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O SUL EM CIMA 33 / 2019

O SUL EM CIMA dessa edição mostra os trabalhos de Consuelo de Paula, Realidade Paralela, Danadões e Maurício Candussi. 


CONSUELO DE PAULA – Cantora e compositora de Pratápolis (MG) que mora atualmente em SP, lançou em julho / 2019 seu mais novo CD: Maryákoré, sétimo disco de sua carreira. Nele, a mineira selecionou músicas que contem elementos de duas matrizes da raça brasileira: a negra e a indígena.
Maryákoré é um trabalho autoral desafiador, forte, transcendente. O título é também uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti), oré (nós em tupi guarani), yakoré (nome próprio africano).
“O CD lançado por Consuelo de Paula é um chamamento à vida. Cantando e tocando, ela traçou um mapa de profunda significação. Com ricas simbologias, suas canções tem um quê de ópera tropical, algo arrebatador e sutil.  O ritmo é quase ingênuo, mas entusiasmante; os poucos instrumentos tocam melodias arejadas, com rica influência de gêneros ancestrais. Beleza suficiente para estimular a audição dos dez arranjos de Consuelo de Paula – todos instigantes e ricos” diz Aquiles Rique Reis em sua coluna. 
Multiartista, a cantora é responsável por toda a produção do CD, além da direção geral. Assina as letras e músicas, com apenas duas parcerias (uma de Déa Trancoso e outra de Rafael Altério), arranjos, executa todos os violões e traz percussão em suas pesquisas, como a caixa do divino, cincerro e unhas de Ihama, instrumento de origem indigena e andina. 
Ela é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical de seus próprios trabalhos. A trilogia Samba, Seresta e Baião (1998), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004) compõem seus primeiros lançamentos, seguidos do DVD Negra (2011), Casa (2012) e o Tempo e o Branco (2015).
Consuelo de Paula é uma das poucas artistas de sua geração que possui, de fato, uma obra auto-referente na forma e no conteúdo. Refinamento erudito, elegância popular e boas idéias são elementos constantes em sua obra, o que lhe tem assegurado profundo respeito, admiração e reconhecimento do público e da crítica especializada.
Músicas: 01 – Maryákoré (Consuelo de Paula) // 02 – Arvoredo (Consuelo de Paula) // 03 – Remando contra a Maré (Consuelo de Paula / Rafael Altério)
 
REALIDADE PARALELA – Imagine quatro artistas gaúchos consagrados: a cantora Vanessa Longoni – A Mulher de Oslo – vencedora de inúmeros prêmios e uma das artistas mais atuantes nos últimos anos no cenário musical gaúcho; o violonista Angelo Primon – produtor e multiinstrumentista muito requisitado para atuações em shows e gravações, vencedor dos prêmios Mosaico e Açorianos; o baterista Luke Faro – Hard Working Band, vencedor de concursos nacionais de bateria e extremamente atuante em diversas áreas de música do sul; o guitarrista Marcelo Corsetti, artista com inúmeros prêmios, produção de trabalhos de extremo valor artístico no Rio Grande do Sul.
Agora, imagine esses quatro artistas em um projeto com o objetivo de fazer boa música, novos arranjos e interpretações, num instigante desafio lúdico?
Esse é o REALIDADE PARALELA, um grupo que pesquisa sonoridades e ambiguidades entre os sons de alta tecnologia e os sons acústicos. Das cáusticas guitarras de Marcelo Corsetti passando pelas matizes acústicas da viola caipira, sitar, rabeca, berimbau e violão de Angelo Primon e ainda navegando no imenso oceano polirrítmico da bateria de Luke Faro. Essa idéia musical não poderia ficar completa sem a presença da excelente Vanessa Longoni e suas personais interpretações.
Músicas do álbum Realidade Paralela (2009): 01 – Perfume, Pente, Pensamento (Richard Serraria / Vanessa Longoni) // 02 – A Luz da Nobreza (Pedro Luís / Zé Renato) // 03 – Gaja Vadana (Mantra tradicional indiano, composição milenar de autor desconhecido).
 
DANADÕES – Robson Almeida e Marcelo Astiazara nasceram e cresceram em Tramandaí, cidade do litoral norte do Rio Grande do Sul, conhecida como a capital das praias gaúchas. Ambos começaram a carreira musical muito cedo, porém separadamente. Robson era guitarrista e vocalista da banda Corte Real e Marcelo participava da banda Os Taxons e do projeto/tributo Sarau Beatles. Acumularam muita experiência musical, participaram de festivais de música, aprenderam a criar composições e amadureceram como profissionais.
Ao fim de 2011, começam juntos o projeto: “Danadões”. A idéia do nome seria trazer algo da essência e da nostalgia da Jovem Guarda. Robson e Marcelo apresentam com os Danadões uma música pop vibrante influenciados pelo Pop Rock Britânico dos anos 60, a música folk e a música popular brasileira.
Em 2012 lançaram o CD independente “Nosso Disco” e “O Mundo” no final de 2016.
Músicas: 01 – O Mágico Estrambólico (Kleiton Ramil / Kledir Ramil) – participação especial: Kleiton & Kledir // 02 – O Plano (Robson Almeida / Marcelo Astiazara) // 03 – O Mundo (Robson Almeida) 
Participações especiais em “O Mundo” – Duda Rocha, Thiago Heinrich, Chico Paz e Jéf.
Vozes das crianças em O Mundo: Joana Ermel, Ana Sofia Gonchoroski Piovesan, Isabelle Wagner Machado, Julia Hirt Fagundes e Bernardo Britto Tonon.
 
MAURÍCIO CANDUSSI (Argentina) – Mauricio Candussi é músico, produtor musical, compositor. Criador do Duo Finlândia. Criador e diretor do FEMI (Festival Internacional de Música Instrumental / diretor da Oria Producciones / diretor e programador da 970 Audio y Música. 
Com a dupla binacional Duo Finlandia (Arg/Brasil), gravou e produziu 6 álbuns, com turnês em mais de 20 países na América e na Europa, e participação em mais de 30 festivais ao redor do mundo: Brasil, França, Portugal, Alemanha, Panamá, México, Espanha, entre outros. Participaram no Brasil, do Festival Música de Rua no RS. Compositor de diversas obras para teatro, dança, rádio, TV, audiovisual, cinema, videogames e publicidade.
IVRIDX é o novo álbum do projeto solo de Mauri Candussi. O caminho solo nasceu após anos dividindo o palco com muitos artistas e projetos, principalmente com o Duo Finlandia (Arg/Brasil),  uma dupla binacional criada em 2010 com quem viajaram para mais de 20 países da América e Europa, gravou 6 álbuns e receberam diferentes prêmios nacionais e internacionais.
Nessa fase, Mauri Candussi empreende uma experiência musical com novos sons, novos formatos, experimentando gêneros, shows ao vivo e as diferentes formas de apresentação do novo material chamado IVRIDX. 
O IVRIDX brinca com os limites dos gêneros, os limites dos formatos. Perto de sons como folclore argentino, world music, folk sul-americano, jazz, música autoral. Passeando por vários estilos e levando diversos elementos, o IVRIDX tenta expandir as sonoridades, procurando um espaço de conexão entre a liberdade e o desejo criativo.
Músicas: 01 – El Ciclo // 02 – A Lo Astor // 03 – Forrozim
 

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