O SUL EM CIMA 19 – 13º Série Especial Músicas do Sul

 

edição 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar os trabalhos de Mercedes Sosa, Ricardo Silvestrin, Cristian Sperandir e Shana Müller.


MERCEDES SOSA (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 – Buenos Aires, 4 de outubro de 2009) foi uma cantora argentina, uma das mais famosas na América Latina. A sua música tem raízes na música folclórica argentina. Ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva Canción. Apelidada de La Negra pelos fãs, devido à ascendência ameríndia, ficou conhecida como a voz dos “sem voz”.
Sua ascendência era mestiça (mistura de europeus com ameríndios): francesa e dos indígenas do grupo diaguita. Sua carreira se iniciou em 1950, aos quinze anos de idade, quando Sosa venceu uma competição de canto organizada por uma emissora de rádio de sua cidade natal. 
Em 1961 grava seu primeiro álbum, intitulado La voz de la zafra (publicado em 1962). Em seguida, uma performance no Festival Folclórico Nacional faz com que se torne conhecida entre os povos indígenas de seu país. Sosa e seu primeiro marido, Manuel Oscar Matus, com quem teve um filho, são peças chave no movimento musical da década de 1960 conhecido como nueva canción. Em 1965 lançou o aclamado Canciones con fundamiento, uma compilação de músicas folclóricas da Argentina. Em 1967 faz uma turnê pelos Estados Unidos e pela Europa e obtém êxito internacional. Em 1970 grava Cantata Sudamericana e Mujeres Argentinas com o compositor Ariel Ramirez e o letrista Felix Luna. Em 1971 grava um tributo à cantora e compositora chilena Violeta Parra, ajudando a popularizar a canção “Gracias a la vida”. Mais tarde grava um álbum em homenagem a Atahualpa Yupanqui. 
Suas preocupações sociais e sua posição política refletiam-se no repertório que interpretava, tendo sido uma das grandes expoentes da Nueva Canción, movimento musical com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas marcado por uma ideologia de rechaço ao imperialismo e às desigualdades sociais. 
Nos anos seguintes interpreta um vasto repertório de estilos latino-americanos, gravando tanto com artistas argentinos como León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, quanto com internacionais como Chico Buarque, Raimundo Fagner, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Kleiton & Kledir, Caetano Veloso, Gal Costa, Sting, Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti, Nana Mouskouri, Joan Baez, Silvio Rodriguez, Pablo Milanés e Shakira. 
O repertório de Sosa continuou a ampliar, tendo gravado um dueto com a sambista Beth Carvalho, intitulado “So le pido a Dios”, cada uma cantando em seu idioma. Em 1981 gravou o sucesso “Años” com o cantor cearense Fagner. Também gravou com Kleiton & Kledir, as músicas Vira Viró (Kleiton Ramil) e Siembra (José Fogaça e Vitor Ramil). Seu último álbum, Cantora, traz duetos com artistas que são referência na música latino-americana. Sosa era Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO para a América Latina e o Caribe. Em 2000, ela ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de música folclórica por Misa Criolla, feito que repetiria em 2003 com Acústico e em 2006 com Corazón Libre. Sua interpretação de “Balderrama” de Horácio Guarany, fez parte da trilha-sonora do filme de 2008 Che, sobre o lendário guerrilheiro argentino Che Guevara.
Mercedes Sosa se foi aos 74 anos de idade em 4 de outubro de 2009, mas está eternizada pela grandiosidade de sua obra. 
Músicas: 01 – Vira Viró – Kleiton Ramil – na versão de Edmundo Font – Faixa do álbum “Será posible el Sur?”, de Mercedes Sosa, lançado em 1984 – participação de Kleiton & Kledir //  02 – Gracias a La Vida – Violeta Parra  //  03 – Siembra – Vitor Ramil e José Fogaça  – está no álbum Kleiton & Kledir en español – intérpretes: K&K e Mercedes Sosa.
 
 
RICARDO SILVESTRIN – É poeta, escritor, compositor e vocalista. Nasceu em Porto Alegre em maio de 1963. Formado em Letras pela UFRGS em 1985. No mesmo ano, publicou seu primeiro livro de poemas, “Viagem dos olhos”, pela editora Coolírica. Ganhou 5 vezes o Prêmio Açorianos de Literatura: como poeta (1995 e 2007), como autor de livro infantil (1998), como editor (editora Ameopoema, 2005) e como destaque de mídia (pelo programa de rádio “Transmissão de pensamento”, 2008). Seu livro de 2004, “É tudo invenção” foi selecionado para representar o Brasil na 41ª Feira de Literatura de Bolonha.
Integrou as bandas Os 3 Poetas (1990 a 1993), Os Ladinos (1994 a 1999). Integra a banda Os poETs desde 2001. Na carreira solo, Ricardo lançou o EP Duk7 (2015) e em 2019 o álbum SILVESTREAM. 
Músicas: 01 – Muito Prazer, Eu Mesmo – Ricardo Silvestrin / Sílvio Marques //  02 – Atenção, Senhores Passageiros – Ricardo Silvestrin  // 03 – Flamboyant – Ricardo Silvestrin   
 
CRISTIAN SPERANDIR – de Osório/RS.  Vencedor do Prêmio Açorianos de Música (categoria Melhor Instrumentista de MPB /2013 e Melhor Intérprete em 2019 com o álbum Bons Ventos), o pianista, tecladista, compositor, arranjador e produtor musical Cristian Sperandir, considerado uma das revelações da música contemporânea no país, vem atuando ao lado de grandes nomes da música do Rio Grande do Sul e dando continuidade ao trabalho com sua família – grupo Sperandires. Em seu toque, referências de Brad Mehldau, Michel Camilo, Chick Korea, André Mehmari e Geraldo Flach estão expressas em vários momentos e na sua forma de pensar e ver a música.
No ano de 2021, Cristian Sperandir concluiu seu curso de música na UFRGS.
Músicas do disco BONS VENTOS:
01- Passeio de Notas – Cristian Sperandir e Adriano Sperandir  – Participação especial de Adriano Sperandir (violão) // 02 – Aquífero – Cristian Sperandir  – Cristian Sperandir: piano e vocalize // Antonio Flores: violão // Caio Maurente: Contrabaixo acústico // Sandro Bonato: Bateria // Bruno Coelho: Percussão
 
SHANA MÜLLER – Cantora, jornalista e apresentadora de televisão, Shana Müller é hoje referência da nova geração de artistas que surgiram no sul do país nos últimos tempos. Seu primeiro álbum, Gaúcha, lançado em 2004, abriu um novo espaço para a presença da mulher nos palcos gaúchos.
Em 2006, lançou o Firmando o Passo e, em 2010, Brinco de Princesa, disco que a consagrou no cenário gaúcho, brasileiro e latino-americano. Recebeu por ele dois prêmios no Açorianos de Música: o de Melhor Disco e o de Melhor Cantora. O espetáculo do CD foi apresentado em várias cidades gaúchas e brasileiras, incluindo Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Campo Grande (MS).
Em 2012, lançou o disco Shana Müller Ao Vivo. Em 2016, apresentou o DVD Canto de Interior, gravado na fazenda São Francisco do Pinhal, em Júlio de Castilhos. O trabalho audiovisual é recheado de extras, participações especiais e um documentário que relembra a trajetória musical da artista. 
O fato é que Shana tem renovado na música, trazendo uma sonoridade regional e contemporânea. Já dividiu o palco com Luiz Carlos Borges, Renato Borghetti, com seus parceiros do Projeto Buenas e M’espalho, Angelo Franco, Cristiano Quevedo e Érlon Péricles, além de nomes como o de Yamandu Costa, Hique Gomez e Alessandro Penezzi. Também dividiu o palco duas vezes com sua referência, Mercedes Sosa, como convidada. Na Argentina, representa o Brasil há vários anos na Fiest a Nacional Del Chamamé.
A estampa desta mulher gaúcha tem inspirado jovens meninas a cantar e a se vestir. Em 2014, a artista lançou a grife Shana Müller Original, criada em parceria com a Santa Fé, de Gramado. Além disso, é colunista do Jornal Zero Hora, onde uma vez por mês assina a coluna Pampianas. É a primeira mulher a apresentar o Galpão Crioulo, programa exibido há mais de três décadas na RBSTV, ao lado de Neto Fagundes, desde 2012. Nos palcos, Shana Müller canta e encanta! Comunica-se com o público e prende a atenção, com um repertório regional gaúcho e latino-americano.
Músicas do disco /DVD Canto do Interior (2016):
Shana Müller – voz, bombo e ukulele / Felipe Barreto – violão nylon, aço e guitarra semi acústica / Cristian Sperandir – piano / Glauco Vieira – acordeon / Vaney Bertotto – bateria / Lucas Esvael – baixo
Direção Geral: Rene Goya Filho / Direção Musical: Duca Leindecker / Direção Artística: Shana Müller
01 – Canto do Interior – Shana Müller / Zelito / Paulinho Goulart  // 02 – Chama-me – Gisele de Santo / Fabrício Gamboji // 03 – Abre essa Gaita – Érlon Péricles / Zelito 
 
Contatos:
 

Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20

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