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O Sul Em Cima – Vitor Ramil

O SUL EM CIMA dessa semana é dedicado a obra de VITOR RAMIL, mostrando em especial músicas de seu mais recente trabalho CAMPOS NEUTRAIS

Parte 1:


Parte 2:

 

VITOR RAMIL
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Compositor, cantor e escritor, o gaúcho Vitor Ramil começou sua carreira artística ainda adolescente, no começo dos anos 80. Aos 18 anos de idade gravou seu primeiro disco Estrela, Estrela (1981), com a presença de músicos e arranjadores que voltaria a encontrar em trabalhos futuros, como Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Luis Avellar, além de participações das cantoras Zizi Possi e Tetê Espíndola.

1984 foi o ano de A paixão de V segundo ele próprio. Com um elenco enorme de importantes músicos brasileiros, este disco experimental e polêmico, produzido por Kleiton e Kledir, proporcionou ao público uma espécie de antevisão dos muitos caminhos que a inquietude levaria Vitor Ramil a percorrer futuramente. Eram 22 canções cuja sonoridade ia da música medieval ao carnaval de rua, de orquestras completas a instrumentos de brinquedo, da eletrônica ao violão milongueiro. As letras misturavam regionalismo, poesia provençal, surrealismo e piadas. Deste disco a grande intérprete argentina Mercedes Sosa gravou a milonga Semeadura.

Nos anos seguintes, Vitor Ramil  lançou os álbuns: TANGO (1987), À Beça (1995), Ramilonga (1997), Tambong (2000), Longes (2004), Satolep Sambatown  (2007), Délibáb(2010), Foi no Mês de Vem (2013) e Campos Neutrais (2017), seu décimo primeiro disco e o primeiro gravado em Porto Alegre.

CAMPOS NEUTRAIS

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Campos Neutrais é o nome do novo álbum e songbook que Vitor Ramil está lançando. É também o nome de uma das quinze canções do repertório. Querem saber de onde vem esse nome?

No Tratado de Santo Ildefonso, assinado no ano de 1777 pelos reinos de Portugal e Espanha, foi definida uma área neutral. Segundo o historiador Tau Golin, tratava-se originalmente de uma faixa-fronteira que atravessava o Rio Grande do Sul no sentido sudeste-noroeste.

Uma linha dessa faixa corria junto às nascentes de rios que corriam para o Rio de la Plata; a outra, junto às nascentes dos rios que corriam para o mar. A primeira delimitava o território pertencente a Espanha; a segunda, o de Portugal. Como o critério não se aplicava à costa, fixou-se como zona neutra a extensa planície que hoje compreende, aproximadamente, os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, incluindo as lagoas Mirim e Mangueira, as línguas de terra entre elas e a costa do mar.

Segundo o acordo, os espanhóis não passariam os arroios Chuí e São Miguel, ao norte. O limite ao sul para os portugueses seria o arroio Taim – linha reta até o mar. Com os anos, essa espécie de terra sem dono no extremo sul do Brasil viria a se tornar conhecida como os Campos Neutrais.

Os Campos Neutrais, atraindo para si toda a mística dos “espaços neutroz”, conforme definido no Tratado, entraram para a história como uma zona que, nos dizeres de Tau Golin, sofreu “confusa e criativa ocupação”, pois o considerável espaço que, segundo o Tratado, deveria ser de ninguém, transformou-se logo “em atrativo, principalmente para aventureiros de diversas origens, gaudérios, caboclos, sertanejos, e pobres do campo em geral, que nela passaram a transitar, prear o gado alçado, ou a se estabelecer, em contato com grupos indígenas que centenariamente já estavam na região. Nesta intrusão, destacaram-se os gaúchos lusos e castelhanos, e os paulistas”.

Outro historiador, Anselmo F. Amaral, chama atenção para “o acerto que fizeram as autoridades portuguesas e castelhanas quanto aos escravos que nos Campos Neutrais se estabelecessem, fugindo aos maus tratos dos patrões. Deveriam merecer eles proteção das autoridades, tanto do Taim como do Chuí”.

Ainda segundo o autor, os Campos Neutrais também foram lugar de refúgio e atividade para o changador – “homem sem Deus, sem rei e sem lei” – que apesar de ser tido como matreiro, bandido, abigeatário ou contrabandista, é considerado o gaúcho primitivo – filho de espanhóis ou portugueses com as índias -, que “agia sempre atendendo à sua condição de homem telúrico. Sempre só – tão somente ele na imensa pradaria! – estaria, assim, obrigado a adquirir uma concepção infinita de liberdade”. O espírito dos Campos Neutrais e o modo de vida dos primeiros gaúchos – a mítica combinação de vida campeira livre e aventuresca com aversão à autoridade – tinham, portanto, a mais completa afinidade.

Graças à rica mistura humana, ocorrida em grande parte à revelia das determinações oficiais dos reinos envolvidos, os Campos Neutrais tornaram-se emblemáticos da condição de fronteira do Rio Grande do Sul e do temperamento de seu povo. Na geografia, são hoje simbolizados principalmente pela reserva ecológica do Taim e seu entorno. No imaginário contemporâneo, abrigam ideias como liberdade, diversidade humana e linguística, miscigenação, comunhão, criatividade, fantasia e realidade, anti-oficialismo, anti-xenofobismo, inconformismo ou subversão, afirmando-se dessa forma também como uma reserva ecológica cultural.

O ÁLBUM

Foi com a intenção de corresponder a esse significado dos Campos Neutrais que foram reunidas as quinze músicas. O álbum tem três idiomas, português, espanhol e inglês; milongas e canções de muitos acentos e sotaques; parcerias com o paraibano Chico César e o maranhense Zeca Baleiro, com o poeta de Belém do Pará Joãozinho Gomes, com a poeta pelotense Angélica Freitas; música para poema do português Antônio Boto; uma versão para um clássico do norte-americano Bob Dylan, outra para uma canção do galego Xöel Lopez; letras que fazem referência a Satolep, Montevideo, Punta del Diablo, Buenos Aires, Belém do Pará, Barcelona, Londres, Hermenegildo e aos próprios Campos Neutrais; participações vocais dos mesmos Chico e Zeca e de Gutcha Ramil; percussões do argentino Santiago Vazquez; naipe de metais (tuba, trombone, dois trompetes e trompa) do Quinteto Porto Alegre; arranjos de metais do porto-alegrense Vagner Cunha; guitarra elétrica do também porto-alegrense e apanhador só Felipe Zancanaro; violão do buenairense del suburbio Carlos Moscardini. Os demais violões, voz e produção musical são de Vitor Ramil.

O engenheiro de som Moogie Canazio veio dos EUA para comandar as gravações, que aconteceram em Porto Alegre no recém-construído estúdio Audio Porto. O songbook foi feito pelo gaúcho Fabrício Gambogi e a programação visual do disco e do songbook pelo carioca Felipe Taborda. Rica mistura humana! “No ensaio A estética do frio (2003), escrevi que no Rio Grande do Sul não estamos à margem de um centro, mas no centro de uma outra história. Pois antevejo que esse projeto será, artística, cultural, espiritual e geograficamente, minha melhor ilustração dessa ideia”, conta Vitor.

As músicas apresentadas no programa O Sul em Cima são: Stradivarius, Angel Station, Contraposto, Satolep Fields Forever, Campos Neutrais, Labirinto, Isabel, Terra (Tierra), Se eu Fosse Alguém (Cantiga), Palavra Desordem, Duerme Montevideo e Ana (Sara).

http://www.vitorramil.com.br/
https://www.facebook.com/ramilongos/

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O Sul Em Cima – Thedy Corrêa

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de THEDY CORRÊA, em especial músicas do CD LOOPCÍNIO.

Parte 1

Parte 2

 

THEDY CORRÊA

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Thedy Rodrigues Corrêa Filho (Porto Alegre, 26 de julho de 1963), mais conhecido como Thedy Corrêa, é um músico e escritor, vocalista da banda de rock gaúcha Nenhum de Nós.

Thedy iniciou a carreira com o Nenhum de Nós em meados dos anos 1980, com um grande sucesso: a canção Camila, tida hoje como um clássico do rock brasileiro, que colocou a banda entre as grandes da cena no país. Ao longo de sua carreira, o Nenhum de Nós foi emplacando sucessos como O Astronauta de Mármore (versão do grupo para o sucesso de David Bowie Starman), Eu CaminhavaExtrañoSobre o TempoAo Meu RedorJornaisDiga a Ela, entre outras canções.

Em 2005 lançou Loopcínio onde gravou versões pouco convencionais de obras do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues. As canções receberam melodias eletrônicas, com linguagem pop, moderna e ao mesmo tempo romântica. Tem participação de Sacha Amback.

Em 2006 lançou seu primeiro livro intitulado Bruto, uma reunião de poemas, entre eles letras de algumas canções do Nenhum de Nós com as histórias e circunstâncias que as geraram. Seu segundo livro lançado em 2010 pela L&PM, intitulado “Livro de Astro-Ajuda”, reúne contos e alguns textos publicados em seu blog, o qual recebe o mesmo nome. Além de contar, também, mais sobre o Nenhum de Nós. Histórias tais como a viagem à China, quando a banda foi chamada para se apresentar na Expo Xangai 2010, um dos eventos mais importantes do calendário cultural do mundo. Thedy é torcedor fanático do Internacional, tendo inclusive um blog onde faz comentários quase que diários sobre o seu clube de coração.

LOOPCÍNIO

Thedy Corrêa gravou em 2005 um álbum de releituras para canções de Lupicínio. O disco se chama “Loopcínio” e apresenta as músicas em versões construídas por uma combinação entre melodias eletrônicas, linguagem pop e romantismo.

A ideia de Thedy foi apresentar o repertório clássico de canções como Ela Disse-Me AssimEsses Moços (Pobres Moços), Se Acaso Você Chegasse e Felicidade, entre outras, para o público jovem, o mesmo que ainda lota shows do Nenhum de Nós ao redor do País.Porém, quando se fala em eletrônica, não é a eletrônica de DJs, de pista, beats acelerados e baticum que recheia Loopcinio. O tom do disco é charmoso, com elementos eletrônicos, batidas leves que desnudam as letras violentamente belas do compositor gaúcho em um clima próximo da bossa. “A ideia era valorizar a palavra”, conta Thedy.

Segundo Thedy, mais de 40 músicas foram selecionadas para o projeto em um primeiro momento. “Na segunda (tesourada) ficaram umas vinte. E até o final havia umas 15, e a gente foi lapidando e escolhendo aquelas que faziam uma história, porque o disco tem começo, meio e fim. As 11 músicas contam uma história. Mas a obra dele é muito vasta”, aponta o cantor, que chegou a estudar a vida de Lupi.

“Li até tese de mestrado falando do Lupicínio”, conta o vocalista, que recebeu o apoio nas programações e na produção de Sacha Amback. O percussionista Ramiro Musotto, o músico Milton Guedes, a cantora Adriana Maciel, o rapper Damien Seth e a filha Stellinha também participam do disco.

O resultado de toda essa combinação é um álbum bonito, que revela – mais uma vez – o grande compositor que foi Lupicínio Rodrigues. Ela Disse-me Assim abre o disco com a voz de Thedy à frente, a letra serpenteando sobre uma cama de teclados e uma percussão leve. Nervos de Aço, uma das canções mais doloridas de Lupi, ganhou um arranjo forte e denso.

“Ela tem uma proposta, uma estética, um conceito, diferentes da versão original. Tem uma justificativa, pra mim, plástica: quando eu pensei no arranjo dela, ela estava muito mais perto de cinema do que de música”, conta Thedy.

Esses Moços (Pobres Moços) combina guitarra, baixo e programações com um rap em francês. “Eu sempre tinha isso na minha cabeça: ‘Quem são esses moços hoje? Quais desses moços eu poderia retratar nesse disco?’. E quando eu fiquei sabendo que o Damien estava lá, eu pensei: ‘Bah, Esses Moços é hip hop, é rap, é música negra’. Então eu peguei um sampler de soul music no saxofone. Fiz uma batida meio r&b, e quando ele entra com aquele rap, em francês ainda por cima, fica só a referência do hip hop. As pessoas não entendem direito, fica aquela coisa meio elegante, meio interessante por ser um rap. Eu queria causar essa sensação”, conta.

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Recado Não Aceito, uma das grandes canções do disco, conta com a participação de Adriana Maciel. “Ela é uma amiga minha de muito tempo. Foi visitar o estúdio e eu tinha muita vontade de fazer um dueto nessa canção, que é uma coisa que se fazia muito antigamente, quando a música tinha um discurso que cabia para os dois. Eu canto e ela canta porque a história serve pros dois, essa história de não mandar recado e falar frente a frente”, explica.

Vingança exibe a veia honesta da “poesia” de Lupi. “Eu gostei tanto quando me contaram / Que lhe encontraram bebendo e chorando / Na mesa de um bar”, diz a letra.

Para o meio do álbum, canções suaves como a bela Volta (“Vem viver outra vez ao meu lado / Não consigo dormir sem teu braço / Pois meu corpo está acostumado”, canta Thedy), Cadeira Vazia e Tola, que conta com a harmônica de Milton Guedes. O trecho final do disco começa a se delinear com a clássica Se Acaso Você Chegasse, brasileirísima.

Felicidade abre com a voz de Stellinha, filha de Thedy. “Quando cheguei pra fazer Felicidade – e eu queria muito que ela tivesse no disco – eu estava quebrando a cabeça de como eu iria agregar algum sentido, algum significado novo. Era uma música que já tinha sido gravada tantas vezes, e tão bem gravada”, explica Thedy.

“Então eu ouvia muitas vezes, tocava no violão, mexia na harmonia. Um dia eu estava trabalhando nela no estúdio e a Stellinha estava sentada do meu lado. Quando eu comecei a cantar a música, ela começou a cantar junto. E na hora eu pensei: está aqui. Ela esvaziou completamente o sentido melancólico da música e deu um outro sentido para aquilo que ela estava dizendo. Porque uma criança de 4 anos – na época – cantando “Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito” não combina. E ficou legal. E no fim é uma das músicas que as pessoas mais comentam do disco, dizendo que se emocionam muito quando a ouvem. Por isso eu falo do começo, meio e fim do disco. A gente vai conduzindo a um estado emocional que quando chega nessa música é uma paulada que ninguém espera”, comenta.

Sombras fecha o álbum “que me diz o quanto eu já fui feliz”.

Loopcinio não substitui de maneira alguma as obras clássicas do mestre, mas dá uma sacudida no repertório de Lupi e o entrega de bandeja no colo da molecada (e é gostoso de ouvir em dias frios). Fãs de última hora do velho Lupi e puristas vão sair em desagravo ao lançamento. No entanto, Thedy fez um trabalho honesto, em que interpreta com respeito a obra do mestre e entrega um bom disco pop ao público. Thedy foi corajoso na empreitada.

As músicas que vamos apresentar no programa são: Ela Disse-me Assim, Nervos de Aço, Esses Moços, Recado Não Aceito, Vingança, Volta, Cadeira Vazia, Tola, Se Acaso Você Chegasse, Felicidade e Sombras.

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O Sul Em Cima – Mário Barbará e Chico Saratt

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de MÁRIO BARBARÁ e CHICO SARATT, em especial músicas do CD/DVD Desgarrados.

Parte 1

Parte 2

 

Mário Barbará e Chico Saratt
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O DVD/CD DESGARRADOS vem contar a história musical da parceria de Mário Barbará com Chico Saratt que acontece há mais de 30 anos.

A admiração de Chico Saratt por Mário Barbará foi o ponto de partida para a gravação deste trabalho, gravado dia 17 de fevereiro de 2017 no Gravador Pub, e lançado no dia 30 de junho no Teatro CIEE em Porto Alegre. O DVD tem a direção de Rene Goya Filho, com a direção musical de Paulinho Goulart. A captação foi realizada pelos estúdio Fly audio e a masterização deste trabalho de Marcos Abreu.

A banda que gravou este trabalho tem a formação seguinte: Nos teclados Paulinho Goulart, nos contrabaixos acústico e elétrico, Miguel Tejera, nos violões Matheus Alves, no acordeon Guilherme Goulart, nas guitarras Rafael Schüller e na bateria Marco Michelon. O DVD ainda conta com as participações especiais de Thedy Correia, Hique Gomes, Ernesto Fagundes, Neto Fagundes, Dado Jaeger, Nilton JR, Texo Cabral e Renato Borghetti. A Produção Executiva é de Jaqueline Mielck.

Chico Saratt
Começou a carreira de músico no ano de 1982, na cidade de São Borja. Participou de inúmeros festivais nativistas do RS, tendo vencido em inúmeras oportunidades, com destaque para a conquista da Calhandra de Ouro na Califórnia da canção de 1998 (Uruguaiana) e a Moenda da Canção (Santo Antônio da Patrulha por três vezes. Sempre participou ativamente do meio artístico/cultural no Estado do Rio Grande do Sul, especialmente na cidade de Porto Alegre. De 1989 a 1991 fixou residência na Europa, difundindo a música regional gaúcha e brasileira no velho mundo. A partir de 1992 retoma sua carreira no Brasil.

Mario Barbará
É um compositor que transformou a música regional na década de 80, com seu grande sucesso “Desgarrados”, em parceria com Sergio Napp. Essa canção, que venceu a Califórnia da canção de Uruguaiana em 1981, foi um marco na história da música regional gaúcha, pois foi a primeira vez, que uma música da linha de projeção folclórica conquistou o prêmio máximo daquele importante festival, “a Calhandra de Ouro”. A partir de 1984, com o crescimento do mercado musical nativista, Mário Barbará passa a dedicar-se preponderantemente a este gênero musical sem, jamais, abandonar outros.

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Vamos apresentar no programas O Sul em Cima, as músicas:  Era Uma Vez (Mário Barbará  e Aparício Silva Rillo) / Roda Canto (M. Barbará e A. S. Rillo) / Campesina (M. Barbará e Sérgio Napp) / Portas do Sonho (M. Barbará e S. Napp) / Retirante (M. Barbará / S. Napp) / Colorada (M. Barbará / A. S. Rillo) / Presságio ( Mário Barbará) /  Rua da Minha Infância (M. Barbará e Ubirajara Raffo Constant) / Xote da Amizade (Mário Barbará) /  Medo ( M. Barbará e Ildefonso Barbará Dornelles) / Romaria dos Motoqueiros (M. Barbará / Luiz Coronel) / Desgarrados (M. Barbará / Sérgio Napp).

Informações para imprensa e agenda de entrevistas com Rosane Furtado: 51 99588-6434 / 3242-8651

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O Sul Em Cima – Lara Rossato

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da cantora e compositora LARA ROSSATO, em especial músicas de seus álbuns DOCE e MESA PARA DOIS

Parte 1

Parte 2

 

Lara Rossato
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Fazer carreira na música era uma realidade distante para a menina criada em uma área rural. Ainda assim, Lara Rossato subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos. E decidiu que ali seria o seu lugar.

Vinda de uma família que vive no interior de Dom Pedrito, seus primeiros anos escolares foram em uma escola na fronteira com o Uruguay, perto da casa de sua mãe, onde ela ouvia no rádio as canções que tocavam naquele pais. Quando se mudou para a área urbana de Dom Pedrito fez amigos ligados à música e subiu ao palco a convite deles para cantar algumas canções.

“Eu era uma criança livre, criativa, desenhava histórias em quadrinhos, dançava, escrevia poemas. Nunca imaginei que iria me apaixonar pela criação de melodias e letras, nunca achei que tinha voz para cantar…”. “Minha primeira vez em um palco foi aterrorizante, minhas mãos tremiam, eu não sentia minhas pernas, mas ao final da canção o pessoal aplaudiu, acho que gostaram (risos) mas eu apesar do medo, senti que já sabia tudo sobre estar no palco, que era algo meu..– Trechos de entrevista para Rádio FM cultura de Porto Alegre.

Depois de se apresentar em diversos lugares em sua cidade natal e região, Lara mudou-se para Pelotas em 2005 para dar continuidade à sua carreira como cantora e compositora, participando de várias bandas e lançando seu primeiro disco demo intitulado “Doce“, um disco com influências mais roqueiras e pitadas latinas, com todas as letras e músicas de sua autoria. Ela comenta que esse disco foi feito com poucos recursos já que na época também trabalhava e estudava.

Em 2012, mudou-se para Porto Alegre sem conhecer ninguém na capital, mas disposta a investir ainda mais na carreira musical.  Enquanto escrevia para seu segundo disco, entrou para o coletivo de compositores ESCUTA – O SOM DO COMPOSITOR (um movimento de artistas que fomentava a cena autoral da cidade). Nesse ano, Lara fez seus primeiros shows na cidade enquanto trabalhava compondo e gravando para produtoras de áudio.

Mesa Para Dois
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Em setembro de 2014 “Mesa para dois” foi lançado na web, com uma sonoridade pop e arranjos orgânicos. Produzido por Guilherme Almeida em São Paulo, o disco gerou ótimas críticas na imprensa, mostrando a evolução pessoal e profissional na vida da artista.

“O álbum mostra uma cantora e compositora de personalidade forte, com letras bem construídas, quase todas de temática romântica. Uma das revelações do pop gaúcho” – Juarez Fonseca, crítico musical e colunista do Jornal Zero Hora.

O disco chegou carregado de letras ligadas à relacionamentos e experiências que viveu, com arranjos que misturam o violão acústico com batidas mais dançantes.  Além das versáteis canções, sua voz também teve um grande destaque.

“Uma linda e multifacetada voz, que pode sussurrar e ser potente com a mesma consistência, sem falar da capacidade de compor coisas simples e belas que soam quase despretensiosas e por isso mesmo tem personalidade e beleza…” – Fabrício Simões, fotógrafo – Velvet Studio.

“Mesa para Dois valoriza a amplitude da voz de Lara, sem deixar que isso se traduza em mera demonstração de técnica vocal, e capricha nos arranjos. São canções com aquela vocação para serem repetidas sem cansar o ouvinte, pelo contrário, tendem a viciá-lo mais e mais na audição, encantando da faxineira ao gerente da empresa. Música pop feita por quem ouviu muito o estilo, e se dedicou a aprender a fazê-lo.”

 Leo Vinhas, jornalista e escritor no blog Scream and Yell.

O disco “Mesa para dois” ganhou menção honrosa pelo site Embrulhador no Prêmio “Melhores da música Brasileira” em 2015 e em outubro do mesmo ano Lara foi escolhida para representar o Brasil no segundo maior festival da América Latina: o Festival Internacional de la canción de Punta del Este, no Uruguay. Na volta para o Brasil, Lara foi convidada para fazer parte do selo Loop Discos, após Edu Santos (produtor e sócio fundador do selo) assistir um vídeo seu na internet, interpretando “Julho de 2013”, single do seu novo disco.

Em fevereiro de 2016, ela tocou com sua banda no popular bar Opinião em Porto Alegre junto com colegas do selo Loop Discos. Após esse show Lara recebeu vários convites, sendo um deles para tocar no “Sunset Beira Rio” antes do show da banda Rolling Stones. Ainda nesse mesmo ano Lara foi destaque na conceituada revista “Donna” do jornal Zero Hora, sendo indicada como uma das representantes das novas vozes do Rio Grande do sul junto com outras quatro cantoras.  Em agosto, ganhou o troféu de melhor intérprete no 6º Festival de música da Juventude de Porto Alegre e foi homenageada em sua cidade natal ganhando o título de Cidadã Ilustre pelos feitos conquistados em sua ainda curta carreira. Em 2017 Lara foi convidada para cantar na Festa Nacional da Música e no 9º Festival de Inverno de Porto Alegre.

Como compositora, Lara Rossato se destaca assinando músicas que fez para vídeos promocionais de grandes marcas nacionais.

Ela também atuou como diretora de fotografia e roteirista em alguns videoclipes próprios e de outros artistas.

Atualmente ela está se preparando para o lançamento de um novo material discográfico sem data prevista.

Contatos:
https://www.facebook.com/LaRossato/
https://www.lararossato.com/

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O Sul Em Cima – Mirianês Zabot

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da cantora e compositora MIRIANÊS ZABOT

Parte 1

Parte 2

 

Mirianês Zabot
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Mirianês Zabot é cantora e compositora nascida em 26/4/1981 em Ciríaco/RS. Começou sua carreira aos 14 anos, cantando em uma banda de baile chamada Ritual Show em São Domingos do Sul – RS. Antes disso, aos 12 anos já havia participado de alguns festivais.  Estudou violão, canto e teoria musical com vários professores e técnica vocal na Universidade de Passo Fundo. Já em São Paulo onde mora desde 2006, continuou os estudos na EM&T. E também com as cantoras Izabel Padovani, Pat Escobar, Magali Mussi entre outros.

A história profissional de Mirianês Zabot é rica e diversificada. Ela já fez de tudo: participou de festivais, cantou em corais, fez parte de bandas de baile, trabalhou com publicidade, integrou grupos de música nativista, cantou em bandas de forró e reggae, fez participações especiais em gravações de discos e DVDs de músicos dos mais diversos gêneros, deu aulas de canto, atuou em espetáculos teatrais musicais. Ainda mantém algumas dessas atividades.

Em 2009, lança seu primeiro CD e DVD “MOSAICO FOTO – PROSAICO”. O repertório traz música popular brasileira (passeia por diversos ritmos musicais, como samba, baião, valsa e outros) com canções inéditas de novos compositores e algumas releituras de nomes já consagrados como Paulo César Pinheiro e Paulinho Tapajós. Além de Mirianês Zabot (voz e vocais), participaram desse trabalho os músicos Itamar Collaço (contrabaixo e arranjos), Percio Sapia (Bateria e arranjos) e Marinho Boffa (piano, arranjos e cordas).

Mirianês Zabot canta Gonzaguinha – Pegou um sonho e partiu
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Em 2016, lança o CD MIRIANÊS ZABOT CANTA GONZAGUINHA – PEGOU UM SONHO E PARTIU.

“A voz suave de Mirianês Zabot desliza com segurança pelas canções de Gonzaguinha. A delicadeza dos arranjos ressalta um estilo próprio e é mais do que um convite para se deliciar com os dois: Mirianês e Gonzaguinha”.

(Por Regina Echeverria Jornalista e biógrafa, autora de Gonzaguinha e Gonzagão – Uma História Brasileira, em que se baseou o filme Gonzaga – De Pai pra Filho)

“No ano em que lembramos um quarto de século sem Gonzaguinha (2016), uma voz distinta soa suave e límpida para saudar a certeza da eterna presença do compositor. É a voz de Mirianês Zabot, dona de um poder balsâmico capaz de transformar aspereza em brandura, rascância em delicadeza, derramamento em contenção, tudo isso enquanto, mais do que preservar a essência do seu cancioneiro, lhe empresta novas e insuspeitadas possibilidades de interpretação.

―”Há muito tempo que eu caí na estrada”, canta Mirianês, e o verso bem que poderia se aplicar à sua própria trajetória. Adolescente em meados dos anos 90, ela deixou a cidadezinha de São João Bosco, desceu a serra gaúcha — como Gonzaguinha descera o morro São Carlos, no Estácio — e fez o que o coração mandava: “Pegou um sonho e partiu”. Não por acaso a frase batiza o álbum dedicado ao autor de “Com a Perna no Mundo”, uma das faixas mais autobiográficas do CD.

Gonzaguinha ganhou interpretações inesquecíveis de divas da música popular brasileira, entre elas Elis Regina, Maria Bethânia, Claudette Soares e Simone. Pois nessa constelação, a estrela de Mirianês, já vislumbrada no trabalho anterior, Mosaico Foto Prosaico, pisca com uma luminosidade abundante, como a demonstrar que interpretações podem ser inesquecíveis, sim, mas não definitivas.

Respeito, não reverência; criatividade, não invencionice – talvez seja essa, a melhor definição dos arranjos assinados por Oswaldo Bosbah, também responsável, ao lado de Mirianês, pela produção musical. A banda é formada por Oswaldo Bosbah (arranjos, produção musical e violão), Marinho Boffa – pianista que acompanhou Gonzaguinha em show e gravação –, Mário Manga (guitarra e violoncelo), Welington Moreira, o Pimpa, na percussão, Pratinha Saraiva (flauta e bandolim), e dois ex- integrantes do Zimbo Trio: o baixista Itamar Collaço e o baterista Percio Sapia.

O CD fecha com uma faixa bônus, “Vidas Idas”, um samba de Bosbah e Mirianês que dialoga com o universo do compositor.

Por isso tudo, parafraseando Gonzaguinha, diga-se: quando ela soltar sua voz, por favor, escute.”

(Por Oscar Pilagallo, jornalista e escritor)

Vamos ouvir no programa O Sul em Cima, as músicas:

Anabela (Mário Gil / Paulo César Pinheiro), Mosaico Foto-Prosaico de Nª Srª Aparecida (New / Luis Mauro Vianna), Canções (Ricardo Pacheco / Caetano Silveira), Reza (Marcelo Onofri / Raul Boeira), O Baba do Chico (Jerônimo Jardim / Paulinho Tapajós) e o Segredo Secreto da Vida (Alegre Corrêa) do CD “Mosaico Foto Prosaico”  e as músicas de Gonzaguinha: Maravida, De Volta ao Começo (participação especial de Claudette Soares), Com a Perna no Mundo, Sangrando, Espere por mim, morena e Caminhos do Coração e também a música Vidas Idas (Oswaldo Bosbah e Mirianês Zabot) do CD “Mirianês Zabot canta Gonzaguinha – Pegou um Sonho e Partiu”.

Contatos:

https://www.facebook.com/mirianeszabot

http://www.mirianeszabot.com.br

E-mail: producao@mirianeszabot.com.br

Fone: (11) 9 8390-8201

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O Sul em Cima – Fátima Regina

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de FÁTIMA REGINA, em especial músicas do seu novo álbum “O Beijo, o erro e o toque”.

Parte 1

Parte 2

 

FÁTIMA REGINA
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Dona de uma voz inconfundível e extremamente afinada. Ela faz parte de um reduzido grupo de intérpretes da Música Popular Brasileira, que canta com emoção e criatividade. Além de cantora e compositora, ela é violonista, pianista e graduada em educação pela Universidade de Campinas (UNICAMP).

Aos 14 anos, deu início à carreira musical quando teve seu primeiro grupo vocal, o Quarteto em Fá, que participou de vários festivais estudantis e diversos programas de televisão no   sul do país.

Ao longo de sua carreira ela conquistou a amizade, a admiração e fez parcerias com  inúmeros nomes da música nacional e internacional. Dentre eles estão a dupla Kleiton e Kledir, João do Vale, Xangai, Billy Paul, Armando Manzzanero, Cláudio Nucci, Roberto Menescal, Sérgio Natureza, Nei Lopes, Luiz Fernando Gonçalves, Aécio Flávio, Luiz Carlos Miélle, Paulinho Tapajós, entre outros.

Fátima Regina participou também de importantes projetos na SALA FUNARTE, no Rio de Janeiro, e integrou o Projeto Pixinguinha, percorrendo todo o nordeste ao lado de Cauby Peixoto e Zezé Gonzaga.

Durante seis anos, foi “backing vocal” de Roberto Carlos, percorrendo todo o Brasil, América Latina, USA e Europa. Durante este tempo, a cantora não deixou de lado sua carreira de solista e aproveitou a oportunidade para firmar parcerias que asseguraram temporadas bem sucedidas no Peru, México, Estados Unidos e República Dominicana.

Fátima Regina esteve presente no cenário musical do Rio de Janeiro e do Brasil, em várias tournées de artistas internacionais. Dentre elas, podem se destacar a do cantor americano Billy Paul, que gravou a canção “My Great Emotion”, composta em parceria com o maestro  Aécio Flávio.  E também na tournée do  cantor e compositor e grande maestro mexicano Armando Manzzanero, como convidada especial.

Participou, ainda,  da gravação do especial do cantor e compositor espanhol Alejandro Sanz para a Rádio JB FM e para a novela Celebridade, da Rede Globo de Televisão.

Paralelo à carreira musical, a cantora apresentou durante três anos o Programa Sinal Aberto, na TV Educativa, onde mostrava ao público novos talentos da MPB e da Música Instrumental. Ela também atua como locutora e cantora em gravações de jingles, tendo sido considerada a voz anônima mais conhecida do Brasil. Dentre as campanhas mais importantes estreladas por ela, está a da Coca Cola, na Copa do Mundo de 1982.

Em 1999, Fátima Regina teve participação na gravação  da trilha principal do filme ‘Toy Story II’, interpretando a canção da boneca Jéssica. Em 2005, lança o CD “Mãos de Afeto” produzido pelo renomado músico Ricardo Leão, onde além de apresentar várias composições próprias, grava canções ainda inéditas de Cristovão Bastos, Sérgio Natureza e regrava o clássico de Ivan Lins e Victor Martins – Mãos de Afeto. Este CD tem ainda as participações especiais de Oswaldo Montenegro, Roberto Menescal, Cristovão Bastos, Marcos Suzano e Sérgio Chiavazzoli.

Em 2008, lança o CD “Minha Praia é a Bossa”.Nesse CD ela assume definitivamente seu lado jazzista e de bossa nova, reunindo o melhor dos dois gêneros.

O Beijo, o Erro e o Toque
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Em 2016, inicia um novo trabalho , ao lado do violonista Pedro Braga, seguindo seu instinto de olhar com atenção as novas tendências, Fátima Regina mergulha em um novo universo musical, que parte da gravação de um CD Autoral, com músicas de seu filho, o Jovem e talentoso Cantor e Compositor Pablo Martins e vai além, lança seu novo show “O Beijo, o Erro e o Toque”, no qual debruça sobre o repertório de artistas da chamada “Nova MPB”.

Discografia

– Velas ao Vento – 1988

– Ventos a Favor – 1990

– Mãos de Afeto – 2005

– Minha Praia é a Bossa – 2008

– O Beijo, o erro e o toque – 2016

Contato : (21) 966288989
producaofatimaregina@gmail.com

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O Sul Em Cima – Iso Fischer

O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a obra de ISO FISCHER. Vamos apresentar músicas dos álbuns “Camera Pop” e “Valsa da Vida”.

Parte 1

Parte 2

 

ISO FISCHER

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O cantor, compositor, pianista e arranjador paulista Iso Fischer, aos 17 anos de idade, venceu um Festival de Música em Penápolis – SP, sua cidade natal, com a canção “Libertação” de cunho “Tropicalista” e influência de Mutantes.

Durante o curso de Medicina na FMUSP atuou no centro acadêmico Oswaldo Cruz como diretor de discoteca, ator e compositor de trilhas sonoras no grupo de teatro, coordenador de espetáculos musicais e integrante do coral de 1973 a 1978. Em 1979 em Campo Grande – MS, formou o grupo “Iso Fischer e Amigos”, com o qual dividiu o palco com Almir Sater, Geraldo Espíndola, Paulo Simões e Guilherme Rondon. Ele desenvolveu trabalhos musicais de coro cênico, um movimento inédito na cidade até então, com o grupo vocal Salada de Frutas.

Foi membro do Conselho Estadual de Cultura de Mato Grosso do Sul. Em 1984, sua composição “Isso e aquilo” em parceria com Guilherme Rondon é gravada por Nana Caymmi e César Camargo Mariano (LP “Voz e Suor”).

Em 1985, mudou-se para Curitiba – PR, onde reside até hoje. De 1994 a 2001, exerceu o cargo de diretor tesoureiro da Associação dos Compositores do Estado do Paraná (Clube do Compositor), da qual foi um dos sócios fundadores. Participou, como compositor, arranjador, instrumentista e cantor, de diversas oficinas de música do Conservatório de MPB, em algumas delas, executando arranjos seus para coro, sob a regência de Marcos Leite.

Realizou, de 1994 a 2000, diversos shows autorais em Curitiba. Em 1999, lançou seu primeiro CD – “Camera Pop”, que lhe rendeu no ano seguinte o Troféu Saul Trumpet, como melhor compositor de 1999. Ainda em 2000, montou, com a cantora e compositora Etel Frota, o espetáculo “Alphonsus Guimaraens, o poeta da lua”, para o qual compôs 16 canções, a partir de textos do poeta simbolista. Assinou, ainda, os arranjos e a direção musical do espetáculo.

De 2000 a 2004, criou trilhas sonoras para as peças teatrais: “Colônia Penal”, indicado em 2001 ao Prêmio Gralha Azul na categoria Melhor composição musical; “Homem elefante” e “A Metamorfose”.

Em 2006, comemorando 40 anos de carreira como compositor, um trabalho com seu irmão, o cantor e ator Tato Fischer, culminou no CD – “Valsa da Vida, as canções de Iso Fischer na voz de Tato Fischer”, gravado ao vivo no Teatro Paiol em Curitiba, lançado em 2009.

Realiza em 2012, no Teatro Paiol, o Show “180 Graus”, com os parceiros Etel Frota e Guilherme Rondon, em que os três comemoram seus aniversários de 60 anos. Também em 2012, realiza em Campo Grande – MS, na Escola Arte Viva de Música, o Sarau “Valsa da Vida”, com participação de Luciana Fisher, Clarice Maciel, Sofia Maciel e Guilherme Rondon.

Em suas apresentações musicais, bem como em seus trabalhos registrados em CD, Iso canta suas composições feitas em parcerias com:  Guilherme Rondon, Alexandre Lemos, Lucina Carvalho, Luhli, Zé Edu Camargo, Sonekka, Tato Fischer, Alice Ruiz, Paulo Leminski, Etel Frota, Paulo Bafile, Gilvandro Filho, Marcelo Sandmann, Helena Kolody e outros.

Em 2014, foi gravada pela cantora de Campo Grande – MS, Luciana Fisher as suas canções: “A Cor do Meu amor” (com sua participação) e “Horizontes” (esta, em parceria com Guilherme Rondon e Paulo Simões). Em 2015, teve duas canções em parceria com Etel Frota, presentes no CD – “Flor de Dor” do trio vocal “O Tao do Trio”, de Curitiba – PR. “Cidoidania” e “Dolor”, esta última dando o tom do CD, e gerando seu nome.

Vamos apresentar no programa O Sul em Cima, músicas dos álbuns “Camera Pop” e “Valsa da Vida, as canções de Iso Fischer na voz de Tato Fischer”:

Mais Uma Canção (Iso Fischer e Zecca wachelke) // Origami (I.Fischer e Etel Frota) // Horizontes (Guilherme Rondon, I.Fischer e Paulo Simões) // Ismália (I.Fischer e Alphonsus de Guimaraens) // Luz Negra (I.Fischer e Adalberto Lamerato Costa) // Paraná Blues (Iso Fischer) // Modinha (I.Fischer e Paulo Bafile) // Olho…Acho (I.Fischer) // Alchimia (I.Fischer) // Depende Só de Mim (I.Fischer e Luhli), Épica (I.Fischer. Raymundo Rolim e Etel Frota) // Valsa da Vida (I.Fischer) // Só (I.Fischer e Etel Frota) // A Parceria (Iso Fischer).

Contato: https://www.facebook.com/iso.fischer

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O Sul Em Cima – André Mehmari

O SUL EM CIMA especial dessa edição é dedicado a obra do pianista, arranjador, compositor e multi-instrumentista ANDRÉ MEHMARI. Vamos apresentar em dois programas, músicas dos álbuns Gismontipascoal, Ouro Sobre Azul, As Estações na Cantareira e Canteiro.

Programa 1 – Instrumental
Parte 1

Parte 2

 

Músicas do álbum “Gismontipascoal”:
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Gismontipascoal (Hamilton de Holanda/André Mehmari), Lôro (Egberto Gismonti), O Farol que nos Guia (Hermeto Pascoal) e Chorinho Para Eles (André Mehmari).

Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti: dois pilares fundamentais da música brasileira moderna são a inspiração e a motivação do encontro musical da premiada dupla André Mehmari e Hamilton de Holanda. Representantes legítimos e guardiões exemplares desta bela e longa tradição de músicos, o duo interpreta com rigor e espontaneidade as geniais composições dos mestres.

Músicas do álbum “Ouro Sobre Azul”:
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Suite Nazareth – Solo, Odeon e Ouro Sobre Azul.  O CD Ouro Sobre Azul apresenta André Mehmari, ao piano, interpretando obras de Ernesto Nazareth.

Músicas do álbum “As Estações na Cantareira”:
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Outono, Inverno, Primavera e Verão.  André Mehmari junta-se a Neymar Dias (contrabaixo e viola caipira) e Sérgio Reze (bateria), para gravar como peça central a suíte inédita “As Estações na Cantareira”, em quatro movimentos, explorando amplos contrastes de afeto e dinâmica numa formação clássica.

 

Programa 2 – Músicas do álbum “Canteiro” – André Mehmari e convidados
Parte 1

Parte 2

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À Beira da Canção (André Mehmari / Carlos Fernando) , O Cântico dos Quânticos (A.M / Bernardo Maranhão) , Pra Amada Imortal (A.M. / Bernardo Maranhão),  Clara (A.M. / Sílvio Mansani), Guardar (A.M. / Makely Ka) , Baião de Reza (A.M. / Sérgio Santos) , Festa dos Pássaros (A.M. /  Bernardo Maranhão) , Viagem de Verão (A.M. / Arthur Nestrovski), Valsa Russa (A.M. / Leandro Maia), Sal, Saudade (A.M. / Leandro Maia) ,Luzidia (A.M. / Leandro Maia) ,  Canteiro (André Mehmari) , Vento Bom (A.M. / Sérgio Santos)  e Brilha o Carnaval (A.M / Luiz Tatit).

O álbum duplo é o primeiro de Mehmari totalmente dedicado à sua produção de canções. “Minha intenção foi criar em cada canção uma fábula, um microcosmo que dialoga com esse jardim, o Canteiro. Pude contar com muitos cantores, músicos e letristas para o projeto e reunir tanta gente boa aqui me deu muitas alegrias…”.

A concepção está em primeiro plano no disco de Mehmari, que usa de todas as suas virtudes em prol do sagrado encontro entre letra e melodia. Encontro no qual ele mesmo afirma estar um dos maiores legados da música nacional.

ANDRÉ MEHMARI

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Pianista, arranjador, compositor e multiinstrumentista. Músico de destaque no cenário nacional, é autor de composições e arranjos para algumas das formações orquestrais e câmera mais expressivas do país, como OSESP, Quinteto VIlla-Lobos, OSB, Quarteto de Cordas da Cidade de S.P, entre outros. Como instrumentista, já atuou em importantes festivais brasileiros como Chivas, Heineken, Tim Festival e no exterior, como Spoleto USA e Blue Note Tokyo. A discografia já reúne oito cds solo, além de participações em numerosos projetos.

André Mehmari nasceu em Niterói em 22 de abril de 1977 e encontra a música ainda na primeira infância, influenciado pela mãe, a quem assistia tocar piano na sala de casa. O interesse pela música persiste e aos oito, ingressa numa escola de música em Ribeirão Preto, para onde a família havia se mudado. Nessa época, descobre o jazz e a improvisação.

Por duas vezes, é selecionado para participar como bolsista do Festival de Inverno de Campos do Jordão (1993 e 1994). Em 93 é orientado por Roberto Sion e Gil Jardim, integrando a big band do festival, com a qual atua até 96. Em 94, tem a oportunidade única de conhecer o lendário maestro Moacir Santos, participando de sua classe de arranjo. Depois, realiza seu primeiro concerto com composições próprias no Festival Internacional Música Nova, em Ribeirão Preto (1995). Pouco depois, retornaria para o Festival de Inverno de Campos do Jordão como solista acompanhado pela Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo (1999).

Muda-se para São Paulo em 1995, para prosseguir os estudos de piano erudito com Amílcar Zani no Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Paralelamente ao estudo autodidata de arranjo e composicão na biblioteca da faculdade, freqüenta aulas de Willy Corrêa, Olivier Toni, Régis Duprat e Lorenzo Mammi, entre outros. Assim inicia a fase dos prêmios e distinções.

Recebe duas vezes o Prêmio Nascente (USP-Editora Abril): na categoria Música Popular-Composição, com os temas “De Sol a Sol” e “Capim Seco” (1995), e na categoria Música Erudita-Composição, com “Cinco Peças para Quatro Clarinetes e Piano”, dedicada ao grupo de câmara Sujeito a Guincho (1997).

Em âmbito nacional, conquista o primeiro lugar no Prêmio VISA de MPB Instrumental (1998) e é amplamente elogiado pela crítica e público. É assim que grava seu primeiro disco, pela Gravadora Eldorado, ao lado do contrabaixista Célio Barros, também premiado no certame. Pouco depois, os dois se juntam ao baterista Sergio Reze e lançam o CD ” Odisséia” (1998), baseado na improvisação total.

Após conquistar o primeiro lugar no concurso nacional de composição “Sinfonia para Mário Covas” com sua Sinfonia Elegíaca, o multiinstrumentista lança o álbum “Canto” (1999), onde toca cerca de vinte instrumentos musicais. No Heineken Concerts, marca presença como pianista e arranjador, ao lado de Mônica Salmaso, Proveta, Rodolfo Stroeter, Tutty Moreno e Toninho Ferragutti (2000). No ano seguinte participaria do Chivas Jazz, no quarteto de Moreno.

Por ocasião dos 450 anos da cidade de São Paulo, compõe “Sarau pro Vadico”, uma fantasia para orquestra sinfônica e quinteto de clarinetes, a partir de temas do compositor paulistano Oswaldo Gogliano, o Vadico. A estréia se deu no Theatro Municipal da cidade, com a Orquestra Experimental de Repertório. No mesmo ano, grava o álbum “Lachrimæ” onde equilibra composições próprias com clássicos da nossa música em arranjos de grande originalidade. Com distribuição mundial, no inovador formato Super Audio CD, Lachrimae vem recebendo elogios da crítica, no Brasil e no exterior.

Em duo com Ná Ozzetti, lançou “Piano e Voz”, considerado pela crítica uma obra prima. Ainda em 2005, compôs o quinteto para piano e cordas “Angelus”, encomendado pelo Quarteto de Cordas de São Paulo por ocasião dos 70 anos do grupo, com o qual se apresentou como pianista. Suas composições têm sido executadas por alguns dos mais expressivos grupos de câmara e orquestrais brasileiros. Recentemente apresentou um programa com composições suas dedicadas a Mozart, com a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.

Em julho de 2006, sua “Suíte de Danças Reais e Imaginárias” (encomendada em 2005 para o concurso internacional de regência) foi estreada pela OSESP na Sala São Paulo e tocada na abertura oficial do festival de inverno de Campos do Jordão. Ainda em 2006 participou com seu trio no TIM Festival, no palco de jazz, compôs o balé ” Atmosferas” (para a compania Cisne Negro, por encomenda da Banda Sinfônica do Estado de SP) e lançou o DVD “Piano e Voz” com Ná Ozzetti. Recebeu o prêmio Carlos Gomes de música erudita brasileira na categoria “revelação do ano” e foi nomeado ‘compositor residente’ da BESP.

Criou fantasias orquestrais baseadas na música de Jobim, Villa-Lobos e Chico Buarque, apresentadas no Maracanã, na cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos Rio 2007, obtendo grande sucesso. Ainda em 2007 teve uma composição sua (com letra de Arthur Nestrovski) interpretada por Maria João Pires, Ricardo Castro e grupo de câmara, numa Schubertíade, em Madri. Atuou como pianista na orquestra brasileira da compositora Maria Schneider em festival realizado em Ouro Preto (Festival Tudo é Jazz) . Lançou ‘Contínua Amizade’ (CD vencedor do Prêmio Rival/Petrobrás na categoria instrumental), em duo com o bandolinista Hamilton de Holanda e ‘de Árvores e Valsas…’ , primeiro trabalho em CD dedicado inteiramente `as suas composições.Este CD também figurou em algumas importantes listas de ‘melhores do ano’.

Entre as composições do ano de 2009, destacam-se o balé “Ballo” para a São Paulo Companhia de Dança, Concerto para Fagote e Cordas e Strambotti, para clarinete, acordeom e cordas, além de quatro obras baseadas em sonatas de Scarlatti, estreadas na Itália pelo renomado pianista Andrea Lucchesini. Criou e estreou o espetáculo ‘Afetos’, onde explorou inusitadas pontes entre a música barroca e a canção brasileira.

Lançou no mesmo ano o CD Miramari (registrado em 2008), com Gabriele Mirabassi, recebido como um dos melhores discos do ano. Em 2010 escreveu Contraponto, Ponte e Ponteio, para a Orquestra Petrobras Sinfônica, estreada sob regência de Isaac Karabtchevsky no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Sob encomenda da Deutsche Welle (TV alemã) escreveu ‘Cidade do Sol’, para a Sinfônica Heliópolis. A obra foi estreada com sucesso no Beethovenfest, em Bonn, Alemanha. Lançou CD com Hamilton de Holanda, Gismontipascoal, dedicado à música de Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal.

AFETUOSO, lançado em 2011 no Japão pelo selo Celèste, volta ao formato de trio. CANTEIRO, álbum duplo que conta com muitas participações especiais é o primeiro CD dedicado à sua produção de canções. Lançou em 2012 o álbum Triz, em parceria com Sérgio Santos e Chico Pinheiro. Em 2010 assinou contrato com o principal selo italiano contemporâneo, EGEA.  Gravou em 2011 um DVD/CD em parceria com a Orquestra a Base de Sopro de Curitiba. Em 2012 estreou um duo de pianos com o português Mário Laginha dentro do projeto “Casa de Bamba” para o qual foi o primeiro ‘artista residente’ convidado do Auditório Ibirapuera.

Em 2015 iniciou duos com o bandolinista Danilo Brito e o multiinstrumentista Antonio Loureiro. Lançou ‘As Estações na Cantareira’, com Sérgio Reze e Neymar Dias. Desde 2014, Mehmari conta com o apoio da Yamaha Musical do Brasil para seus concertos e recitais.

Mais informações e contatos:

https://www.facebook.com/andre.mehmari/

http://www.andremehmari.com.br/

Doidivanas

O Sul em Cima – Doidivanas

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da banda DOIDIVANAS, em especial as músicas do mais recente álbum “PRÓXIMOS DISTANTES”.

 

Parte 1

Parte 2

 

DoidivanasDodivanas_contra_plongée-foto_Luigi_Sodré

A Doidivanas surgiu em 1995, na cidade de Pelotas (RS), criando uma fusão entre o rock, elementos da cultura regional gaúcha e estilos contemporâneos. Em sua trajetória, a banda já lançou quatro discos: “Liber Pampa” (1998), CD e HQ “Doidivanas & Libório” (1999, em parceira com o cartunista André Macedo), “Viagem ao Sul da Terra” (2002) e “Nosotros” (2008), um álbum de releituras de artistas, compositores e bandas gaúchos, brasileiros e latino-americanos. Com estes trabalhos, a Doidivanas realizou shows em casas de espetáculo, projetos culturais, mostras coletivas e festivais em todo o Estado, em São Paulo e no Uruguai.

Ao longo de 20 anos, a Doidivanas desenvolve um processo criativo de investigação e experimentação sobre ritmos sulistas (como a vanera, o chamamé, o xote, a chacarera e a milonga), instrumentos tradicionais (o acordeon, a gaita-ponto, o bumboleguero), a linguagem e a poesia nativistas (dos causos, das canções e ditos populares) para fundí-las com a musicalidade urbana atual.

A proposta ainda inclui a pesquisa em fontes literárias e históricas em publicações como “Contos Gauchescos e Causos do Sul”, de João Simões Lopes Neto, “Viagem ao Rio Grande do Sul”, de Auguste de Saint-Hilaire, “Ideologia do Gauchismo”, de Tau Golin, “A Invenção das Tradições”, de Eric Hobsbawm, “Mídia Nativa – Indústria Cultural e Cultura Regional”, de Nilda Jacks, “Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul”, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes, “Dicionário Gaúcho Brasileiro”, de Batista Bossle, “Popularium Sul-riograndense”, de Apolinário Porto Alegre, “Bruaca Adagiário Gauchesco”, de Sylvio da Cunha Echenique, entre outros.

O grupo também flerta com outras linguagens artísticas, como as histórias em quadrinhos. Em 1999, lançam o projeto de EP e HQ Doidivanas e Libório, uma colaboração da banda com o cartunista André “Alma” Macedo. É um kit que reúne um CD e uma revista em quadrinhos, nos qual os músicos viram personagens de HQ e, em contrapartida, compõem uma canção para Libório, personagem criado por Macedo.

A Doidivanas cria um projeto artístico e musical que já foi descrito como “rock gauchesco”, “pop nativista” ou “world music gaudério”. Estas definições surgem como fruto das influências diversificadas do grupo que vão desde artistas e grupos regionais, brasileiros e latino-americanos – como Almôndegas, Vitor Ramil, Nei Lisboa, Kleiton & Kledir, Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves, Engenheiros do Hawaii, Tambo do Bando, Mário Barbará, Mano Lima, Cenair Maicá, Chico Science e Nação Zumbi, Pedro Luís e A Parede, entre outros – e grupos de rock internacionais – como Led Zeppelin, Red Hot Chili Peppers, Living Colour, Pearl Jam e Faith No More. A partir destas confluências multiculturais, o grupo trafega na world music em um segmento explorado por artistas como Lenine, Manu Chao, Jorge Drexler, El Cuarteto de Nos e Café Tacuba.

Em 2015, o grupo lança uma versão digital do seu álbum de estreia, chamada agora de “Liber Pampa Remexido”, apresentando 12 faixas remixadas e remasterizadas, melhorando sua sonoridade, além de incluir arranjos e instrumentos que haviam sido eliminados da versão original de 1998. A venda online, que inclui ainda os discos Viagem ao Sul da Terra (2002) e Nosotros (2008), está disponível em mais de 30 lojas e sites de streaming, como iTunes, Deezer, Spotify, Amazon, Apple Music, Rhapsody e Google Play.

 

PRÓXIMOS DISTANTES
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Para marcar duas décadas de carreira artística, a banda gaúcha Doidivanas lançou nesse mês de agosto seu quinto álbum, “Próximos Distantes“.

O material do novo disco da banda Doidivanas inclui novas composições e músicas nunca registradas em estúdio, criadas ao longo da carreira do grupo. As influências deste novo trabalho circulam entre o rock, o folk, a música regional brasileira e a world music.

Os integrantes da Doidivanas são o cruz-altense Felipe Mello, nos vocais, Rodrigo Osório, no baixo, Daniel Conceição, na guitarra, e Rodrigo dMart, na bateria. Responsável pelos projetos gráficos de todos os álbuns, o músico e publicitário Daniel “Cuca” Moreira se une ao grupo, como o quinto elemento da banda.

Em “Próximos Distantes”, participam como convidados o cantor nativista Joca Martins, a cantora Lara Rossato, o compositor e músico Edu daMatta, o tecladista Fernando “Bizo” Silva (que gravou suas participações diretamente da Califórnia, nos Estados Unidos), os instrumentistas Luciano Maia, no acordeon, Edison Macuglia, nos violões, além dos baixos acústicos de João Marcos “Negrinho” Martins, também assina a produção musical do álbum.

Além das músicas autorais, o disco traz canções dos compositores gaúchos Jorge Nicola Prado,   Edison Macuglia,   Juarez Machado de Farias e Edu daMatta. O projeto tem produção executiva de Yara Baungarten , da Imagina Conteúdo Criativo, e conta com o financiamento do edital ProCultura, da Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas.

“Próximos Distantes” foi gravado e mixado no A Vapor Estúdio, em Pelotas, entre agosto de 2016 e maio de 2017.  O técnico de gravação e mixagem foi o Rodrigo Esmute, que contou com a ajuda do Lauro Maia e do Lucas Roma. A edição de som foi feita por Rodrigo Osório e masterização de Marcos Abreu.

DISCOGRAFIA
Liber Pampa (1998), EP Sou de Pelotas, Por Quê?! (1999), projeto CD/Gibi, com o cartunista André Macedo, Viagem ao Sul da Terra (2002), Nosotros (2008), Liber Pampa Remexido (2015) e Próximos Distantes (2017).

CONTATOS
Doidivanas no Facebook: https://www.facebook.com/DoidivanasRock
Doidivanas no Twitter: https://twitter.com/DoidivanasRock
Doidivanas no YouTube: https://tinyurl.com/doidivanas-youtube

arthur de faria & orkestra do Kaos_foto raul krebs e figurino Beto Zambonato

O Sul em Cima – Arthur de Faria & Orkestra do Kaos

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de ARTHUR DE FARIA, em especial as músicas da banda “Arthur de Faria & Orkestra do Kaos”

 

Parte 1

Parte 2

 

Arthur de Faria

Arthur de Faria é músico, arranjador, compositor, produtor de discos, pesquisador, jornalista, radialista e mestre em literatura brasileira pela UFRGS.

De 1995 a 2015 liderou o Arthur de Faria & Seu Conjunto, com cinco discos lançados (um deles também no Uruguay e Argentina) e centenas de shows em seis países. Fizeram parte da banda os músicos Sérgio Karam (Sax Alto), Adolfo Almeida Jr (Fagote, Acordeom e Flauta), Júlio Rizzo (Trombone), Marcão Acosta (Guitarras), Arthur de Faria (Voz, Piano e Acordeom), Clóvis Boca Freire (Baixos e Contrabaixo) e Diego Silveira (Bateria e Percussão).

Arthur de Faria escreveu mais de 25 trilhas para teatro, cinema e televisão e produziu cerca de 25 discos, além de escrever arranjos para mais de duas dezenas de artistas do Brasil e Argentina.

 

Arthur de Faria & Orkestra do Kaos

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Durante 20 anos Arthur de Faria & Seu Conjunto foi o grupo ao qual o músico gaúcho chamou de “minha banda”. Foram 5 discos lançados e um sexto, gravado há alguns anos, que está finalmente sendo concluído.

A formação erudita de Arthur faz com que boa parte da sua produção e tempo sejam destinados para a produção de trilhas para cinema e teatro. Mas sua inclinação para o popular faz com que ele busque habitar aquele que é o ambiente mais comum para os que fazem parte desse território. Arthur precisa estar em uma banda.

Encerrado o ciclo do Arthur de Faria & Seu Conjunto, é hora de começar tudo de novo. Hora de começar uma banda nova. “Quando montei a Orkestra do Kaos, eu quis ser o mais velho e renovar mesmo. Então procurei alguns dos músicos mais legais dessa cena nova de Porto Alegre e chamei-os para tocar comigo. Erick Endres, Lorenzo Flach, Bruno Vargas e Lucas Kinoshita. Todos são músicos acima da média” comenta Arthur.

Quatro grandes instrumentistas, mas não só. Todos donos de estilos bastante pessoais, e com seus próprios projetos musicais. Numa das guitarras, o prodigioso ERICK ENDRES – que, do alto dos seus 20 anos, prepara seu segundo disco, além de ser um dos cabeças do Endres Experience, banda-tributo a Jimi Hendrix. Na outra guitarra, LORENZO FLACH, que também tem seu trabalho solo – além de tocar na banda de Ian Ramil e na OCLA – e é um grande buscador de texturas e sonoridades diferentes no seu instrumento.

No baixo, BRUNO VARGAS, da Quarto Sensorial, uma das bandas mais interessantes da fervilhante jovem cena da música instrumental da cidade. Bruno também toca com um bocado de gente, de Carmen Corrêa a Marcelo Delacroix.

Na bateria, LUCAS KINOSHITA, da Trem Imperial e com vastos serviços prestados a dezenas de artistas. Além disso, na sua geração, é talvez o cara que melhor conheça os ritmos do cone sul, como o candombe uruguaio.

Uma formação de banda de rock – voz, duas guitarras, baixo e bateria – para tocar milongas, candombes, xotes…o repertório composto por Arthur nos últimos 25 anos, escolhido entre o material de seus oito discos e infinitos projetos paralelos.

MARIA ANTONIA , filha do bandleader, é o mais novo destaque da Orkestra do Kaos, em dois sentidos: tem apenas 18 anos e está há menos tempo no grupo.

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As primeiras gravações aconteceram nos estúdios da Loop Discos, onde a banda estava registrando algumas de suas músicas para o projeto Loop Sessions. Após o registro despretensioso, o acaso se apresentou para Arthur: “gravamos tudo ao vivo, todo mundo vazando no microfone de todo mundo. Algumas semanas depois da gravação quando sentei para escutar as faixas eu fiquei surpreso. Tínhamos feito muito mais do que um registro. Tínhamos feito um disco.” Os únicos a serem adicionados em pós gravações foram Adolfo Almeida Jr. (fagote), Giovanni Berti (percussão) e Maria Antonia de Faria (vocal).

O primeiro EP da Orkestra do Kaos “Ao Vivo No Estúdio” também é uma novidade para Arthur no que diz respeito a construção dos arranjos. “No Arthur de Faria & Seu Conjunto era tudo arranjado, tudo escrito. Agora com a Orkestra eu não estou escrevendo nenhuma partitura. A gente vai ensaiando e montando as músicas”, comenta. E assim a banda foi experimentando e construindo um EP que tem na ampla mistura de ritmos e influências sua maior unidade, transitando no mais organizado caos entre milonga misturada com Black Sabbath cantada em espanhol, candombe (ritmo uruguaio), pop, rock e funk setentista.

O primeiro single desse trabalho entrou no ar dia 14 de julho. É a faixa “Saudade da Maloca”, que é uma composição de Arthur de Faria e John Ulhoa (Pato Fu). A música foi feita há 8 anos quando Arthur mandou uma “letra gigante” para John, que então editou, cortou e colocou música. Arthur diz que “Saudade da Maloca já havia sido interpretada por outros artistas e tem algumas versões não oficiais pela internet. Mas sempre achei que ela deveria ter vocal feminino e com a Maria Antonia cantando, a música recebeu o seu primeiro registro oficial.”

As outras músicas do EP, trazem a sempre incrível habilidade de Arthur para contar histórias. Sempre cheias de ironia e humor, elas são causos e pensamentos de um artista com uma visão aguçada e peculiar da vida.  Arthur de Faria é um artista que vive entre o caos, o acaso e muitos causos. Formação erudita, inclinação pelo popular. Compõe músicas para se ver. Grava discos para se escutar, Seu trabalho é um sistema sem estabilidade, dinâmico, que se altera no tempo a cada pequena alteração das suas condições iniciais. Ou seja, ele é o caos.

Vamos ouvir no programa O Sul em Cima as músicas: Milonga da Moça Gorda e Um Tango do álbum “Música pra bater pezinho” de 2005, SolostrágicosCiranda da AjudaValsa para KarinaTango Brasileiro e A Última Estrada da Praia do álbum “Música para ouvir sentado” de 2010 da banda Arthur de Faria & Seu Conjunto e as músicas Saudades da Maloca, El Fakir, Você tá bem?, Os Deuses, BR-0 Ascese do EP Arthur de Faria & Orkestra do Kaos – Ao Vivo no Estúdio, lançado em 2017.

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