Valdir_Verona_e_Rafael_de_Boni

O Sul em Cima –Valdir Verona e Rafael de Boni

           O Sul em Cima dessa edição mostra o trabalho do Duo de Viola e Acordeon formado por Valdir Verona e Rafael de Boni.

VALDIR VERONA & RAFAEL DE BONI 

Entre a viola de Valdir Verona e o acordeon de Rafael De Boni há um protagonismo e singularidade em cada um dos instrumentos. Essa poesia da harmonia que a música sugere está, provavelmente, entre as características mais preciosas a conduzir a trajetória da dupla, que completa 11 anos neste ano. Conforme os estudos de Verona sobre a gênese da música regionalista, a viola teria chegado ao Estado antes mesmo do acordeon, por intermédio de tropeiros, jesuítas e açorianos. Apesar disso, o instrumento de De Boni ainda é o responsável pela maior representação simbólica da sonoridade gaúcha. Ao decidir pela união dessas duas potências numa mesma linguagem, tradição e história o resultado é um compasso que vai além das fronteiras.  A música autoral é motivo de orgulho para o duo, que lançou dois CDs e um DVD nessa uma década de história. O formato de composição que Verona e De Boni adotaram explicita a força da mesma sintonia que os uniu. Músicos de influências diversas, possuem vivência em estilos que vão desde o folclore sulino à formação erudita, da música regional brasileira e da MPB ao jazz, e, neste projeto, mantém o foco na música do sul do país, influenciada pelas regiões fronteiriças.

Valdir_e_Rafael

Valdir Verona – músico caxiense que vem desenvolvendo um trabalho de resgate da viola na música do Sul em recitais, shows, composições, gravações, edições de partituras, aulas e oficinas de música. Possui sete CDs, um DVD e três livros com CDs encartados além de diversas participações em gravações e produções de CDs e DVDs. Prêmio Excelência da Viola Caipira em duas edições. No exterior, representou o Brasil na homenagem ao país no Fórum Econômico Mundial de Davos/Suíça em 2012 e na 25a Feira Internacional do Livro de Bogotá/Colômbia.

Para ouvir mais sobre Valdir Verona, acesse: http://osulemcima.com/blog/2016/10/03/o-sul-em-cima-35-valdir-verona/

Valdir_Verona_e_Rafael_de_Boni_2Rafael De Boni – natural de Vacaria – RS, onde iniciou seus estudos de acordeon, e, logo mais de contrabaixo elétrico. Participou de inúmeros festivais, gravações e participações com bandas e artistas solo nos mais variados estilos, destacando o cd JAZZ BRASIL, com a Free Note Jazz Quartet, o DVD da Banda Kriz, o CD TRIACÚSTICO, e os CDs “Encontro das Águas” e “Parceria no 2” e o DVD ao vivo em duo com o violeiro Valdir Verona.Atualmente, atua no Duo de viola e acordeon, junto com Valdir Verona, no Projeto CCOMA , além de participações com diversos artistas. Obras:

CD Encontro das Águas 2007 – Fundoprocultura, CD Duo de Viola e Acordeon, Valdir Verona e Rafael De Boni 2014 – Financiarte, DVD Duo de Viola e Acordeon – Valdir Verona e Rafael De Boni – participação especial Yamandu Costa 2015

“Trabalhos como o que Valdir Verona e Rafael De Boni estão aí para lembrar que a cultura existe e se engana quem menospreza o espírito de uma arte que sobreviveu nas mentes e corações dos povos por tanto tempo! Embora em seus temas predomine naturalmente o gauchismo, são universais! É significativo, por exemplo, o “bordado” entre Felicidade, de Lupicinio Rodrigues, e Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense: constrói-se uma ponte entre o Nordeste e o Sul que cumpre a missão de religar, encantar e bailar, seja numa estância, num terreiro de terra batida, em volta de um fogão à lenha ou num salão nobre.É a viva música, da pulsante alma brasileira!” 

(Joel Emídio da Silva – http://www.sertaopaulistano.com.br/2016/03/duo-viola-acordeon-valdir-verona-e.html)

 

Contatos:

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PARTE 1:


PARTE 2:

Show Joao e Gilberto Bar

O Sul em Cima – Causo Beats e Matudarí

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho das bandas CAUSO BEATS e MATUDARÍ, em especial músicas do álbum RAP COM BANDA.

Causo Beats e Matudarí é um projeto de Rap com Banda onde foram construídas músicas coletivamente com a ideia de propagar o Rap com uma personalidade nova. As letras do Grupo Causo Beats, juntamente com os arranjos musicais da banda Matudarí, trazem a mistura do Reggae, rock, samba, MPB, batidas fortes e marcantes e as letras cantadas trazendo sempre o rap como o ponto mais marcante. Essa união se deu para trazer críticas das falhas do cotidiano de vida dos moradores do Bairro Laranjal, Reflexo da sociedade e do contexto atual. O disco “Rap com banda” surgiu para agregar esses dois projetos (o Causo Beats e a Matudarí) que envolvem muita amizade, de longa data, de todos os integrantes que moram no mesmo bairro de Pelotas. A ideia da união é o fortalecimento do Rap, da Música própria independente e do fortalecimento da cultura local. O Projeto conta com uma página do Facebook e disponibiliza as músicas do disco no youtube.

CAUSO BEATS é de 2010, e a sonoridade é a “batida” que caracteriza o Hip Hop. Como integrantes: Matheus Kbelo, James Leal e Enrico Anselmi. Em 2012, eles lançaram a Promotape – “Antes que o mundo acabe” com 7 faixas . Naquele ano, a produção conquistou o terceiro lugar, categoria “Melhor EP do Ano”, no prêmio estadual “RAPLongaVida”. O grupo já abriu shows de MvBill, Cone Crew e Oriente.

MATUDARÍ é de 2012 e a designação é referência ao “Mato do Ari”. Os integrantes Luan de Oliveira, Natã Carvalho, Christopher Lemos e Bruno Del Pino, explicam o significado: “Matudarí é a abreviação de ‘mato do Ari’. Ele foi um personagem icônico do Laranjal, um jardineiro que vivia em uma terra ‘no meio do mato’. Matudarí é musica de raiz em gêneros como rock, reggae, samba e MPB. Com o Causo Beats, tem várias influências em comum, como B.B. King, Sabotage, Criolo, Stevie Wonder e Jimi Hendrix”.

A ideia de formar um projeto de Rap com Banda surgiu da amizade entre o grupo de Rap Causo Beats e a Banda Matudarí, em ambos os projetos todos os integrantes são moradores do mesmo bairro (Laranjal – Pelotas RS) e amigos de infância, antes mesmo de tornarem-se músicos. Fazer “Rap com Banda” sempre foi um desejo mútuo, até que, em 2014, numa noite de inverno, em meio a fogueiras, risadas e muita música, surgiu a ideia de fazer uma releitura das musicas já lançadas do Causo Beats.

O projeto tomou forma depois de muitos ensaios de criação, as rimas foram se adaptando ao swing da banda, as melodias evoluíram com o passar do tempo e cada música foi ganhando um toque especial. Notável também foi a evolução musical de cada um dentro do projeto, até porque esse projeto era uma experiência nova para todos. E nesse meio tempo aconteceram algumas apresentações em eventos, casas noturnas e bares da cidade e região, a fim de arrecadar os custos para financiar a gravação em estúdio e a produção das copias físicas desse projeto que é totalmente independente. São 15 faixas no total, que vão do rock ao samba, misturando vários gêneros de raiz que dão mais ênfase para musicalidade brasileira, mas sem perder a consistência da rima e do discurso empregado nas letras.

Todas as faixas foram gravadas, mixadas e masterizadas no STUDIO7, exceto a faixa “Samba de interlúdio” gravada no ESTÚDIO PANTANAL e as faixas “Rap de Interlúdio” e “Bônus Beat” gravadas no ESTÚDIO BOTUFÉ. Todos instrumentais foram gravados em modo multipista ao vivo.
Os participantes do álbum são: Bateria: Bruno Del Pino / Contra Baixo: Natã Carvalho / Guitarra: Christopher Lemos / Sopros: Luan de Oliveira /  Violão: Enrico Anselmi / Voz: Matheus Kbelo | James Leal  /  Participação Especial: Surdo – Douglas Ribeiro “Doug” (Faixa 06).

Contatos:

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https://www.facebook.com/CausoBeatsRS/

 

PARTE 1:

 

PARTE 2:

 

LOMA 5

O Sul em Cima – Loma

O Sul em Cima dessa edição é dedicado ao trabalho de LOMA e mostra as músicas dos álbuns ZIGUEZAGUEANDO (2005) e CANTADORES DO LITORAL (2009)

Loma Berenice Gomes Pereira é uma cantora gaúcha com larga trajetória profissional. No Rio Grande do Sul conquistou notoriedade pela acentuada inclinação em participar de projetos culturais com foco na musicalidade de raízes regionais.

Loma começou a cantar profissionalmente em 1973, em estúdios de gravação de jingles em Porto Alegre e como vocalista do Grupo Pentagrama, um dos principais responsáveis pelo movimento renovador que eclodiu àquela época na música produzida no Rio Grande do Sul e que projetou nacionalmente alguns compositores e intérpretes de Porto Alegre.

Nos anos 80, já em carreira solo, partiu para o Rio de Janeiro em busca de novas experiências, novos contatos e para aprofundar-se no estudo de teoria e solfejo na Escola de Música do Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro. Apresentou-se pelo Brasil afora ao lado de artistas do nível de Amelinha, Sérgio Dias (Mutantes), Elza Soares, Baby Consuelo, Jorge Mautner, Robertinho do Recife, entre outros. Também subiu ao palco ao lado dos gaúchos Bixo da Seda, Jerônimo Jardim e Bebeto Alves.

Em 1985, Loma voltou ao Rio Grande do Sul. Lançou seu primeiro LP “Loma”, com arranjos assinados por Geraldo Flach. Em 1989, Loma foi eleita pela crítica como a “melhor cantora da década” e, em 1999, foi vencedora do Prêmio Açorianos de Música nas categorias Melhor CD de MPB e Melhor Intérprete. Entre os discos lançados estão “Loma” (1985), “Um Mate Por Ti” (1992), “Loma – Além Fronteiras” (1998) e “Ziguezagueando” (2005).

Desde 2002, Loma é a cantora no Cantadores do Litoral, grupo que surgiu em 2001 com o espetáculo Cantadores do Litoral. Por uso do público e da imprensa, acaba assumindo o próprio nome do espetáculo. O grupo transforma-se num fundamental divulgador da cultura de influência afro-açoriana e é formado por músicos, intérpretes, compositores, pesquisadores e poetas do litoral norte do RS. O grupo é liderado pelo folclorista, maestro, compositor e professor de música Paulo de Campos. O trabalho é sequência do movimento que há 40 anos divulga a cultura litorânea, iniciado por Ivo Ladislau e Carlos Catuípe. Os Cantadores do Litoral trazem um repertório repleto de ritmos e sons impregnados de lusitanismos e africanismos, transformando-se em nova e brasileira opção musical aflorada no Litoral Norte/RS. Os integrantes são Loma, Mário Tressoldi, Nilton Júnior, Paulo de Campos e Rodrigo Reis. Com o grupo, recebeu, em 2009, o prêmio anual de Melhor Grupo Show e Melhor Intérprete da Assembleia Legislativa gaúcha. Além de cantar e atuar como ativista cultural, Loma trabalha como locutora e mestre de cerimônias em diversos eventos culturais.

PARTE 1:

PARTE 2:

FLORA ALMEIDA1

O Sul em Cima – Flora Almeida

O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a FLORA ALMEIDA e mostra em especial, músicas de seus álbuns Tudo Beleza e Com que Roupa – Flora Almeida canta Noel Rosa.

“Flora Almeida é uma cantora de jazz. Não sei que feeling é este. Se soubesse, patenteava a fórmula e vendia para todas as cantoras que gostariam de ter o que na Flora, não resisto o trocadilho ecológico, é natural. Porque cantoras de jazz não se fabrica. Elas já nascem, como esta, completas”.  (Luis Fernando Verissimo)

A inspiração de Flora Almeida vem de lendárias cantoras de blues e jazz, como Billie Holiday e Ella Fitzgerald, de Dee Dee Bridgewater e da jovem Esperanza Spalding, contrabaixista e cantora estadunidense, além de Tom Jobim, Edu Lobo e Elis Regina.

Nascida em Butiá (RS) e criada em Porto Alegre, com 12 anos de idade Flora já cantava e tocava órgão na Igreja Metodista. Sua carreira começou em 1984, quando fez o primeiro show, Mulher Verso e Reverso, dirigido por Delmar Mancuso. Foi com ele que aprendeu “como estar e ser no palco” e foi pelas suas mãos que Noel Rosa entrou no seu repertório para sempre. O primeiro LP de Flora foi lançado em 1988, Acordei Bemol, Tudo Estava Sustenido, com a banda Circuito Emocional. O trabalho levou a cantora ao mercado nacional, quando, em 1989, foi para São Paulo mostrar o disco e lá ficou fazendo shows durante um ano. Em 1998, o LP foi transformado em CD, com financiamento do Fumproarte, porque retratava a produção musical de Porto Alegre.

No final de 1989 e início de 1990, Flora Almeida foi convidada pelo diretor e produtor Luciano Alabarse para acompanhar o músico Carlos Sandroni, que lançava seu disco na capital gaúcha. Em seguida, fez shows com ele no Rio de Janeiro, com as participações de Adriana Calcanhoto, Muni, Coca Barbosa e Luciana Costa. Foi no Rio que Flora desenvolveu o trabalho com foco na obra de Noel Rosa, com arranjos para jazz, blues e samba do guitarrista Ademir Cândido. Apresentava-se com um sexteto integrado também pelo baixista Mazinho Ventura, o pianista Fernando Moraes, o baterista Paulo Camanga e o trompetista Bidinho. O desejo antigo tomava forma.

Já em 1991, ainda no Rio, Flora Almeida fez sucesso com a dupla Country Gurias, com a cantora Luciana Costa. Voltou para Porto Alegre em 1992. Dois anos depois, estreou o espetáculo Singular, um monólogo musical, ela e uma percussão em off. Com esse show conquistou, em 1995, o Prêmio Açorianos de Melhor Cantora. Na cerimônia de entrega do Prêmio, apresentou-se com Solon Fishbone, entrando no mundo do blues.

Em 2000, lançou o CD Não Pare na Pista, com a banda Flora Almeida & Kozmic Blues, gravado ao vivo no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Projeto Unimúsica. Foi o registro de um trabalho de cinco anos com o grupo. Tudo Beleza foi o terceiro CD da sua carreira. Lançado em 2010, com músicos da cena porto-alegrense, foi o primeiro disco que trouxe a bossa nova para a nossa linguagem. No exterior, Flora já se apresentou na Alemanha, Suíça e França. Inquieta e dedicada ao universo musical, em Porto Alegre Flora Almeida foi uma das idealizadoras da Mostra de CDs Independentes, juntamente com Nanci Araújo e Márcio Celli, reunindo mais de 180 artistas. Com essa iniciativa receberam Menção Honrosa do Prêmio Açorianos de Música em 1999.

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NOEL ROSA EM SAMBA JAZZ E BLUES POR FLORA ALMEIDA

Cantora gaúcha lança CD que dá nova roupagem a músicas do Poeta da Vila

Músicas de Noel Rosa interpretadas por Flora Almeida, que faz uma releitura singular da obra do grande compositor de Vila Isabel. A cantora gaúcha, lançou em 2015 o CD Com que Roupa – Flora Almeida canta Noel Rosa, seu quarto disco, onde explora todo o seu feeling em jazz e blues para dar uma nova roupagem às canções do “Poeta da Vila”.

Pensado desde o final dos anos 1980, o projeto ganhou força em 1990, quando Flora morou no Rio de Janeiro e apresentou o trabalho em diversos shows. Cantando em Vila Isabel, reduto do compositor carioca, teve uma grande surpresa. Lindaura, esposa de Noel Rosa, assistia ao show. Flora foi cumprimentá-la e ouviu dela: “Você está fazendo Noel para os jovens.” Desde a primeira vez em que cantou Noel, Flora desejou fazer o que está fazendo agora. “Minha natureza é o blues, mas sempre estive entre a bossa e o jazz”, afirma. Para ela, o CD retrata o modo como conduz o processo de criar e recriar, transitando do jazz para o blues e para a bossa e o samba, se reinventando sempre.

Flora Almeida observa que a música Com que Roupa não integra o disco. Está no título do CD porque se refere à roupagem musical que inseriu no samba de Noel. Para compor esse Noel moderno e jazzístico, contou com a parceria fundamental do guitarrista e violonista Ademir Cândido. O repertório traz canções escolhidas especialmente pela cantora: As Pastorinhas, Conversa de Botequim, Estátua da Paciência, Feitiço da Vila, Feitio de Oração, Fita Amarela, Gago Apaixonado, Palpite Infeliz, Três Apitos e Último Desejo. Para dar o toque característico do seu estilo, Flora convidou, além de Ademir, os músicos Luís Henrique – “New” (piano), Edu Martins (contrabaixo), Marquinhos Fê (bateria), Claudio Calcanhotto (percussão), Jorginho do Trompete (trompete), Marcelo Ribeiro (sax alto e sax tenor), Carlos Mallmann (trombone) e Leo Bracht (rebolo e percussão), com participação especial de Vagner Cunha (violas e violino), Alegre Corrêa (guitarra), Wanderlei Fontanella – “Nambu” (clarinete) e Marcelinho da Cuíca (cuíca).  Produção musical de Leo Bracht, Direção musical de Ademir Cândido, Flora Almeida e Leo Bracht

Site:  http://floraalmeida.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/floraaalmeida

PARTE 1:

 

PARTE 2: