Nesta edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Arthur e Lívia Nestrovski, Rafael Mar, Gahuer Carrasco e Daniel Drexler.
ARTHUR E LÍVIA NESTROVSKI – Arthur Nestrovski, compositor e violonista, e a cantora Lívia Nestrovski apresentam o disco “Sarabanda”. O segundo álbum feito em conjunto por pai e filha reúne músicas inéditas e novas versões de composições de Robert Schumann (1810-56) e Franz Schubert (1797-1828), a canção “Cisne”, do compositor francês Camille Saint-Saëns (1835-1921), que agora ganha versão em português de Arthur, além de letra inédita para uma “Sarabanda” de Bach que dá nome ao disco. Em “Sarabanda”, clássico e popular se cruzam sem cerimônia, na melhor tradição da “gaia ciência” da canção popular brasileira. O disco está disponível nas plataformas digitais desde 11/09/2020.
Lívia Nestrovski é cantora. Formada em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é mestre em Etnomusicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde 2008, é solista do compositor Arrigo Barnabé, com quem gravou o álbum “De Nada Mais a Algo Além” junto com Luiz Tatit. A cantora também tem passagens pela Fundação Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Orquestra Juvenil Tom Jobim (São Paulo); Jazz Sinfônica (Brasil); Heliópolis Symphony Orquestra; Big Band do Jazz Concert da Universidade de Illinois, Estados Unidos; além de cantar em parceria com o músico Fred Ferreira no projeto “DUO”.
Arthur Nestrovski é formado em música pela Universidade de York (Inglaterra), com doutorado em literatura e música pela Universidade de Iowa (EUA). Foi professor da PUC-SP (1991 a 2005) e consultor convidado de instituições como o Museu da Língua Portuguesa, CNPq e Fapesp. É diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) desde 2010. Em 2012, foi nomeado também diretor artístico do Festival de Inverno de Campos do Jordão.
Músicas: 01 – Sarabanda (Parte 1) – Johann Sebastian Bach (1685-1750) / Arthur Nestrovski // 02 – Cisne – Camille Saint-Saëns (1835-1921) /Arthur Nestrovski // 03 – Estrela D’Alva (Abendstern) – Franz Schubert (1797-1828) / Mayrhofer (1787-1836) – Versão: Arthur Nestrovski // 04 – Lost in Translation – Arthur Nestrovski.
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RAFAEL MAR – é violonista, graduado em música com especialização em Flamenco pelo Conservatório Superior de Música Rafael Orozco, de Córdoba/ Espanha. Iniciou seus estudos em música, em 1996, na cidade de Blumenau onde foi aluno/bolsista no Teatro Carlos Gomes em violão clássico sob orientação do professor Renato Mor. Estabeleceu-se na Europa em 1999, residindo em diversos países como Alemanha, França, Hungria e Espanha. Possui formação em “Jazz, Big Band e Músicas Atuais” pelo Conservatório Nacional Regional de Amiens/França. Na escola Atla – Paris/França frequentou aulas particulares e workshops com Sylvain Luc, Romane, Louis Winsberg, Claude Worms, Alain Faucher e Kiko Loureiro. Em 2018 recebeu o Prêmio Herbert Holetz / Fundo Municipal de Apoio à Cultura da Fundação Cultural de Blumenau, que proporcionou a realização de Hi-Fi, seu primeiro disco autoral.
Hi-Fi é uma obra musical para violão solo, com 12 composições que descrevem cenas específicas da vida do autor. Dessa forma, o álbum é também uma experiência autobiográfica e, segundo o compositor, seu título remete à busca de uma pureza sonora. “É um dever do artista expressar sua essência com fidelidade, em sua vocação, neste presente que é a passagem pela terra”, afirma Rafael Mar.
Rafael Mar trabalha profissionalmente como músico há quase duas décadas, atuando como solista e intérprete de Guitarra Flamenca, além de integrar grupos musicais e companhias de dança flamenca no Brasil e na Espanha. Em sua música – tanto como intérprete de guitarra flamenca e violão erudito, quanto como compositor e solista – o artista busca um formato sóbrio e intimista, em que fica evidente o gosto pela música de alta performance e o cuidado com a qualidade, a fidelidade e a pureza sonora naturais do seu instrumento.
GAHUER CARRASCO – É músico, cantor, violonista e compositor, com influências do Pop, Jazz, Bossa Nova, Tango e do Flamenco. Com uma vertente musical que vai do Blues ao Clássico, Gahuer Carrasco já possui cinco CDs lançados, “Expressão em Cordas” (2007), “Pasión y Romance” (2008), “Pasión” (2011), “Sem Limites” (2016) e “Dois Mundos” (2019) todos com grande reconhecimento pela crítica e grande aceitação pelo seu público em diversos países.
Músicas (todos com letra e música de Gahuer Carrasco): 01 – Eu e Você // 02 – Vem Cá // 03 – Esquinas
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DANIEL DREXLER – músico uruguaio nascido em Montevidéu em 1969 é também formado em medicina.
Seu trabalho transita pelo pop eletroacústico com uma marcada influência de gêneros folclóricos da Cuenca del Rio De la Plata como a milonga pampeana, o candombe, a chamarrita e a murga montevideana. Desde 2005 usa o termo “Templadismo” para referir-se a uma nova e incipiente corrente estética integrada por músicos argentinos, uruguaios e do estado do Rio Grande do Sul, cujos pontos mais destacados seriam a busca da presença dos reflexos geográficos, climáticos e demográficos regionais sobre a criação e de uma atitude criativa aberta, que assimila as influências de um mundo globalizado.
Daniel Drexler é reconhecido na América Latina como um dos principais compositores de sua geração. Há mais de 20 anos apresenta-se nos principais palcos de música da América Latina e Europa. Lançou 7 álbuns e destacou-se com o Prêmio Gardel de la Música (Argentina, 2013), entre outros prêmios nacionais e internacionais. Com um pé em suas raízes regionais e outro no mundo, seu trabalho é um original encontro da música pop com influência de gêneros da bacia do Rio da Prata.
Daniel vem lançando esse ano alguns singles que farão parte do novo álbum “AIRE”. O novo disco de Daniel Drexler será lançado em novembro com um show ao vivo de MVD com transmissão por streaming.
“Aire” é mais do que um disco, é um projeto audiovisual. As músicas foram gravadas no Uruguai com a produção de Fede Wolf e os vídeos gravados no Brasil com uma equipe de cinema com a direção de Rene Goya (indicado ao Grammy Latino 2018). “Aire” tem como novidade um cenário sonoro em que o espaço é protagonista. A produção artística está baseada no destaque em primeiro plano de arranjos de quatro vozes acompanhados por uma instrumentação minimalista. O resultado é uma sonoridade que potencializa a capacidade de transmitir emoção e gerar empatia.
Músicas: 01 – ¿Por qué la infancia es tan corta? // 02 – Salvando La Distancia // 03 – Palermitana
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Dona Conceição dos Mil Sambas, Simone Rasslan e Henrique Cazes.
DONA CONCEIÇÃO DOS MIL SAMBAS – Na cidade de Pelotas, no Sul do Brasil, Vila Castilhos, há uma compositora que fez mais de mil sambas desconhecidos do público. Conceição Rosa Teixeira é famosa por ter criado mais de cem filhos “do coração”, como diz, mas nunca foi reconhecida como a notável compositora que é, apesar da qualidade das suas canções. Devido às questões de vida – mulher afro-brasileira, mãe de muitos filhos da comunidade de baixa renda, moradora da periferia de Pelotas e do Brasil, Dona Cô nunca pode se profissionalizar na música. “Agora que todos os meus filhos cresceram, é o momento de compartilhar com o mundo meus outros filhos, meus filhos de papel”, disse a Cô, como prefere ser chamada. “Filhos de Papel” é como ela se refere às suas canções.
Uma pequena mostra dos seus “filhos de papel” ganha o mundo através de edição especial, vinculada à pesquisa de doutorado “Poética da Canção: habitus cancional nos processos criativos da música brasileira”, de Leandro Maia, originalmente em inglês. O estudo é financiado pela CAPES / Ministério da Educação e a impressão do material, composto por songbook e sítio virtual contendo filme e disco, busca democratizar a pesquisa com recursos da RIME 2017 – 10ª Conferência Internacional de Pesquisa em Educação Musical. A conferência foi idealizada pela Bath Spa University, no Reino Unido, com projeto coordenado pelas pesquisadoras Mary Stakelum e Amanda Bayley.
O caderno de partituras, diagramado por Eduardo Montagna, da Discoteca L.C. Vinholes da UFPEL, inclui filme dirigido pelo professor Guilherme Carvalho da Rosa e produzido em parceria com os cursos de Cinema da Universidade Federal de Pelotas. A captação, a mixagem e a masterização foram feitas pelo A Vapor Estúdio, sob coordenação de Lauro Santos Maia durante o festival “Mistura Mundo Sul Generis”, realizado com músicos do Brasil, da Inglaterra e do Zimbábue. Este evento foi realizado em novembro de 2017 com recursos do Edital SeCult 008/2017, proposto por Maria Falkembach, e da premiação Bath Spa Pioneer Award, recebida por Leandro Maia.
Dona Conceição Rosa Teixeira apresenta pela primeira vez uma coletânea de treze canções, dentre mais de mil sambas. Compositora autodidata e intuitiva, Dona Cô apresentou-se pela primeira vez ao público em Pelotas e Porto Alegre nos dias 22/11 e 26/11 de 2017, gravando ao vivo seu CD e DVD acompanhada de um time especialíssimo de músicos: Simone Rasslan (piano e voz), Kiti Santos (sax soprano, flauta e voz), Gutcha Ramil (percussão e voz), Aninha Freire (contrabaixo e voz), Jucá de León (percussão), Rafael Veloso (sax tenor e flauta), Marcelo Delacroix (voz), Paulo Gaiger (voz) e Leandro Maia (violão, voz, direção musical e arranjos). Este trabalho preenche uma lacuna fundamental na historiografia musical da música popular produzida no sul do Brasil por compositoras afro-brasileiras e aprofunda reflexões sobre o processo criativo dos cancionistas.
Músicas: 01 – Aperto de Mão // 02 – Linda Mascarada – Participação de Marcelo Delacroix // 03 – Arranca da Minha Alma – Participação de Felipe Karam // 04 – Conselho Amigo // 05 – Arrepia – Participação de Paulo Gaiger // 06 – Azoar – Participação de Simone Rasslan
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SIMONE RASSLAN – Cantora, instrumentista, compositora e educadora musical com uma carreira artística reconhecida em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Veio de Dourados – MS para cursar Regência Coral pela UFRGS escolhendo Porto Alegre como a cidade ideal para sua atuação artística desde 1988.
O trabalho musical “Álbum Xaxados e Perdidos” de 2012 reúne um repertório de canções brasileiras valorizando, sobretudo, o trabalho criativo dos grandes compositores da nossa cultura que mantiveram a linhagem da canção, da modinha (originária de Portugal), do maxixe. Origem da nossa Música Popular e da nossa identidade musical. No repertório encontramos compositores das regiões Sul, Centro Oeste e Nordeste do Brasil, fazendo um apanhado da produção nacional.
Participam desse trabalho: Simone Rasslan (voz, piano e percussão) // Álvaro RosaCosta (vocal, viola caipira e percussão) // Beto Chedid (vocal, violão, guitarra e percussão)
Músicas: 01 -Lugarejo – Wanderlei Falkenberg / Giba Giba // 02 – Rio de Lágrimas – Piraci / Tião Carreiro / Lourival Santos // 03 – De Onde vem o Baião – Gilberto Gil
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HENRIQUE CAZES – Nascido em uma família de músicos amadores do subúrbio carioca do Méier, começou a tocar violão com seis anos de idade e gradativamente foi incorporando o cavaquinho, o bandolim, o violão tenor, o banjo, a viola caipira e finalmente a guitarra elétrica, sempre como autodidata. Estreou profissionalmente em 1976 com o Conjunto Coisas Nossas, que realizou ampla pesquisa sobre a música brasileira dos anos 1920 e 30. Em 1980 passou a integrar a Camerata Carioca, onde trabalhou em contato direto com Joel Nascimento e o maestro Radamés Gnattali, duas influências decisivas.
Iniciou sua carreira de solista de cavaquinho em 1988, com o duplo lançamento do LP “Henrique Cazes” e do método “Escola Moderna do Cavaquinho”, que se tornou o mais utilizado livro didático do instrumento. Lançou outros discos marcantes como “Tocando Waldir Azevedo” de 1990, “Desde que o Choro é Choro” de 1995, “Relendo Waldir Azevedo” de 1998, e “Uma história do cavaquinho brasileiro” de 2012. Em duo com o violonista Marcello Gonçalves produziu “Pixinguinha de Bolso” em 2000 e “Vamos acabar com o baile” de 2007, este último abordando a obra de Garoto.
Publicou em 1998 o livro “Choro, do Quintal ao Municipal”, que resume a história de 150 anos de Choro. É autor de outros livros como “Suíte Gargalhadas” de 2002 e “Monarco, voz e memória do samba” de 2003, além das pequenas biografias de Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, elaboradas para a coleção “Raízes da MPB” EM 2010. Dedicou-se a projetos de ampliação das fronteiras do choro como “Bach in Brazil”, a série de 4 CDs “Beatles’n’Choro” e “EletroPixinguinha XXI”.
Lançou em 2019 a coleção “Música Nova para Cavaquinho”, composta de livro de partituras, CD e 12 clips para a internet com os “12 Estudos para Cavaquinho Solo”. Em 2011 obteve o título de Mestre e em 2019 concluiu o Doutorado em Música, ambos pela Escola de Música da UFRJ, na qual é professor desde 2013 e onde participou da implantação do Bacharelado em cavaquinho.
Apontado como referência do cavaquinho de solo e um dos mais ativos músicos de Choro da Atualidade, Cazes tem desenvolvido paralelamente uma premiada carreira de produtor de discos,além de compor trilhas para cinema e televisão.
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de James Liberato, Robson Almeida, Consuelo de Paula / João Arruda e Lucas Estrela.
JAMES LIBERATO é de Porto Alegre e Iniciou seus estudos de música aos 13 anos de idade e aos 15 anos já atuava como professor auxiliar de violão no Liceu Musical Palestrina, onde foi aluno e posteriormente professor.
Foi o primeiro professor da Rima-Aperfeiçoamento. Como conta Paulo de Campos: “A Rima era uma empresa de produções, gravações e edições musicais, nos seus inícios. Aluguei uma sala na Galeria Malcon, da Rua da Praia. Era pouco usada, pois além das raras reuniões comerciais com promotores de festivais e artistas, servia apenas como depósito para os discos produzidos pela RIMADISCOS. Na época, eu estudava e trabalhava na Faculdade Palestrina. Dois colegas precisavam de um espaço para dar aulas particulares de violão: Carlos Branco e James Liberato. Eu tinha o espaço; eles, o talento. Surgiu então a Academia de Música Rima-Aperfeiçoamento, que algum tempo depois foi para Osório. O querido colega e amigo James, portanto, foi um dos inspiradores e primeiro professor da RIMA”
James Liberato iniciou sua carreira como músico profissional em 1979 e durante a década de 80, participou de várias formações de música popular, apresentando-se com frequência em bares e casas noturnas.
Em 1995, lançou o CD Off Road, com o qual recebeu o Prêmio Açorianos de Música. “Sons do Brasil e do Mundo”, seu 2º CD, lançado em 1998, traz composições próprias e participações de outros nomes importantes da música gaúcha, como Paulo Dorfman e Renato Borghetti. Em 2004, lançou seu 3º CD, “Sotaque Brasil”, de forma independente.
Atualmente é professor do Curso Técnico de Música da EST/ESEP (Escola Superior de Educação Profissional), em São Leopoldo, onde ministra aulas de guitarra, prática de conjunto, harmonia e improvisação, entre outras disciplinas tendo atuado também na escola pública de música de Farroupilha RS .
Atualmente trabalha na divulgação de seu quarto cd autoral “Manacô” com 7 composições ´próprias produzidas totalmente em home studio próprio com um grupo grande de talentosos músicos parceiros. No repertório, James explora as diversas facetas da música instrumental brasileira: o samba, o baião, a milonga e a valsa.
“Manacô” é uma palavra indígena da tribo Kulina da Amazônia que significa solidariedade e reciprocidade.
Músicas: 01 – MANACÔ – James Liberato // 02 – SETE CHAVES – James Liberato // 03 – AMOR E MÚSICA – James Liberato e Ana Cris Bizarro – Participação: Ana Cris Bizarro (voz)
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ROBSON ALMEIDA – Robson Almeida é músico e compositor nascido em Tramandaí, litoral norte do RS. . Tem com seu duo “Danadões” dois discos e um EP lançados. Recentemente lançou um álbum solo intitulado, “REFLITA”. Disponível em todas as plataformas digitais.
CONSUELO DE PAULA e JOÃO ARRUDA – cantores, compositores e instrumentistas – lançaram em agosto 2020, o CD Beira de Folha, trabalho musical cujas canções nasceram de uma troca entre imagens e poemas. Consuelo criou letras a partir de imagens propostas por João, que finalizou as obras compondo as melodias, de forma sincrônica e orgânica.
O projeto Beira de Folha inclui um livro, organizado por Alik Wunder, com fotografias e imagens da série Fitografias da artista visual Marli Wunder, que é também encarte do disco. Foi criado o site Beira de Folha (www.beiradefolha.com) que traz vários conteúdos extras: quatro áudio-poemas, música inédita (Árvore-seriema), vídeos dos artistas tocando e cantando, com imagens captadas da natureza que inspirou toda a obra, e o show de lançamento, que foi gravado na sala do estúdio de João Arruda, em Campinas, com cenário assinado por Marli e Alik.
A maioria das imagens que inspiraram as músicas de Beira de Folha são fotografias de João e Alik tiradas no sítio Arvoredo, antes mesmo de existir nele uma moradia. O Arvoredo fica em Pocinhos do Rio Verde, no Vale da Pedra Branca, em Caldas, Minas Gerais. “Esse lugar nos brinda com uma natureza mágica que permeia todo esse nosso trabalho”, afirma o compositor.
A afinidade e amizade entre os artistas se concretizou no primeiro encontro, há quase 7 anos. João conta que convidou Consuelo para participar do projeto Arreuní (2014), no Centro Cultural Casarão, em Campinas, e já acenaram com a possibilidade de realizar algo em conjunto. Iniciou-se, então, uma troca poética, na qual imagens (fotos, vídeos) postadas por João Arruda nas redes sociais ou enviadas diretamente para Consuelo, inspiraram letras e poemas, imediatamente musicados pelo violeiro.
A gravação de Beira de Folha ocorreu em 15 dias, durante a quarentena. João Arruda comenta que o disco chega em um momento particular, como um respiro durante a pandemia do coronavírus. “Uma obra musical ligada à vida, com esse cheiro de mato, parece um alento diante do confinamento”, avalia. “Nosso canto é uma louvação à natureza desse lugar onde eu vivo. Enquanto a floresta no Vale da Pedra Branca teima em verdejar e suas águas teimam em correr, percebemos o contraste vindo das pedreiras, o impacto e a ameaça das mineradoras. Nosso canto é a nossa voz que procura pelo olhar amoroso das pessoas, em busca de preservar a natureza deste e de outros lugares”, conclui Arruda.
Músicas: 01-POEMA DE ÁRVORE I / ÁRVORE PASSARINHEIRA // 02- CANOA // 03-BAILADO // 04-BEIRA DE FOLHA
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LUCAS ESTRELA – O guitarrista Lucas Estrela, um dos expoentes da música paraense atual, lançou o álbum “Farol” em 2017. Com patrocínio do Natura Musical, apoio da Lei Semear, Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado do Pará, “Farol” traz uma importante marca na renovação da criativa cena local amazônica através da utilização de elementos distintos como tecnoguitarrada e eletrocarimbó, o segundo disco de Lucas representa um momento de consolidação do seu estilo de compor.
“A base do disco é guitarra, bases eletrônicas e elementos percussivos da música tradicional paraense. Mas outras ideias vão sendo adicionadas a essa fórmula, sempre com a ideia de promover uma aproximação entre a música regional da Amazônia e a música eletrônica global moderna”, revela o compositor.
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Lula Ribeiro, Pássaro Vivo, Isabela Fogaça e Leandro Maia.
LULA RIBEIRO – Cantor e compositor, com mais de trinta anos de carreira, Lula Ribeiro começou a carreira artística em Aracaju, participando de shows com outros artistas sergipanos. Fazem parte de sua discografia, os discos “Cajueiro dos Papagaios” (1986); “Janeiros” (1993), “O Sono de Dolores” (1996), “Muito Prazer” (1999), “Algum Alguém” (2003) e “Palavras que não dizem tudo”, lançado também em DVD em 2007. Neste trabalho, Lula contou com as participações de Paulinho Moska e Luiz Melodia,
Em 2018 lança o álbum “O Amor é sempre Assim”, que foi produzido por Arthur Maia e Lula Ribeiro. Conta com as participações especiais de Chico César, Fernanda Takai, Flávio Renegado, Flávio Venturini e Zeca Baleiro.
Músicas: Sai Dor – Lula Ribeiro / Vander Lee – Participação: Fernanda Takai // 02 – Carne Tua – Lula Ribeiro/ Alexandre Nero – Participação: Flávio Venturini // 03 – E Aí? – Lula Ribeiro / Pierre Aderne / Flávio Renegado – Participação: Flávio Renegado
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PÁSSARO VIVO – A Banda Pássaro Vivo nasceu em 2017 após a dissolução do grupo “O Berço”. Maria Zanuncio (voz e percussão), Alexandre Rosa (guitarra, violão e voz), Marcello Soares (voz e percussão), Lucas de Paula (voz, viola e violão), Ciro Nunes (Bateria, flauta e voz) e Alan Girardeli (baixo) deram origem ao sexteto que valoriza a música popular brasileira e a cultura regional.
Já em 2017, ano de criação, a Banda Pássaro Vivo conquistou o 3º lugar no “Prêmio Música das Minas Gerais”. Em 2018, levou o 2º lugar no “Festival da Música Popular Brasileira”, em Paracatu; o 1º lugar no “Festival de Música da Unipam” e o 2º lugar no “Festival Patos Viola”, ambos em Patos de Minas.
Música psicodélica popular brasileira é, por excelência, uma definição macro de “Sobre Asas e Raízes” disco de estreia da banda mineira lançado em 2019. Com sete faixas, o trabalho apresenta uma sonoridade heterogênea e contemporânea, que transita entre o folk, o rock psicodélico dos anos 60 e 70 e a música brasileira, bebendo da fonte do cerrado mineiro, do sertão nordestino e dos ritmos nortenhos.
Músicas: 01 – Firmamento // 02 – Vendaval
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ISABELA FOGAÇA – Nasceu em Bagé e reside em Porto Alegre. Nutricionista formada pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura, Isabela é casada com o professor, compositor e político José Fogaça que foi senador pelo RS e prefeito de Porto Alegre. Isabela Fogaça acostumou-se aos palcos participando dos festivais estudantis e dos festivais regionais de música nativa e popular que dominaram a cena cultural do RS nos anos 70 e 80. Destacou-se como intérprete, vencendo inúmeros festivais e deixando em cada cidade por onde andou a marca de seu talento, em um período de extraordinária efervescência cultural.
Foi, no entanto, quando decidiu radicar-se em Porto Alegre que a voz de Isabela ganhou grande popularidade. Com a interpretação da música “Porto Alegre é demais”, de autoria de José Fogaça, Isabela arrebatou a alma da cidade e dos gaúchos. A partir da gravação dessa música, tem recebido aplauso e reconhecimento a seu talento como artista. Em 2003, Isabela gravou o CD “Natal em Família”, interpretando tradicionais canções natalinas com um estilo renovado. Com esse trabalho, formava-se uma parceria promissora: Isabela e o músico, arranjador e instrumentista Cau Netto.
Em 2011, lança seu próprio CD, “Sons da minha vida” que produziu em parceria com José Fogaça, para o selo Nossa Música da gravadora Biscoito Fino. Os arranjos são de Cau Netto. No disco, Isabela canta músicas de Kleiton & Kledir, Bebeto Alves, Paulinho Pedra Azul, Emannuel Tugny, Orlando Morais, Marcos Valle, Maurício Poeta, Luis Coronel, dela própria. José Fogaça também participa do álbum como compositor. O CD foi lançado em novembro de 2011, no Teatro Bourbon em Porto Alegre.
Músicas:
01 – Besame – Kleiton & Kledir // 02 – Porto Alegre é Demais – José Fogaça // 03 – Amizade – Marcos Valle / Maurício Maestro
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LEANDRO MAIA – Leandro é cantor, violonista e compositor. Professor da Universidade Federal de Pelotas, Doutor em Música pela Bath Spa University / Reino Unido (2019). Mestre em Letras (UFRGS), Especialista em Letras – Práxis da Criação Textual (Unirriter), Licenciado em música (UFRGS), Prêmio Açorianos de Música – Revelação e Troféu RBS Cultura pelo Cd-Livro “Palavreio”, considerado um dos dez melhores discos brasileiros de 2008 pela imprensa gaúcha. Leandro Maia é de Caxias do Sul e mora em Pelotas, Rio Grande do Sul , onde se dedica ao trabalho artístico, à produção cultural e à docência, junto aos cursos de Música, Pedagogia a Distância e Produção Cultural.
Lançou o CD-Livro “Palavreio” (2008)” e os álbuns “Mandinho (2013, infantil) e “Suíte Maria Bonita e Outras Veredas” (2014) que foi produzido por André Mehmari.
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Nina Ximenes, Orquidália, Nomade Orquestra e Luciano Albo .
NINA XIMENES – De Fortaleza, morando atualmente em São Paulo. Aos 15 anos de idade, em 1978, iniciou suas atividades musicais, cantando, profissionalmente, no SESC de Ribeirão Preto. Nessa ocasião, ganhou o prêmio de melhor intérprete no Festival de Música do Colégio COC.
Participou, no ano de 2005, do 8º Prêmio Visa de Música Brasileira – Edição Vocal. Fez diversas gravações de jingles, além de ter participado como backing vocal em CDs de muitos artistas. Participou do concurso internacional “2008 Culturas”, patrocinado pelo Ministério de Cultura de España, tendo sido selecionada para a final.
Atualmente, faz parte de dois trios: “Xiambê” (bossa nova e músicas de compositores estrangeiros) e “Triskelion” (new age), mas também segue com sua carreira solo. No ano de 2019, lançou o CD Natural, pela gravadora Kuarup, com participações especiais de Toquinho e Jane Duboc.
O CD de estréia de Nina Ximenes, Natural, surpreende pela diversificação, representada por um repertório bastante diferenciado, no qual se misturam bossa nova, balada, new age, pop, baião, samba canção. Essa mistura de gêneros se uniformiza, entretanto, pela voz única e singular de Nina, que traz, naturalmente, a unidade que faltava nesse caleidoscópio sonoro que ela mesma escolheu interpretar. A escolha do repertório foi absolutamente livre; nesse trabalho a tônica foi deixar os sentimentos e as vontades fluirem tranquilamente, e o resultado dessa orientação pode ser escutado no álbum.
Músicas: 01 – Dentro – Toquinho / Maurizio Fabrizio / Guido Morra / Vs. Carlos Toro – participação especial: Toquinho // 02 – Garota de Ipanema (The Girl from Ipanema) – Tom Jobim / Vinicius de Moraes – versão: Norman Gimbel – participações: Jane Duboc e a pianista Silvia Goes // 03 – Lindo Lago do Amor – Gonzaguinha
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ORQUIDÁLIA – Banda floripenha que mistura gêneros e ideias num caldeirão chamado neo-tropicalia.
O primeiro EP da banda foi lançado em julho / 2020. Totalmente produzido em casa, desde a captação até a mixagem e masterização, “Plantas pela Casa” é uma parte das nossas impressões e de como temos lidado com esses dias de pandemia.
Com uma sonoridade eclética, o quarteto mistura música brasileira e latina com o rock, pop e jazz, criando um caldeirão para falar do que incomoda e também do que faz bem. Ganhando espaço, em festivais independentes, a banda tem espalhado ideais de luta e resistência, usando a arte como meio de criar revoluções pessoais e sociais, Orquidália é força para resistir e alegria para celebrar.
Integrantes: Maitê Fontalva – guitarra, percussões e voz // Ana Medeiros – teclas, percussões e voz // Lucas Fontalva – baixo e voz // Simón Aftalión – bateria e voz
NOMADE ORQUESTRA – Formada no ABC paulista, em outubro de 2012, pode-se dizer que a Nomade Orquestra é um ponto de encontro onde diferentes vertentes e expressões musicais interagem de forma única. O grupo desenvolve um trabalho autoral instrumental vivaz e transita com destreza entre os universos do funk, jazz, dub, rock, afro-beat, hip-hop, ethiogrooves, entre outros. Além disso, incorpora elementos da música eletrônica, quebrando as barreiras entre música tradicional e música contemporânea.Os integrantes da banda são: Guilherme Nakata, Ruy Rascassi, Marcos Maurício, Beto Malfatti, Marco Stoppa, Bio Bonato, Luiz Galvão, Fábio Prior, Victor Fão e André Calixto.
Músicas do álbum Vox Machina Vol.1 – lançado em 2019: 01 – Pinga Fogo / 02 – Céu de Luzita da Nomade Orquestra
03 – Poeta Penso – Juçara Marçal / Nomade Orquestra – Voz: Juçara Marçal – música que está no álbum Vox Populi Vol 1 (2019)
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LUCIANO ALBO – Músico, compositor e produtor musical, atuando há mais de 20 anos no mercado gaúcho. Dossiê Camaleão é a sua estréia na carreira solo e o 2º CD “A Ordem natural das coisas” foi lançado em 2012. Entre outros já tocou e gravou com Cascavelletes, Papas da Língua, Nico Nicolaiewsky, Fernando Noronha & Black Soul.
Já produziu cds de Acústicos & Valvulados, Locomotores, Maria do Relento, Armazen e Alter Ego.
Músicas do álbum “A ordem natural das coisas”: 01 – Bem Melhor do que tudo // 02 – Hoje o mundo é meu // 03 – Plano Perfeito
Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Heitor Branquinho, Luiza Balsini, Trabalhos Espaciais Manuais e Felipe Cordeiro.
HEITOR BRANQUINHO – Natural de Três Pontas, Minas Gerais, berço de ícones da música como Milton Nascimento e Wagner Tiso, Heitor Branquinho tem se destacado em sua trajetória musical como cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor cultural.
Formado nos bares da vida, Heitor iniciou sua carreira profissional como baixista, aos 13 anos, tocando no Sul de Minas, de onde seu trabalho partiu para grandes capitais em apresentações em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo. Morou em Belo Horizonte por 3 anos, onde fez aulas de canto com a renomada professora Babaya e onde também começou sua graduação em História. Mudando-se para São Paulo, formou-se em História, depois fez pós graduação em Gestão Cultural, no SENAC SP e Administração no Mackenzie.
Soma mais de cinquenta parceiros em composições musicais, dentre os mais conhecidos estão Márcio Borges e Murilo Antunes, grandes letristas do “Clube da Esquina”; Cláudio Nucci, participante da formação original do Boca Livre; Ana Terra, compositora gravada por Elis Regina, Frejat, Ângela Ro Ro, entre outros; Fernanda Mello, letrista de mais de 10 canções gravadas pelo Jota Quest, etc.
Lançou os álbuns “deu branco…” em 2004, “Um Branquinho e um violão” em 2008 e lançou em 2019 seu mais recente álbum, H3itor 3ranquinho ou “Três” (Soleira Produções) em CD, LP e digital. O disco passeia do pop ao jazz, carregando – é claro! – um tempero mineiro, em formação de quarteto, com Heitor ao violão/baixo/voz, Décio “Buga” Jr. – sax/flauta, Sidiel Vieira – baixo acústico e Thadeu Lenza – bateria, além das participações especiais de Wagner Tiso, Yuri Popoff e Hugo Branquinho.
Atualmente faz shows em diversos formatos, tanto voz e violão, como com banda, apresentando seu trabalho autoral e releituras de músicas brasileiras e jazz.
Músicas: 01 – Madeira – Cláudio Nucci / Heitor Branquinho – Part. Especial de Wagner Tiso // 02 – Calhas – Heitor Branquinho / Hugo Branquinho – Part. Especial de Hugo Branquinho // 03 – Rodopiava – Heitor Branquinho
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LUIZA BALSINI – É cantora, instrumentista e compositora e desde 1990 atua na cena musical de forma independente. A cantora é natural da cidade de Tubarão (Santa Catarina) e começou muito cedo a respirar música. Com um timbre de voz mezzo soprano com grave bem definido e aveludado, a cantora revisita em suas apresentações uma seleção dos maiores sucessos da MPB, além de suas composições próprias.
Lançou em 2019, “Plano Maior”, seu primeiro EP de músicas próprias. O álbum foi gravado no estúdio Corredor 5, no Rio de Janeiro, e conta com a produção de Alex Fonseca e a participação de músicos renomados no cenário nacional.
As músicas de Luiza Balsini – tem arranjos de Alex Fonseca e Miguel De La Torre.
Luiza Balsini – voz // Miguel De La Torre – percussão // Alex Fonseca – Arranjo, programação e bateria // Fernando Caneca – violão e guitarra // André Gomes – baixo // Donatinho – Teclados.
Músicas: 01 – Plano Maior // 02 – Ver o Mar // 03 – Cada Momento
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TEM – TRABALHOS ESPACIAIS MANUAIS (Porto Alegre) – Banda brasileira de música instrumental em atividade desde 2013 misturando Funk, Samba, Rock e Jazz.
Os integrantes da banda são: Cleomenes Jr. – Sax // Daniel Hartmann – Guitarra // Diego Schütz – Teclado // Gabriel Sacks – Bateria // Gustavo Almeida – Percussão // João Pedro Cé – MPC // Luciana de Mello – Percussão // Mateus Albornoz – Baixo // Pietro Duarte – Sax // Tomás Piccinini – Sax
A espaçonave Trabalhos Espaciais Manuais (TEM) decola em 2020 com o lançamento do seu novo single, “Terras Brasais”. A tripulação formada por 10 integrantes convida seus passageiros para uma viagem instrumental cheia de significado neste lançamento da Audio Porto Gravadora, com a produção musical de Marcelo Fruet.
A TEM, Trabalhos Espaciais Manuais, absorve o clima quente do cenário político brasileiro, as queimadas deflagradas na floresta amazônica, o caldo fervente que é a dinâmica social do país, e traduz o caos em manifesto sonoro.
Músicas: 01 – Terras Brasais – Cleomenes Alves da Silva Jr (single de 2020) // 02 – Manobra de Dobra em Urano – composição de Ettore Sanfelice, Gabriel Sacks, Rafael Druzian.
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FELIPE CORDEIRO – Cantor, compositor e guitarrista paraense projetado no movimento musical que revalorizou sons e ritmos do norte do Brasil na primeira metade dos anos 2010, Felipe Cordeiro lançou em 2019 o quarto álbum, Transpyra. Produzido por Kassin com o próprio Felipe Cordeiro.
Transpyra sucede os álbuns Banquete (2009), Kitsch pop cult (2011) e Se apaixone pela loucura do seu amor (2013).
Felipe é filho e parceiro musical do guitarrista e produtor Manoel Cordeiro, um dos pioneiros da lambada no Pará, e de quem diz ter herdado o gosto radical pela diversidade.
Músicas: 01 – Perfil – Felipe Cordeiro – Participação: Tulipa Ruiz // 02 – Demais – Felipe Cordeiro // 03 – Lambada do Combu – Manoel Cordeiro / Felipe Cordeiro
Na edição 25 de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Vitor Ramil, Luiza Brina e Trem Imperial.
VITOR RAMIL -Compositor, cantor e escritor, o gaúcho Vitor Ramil começou sua carreira artística ainda adolescente, no começo dos anos 80. Aos 18 anos de idade gravou seu primeiro disco Estrela, Estrela (1981), com a presença de músicos e arranjadores que voltaria a encontrar em trabalhos futuros, como Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Luis Avellar, além de participações das cantoras Zizi Possi e Tetê Espíndola.
1984 foi o ano de A paixão de V segundo ele próprio. Com um elenco enorme de importantes músicos brasileiros, este disco experimental e polêmico, produzido por Kleiton & Kledir, proporcionou ao público uma espécie de antevisão dos muitos caminhos que a inquietude levaria Vitor Ramil a percorrer futuramente. Eram 22 canções cuja sonoridade ia de música medieval ao carnaval de rua, de orquestras completas a instrumentos de brinquedo, da eletrônica ao violão milongueiro. As letras misturavam regionalismo, poesia provençal, surrealismo e piadas. Deste disco a grande intérprete argentina Mercedes Sosa gravou a milonga Semeadura.
Nos anos seguintes, Vitor Ramil lançou os álbuns: Tango (1987), À Beça (1995), Ramilonga (1997), Tambong (2000), Longes (2004), Satolep Sambatown (2007), Délibáb (2010), Foi no Mês que Vem (2013) e Campos Neutrais (2017), seu décimo primeiro disco e o primeiro gravado em Porto Alegre.
Sem lançar álbum desde Campos Neutrais, Vitor Ramil já arquiteta Avenida Angélica, 12º álbum de sua discografia. Ainda não gravado, mas já com repertório em processo de criação, Avenida Angélica é disco idealizado por Ramil com músicas compostas sobre versos da poeta gaúcha Angélica Freitas, também nascida em Pelotas (RS).
Músicas:
01 – Estrela, Estrela – Vitor Ramil – Participação: Carlos Moscardini // 02 – Noite de São João – Vitor Ramil e Fernando Pessoa – Participação de Kleiton & Kledir, Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, Vagner Cunha (arranjo de cordas), Carlos Moscardini // 03 – Loucos de Cara – Kleiton Ramil e Vitor Ramil // 04 – Labirinto – Vitor Ramil e Zeca Baleiro // 05 – Satolep Fields Forever – Vitor Ramil
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LUIZA BRINA – Cantora, compositora e guitarrista. Estudou piano, canto e violoncelo. Graduou-se em composição pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com ênfase na música dodecafônica. Vocalista das bandas Graveola e Liquidificador.
“Como será que a música começa?” é com esse questionamento que Luiza Brina abre o seu terceiro disco autoral. Na faixa que traz a pergunta, parceria com Ceumar, a cantora, compositora e instrumentista mineira afirma: “Faz tempo que conheço esse mistério (…) Vem pelo ar, o silêncio atravessa…/ O som vai e vem, mas só vibra no profundo em mim”. A delicadeza e a poesia estão presentes no disco “Tenho saudade mas já passou”.
O disco solo chega com novidades, a começar pela sonoridade. Os dois primeiros – A toada vem é pelo vento (2012) e Tão tá (2017) – contaram com a participação de sua banda, Liquidificador. Já tenho saudade mas já passou…traz um som mais minimalista. “O grupo tinha uma formação grande, muitos sons, e agora decidi dar um novo conceito, só com trio. Yuri Vellasco toca as baterias; Davi Fonseca, pianos e teclados; eu, baixo e violão. Também escrevi os arranjos de cordas e sopros. Foi bem diferente de tudo o que já tinha feito. Não deixa de ser uma ousadia na minha carreira”, revela a artista.
Cantor e compositor de Diamantina, César Lacerda é responsável pela direção artística do projeto.
Músicas:
01 – Como Será que a Música Começa – Luiza Brina e Ceumar 02 – Acorda para ver o Sol – Luiza Brina e Ronaldo Bastos – participação: Fernanda Takai // 03 – Quero Cantar – Luiza Brina e Júlia Branco – Participação: Lay Soares e Lio Soares (Tuyo) // 04 – Esmeralda – Luiza Brina e Gustavito Amaral – Sanfona: Marcelo Jeneci
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TREM IMPERIAL – A Trem Imperial é formada por Andrei Corrêa (vocal e guitarra), Filipe Narcizo (vocal e baixo) e Lucas Kinoshita (vocal e bateria). O grupo se formou em 2007, fruto da amizade dos integrantes, que na época cursavam faculdade de Música em Porto Alegre (RS). O trio que tem em comum o gosto pelo reggae jamaicano e pelo rock inglês, decidiu então fazer uma fusão destes dois estilos, criando arranjos instrumentais e vocais trabalhados, misturando todas essas influências. Grandes nomes como Os Mutantes, Bob Marley, Pink Floyd, Steel Pulse, The Police, Gilberto Gil e Os Beatles, influenciaram a busca por um som próprio e bem característico da banda.
O grupo prima pela construção de uma música além do conceito ou preconceito. Fazem uma apologia à liberdade de criação e ao talento, o que os impulsiona ao desafio permanente de criar e tocar com seu som as pessoas que os ouvem.
Em maio de 2016, lançaram no Theatro São Pedro (Porto Alegre), seu primeiro CD Autoral – “Louca Viagem” que tem edição da MS2 Discos. O disco teve 5 indicações ao Prêmio Açorianos: Intérpretes, Disco, Espetáculo, Produção Musical e Projeto Gráfico.
Nessa edição de O Sul em Cima vamos mostrar os trabalhos de Killy Freitas e Antonio Skármeta, Bianca Obino, Ronaldo Pedra e Babadan Banda de Rua .
KILLY FREITAS E ANTONIO SKÁRMETA – Um feliz intercâmbio entre Brasil e Chile, unindo talentos, misturando ritmos, estilos e sotaques. Um escritor chileno renomado que ama a música brasileira e um músico brasileiro com grande influência latina. Assim pode ser definido “Café Frio” lançado no final de 2014.
As canções tem letras de Skármeta, musicadas por Killy, que assina também a produção e os arranjos do trabalho.
Killy nasceu em Santa Cruz do Sul / RS. Compositor, violonista, guitarrista e cantor, envolvido em vários projetos musicais, com uma carreira de mais de 30 anos dedicados à música. Trabalha na criação de trilhas sonoras para teatro, música instrumental, educação musical e outros projetos autorais.
Antonio Skármeta – Considerado um dos principais escritores contemporâneos, nasceu em 1940, em Antofagasta, no Chile, filho de imigrantes iugoslavos. Graduado em filosofia e literatura, é romancista, dramaturgo, diretor e roteirista cinematográfico e de TV.
Exilou-se em Berlim entre 1975 e 1988. Foi embaixador na Alemanha entre 2000 e 2003. Seu primeiro livro, “El Entusiasmo”, foi publicado em 1967. Sua obra mais famosa é “O Carteiro e o Poeta” (1985), adaptado duas vezes para o cinema.
Músicas do álbum Café Frio: 01 – Café Frio // 02 – Casamentero // 03 – El Contrato
BIANCA OBINO – Natural de Porto Alegre (RS), Bianca Obino é cantora, compositora, violonista e professora de canto. A artista é bacharel em Canto Lírico pela UFRGS. Agrega ao seu currículo diversos cursos, workshops e masterclasses de aperfeiçoamento nas áreas de canto lírico, canto popular, técnica vocal e fisiologia do canto com reconhecidos professores e fonoaudiólogos. Bianca Obino usa o violão e a voz de maneira peculiar, combinando timbres e texturas entre os dois instrumentos numa espécie de diálogo musical.
Tem 3 discos lançados – “Artesã” (2013) recebeu indicações ao prêmio Açorianos de Música (RS) nas categorias “Melhor Instrumentista MPB” e “Artista Revelação”, “The Intimacy Of Distance” (2014), produzido por Mark Sholtez, foi gravado na Austrália com a cantora local Melissa Forbes, e teve parceria de composição entre as 2 artistas. E “Translated” (2017) foi resultado de sua vivência na Inglaterra, onde morou 2 anos e finalizou seu mestrado em Songwriting (composição de canção).
Bianca já se apresentou em projetos e cidades no Brasil, Europa e Oceania, dentre as quais Londres, Bath, Corsham (Inglaterra), Toowoomba (Austrália), Hong Kong (China), e recentemente no circuito off da SIM São Paulo, maior conferência de música da América Latina (2019).
Em 2020, lança o single e o EP “Volta ao Mundo de Dentro” com ritmos afro-latinos, inserido na World Music e fala sobre o mundo interior. Produzido por Diego Gadenz.
Músicas: 01 – Volta ao Mundo de Dentro // 02 – Pó // 03 – Emergir
RONALDO PEDRA – é intérprete e compositor nascido na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Já foi muitas vezes premiado em festivais, compôs a música “Pérolas” para o espetáculo Pólen – A Menina e as Pérolas, entre outras. Ronaldo tem também se dedicado e se especializado em outras áreas na música, tendo se diplomado pelo curso de Produção Fonográfica da UCPEL – Universidade Católica de Pelotas.
Com seu primeiro CD “Não Importa o Tempo” ele começou a divulgar seu trabalho de compositor em cidades que já conheciam sua voz cantando os sucessos da boa música nacional. Essencialmente romântico, Ronaldo Pedra em suas turnês, vai encantando e sendo reconhecido por gaúchos, catarinenses e amapaenses.
Músicas: 01 – Não Importa o Tempo // 02 – Tá Tudo Errado (Noites Vagas) // 03 – Te Desejo
BABADAN BANDA DE RUA – O CD “Anunciano” de Babadan Banda de Rua já está disponível em todas as plataformas digitais. Esse é o primeiro projeto da banda mineira com direção executiva de Raquel Franco, direção artística dos músicos Camilo Gan e Juventino Dias e produção musical e arranjos de William Alves. Com sonoridade predominantemente dos instrumentos de sopro, atabaques, djembes, dunduns, enxadas e tambores utilizados no reinado afro-brasileiro de Minas Gerais, o álbum chega como um lembrete da afro-descendência para o povo brasileiro.
Desde 2018, Babadan Banda de Rua é presença marcante nos becos e vielas, teatros, espaços culturais e carnavais de Belo Horizonte e região. A missão é exaltar uma sonoridade afro-mineira e ao mesmo tempo, reforçar a necessidade do aquilombamento e reconexão com a ancestralidade.
Formação do grupo: Percussões: Camilo Gan, Dgar Siqueira, Renan Veloso, Raquel Franco e Talles Bibiano // Saxofones: Jonas Vítor, Lucas Coimbra e Tiago Ramos // Trompetes: José Vitor Assis e Juventino Dias // Trombones: João Paulo Alves e Miguel Praça // Tuba: Aldo Silva Bibiano // Arranjo, Regência e Trompete: William Alves
Músicas:
01 – Rosário dos Pretos I – William Alves // 02 – Canção do Sal – Milton Nascimento
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Isaias Elpes, Renato Ximú, Marcelo Fruet & Os Cozinheiros e Roger Deff.
ISAIAS ELPES – O muriaense Isaias Elpes é um músico e compositor premiado do Brasil, que estabeleceu suas raízes em Los Angeles há quase uma década e vem se destacando no cenário musical.
Isaias estudou Ciências Contábeis em Muriaé, mas depois foi aprender música em São Paulo, onde surgiu oportunidade de ir para os Estados Unidos a convite da Sheperd University que concedeu uma bolsa de estudos para o Mestrado em Música. Um de seus professores foi o lendário Abraham Laboriel, baixista que mais gravou álbuns na história – mais de quatro mil.
Amplamente celebrado como baixista de turnês, ele pode ser ouvido no Acústico MTV – Tiago Iorc (Ao Vivo) com convidados especiais Jorge Drexler e Duda Beat.
Ele trabalhou com lendas como os artistas vencedores do Grammy Lee Ritenour, Davi Grusin, Tiago Iorc, Gloria Estefan, Marcos Valle e muito mais – incluindo seu mentor Abraham Laboriel.
Como compositor, a música de Isaias foi apresentada em álbuns internacionais e apareceu em episódios de “Zoo” da CBS Primetime e “Rush” dos EUA.
Em julho de 2020 lançou seu EP LUA. Isaias comenta:
“Este álbum me lembra meus começos. Foi assim que comecei – tocando um pouco de todos os instrumentos que pude encontrar e passando muito tempo escrevendo músicas no meu violão quando era jovem. Espero que minhas novas composições tragam alegria e emoção às pessoas; que o ouvinte possa fechar os olhos e se perder na narrativa e nas emoções de cada música”.
Músicas (todas de Isaias Elpes); 01 – SOL // 02 – NOITE // 03 – LUA
RENATO XIMÚ – é cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor. Um apaixonado pela sonoridade das décadas de 50,60 e 70, suas músicas se destacam pelas melodias e letras marcantes.
Crescido em um ambiente musical, Renato se apaixonou pelo rock’n’roll ainda criança e começou a tocar violão aos 13 anos. Em 1998 morou por um ano no Texas e em meados dos anos 2000 se mudou para Califórnia, onde se aprofundou ainda mais no universo da música, se descobrindo como compositor aos 21 anos. Foi nesta época também que começou a atuar na área de produção musical, tendo como mentor o renomado produtor e engenheiro de som Alan Sanderson, que já havia trabalhado com Michael Jackson, Elton John, B.B.King, Ricky Martin, Ziggy Marley, The Rolling Stones, entre outros. Após passar um tempo em Memphis, Nashville, New Orleans, Texas e Nova iorque, Ximú volta ao Brasil se destacando na cena curitibana com seu trabalho solo de violão e harmônica tocando o melhor do rock e suas vertentes como o folk, blues e country, integrando também as bandas “Caixa Prego”, “Carne de Onça”, “Trio Jaguatirica”, “Tributo à Ivo Rodrigues – O velho homem do folk” e fazendo recorrentes participações especiais nas bandas “Paranóia” (Tributo à Raul Seixas) e Relespública, tocando nos mais importantes bares da cidade. Tocou ao lado de Edgar Scandurra da banda IRA!, Rolando Castello Jr. da Patrulha do Espaço, Blindagem, João Lopes, Rick Ferreira, Kid Vinil e Kleiton & Kledir.
Lançou em 2019 seu primeiro álbum em inglês, “The Umix Trip” que está disponível nas plataformas de streaming e no You Tube. O disco “Orquestra das Araucárias” foi escrito e gravado durante a semi quarentena do primeiro semestre de 2020.
Músicas do álbum Orquestra das Araucárias (todas de Renato Ximú): 01 – Medo do Ar // 02 – Final de Tarde // 03 – Ithemba
MARCELO FRUET & OS COZINHEIROS – Marcelo Fruet nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é produtor musical, compositor, violonista e faz gravações em seu atelier. Acostumado a produzir discos de outros artistas e criar trilhas sonoras para a TV e o cinema, o gaúcho demonstra habilidades que vão além da criação e interpretação musical: produz, grava e mixa pessoalmente seus discos.
A banda, também formada por Nicola Spolidoro (guitarra), Leonardo “Brawl” (baixo), André Lucciano (bateria) e Lúcio Chachamovich (violões), tem dois discos gravados e já tocou em diversos festivais do Brasil e no exterior.
O trabalho de Marcelo Fruet & Os Cozinheiros, intitulado “AIÓN” foi primeiramente lançado no Japão e estreou em Porto Alegre/RS em novembro de 2012.
A expressão “AIÓN”, oriunda da Grécia antiga, é usada para se referir a um tempo diferente do cronológico, que não pode ser medido pela quantidade, mas pela qualidade.
Músicas: 01 – Tempo – Marcelo Fruet // 02 – Song for Tom – Guilherme Curi // 03 – Minha – Marcelo Fruet.
ROGER DEFF – Rapper de Belo Horizonte, Roger Deff está na cena do hip hop desde os anos 90, quando iniciou sua caminhada com o grupo Julgamento, com o qual gravou três álbuns – “No foco do CAOS” (2008), “Muito Além” (2011) e “Boa Noite” (2018).
Em 2019 lançou seu primeiro álbum solo, o “Etnografia Suburbana”, em que o artista aborda a relação entre periferia e centro e as várias questões relacionadas à identidade negra e periférica. Produzido por Edgar Filho e Ricardo Cunha,o álbum passeia pela diversidade musical de matriz africana, tendo o rap como ponto central e navegando por estilos como funk, o rock, o samba e o maracatu.
Músicas: 01 – Bem pra quem? – Roger Deff e Ricardo HD – Participação Ricardo HD // 02 – Etnografia Suburbana – Roger Deff e Celton Oliveira – participação Celton Oliveira
Nessa edição de O Sul em Cima vamos mostrar os trabalhos de Renato Borghetti, Violas ao Sul, Júlio Cruz e Os Fagundes.
RENATO BORGHETTI – Renato Becker Borghetti, mais conhecido como Borghettinho (Porto Alegre, 23 de julho de 1963) é um músico instrumentista e acordeonista brasileiro. Toca gaita-ponto.
Poucos sabem que Renato é hoje um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional. Tournés européias são uma constante na vida do gaiteiro, cidades italianas (sua origem), passando ainda por festivais na Croácia, República Tcheca, Áustria e Alemanha. Na Áustria, onde se apresenta regularmente desde 2000, Renato se sente em casa, pois não há cidade em que não tenha tocado.
Renato mescla folclore e modernidade em suas composições, tendo um estilo inconfundível. Tem mais de uma quinzena de discos gravados e dezenas de participações em gravações.
Músicas: 01 – Vira Virou – Kleiton Ramil // 02 – Milonga para as Missões – Gilberto Monteiro // 03 – Corra se Puderes – Hermeto Pascoal
VIOLAS AO SUL – CD/Show-espetáculo com quatro músicos sulinos, Valdir Verona, Mário Tressoldi, Angelo Primon e Oly Jr., que tem a viola de 10 cordas permeando seus trabalhos ao longo dos anos, e que juntos formam a linha evolutiva do instrumento, com canções autorais e clássicos do cancioneiro gaúcho e brasileiro, e da música contemporânea. O “Violas ao Sul” ora pode ser considerado um trabalho de música instrumental e em outra, um grupo vocal acompanhando a sonoridade das violas. Este é formado por quatro músicos, quatro estilos e um só objetivo: mostrar a viola brasileira como protagonista da diversidade musical do nosso estado: o cancioneiro gaúcho, o blues, a música moura, a música de origem açoriana, a milonga, para citar apenas alguns gêneros musicais que vibram nas cordas destas violas.
Músicas: 01 – Violas do Sul do Brasil – Mário Tressoldi e Chico Saga // 02 – Cantiga de Eira – Barbosa Lessa // 03 – Canção da Meia Noite – Zé Flávio.
JÚLIO CRUZ – O músico Júlio Cruz reuniu em um CD, algumas de suas primeiras composições e de quebra os melhores nomes da música de Florianópolis.
Um mergulho pela cultura açoriana, as viagens dos colonizadores portugueses, as influências dos gaúchos e tudo mais que permeia a construção da história dos catarinenses foram influência em suas composições. Lançou em 2017 o álbum “Segredos de uma Ilha” que tem produção de Luiz Sebastião.
Músicas (todas de Júlio Cruz): 01 – Despedida Açoriana // 02 – Luau nos Naufragados // 03 – Bela Joaquina
OS FAGUNDES – é uma banda de música nativista formada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A banda Os Fagundes foi criada em 2001 pela família de músicos já consagrada no cenário musical do Rio Grande do Sul, composta por Bagre Fagundes e seus filhos Neto e Ernesto e também depois por Paulinho, além de seu irmão Nico, também conhecido na época por apresentar programas de televisão. Naquele ano, a família Fagundes reuniu-se para a gravação de um CD para a Galpão Crioulo Discos, surgindo, assim a banda. O lançamento oficial do CD de estréia do grupo, intitulado Os Fagundes, ocorreu no Theatro São Pedro. Em 2004, o grupo lançou seu segundo álbum: Para Todas as Querências. Em julho do ano seguinte, foi gravado o álbum Os Fagundes: ao Vivo no Theatro São Pedro, com participações especiais de Renato Borghetti na canção “Querência”, e de Teixeirinha Filho em “O Colono”.
Músicas do disco “Para Todas as Querências” : 01 – Me Chama que eu chego Já – Neto Fagundes // 02 – A gente canta – Ernesto Fagundes e Vaine Darde // 03 – Baita Baile – Neto Fagundes