O SUL EM CIMA 40 / 2021

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Nessa edição de O Sul em Cima vamos mostrar os trabalhos de Carlos Badia, Fabrício Gambogi (BRI), Uilson Paiva e Grupo Fato

CARLOS BADIA é compositor, violonista, arranjador e produtor musical. O artista atua profissionalmente desde o final dos anos 80 em Porto Alegre. Iniciou sua formação na escola da OSPA, aprofundando seu estudo do violão clássico, de harmonia e improvisação. 
Carlos Badia dedicou bons anos de sua vida ao trabalho de Musicoterapia, ministrando palestras e cursos para profissionais da área de arte-educação e, paralelamente, trabalhando dentro de estúdios na criação de trilhas para cinema, TV, animação, publicidade e teatro. Em 2006, retomando o contato com os palcos foi um dos fundadores do grupo Delicatessen com quem fez uma série de shows pelo Brasil e pelo mundo. Durante o período do Delicatessen, Badia produziu três discos de excelente repercussão em todo o mundo. Esse trabalho lhe rendeu prêmios importantes como as duas premiações do “Prêmio da Música Brasileira” como produtor musical e nas diversas vezes que foi premiado como instrumentista, produtor e compositor no “Prêmio Açorianos de Música”.
Além de músico, Carlos Badia é autor  e ator do espetáculo teatral “O Músico e o Mágico” e idealizador e curador do “Porto Alegre Jazz Festival”.
O 3º álbum de Carlos Badia traz música instrumental de alto nível, com Badia na Guitarra e um time excepcional de músicos. Em 10 faixas, o novo álbum imprime uma sonoridade universal misturada a uma identidade latino-americana forte. Diferente dos outros álbuns, que traziam uma brasilidade mais identificável, VOO escancara uma brasilidade pouco falada, de uma forma complexa e criativa, em ritmos do Sul do Brasil. No time, Rodolfo Stroeter, Fábio Torres, Ricardo Arenhaldt e convidados como Gabriel Grossi, Daniel D’Alcantara entre outros, que fazem de VOO um trabalho de alcance internacional. 
Músicas do álbum Voo (lançado em out/2021): 01 – Pampa Road – carlos Badia // 02 – Rito de Passagem – Carlos Badia/Ricky Smit Rafuagi – Participação: Ricky Rafuagi (voz)
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FABRÍCIO GAMBOGI (BRI) -Bri é apelido e persona de Fabrício Gambogi, compositor, produtor, arranjador, multi instrumentista e professor de música nascido em Porto Alegre no ano de 1983. Atuando como compositor, instrumentista, produtor ou arranjador, realizou inúmeras colaborações com artistas como Vitor Ramil (RS), Marcelo Delacroix (RS), Gisele De Santi (RS), Juliana Cortes (PR), Thiago Ramil (RS), Arthur Nogueira (PA), Daniel Drexler (Uruguai), Vanguart (SP), entre outros. Destaca-se sua atuação com a banda Dingo Bells desde 2014, com shows realizados em alguns dos principais festivais, teatros e casas de eventos em todo o Brasil. 
Diante do caos interno gerado pelo distanciamento social, algumas pessoas desenvolveram habilidades na cozinha, outros aprenderam meditação ou se aventuraram a cortar o próprio cabelo, mas para Bri, projeto solo do músico gaúcho radicado em São Paulo, Fabrício Gambogi, esse foi um momento de produzir músicas sem os aparatos de grandes estúdios, encarando o desafio de gravar em casa. Em meio ao barulho externo e entre uma live e outra nasceu o EP “Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite” que conta com 4  faixas e faz referência aos encontros virtuais onde não sabemos ao certo qual momento do dia o público estará assistindo aquele evento, 
Sobre as motivações com relação ao EP, Bri comenta que “por um lado, é uma observação de coisas vividas e sentidas nesse Brasil tão distópico. Por outro, acho que ele divulga uma delicadeza sonhadora, talvez até ingênua”. Trata-se de um trabalho otimista, onde o cantautor deseja refletir palavras de um mundo mais igual, mais livre e mais delicado. Foram três meses de gravações para então ser mixado por Lucas Ramos, do Estúdio Mochila e masterizado por Wagner Lagemann, do Estúdio Pedra Redonda, ambos de Porto Alegre.
Músicas do EP – lançamento 26/11/21 – Um lançamento Selo Pedra Redonda: 01 – Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite // 02 – Dom Quixote // 03 – Se Possível // 04 – A Onda 
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UILSON PAIVA – Cantor, compositor, violonista e guitarrista. Natural de Canguçu (RS), nos anos 90 integrou banda covers de rock nas regiões de Pelotas, São Leopoldo e Porto Alegre, em que o repertório já trazia músicas próprias.
Jornalista, trabalhou por 15 anos nas redações de grandes veículos de imprensa (Zero Hora, Veja, O Estado de S.Paulo). Atualmente, dedica-se profissionalmente às áreas de comunicação e sustentabilidade.
Seu primeiro álbum, Saber Dizer (2019), traz 12 canções de sua autoria. O álbum tem faixas com forte influência do soul brasileiro de Cassiano, Hyldon e Tim Maia, blues, rock e MPB. Um dos destaques é a faixa “Noite Cinza”, inspirada pelas influências de samba-canção recebidas em casa pelo artista, e que recupera uma gravação de 2005 de estúdio de seu pai, o seresteiro canguçuense Paulo “Peixe” Paiva, já falecido. A tecnologia une pai e filho para sempre numa serenata imaginária, nas ruas gélidas e cinzas de uma cidade do sul do Brasil. 
Disponível nas plataformas digitais e em CD, “Saber Dizer” ganhou versão em vinil em janeiro de 2021. Fabricado em São Paulo pela Vinil Brasil, o long play tem encarte duplo colorido, concepção gráfica do designer catarinense Luiz Acácio de Souza. O interior traz as letras das 12 faixas autorais, com fotos realizadas no casario histórico de Pelotas (RS) por Nauro Jr. A produção musical é de Juninho Betim.
Os mais recentes singles de Uilson Paiva, “O Amor não tem Medo” e “Bem Sei”, lançados em março e setembro de 2021, bebem na fonte da black music, com suingue reforçado por vigoroso naipe de metais (trompete, trombone e saxofone), guitarras funkeadas e backing vocals. 
Músicas: 01 – Noite Cinza  – Uilson Paiva //02 – O Amor não tem Medo – Uilson Paiva e Juninho Betim // 03 – Bem Sei – Uilson Paiva
 
GRUPO FATO – Formado em 1994, em Curitiba, o Grupo criou uma sonoridade particular, investindo em combinações musicais únicas, que mesclam elementos tradicionais da nossa cultura – como os tamancos de madeira do fandango – com instrumentos convencionais e outros criados por integrantes do Fato, como a Tamancalha – um batedor manual de tamancos. Tudo isso interage com algumas doses de intervenções eletrônicas como loops, processamentos e programações. No novo trabalho, a percussão corporal passou a integrar os arranjos, ampliando a gama de timbres explorados.
Claro_Movimento, álbum mais recente do grupo produzido pelo carioca João Cavalcanti, reúne todas essas características e mais. O nome é inspirado nos títulos de duas canções do álbum e é uma alusão ao movimento da vida, da música e do próprio Fato. A música ‘Claro’ é, em parte, inspirada na faixa ‘Clube da Esquina II’, de Flávio Venturini, que diz que os sonhos não envelhecem, conta Grace Torres, compositora da canção em parceria com o letrista Benito Rodriguez. Em um contraponto, a outra faixa cujo título compõe o nome do disco é uma canção-síntese, com 9 palavras. “Movimento”, de Antonio Saraiva, representa a trajetória, a resistência no tempo e o fazer artístico do Fato ao longo do tempo.
O grupo Fato é formado atualmente por Andrezza Prodóssimo,  Grace Torres, Daniel Fagundes, Priscila Graciano e Ulisses Galetto. 
Músicas: 01 – Claro – Grace Torres  e  Benito Rodriguez // 02 – Movimento – Antonio Saraiva  // 03 – Vernissage – Ulisses Galetto e João Cavalcanti
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