O SUL EM CIMA 04 / 2024

O SUL EM CIMA 04_2024


Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Durque Costa Cigano e Pâmela Amaro 
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Durque Costa Cigano –  Refletindo sobre a trajetória de Cigano, imagine uma pessoa que viveu musicalmente a noite de Porto Alegre em um período “pós -Lupicínio”:  uma geração “de ouro” dos artistas da Música Popular Brasileira. Em Porto Alegre, a pessoa que sintetiza esse momento é Durque Costa Cigano.
Nascido no ano de 1950 em Dom Pedrito, Cigano migrou para Porto Alegre com seis anos de idade. Atuando na noite da cidade até os dias de hoje, Cigano passou pelos principais palcos da capital gaúcha. Entre bares, teatros e casas de shows,  Cigano observava Lupicínio, Plauto Cruz e Jessé Silva pelos bares de “Poa”. Atualmente, Paulinho Parada, doutorando em música pela UFRGS e descoberta de Cigano, reconstitui a obra de Durque Costa e pretende resgatar o valor de suas canções através da nova difusão no ciberespaço e imprensa. Sua obra foi difundida em todas plataformas de streaming através da distribuidora Tratore, ação de Paulinho Parada como resultado de sua pesquisa etnomusicológica. 
Ao longo de suas vivências, Cigano percebeu que “sua praia” é o violão e voz – cantar na noite, para as pessoas. Participou de programas de televisão como Jornal do Almoço, Fantástico e outros de emissoras de tv e rádio. Gravou dezenas de discos, entre eles Lp’s e Cd’s. Foi com o fonograma “Porto City” que fez mais sucesso na capital, participando da coletânea do grupo comercial Zaffari intitulada “Porto Alegre é demais”, figurando entre artistas como Kleiton e Kledir, Isabela Fogaça e outros. Cigano, com mais de 70 anos, toca periodicamente no Claudinha Gastrobar, localizado no Quarto Distrito da capital gaúcha.
Músicas: 01 – Porto City  – Durque Costa Cigano //  02 – Cavaquinho de Valor  – Domingos Costa //  03 – Porto Triste – Durque Costa Cigano // 04 – Neguinho do Morro  – Durque Costa Cigano  // 05 – Porto Alegre – Durque Costa Cigano 
 
Pâmela Amaro é atriz, cantora, musicista, arte-educadora e compositora porto-alegrense. Nos últimos anos, tem se destacado como uma das vozes do samba no estado do RS, principalmente, a partir das composições que abordam temas variados, sempre positivando narrativas acerca das mulheres negras. Ativista cultural, toca cavaquinho, percussão e tem longo caminho na cena teatral, com atuação também no cinema e em musicais.  Integrou grupos musicais formados por mulheres musicistas, destes o mais atual é o grupo Três Marias. Em 2020, lançou seu primeiro EP solo, Veneno do Café, apresentando sua veia no samba de partido alto.  No mesmo ano, a artista foi contemplada pela Natura Musical para realizar a produção do seu primeiro álbum, ‘Samba às Avessas’. Patrocinado pela Natura Musical e financiado pela Pró-Cultura e Governo do Estado do RS, o trabalho destaca a vertente autoral da artista, em sintonia com as narrativas do universo feminino, plural e complexo. 
No disco de estréia “Samba às Avessas”, Pâmela Amaro recebeu consultoria artística da múltipla artista, a sambista Nilze Carvalho (RJ), durante o processo de produção musical. Amaro se desafiou como produtora musical partilhando a função com Tuti Rodrigues, também diretor musical. Os arranjos das 12 faixas do álbum são dela em parceria com Tuti e Max Garcia. O disco elencou 33 musicistas, destes, cerca de 16 são mulheres. A gestão executiva do projeto é do Coletivo Palma e a direção artística de Tiago Souza. O disco ganhou o mundo justamente no dia em que  a baluarte Dona Ivone Lara completaria 100 anos. Uma data simbólica e que não foi escolhida por acaso. Foi porque o avesso do samba de Pâmela é também uma reinvidicação da história feminina dentro do gênero musical, ainda dominado pelos homens. Mas não é só a lógica masculina que o samba de Pâmela vira do avesso. É também a ideia de que o Rio Grande do Sul não é terra de tambores quando na verdade, aponta a artista, vem daqui uma das tradições sambistas mais fortes do Brasil. Pâmela almeja que o resto  do país ouça seu disco e saiba que ali está um exemplar do samba que há tempos se cria, se canta e se toca no Rio Grande do Sul. 
Músicas  – autoria de Pâmela Amaro : 06 – A Caixa e o Tamborim – do EP Veneno do Café (2020)  //  07 –  Casa de Versos  –  do EP Veneno do Café (2020) // Músicas do álbum “Samba às Avessas” 08 à 11: 08 – Pedido a Osun – Pâmela Amaro   // 09- Deixa que eu vou te contar  – Pâmela Amaro  – feat Maíra Freitas e Yzalú // 10 – Samba às Avessas  – Pâmela Amaro – feat. Nilze Carvalho // 11 – Oferenda – poesia Oliveira Silveira e Pâmela Amaro / Canoa de Preto Velho  – Jorge Onifade e Pâmela Amaro  / Bença  – Pâmela Amaro e Luciana Carvalho
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