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O Sul em Cima 46 – DUDU SPERB e MICHEL DORFMAN:

Os cancioneiros norte-americano e brasileiro, que estão entre os grandes legados da arte popular no mundo, possuem muito em comum: harmonias sofisticadas, letras de enorme riqueza poética, ritmos contagiantes e, sobretudo, o fato de traduzirem a experiência de viver em seu tempo e seu lugar.

Procurando trazer ao público um pouco desse exuberante acervo musical, o cantor Dudu Sperb criou, junto com o pianista Michel Dorfman, o espetáculo So in love, no qual interpretam dez canções de Cole Porter e propõem, ao mesmo tempo, um diálogo com a canção brasileira através de obras de alguns de nossos maiores compositores. Nesse trabalho, Dudu Sperb dá seguimento ao seu ofício de intérprete, expondo suas influências, buscando caminhos e novos desafios, comentando a vida através de sua música.

Cole Porter, um dos mais importantes cancionistas do século XX, criou uma obra sem igual, que, apesar de ter sido em sua maioria composta para musicais da Broadway, terminou por ganhar vida própria além do teatro e do cinema. Suas composições continuam a ser interpretadas mundo afora e se mantêm atuais por sua exuberância e sua preciosa representação da natureza humana. Da mesma forma, no Brasil, artistas como Noel RosaChico BuarqueVinicius de Moraes e Zé Miguel Wisnik, entre outros, possuem uma obra de grande envergadura, além de também terem criado para a cena teatral e cinematográfica canções que se tornaram clássicos.

No repertório de So in Love, outro ponto de encontro entre Cole Porter e os compositores brasileiros se dá através de canções de temática semelhante. Easy to Love e Último desejo, de Noel Rosa, ambas compostas nos anos 1930 e narradas na primeira pessoa, falam de amor. It’s De-lovely e Noturno Copacabana, de Guinga e Francisco Bosco, tiveram como inspiração a noite carioca. Ev’ry time we say goodbye e Valsa de Eurídice, de Vinicius de Moraes, tratam sobre despedidas, enquanto Miss Otis regrets e Se meu mundo cair, versam sobre situações dramáticas. E há belas composições dedicadas a duas cidades: I Love Paris, para a capital francesa, e Povoado das águas, dos gaúchos Antonio Villeroy, Gelson Oliveira, Bebeto Alves e Nelson Coelho de Castro, para Porto Alegre.

O CD So in love foi realizado de forma independente. As dezesseis canções que integram o repertório  foram registradas pela Transcendental Áudio, em Porto Alegre, entre 2014 e 2016.

DUDU SPERB começou a cantar profissionalmente em Porto Alegre, em 1988, apresentando-se em diversos locais da cidade como o Café-Teatro Porto de Elis, Blue Jazz Bar, Theatro São Pedro, Café Concerto Majestic, Music Hall, Solar dos Câmara, Santander Cultural,  Teatro do Museu do Trabalho, Teatro de Arena e Café Fon Fon, entre outros, além do interior, e também fora do estado, na Europa e no Uruguai. Atuou ao lado de músicos como Adão Pinheiro, Paulo Dorfman, Cau Karam, Toneco da Costa, Fernando do Ó, Giovani Berti, Pedrinho Figueiredo, Leandro Maia, Maurício Marques, Vagner Cunha, Luiz Mauro Filho, apresentou-se junto a outros artistas como Marcelo Delacroix, Kiko Freitas, Mônica Tomasi, Vanessa Longoni, Gisele De Santi, Guinga, Zé Miguel Wisnik, Ná Ozetti, Arthur Nestrovski e Milton Nascimento, e também com formações como a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro e a Orquestra Villa-Lobos. Lançou os CDs “Comptines à jouer” (2003), com canções francesas para crianças, “Arrabalero” (2008), trabalho inspirado no tango e noutras influências da música do RS, e “Coração Sol” (2015), dedicado à obra de Caetano Veloso. Recebeu indicação ao Prêmio Açorianos de Música de Melhor Espetáculo, em 2009, pelo show “Arrabalero”, e de Melhor Intérprete de MPB, em 2015, por “Coração Sol”. Em novembro de 2016, lança seu novo CD, “So in Love”, com repertório de Cole Porter e de compositores brasileiros, ao lado do pianista Michel Dorfman, no StudioClio, em Porto Alegre. Dudu também possui algumas composições, canções que estão atualmente em processo de registro.

MICHEL DORFMAN – Pianista, produtor musical e arranjador, Michel estudou com seu pai, o maestro Paulo Dorfman. Tem atuado como compositor, pianista e arranjador em diversos projetos e shows, destacando trabalhos com Frank Solari, Hique Gomes, Gelson Oliveira, Renato Borgueti, Nelson Coelho de Castro, James Liberato, Jorginho do Trumpete, Open Station, Júlio Herrlein, Marcelo Corsetti, Paralelo 30 (Orquestra de Camara da Unisinos), Ernesto Fagundes, Renata Adegas, Dudu Sperb, Almir Sater, Paulo Simões, Geraldo Espíndola, Tetê Espíndola e Geraldo Rocca, Chico César, Ná Ozetti e Totonho Villeroy, entre outros. Como instrumentista, foi indicado repetidas vezes a prêmios de música na categoria de música popular, sendo por duas vezes premiado com o Troféu Açorianos (1996 e 1999).

 

Contatos:

sperbprod@gmail.com  – (51) 8406.7116

www.dudusperb.com.br/

www.facebook.com/dudusperbcantor/

 

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