Europa, Estados Unidos e Ásia). A sua carreira internacional inclui atuações nos EUA, Europa (França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Luxemburgo, Alemanha, Áustria, etc.), Ásia (Índia) e recentemente, no início de 2020, Rússia (Moscou e Sibéria). Ela também excursionou pela Itália e pelo Brasil com o grande compositor e violonista Guinga.
Em seu sétimo álbum  ‘Sumaúma’, lançado em maio / 2023, Paula Santoro dá voz tanto a canções leves e solares como também a outras densas e profundas. O álbum tem participação de compositores como Arthur Verocai, João Bosco e João Donato e recria, de forma contemporânea, a sonoridade dos anos 70. O álbum tem produção de Rafael Vernet, que também divide a direção musical com Paula Santoro.
A inspiração, tanto para o nome do álbum como da canção, vem da árvore tropical Sumaúma, cuja imensa copa é voltada para o astro rei e cuja raiz, a sapopema, é profunda e musical (como instrumento percussivo ela é utilizada para a comunicação entre tribos amazônicas). Aliás, a escolha do título em homenagem à árvore rainha, considerada sagrada por povos originários, não foi aleatória, funcionando como uma metáfora. Conforme a artista explica, a imensa copa da sumaúma, voltada para o sol, representa as canções leves e solares do lado A do álbum, enquanto as raízes profundas, conhecidas como sapopema, simbolizam as faixas densas e reflexivas do lado B.
“Sumaúma” para Paula Santoro é mais do que uma árvore e um álbum musical, como ela diz no poema que escreveu para conceituar o disco: “Sumaúma é minha visão poético-imagético-musical sobre a nossa existência. Eu visto a natureza para me saber parte dela. Eu sou árvore. Eu sou Sumaúma”.  Músicas: 01 – Yê Melê – Chico Feitosa e Luis Carlos Vinhas – Participação especial: Ivan Conti // 02 – Na Boca do Sol – Arthur Verocai e Vitor Martins  | Participação especial: Arthur Verocai, Toninho Horta e Ivan Conti “Mamão” // 03 – Sassaô –  João Bosco | Participação especial: João Bosco // 04 – Ê Lala Lay Ê – João Donato e Lysias Enio | Participação especial: João Donato // 05 – Sumaúma – Alexandre Andrés e Bernardo Maranhão // 06 – Afrikanino   –  Paula Santoro // 07 – Coisa mais maior de Grande   –  Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (Gonzaguinha)
 

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