O SUL EM CIMA 09 / 2022

1


Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Carlos Careqa e Amanda Lyra. 

CARLOS CAREQA – Carlos de Souza (Lauro Muller SC 1961). Cantor, compositor e ator. Muda-se para Curitiba aos 5 anos, onde vive a infância e adolescência.  Ingressa no seminário salesiano Instituto São José em Ponta Grossa, Paraná, no qual permanece dos 15 aos 18 anos, período em que estuda música e teatro. Em 1984, abandona a faculdade de direito e vai para Nova York, e inicia sua carreira artística tocando em bares. Na volta ao Brasil, trabalha com trilhas sonoras, peças de teatro e shows. Participa de comerciais de TV e curtas de cineastas curitibanos. No começo dos anos 1990 recebe uma bolsa do Instituto Goethe para estudar alemão em Berlim. Retorna ao Brasil e vai morar em São Paulo.  Em 1993, Careqa faz o show de abertura de Arrigo Barnabé, que o estimula a lançar seu primeiro disco, Os Homens são todos iguais, e do qual Barnabé participa com outros nomes da vanguarda paulista como Tetê Espíndola e Itamar Assumpção. O produtor escocês David Byrne escolhe a canção Acho para integrar a coletânea Brazil Tropical 2, no ano de 1999. Como ator compõe o elenco de filmes, como o Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bodanzky, de curtas, comerciais, seriados e minisséries da TV Globo e TV Cultura.  

Carlos Careqa é um artista que tem no humor uma importante ferramenta para a realização de seu trabalho na música e nas artes cênicas. Suas letras abordam temas como o amor e o cotidiano. Se muitas vezes a sátira e o humor estão presentes em suas letras, em outras ele também apresenta grande lirismo. Esses fatores o associam à vanguarda paulista, importante movimento da cena paulistana do início dos anos 1980, e o colocam como um de seus principais nomes desse movimento. Em 2021, Carlos Careqa lançou 60 mini songs concebido e produzido durante a pandemia (2020-2021) e lançado pela Barbearia Espiritual Discos. ‘Temos 30 segundos, 45 segundos, 1 minuto no máximo para expressar uma ideia no mundo virtual que nos abrange diariamente, quis abordar este tema neste trabalho. 60 mini canções onde mostro ao que veio a ideia da canção. Trabalho este desenvolvido com Márcio Nigro que dividiu os arranjos, samples e ideias. Márcio gravou, mixou e masterizou. Além de executar os instrumentos!’ diz. 

MÚSICAS: Achado – Chico Mello / Carlos Careqa – CD Não sou filho de ninguém -2004  // 02 – Língua de Babel – Carlos Careqa / Thadeu W / Edson Vulcanis – CD Não sou filho de ninguém – 2004 // 03 – Isso Passará – Carlos Careqa – participação de Tatiana Parra – CD Tudo que respira quer comer – 2009 // 04 – Karma Wall – Carlos Careqa – Participação de Fernanda Takai – álbum Todos Nós (2018) // 05 – Mãe não é tudo – Carlos Careqa / Chico César – álbum Todos Nós (2018) // Músicas 6 à 15 de Carlos Careqa – estão no álbum 60 mini songs (2021) – 06 Gula // 07 – Inveja // 08 – Luxúria // 09 – Avareza // 10 – Abre a Porteira // 11 – Eu Faço Canção // 12 – Agora Vai // 13 – Na Casa de Rafael // 14 – The Request // 15 – Mais Sensacional
 .
AMANDA LYRA – é cantora e compositora, filha do cantor e compositor Ivanio Lira e da apresentadora de TV Vera Rosa. 
Amanda já é uma veterana dos palcos curitibanos, tocando em bares desde os 16 anos, já se apresentou nas melhores casas da cidade e participou de inúmeros shows e projetos de outros artistas. Amanda Lyra é portadora de uma doença rara chamada Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo III, que tem origem genética e caracteriza-se pela atrofia muscular devido à degeneração de neurônios motores localizados na medula espinhal. A fraqueza aumenta com o passar dos anos e a cadeira de rodas se torna necessária em algum momento da vida adulta.  Em setembro de 2016, aos 26 anos, Amanda caiu de uma escada de quase 3 metros de altura e acabou quebrando o fêmur. Infelizmente o processo de calcificação não é tão simples em pacientes com AME e a queda acabou adiantando sua ida para a cadeira de rodas.  Depois do acidente, Amanda pensou em desistir da carreira de artista. Por ser cadeirante, uma das principais dificuldades era encontrar lugares com acessibilidade aos palcos. A impossibilidade de voltar ativamente na cena musical, trouxe experiências novas e possibilidades de se reinventar. Amanda resolveu levantar a bandeira de divulgar a sua doença, a AME e também mostrar que mesmo estando cadeirante ela pode fazer muito ainda pela arte. 
Junto com a cantora Jordana Soletti, criou o Projeto Solyra, que tem o intuito de levar arte com acessibilidade para crianças e adultos com vários tipos de deficiência, da motora à intelectual. A ação tem despertado a sensação de mudar o mundo através da superação, da arte e do amor ao próximo. Mesmo com tudo isso, ela enfrenta com bom humor contagiante, lutando para que a música e a arte sempre vençam as limitações. 
Amanda, além de cantora, é também colunista e editora do Portal VRNews, Analista de SEO e Acessibilidade na i-Cherry Agency  e atua também na área de produção artística e assessoria de imprensa. Amanda ainda participa de várias campanhas sobre acessibilidade, orientação sobre o respeito aos direitos e a relação de igualdade com pessoas com deficiência, inclusão no mercado de trabalho etc. Em seus shows e no Solyra, Amanda busca conscientizar a sociedade sobre o modo de tratamento das pessoas com deficiência, sempre lembrando que independentemente das limitações de cada pessoa, todos são capazes e merecem respeito. 
Músicas: 01 – DAK – Ivanio Lira // 02 – Não Volte – Amanda Lyra – Participação de Kleiton & Kledir // 03 – Pro que der e vier – Amanda Lyra // 04 – Nosso Sim II – Amanda Lyra // 05 – Something in the way Ximú – Amanda Lyra
 .
Contatos:
 .
 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *