O SUL EM CIMA 04 / 2022

O SUL EM CIMA 04_2022


Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de BEBETO ALVES, HUMBERTO ZIGLER, CAMILA MENEZES e GUTO AGOSTINI. 
 .
BEBETO ALVES   é  compositor e cantor nascido em Uruguaiana/RS em 1954. Bebeto é hoje um expoente da música gaúcha, com uma trajetória que remete a história da música do Rio Grande do Sul. Em 1978, participou da coletânea “Paralelo 30”, que englobava somente artistas gaúchos. Seu primeiro disco solo, “Bebeto Alves”, foi em 1981, seguido por “Notícia Urgente”. Ele busca, entre outras opções, explorar músicas típicas do Rio Grande do Sul, como ranchos, toadas e milongas. Um de seus grandes sucessos foi “Quando eu Chegar”, lançado em compacto em 1984. Seus discos seguintes, Novo País, Pegadas, Danço Só, Milonga de Paus e Paisagem, mesclam a milonga e os ritmos gaúchos a diversos estilos como rock, reggae, pop e eletrônico. 
Contraluz é o álbum autoral de músicas inéditas lançado pelo artista em dezembro de 2021 através do selo Produto Oficial e que pode ser apresentado como disco comemorativo dos 40 anos de estréia solo do cantor e compositor no mercado fonográfico. Na contracapa do CD, Bebeto diz: “Acho que cheguei em um outro lugar, o lugar de um novo velho artista que se restabelece com uma nova velha idéia do que significa estar aqui e, apesar de tudo, cantar. Essa nova velha idéia é essa contraluz através da qual tento de todas as formas me reconhecer e reconhecer a todos. Não sem dificuldade, mas com uma vontade imensa de acreditar, que ainda podemos ser melhores do que já fomos um dia”. 
Músicas do álbum Contraluz: 01 – BEAT – Bebeto Alves – Adaptação Musical do livro ONTHEROADAGAIN de Atílio Perez da Cunha (Macunaíma) // 02 – UM BRILHO EM TEU OLHAR – Bebeto Alves / Renata Arruda // 03 – CONTRALUZ – Bebeto Alves
 .
HUMBERTO ZIGLER é baterista e percussionista, nascido no RS. Vindo de uma família de pescadores, conheceu a música por meio dos tios músicos e não tardou a se tornar um apaixonado pelos ritmos. Logo passou a tocar na noite de Florianópolis, em bandas de baile e grupos de samba. Na mesma época, se aperfeiçoou na bateria com o mestre Kiko Freitas. 
Em 1999, fixou residência em São Paulo. Trabalhou como professor em várias ONGs e no projeto Guri  (Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo), onde foi responsável por preparar os alunos de percussão para a apresentação com o pianista Arthur Moreira Lima, no 31º Festival de Inverno de Campos do Jordão. Também ministrou residências de percussão e prática de conjunto no projeto “Música para a Vida”, em Guaramiranga (Ceará), resultando em uma apresentação no “Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga”.
Em novembro de 2021, Humberto Zigler lançou o álbum “The Fisherman”, três anos após a pré produção iniciada em 2018. O álbum sintetiza os 30 anos de caminhada do músico e é um projeto que nasceu da necessidade de traduzir experiências com as múltiplas linguagens vivenciadas ao longo de sua carreira. 
Ao dividir o palco por muito tempo com sambistas e músicos de New Orleans (EUA), Humberto vislumbrou uma conexão primordial com sua ancestralidade, nos tambores primitivos da África. Iniciou, assim, a sua pesquisa a partir das músicas originárias do oeste africano e suas ramificações pelo mundo, identificando elementos que estão na base tanto da música tradicional brasileira – o maxixe, o ijexá e o maculelê – quanto nas músicas tradicionais de New Orleans o second line  e o mardi gras. A partir de um repertório que já vinha sendo apresentado parcialmente em alguns workshops e oficinas, Humberto Zigler resolveu registrar sua pesquisa também em um CD.
The Fisherman, que foi lançado em formato físico e digital pela Kuarup, conta com a participação de 17 músicos, além do próprio Humberto Zigler, que também é responsável pela produção musical e executiva. 
Músicas: 01 – SACI – Humberto Zigler // 02- IT AIN’T MY FAULT – Joseph “Smokey” Johnson e Wardell J. Quezergue // 03 – TACHO – Hermeto Paschoal – A composição do genial Hermeto ganha uma nova introdução com a música incidental “Chamada de Aricury”, presente na obra “Missão de Pesquisas Folclóricas”, de Mário de Andrade. 
 
CAMILA MENEZES é multi-instrumentista, compositora, arranjadora, maestrina e produtora musical. Artista atuante da efervescente cena musical de Belo Horizonte/MG, integra a banda de indie pop Dolores 602, com a qual conquistou, por suas composições, oito premiações em festivais. Versátil, também participa da banda Tutu com Tacacá, que funde ritmos mineiros e do norte, como o carimbó. A mineira também toca baixo na banda da cantora Marina Machado e é, desde 2012, maestrina do Coral Casa de Auxílio e Fraternidade Olhos da Luz (Sabará/MG), que vai do tango ao Folk, passando pelo canto coral tradicional e pelas músicas regionais brasileiras. Psicóloga de formação, mestra em Psicologia Social, também dá aulas particulares de violão, baixo e ukelelê. No ano passado, iniciou uma nova fase de sua trajetória, agora em carreira solo, evidenciando não somente suas habilidades como cantora e compositora, como também instrumentista e produtora musical. Responsável pela realização de todas as etapas da produção de suas faixas, seu talento marca os ouvintes com sua voz doce e afinada, ao lado de experimentações rítmicas que valem muito a pena.
Para celebrar a Rainha das Águas, Camila Menezes, lançou em fevereiro de 2022 seu quarto single em carreira solo. Ampliando suas experimentações com viola caipira e ritmos brasileiros, dessa vez a artista incrementa sua produção musical com elementos percussivos. O samba de roda da Bahia dá luz às cenas que Camila descreve à beira do mar. O “Samba para Iemanjá” é entoado junto às percussões de Débora Costa, convidada pela autora, para criar o cenário lúdico e dançante proposto pela canção. Camila já apresentou a música ao vivo em saraus e num festival de composições femininas e, como a receptividade foi muito boa, decidiu dar à canção uma roupagem de estúdio. Como resultado, o single nos mostra a evolução do trabalho de Camila Menezes que, no seu primeiro EP solo, Bença, lançado recentemente, já se aventurava com sua viola entre o maracatu e a música eletrônica. 
Músicas 01 e 02 de Camila Menezes do EP Bença de 2021 – 01 – LOUVAÇÃO À (MINHA) MÃE // 02 – PARA TI //  03 – SAMBA PARA IEMANJÁ  – single lançado em fevereiro de 2022
 
GUTO AGOSTINI – Maçanilha, de 2021 é o segundo trabalho autoral de Guto Agostini. Depois de Fim de Ciclo de 2015, o cantautor segue firme no propósito de retratar em suas composições a identidade do sul-rio-grandense habitante do meio urbano, em outras palavras, do gaúcho da cidade. Embora o termo “cantautor” não seja amplamente divulgado aqui no Brasil, sabe-se – através de pesquisa – que é utilizado em outros países como sendo o artista que trata em suas composições de temas sociais, políticos e cotidianos. A começar pelo título do disco – Maçanilha – que já trava um diálogo entre as coisas do campo e da cidade, tendo em vista que nem todo mundo sabe que maçanilha é sinônimo da tão urbana camomila. Nesse sentido, mas em termos de composição, todas as músicas e melodias trazem um pouco do mundo nativista mesclado ao universo mpb e pop. Os arranjos, a produção musical e a maioria dos instrumentos estiveram a cargo de Fernando Machado (Estúdio RNL – Vacaria/RS). Participaram como instrumentistas Rafael de Boni (acordeon) e Percy Arias (quena e zampoña – flautas andinas). E com as letras não é diferente: são temáticas universais, ditas da forma como as gentes do Sul falam, às vezes com mais outras com menos expressões idiomáticas. 
Maçanilha é uma obra autoral que pode ser classificada no gênero MPG (Música Popular Gaúcha), mas traz duas regravações de nomes exponenciais no cenário gaúcho. Uma delas é O Rastro e a Poeira, de Miro Saldanha, em que o autor prestigia Guto  num dueto de voz; a outra é a linda balada De um Olhar que Some, de Carlos Machado e Fábio Peralta, apresentada originalmente na 4º Galponeira de Bagé, em 2007. As demais músicas são totalmente autorais.
Músicas:01 – AURORA  – Guto Agostini // 02 – CORAÇÃO SEM FRONTEIRAS – Guto Agostini // 03 – O RASTRO E A POEIRA – Miro Saldanha
 
Contatos:

O SUL EM CIMA 03 / 2022

Programa 3 - Airto Moreira e Eyedentity

Nessa edição de O SUL EM CIMA vamos mostrar os trabalhos de AIRTO MOREIRA E BANDA EYEDENTITY.
 
AIRTO MOREIRA –  Reconhecido por produtores e maestros assim como pela imprensa internacional especializada como o percussionista mais popular do mundo, é inegável a sua contribuição para o desenvolvimento e manutenção do alto nível da chamada worldmusic, como também o Jazz Brasileiro e a música criativa experimental.
Airto recebeu dois discos de ouro pela sua composição “Samba de Janeiro”, que entrou em primeiro lugar nas paradas em 27 países. A Down Beat magazine (maior e mais importante revista de Jazz) criou a categoria Percussão, baseado no trabalho de Airto Moreira, ele já ficou com o primeiro lugar por mais de 20 anos.
No ano de 2002, Airto representou o Brasil no concerto de reinauguração da Biblioteca de Alexandria no Egito, num evento que reuniu representantes do mundo inteiro. Airto foi até lá a convite do governo do Egito e das Nações Unidas. Neste mesmo ano Airto Moreira e Flora Purim recebem, no Consulado Brasileiro em Los Angeles a Comenda do Rio Branco – como reconhecimento da sua importância para a comunidade musical em todo o mundo e pela maneira como vêm divulgando o Brasil internacionalmente desde 1967. Flora Purim, esposa de Airto,  é referência vocal em jazz e música latina há cinco décadas e já dividiu palcos e estúdios com grandes nomes do jazz. Sua voz lhe rendeu duas indicações ao Grammy por Melhor Performance Feminina de Jazz, em quatro ocasiões o prêmio da Revista DownBeat por melhor cantora, além de participações em trabalhos ganhadores de Grammys.
Aos 80 anos, completados em 5 de agosto de 2021, Airto Moreira volta ao disco e ao começo. Com o lançamento do álbum Eu canto assim em  outubro de 2021, o artista catarinense – músico brasileiro que obteve visibilidade planetária ao cair no suingue do jazz latino – se conecta afetivamente com o início da trajetória profissional, iniciada na década de 1950 nas boates das cidades paranaenses de Ponta Grossa e Curitiba.
Com arranjos criados pelo pianista David Sartori e pelo contrabaixista Thiago Duarte, sob a direção musical de Flora Purim, Airto dá voz no disco a nove músicas, quase todas lançadas nas décadas de 1950 e 1960, sem deixar de tocar a bateria e a percussão que lhe consagraram em âmbito mundial.
O álbum Eu canto assim é o primeiro disco de Airto Moreira desde Aluê (2017), primeiro álbum solo gravado pelo artista no Brasil.
Músicas: 01 – ALUÊ – AIRTO GUIMORVAN MOREIRA / FLORA PURIM / JOSÉ PIRES DE ALMEIDA NETO  // 02 – CANÇÃO DOS OLHOS TRISTES –  TITO MADI //  03- AS PRAIAS DESERTAS – TOM JOBIM // 04 – A NOITE DO MEU BEM – DOLORES DURAN
 
BANDA EYEDENTITY  – Krishna Booker e Diana Purim começaram sua jornada juntos muito antes do início da Eyedentity em 1997. Eles nasceram em Nova York, com dois anos de diferença no mesmo hospital em uma família de gigantes musicais. 
Diana cresceu na estrada viajando pelo mundo  com seus pais, os pioneiros do jazz brasileiro Flora Purim e Airto Moreira. Krishna é filho do renomado baixista de Jazz, Walter Booker, sobrinho de Wayne Shorter e afilhado de Herbie Hancock.
Os dois amigos de infância logo descobriram na adolescência que compartilhavam um profundo amor pela música em todas as suas formas e uma formação em Jazz, Funk, Brazilian and Latin Fusion. Juntos, eles estenderam os limites do Hip Hop, injetando-o com elementos de suas influências musicais multiculturais. O casal já percorreu o mundo tocando em vários clubes e festivais como Ronnie Scott’s Jazz Club em Londres, SESC Pinheiros em São Paulo e o SFJazz Festival em São Francisco, e colaborando com muitas lendas musicais. Eles também tiveram o privilégio de trabalhar ao vivo e em estúdio com  Sergio Mendes, Flora Purim, Wah Wah Watson, entre muitos outros grandes artistas.
Em novembro de 2021, eles lançaram o álbum “País da Maravilha (Wonderland).  O álbum intitulado,  tem uma sonoridade única com uso pesado de ritmo combinado com conteúdo lírico forte e catártico e uma mistura bilíngue perfeita das duas principais culturas com as quais eles cresceram. Ele fala com franqueza e autenticidade dos desafios da condição humana interna à medida que forjamos um novo mundo diante de uma pandemia global. Eles lutam pela brasilidade da música americana e pela americanização da música brasileira, explorando elementos modernos, urbanos, tradicionais e culturais. Essa integração calculada de dualidades é um movimento deliberado em direção a uma compreensão mais unificada um do outro, da natureza, da humanidade e de um esquema universal maior.
Músicas do álbum País da Maravilha (Wonderland): 05 – PAÍS DA MARAVILHA (WONDERLAND) –  GRECCO BURATTO / KRISHNA BOOKER / DIANA PURIM // 06 – THE HAPPY PEOPLE (O ANATÉLIO) – AIRTO MOREIRA //  07 –  YES I WILL – CHRISTIAN GAMEZ / DIANA PURIN / KRISHNA BOOKER // 08 – RECONNECT – GRECCO BURATTO / LYNNE EARLS / DIANA PURIM / KRISHNA BOOKER // 09 – LUA CHEIA – LYNNE EARLS / DIANA PURIM  – participação especial: FLORA PURIM
.
CONTATOS:
 

O SUL EM CIMA 02 / 2022

Programa O SUL EM CIMA 2

 

 

 

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Projeto Caleidoscópio (Analu Paredes e Arthur Nogueira), Sandro Souza, Iva Giracca e Roger Corrêa Quarteto e Marcelo Amaro. 

ANALU PAREDES e ARTHUR NOGUEIRA – PROJETO CALEIDOSCÓPIO
Depois de muitos anos sem fazer um novo trabalho autoral, o Projeto Caleidoscópio começa a lançar o seu terceiro álbum “LUZ E SOMBRA” em formato de singles em todas as plataformas digitais. O Projeto é formado pelo casal de músicos cariocas Analu Paredes e Arthur Nogueira, que tem como idéia central composições próprias, arranjos, produção independente com músicos instrumentistas de renome (alguns internacionais) se alternando em cada faixa, e muitos Feats da pesada formando um belo e gigante Caleidoscópio sonoro. As músicas possuem forte identidade e passeiam por vários estilos como MPB, Progressivo, Fusion, Jazz e muita influência da boa música mineira, como o ‘Clube da Esquina’. O segundo álbum reuniu convidados como Egberto Gismonti, Flávio Venturini, Hermeto Pascoal, Jane Duboc, Marcus Viana e Guilherme Arantes.
Além de músicos incríveis como Sérgio Melo, André Neiva, Cláudio Infante, Paulo Calasans, Jorge Helder, Fred Bertoli, Francisco Falcon, o terceiro álbum teve o luxuoso técnico e torcedor do Projeto: Ricardo Feghali (Roupa Nova) que também participa e assina o arranjo de uma das faixas. Uma das surpresas, é a parceria de Jane Duboc na música ‘Quando o Encontro é mais’. 
Em maio de 2021 foi lançado o single ‘O AMOR’ , que tem como participação especial de Gilberto Gil, que divide o vocal com Analu Paredes. A música é uma MPB com lindas melodias e poesia cheia de metáforas, trazendo uma atmosfera de paz e profundidade. 
Músicas: 01 – O AMOR – Analu Paredes e Arthur Nogueira – Participação Especial: Gilberto Gil //  02 – QUANDO O ENCONTRO É MAIS – traz a participação de Jay Vaquer que faz um lindo dueto com Arthur Nogueira na faixa que foi composta por ele (Arthur Nogueira), Analu Paredes e Jane Duboc (Letra) // 03 – NUVENS – Analu Paredes e Arthur Nogueira – Analu Paredes e Guilherme Arantes (voz)
 
SANDRO SOUZA – Compositor, violonista, professor e arranjador; integrante das Orquestras Unisinos Anchieta, Sinfônica da UCS e professor de musicalização e violino no Projeto Vida com Arte de São Leopoldo. Suas principais canções autorais estão gravadas nos seus três álbuns intitulados (re)verso (2008), Etnopop (2013) e Alma-me (2018).  Atualmente prepara novo álbum com canções feitas durante a pandemia.
Sandro tem participação em centenas de festivais de música popular pelo Brasil e em festivais na Alemanha, Áustria e Coréia do Sul. Participação em dezenas de discos/cds/dvds de orquestras, festivais e intérpretes. Sua música “Nação” foi trilha sonora do documentário ‘A democracia na América Latina’ do cineasta americano Michel Fox. 
No álbum mais recente intitulado Alma-me, Sandro Souza apresenta treze canções inéditas de música popular brasileira, onde canções com ritmos como samba, moda, toada, xote e reggae; tem aproximação com a linguagem e sonoridade contemporânea. As influências tropeiro/açoriana de Sandro Souza, assim como suas vivências de orquestras e festivais estão cuidadosamente colocadas nas canções do álbum mais autobiográfico de sua carreira. 
Músicas (todas de Sandro Souza) : 04 – ALMA-ME //  05 -ÂMBAR // 06 – MODA – Participação especial: FERNANDA KRÜGER (voz)
 
IVA GIRACCA e ROGER CORRÊA QUARTETO – Traz em sua essência as cores da América Latina aliadas a improvisação do jazz.  Composto por Iva Giracca (violino), Roger Corrêa (acordeom diatônico), Arthur Boscato (violão 7 cordas) e Alexandre Damaria (percussão).
O Quarteto oferece uma viagem as sonoridades das planícies da pampa, às Cordilheiras dos Andes, da América Central a música de concerto. Com um repertório autoral composto por Roger Corrêa nasceu o álbum “Sul em Aquarela” com lançamento previsto para março de 2022.
-Iva Giracca é natural de Santa Maria/RS. Iniciou seus estudos aos 4 anos de idade. Formou-se bacharel em violino pela UFSM e atualmente é a Spalla da Camerata Florianópolis além de integrar o trabalho em quarteto com Roger Corrêa.
-Roger Corrêa é natural de Guaíba/RS. Iniciou seu contato com a gaita-ponto (acordeom diatônico) aos 6 anos de idade através do projeto Fábrica de Gaiteiros idealizado por Renato Borghetti. Já levou seu projeto de música autoral a países como Espanha, Marrocos, Portugal, Chile, Uruguai e Argentina.
Músicas (Composições de autoria de Roger Corrêa):  07 – SUL INTERIOR  // 08 – FLORIR DE ALMA // 09 – A DON GRECO
 
MARCELO AMARO – AFROGAÚCHO é o terceiro álbum de Marcelo Amaro, cantor, compositor, percussionista porto-alegrense radicado no Rio de Janeiro há 20 anos.
Marcelo Amaro conta que a idéia do álbum, exaltando a negritude, amadureceu com a leitura do livro Negros no Sul do País – Invisibilidade e Territorialidade (coletânea organizada em 1996 pela professora catarinense Ilka Boaventura Leite).
O projeto carrega no seu conceito musical diálogos de sotaques sonoros do Brasil, tendo a instrumentação do samba urbano carioca como base, entrelaçados aos tambores da Congada do Maçambique, o grande tambor de Sopapo e os tambores do Mundo. Os arranjos musicais foram escritos por Daniel Delavusca, que com muita sensibilidade musical descreveu boa parte da vivência musical de Amaro, utilizando além de muita percussão, os instrumentos étnicos, somados ao piano, a sanfona e a instrumentos musicais da família dos metais e cordas.
Músicas: 10 – AFROGAÚCHO – Marcelo Amaro – Mamau de Castro – Dona Conceição // 11 – DESCENDO POR SANTA TERESA – Marcelo Amaro / Rodrigo Rodrigues / Wanderson Lemos – Feat João Donato  // 12 – MEU CANTO BANTO – Eugênio Alencar (Mestre Paraquedas)  – declamação do poema Caminhos percussivos por Tom Grito. 
 
Contatos:

O SUL EM CIMA 01 / 2022

O Sul em Cima 01-2022

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Cristian Sperandir (Tributo a Geraldo Flach), Jéferson Dantas e Bianca Obino.

CRISTIAN SPERANDIR (TRIBUTO A GERALDO FLACH)
No ano de 2021 completamos 10 anos sem o pianista, arranjador e compositor Geraldo Flach. Geraldo construiu um extenso e rico legado que alcançou o Brasil e o mundo, qualificando -o como um dos principais nomes da música instrumental brasileira. Em 50 anos de carreira viu sua obra percorrer o país e o exterior, com participações em grandes festivais de Jazz, como Free Jazz, Lapataia (Uruguai) e Festival de Buenos Aires. Deixou como legado uma discografia com 10 álbuns, pelos quais recebeu diversos prêmios, além de dezenas de trilhas sonoras para cinema, teatro e TV. 
Manter viva a obra de Geraldo Flach é um dos constantes propósitos da produtora cultural Ângela Flach. Com o intuito de fazer com que a memória musical do pianista percorra novos espaços e que seja acessada por novos públicos, surgiu o projeto Tributo a Geraldo Flach, que nesta primeira etapa contempla o lançamento do disco ‘Flachianas’ que conta com dez faixas executadas por Cristian Sperandir Quinteto e Convidados. 
O tributo a Geraldo Flach é composto por 3 etapas: disco Flachianas, documentário e songbook. 
Apontado como revelação da música contemporânea e o vencedor do Prêmio Açorianos de Música (Melhor Instrumentista de MPB 2013 e Melhor Intérprete  em 2019 com o álbum Bons Ventos), CRISTIAN SPERANDIR é pianista, compositor, arranjador e produtor musical.
Admirador e estudioso da obra de Geraldo Flach, assumiu a desafiadora tarefa de reinterpretar criações do músico. “É uma imensa responsabilidade tocar a obra deste grande artista. Ainda mais tentando empregar nossa própria identidade, sem perder a raiz e toda a beleza da música dele”, acredita. 
Sobre o disco: Cristian Sperandir assina a produção musical e arranjos; piano, teclados e vocais / Guitarras e violões aos cuidados de Antonio Flores // Contrabaixo acústico e elétrico por Caio Maurente / Percussão de Bruno Coelho // Bateria de Sandro Bonato
O disco foi gravado no Estúdio Cia a3. A Masterização é de Marcos Abreu e a Arte Gráfica aos cuidados de Leo Lage. 
Músicas do álbum Flachianas:  01 – Um Novo Rumo – Geraldo Flach / Arthur Verocai – Participação de Paola Kirst// 02 – Reencontro- Geraldo Flach – Participação de Lorenzo Flach // 03 – Choro da Alma – Geraldo Flach // 04 – Cão Vadio – Geraldo Flach / Luiz Coronel – Cristian Sperandir (voz) // 05 – Rancheirinha  Canção – Geraldo Flach / Jerônimo Jardim – Participação de Shana Müller
 .
JÉFERSON DANTAS – O álbum ‘O grito da cidade’ é a primeira experiência musical solo de Jéferson Dantas, que lançou em fevereiro de 2013 o álbum “A cada manhã’  com o grupo Casa da Ginga. As canções desse álbum traduzem suas principais influências (Vitor Ramil, Zé Ramalho, Raul Seixas, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto e Secos & Molhados). Dantas é professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no Departamento de Estudos Especializados em Educação do Centro de Ciências da Educação. O álbum ‘O grito da cidade’ foi gravado, mixado e masterizado no R.V. Estúdio Musical, Florianópolis/SC, de outubro de 2021 a janeiro de 2022, por Alex Sandro Batista dos Santos.  Arranjos, violões, guitarras, piano, bateria programada e sintetizadores: Alex Sandro Batista dos Santos / Arte da capa: Jeana Santos
Músicas (letras e músicas de Jéferson Dantas – o lançamento aconteceu 11 de fevereiro de 2022): 06 – Quando a Chuva Veio // 07 – O Grito da Cidade // 08- Olhos Invernais // 09- Tudo Vivido Até Aqui
 
BIANCA OBINO – Compositora, cantora e violonista. Tem três discos e um EP lançados, com composições em inglês e em português. Graduada em Canto pela UFRGS (2007), especializada no método Somatic Voicework pela Shenandoah University (EUA, 2011) e mestre em Songwriting (Composição de canção) pela Bath Spa University (Inglaterra, 2014). Já recebeu prêmios como Comenda Lobo da Costa, em 2012, pela contribuição cultural ao estado do Rio Grande do Sul e foi premiada pelo Mulheres de Destaque em 2013. Também foi indicada ao Prêmio Açorianos de Música (2013) nas categorias de Melhor Instrumentista MPB e de Artista Revelação. 
Em 2021, dá início à nova fase na carreira com o projeto “Slow Art Identity”. Ele consiste numa série de lançamentos de singles até 2023, onde Bianca irá passear por diferentes sonoridades a cada nova canção. Até agora saíram as faixas ‘10.000 vezes”, ‘Volta ao mundo de dentro Remix’, ‘Rotina’ e ‘Placa Tectônica’. O projeto ‘Slow Art Identity’ é inspirado no conceito ‘Slow Art’, criado pelo crítico de arte Michael Kimmelman. O termo tem como principal idéia a apreciação sem pressa de uma obra de arte, acompanhando-a desde sua concepção e desenvolvimento.
Músicas: 10- Volta ao Mundo de Dentro – Remix (Participação Especial de Duda Raupp) // 11 – 10 Mil Vezes //  12 – Placa Tectônica
 .
Contatos:

 

O SUL EM CIMA 41 / 2021

 

Programa O Sul em Cima 41

 

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Gerson Conrad, Delicatessen, Gui Franzói, Amanda Cadore e Tuyo.

GERSON CONRAD – Gerson ficou conhecido ao ingressar no ano de 1973 no grupo Secos & Molhados, que contava com João Ricardo e Ney Matogrosso. Foi o responsável por uma das canções mais clássicas do grupo e da época: “Rosa de Hiroshima”, um poema de Vinícius de Moraes musicado por Gerson. No segundo disco do grupo, de 1974, foi compositor de mais uma canção, “Delírio”. Com o término do grupo no ano de 1974, Gerson se juntou ao letrista Paulo Mendonça e a atriz e cantora Zezé Motta, e lançou em 1975 o disco Gerson Conrad e Zezé Motta, no qual se destacaram as canções “Trem Noturno” e “A dança do besouro”. Em 1981, fez um outro trabalho solo, Rosto Marcado, lançado pela gravadora Som Livre, seu último disco lançado até então. Hoje, Gerson tem sua banda “Trupi”, que mantém em seu repertório algumas canções dos Secos & Molhados e canções de blues e rock. Em 2018, Gerson lançou o álbum Lago Azul. Essencialmente inédito e autoral, o repertório do álbum Lago Azul inclui parcerias de Conrad com Alessandro Uccello,  Aru Jr, Pedro Levitch e Paulinho Mendonça. Produzido por Gerson com Aru Jr.   Músicas: Rosa de Hiroshima (Música de Gerson Conrad – Versos de Vinícius de Moraes) // 02 – Delírio (Gerson Conrad / Paulinho Mendonça) ambas com Secos & Molhados // 03 – Lago Azul (Gerson Conrad) // 04 – Estação (Gerson Conrad). As músicas 3 e 4 são do álbum mais recente de 2018 “Lago Azul”

DELICATESSEN  – A banda vem recriando, desde 2006, standards do jazz com a delicadeza e a simplicidade da bossa nova.  Formado por Rowena Jameson  (voz), Nico Bueno (baixo), Mano Gomes (bateria) e Antônio Flôres  (violão) com três discos lançados no Brasil e exterior, o grupo tem obtido grande êxito de público e crítica.

A Bossa Nova trouxe para a Música Brasileira a delicadeza harmônica e poética. Levou para a batida do violão todo universo rítmico do Samba. Cantou o amor, o sorriso e a flor, retratando novas paisagens urbanas e o infinito do oceano. Soube ainda incorporar o sofisticado jazz norte-americano nos seus acordes e no seu canto. Em “Happy Madness”, a Delicatessen fortalece ainda mais a conversa entre jazz e a bossa. Mostra o quanto é possível entregar de volta para um dos gêneros base daquela nova música brasileira, toda a rica influência absorvida pelos jovens da Zona Sul do Rio de Janeiro na virada dos anos 50 para os 60. Neste novo álbum, lançado pela Gravadora Audio Porto, Rowena Jameson, Antônio Flores, Mano Gomes e Nico Bueno, conduzem os ouvintes num passeio sonoro por canções marcantes da nossa música carimbando o passaporte de cada uma delas com um green card. Imprimem um visto permanente da Bossa Nova no Jazz, e vice-versa. Mostram o quanto é possível dar uma nova cor a clássicos absolutos de compositores como Antônio Carlos Jobim, Pixinguinha, Moacir Santos, Roberto Menescal e tantos outros. A aquarela proposta pela Delicatessen entrega o equilíbrio perfeito entre dois gêneros musicais.   Músicas: 01 – Disseram que eu voltei Americanizada (Luiz Peixoto / Vicente Paiva) // 02 – Off and On (Moacir Santos) // 03 – Telefone (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)

GUI FRANZÓI  / AMANDA CADORE

Gui Franzói é um músico que se dedica cada vez mais à música autoral. Com o olhar voltado para a busca de novas sonoridades, o músico tem explorado a utilização de elementos eletrônicos, trazendo mais contemporaneidade ao seu processo criativo. Gui tem lançado uma série de singles com boa frequência, entre eles Brilho de Sol, distribuído pelo selo GEAR Music/Midas Music, em parceria com o produtor Rick Bonadio. Com regularidade, esses lançamentos têm sido acompanhados por material audiovisual. 

Amanda Cadore  – Cantora e compositora crescida no interior do Rio Grande do Sul, em 2018, Amanda Cadore apareceu no Oeste de Santa Catarina lançando seu primeiro single “Travesseiros”. Nesse mesmo ano, levou Chapecó ao The Voice Brasil. Em 2019 lançou seu primeiro álbum de estúdio, “Inverno Só Se For Azul”, com participações de Marissol Mwaba e Jéf. No decorrer de 2020, em meio à pandemia, Amanda relançou a música Foco, Força e Café e mais um álbum, porém no formato acústico, o “Apanhado de Urgências Cantáveis”, e seu último trabalho publicado é o single “Trilha”, que ganha um videoclipe e uma nova identidade da artista.

Gui Franzói e Amanda Cadore lançam o single Meu Momento, disponível em todos os aplicativos de música a partir do dia 26/11, inaugurando a parceria entre os músicos. Além de dividirem os vocais na gravação, os dois também assinam a composição de Meu Momento. Na música, exaltam a possibilidade de encontrarem-se consigo mesmos através de vivências simples e da contemplação das sutilezas que, por vezes, não sabemos desfrutar. A produção musical é assinada por Elieser de Jesus e une características da MPB com sonoridades mais contemporâneas, utilizando elementos eletrônicos, como os beats. Masterização por Marcelo Fruet.   Música (single): 01 – Meu Momento – Gui Franzói e Amanda Cadore // 02 – Brilho de Sol (Gui Franzói) // 03 – Um Céu Pra Gente  (Gui Franzói)

TUYO – É uma banda formada em Curitiba em 2016. Com uma estética que une voz, beat e outros elementos a temas existenciais, a Tuyo é formada por Machado, Lio e Lay Soares. Transitando entre a organicidade e texturas eletrônicas, o trio passa pelo folk e vai desde o lo-fi hip hop até o synth pop. Sem medo de sair da superfície, a Tuyo cria um som flutuante, repleto de força e sensibilidade. Uma simbiose mística entre o belo, o triste e o visceral. Em 2017, lançaram o EP “Pra Doer” e em 2018 o disco “Pra Curar. Atualmente lança seu novo álbum, “Chegamos Sozinhos em Casa”, dividido em dois volumes, ambos lançados no ano de 2021, além de uma versão deluxe. A Tuyo foi indicada ao Grammy Latino de 2021, na categoria “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”.  Músicas: 01 – Conselho do Bom Senso – do EP “Pra Doer” (2017) // 02 – Sem Mentir – Lio, Lay & Machado // 03 – Sonho da Lay – Lio, Lay Soares, Machado, Luccas Carlos – Feat: Luccas Carlos – Músicas 2 e 3 do ábum “Chegamos Sozinhos em Casa” (2021)

Contatos:

https://www.facebook.com/gerson.conrad

https://www.facebook.com/delicatessenjazz

https://www.instagram.com/guifranzoi/

https://www.instagram.com/amandacadore/

https://www.instagram.com/oituyo/

 

O SUL EM CIMA 40 / 2021

1

.

.

Nessa edição de O Sul em Cima vamos mostrar os trabalhos de Carlos Badia, Fabrício Gambogi (BRI), Uilson Paiva e Grupo Fato

CARLOS BADIA é compositor, violonista, arranjador e produtor musical. O artista atua profissionalmente desde o final dos anos 80 em Porto Alegre. Iniciou sua formação na escola da OSPA, aprofundando seu estudo do violão clássico, de harmonia e improvisação. 
Carlos Badia dedicou bons anos de sua vida ao trabalho de Musicoterapia, ministrando palestras e cursos para profissionais da área de arte-educação e, paralelamente, trabalhando dentro de estúdios na criação de trilhas para cinema, TV, animação, publicidade e teatro. Em 2006, retomando o contato com os palcos foi um dos fundadores do grupo Delicatessen com quem fez uma série de shows pelo Brasil e pelo mundo. Durante o período do Delicatessen, Badia produziu três discos de excelente repercussão em todo o mundo. Esse trabalho lhe rendeu prêmios importantes como as duas premiações do “Prêmio da Música Brasileira” como produtor musical e nas diversas vezes que foi premiado como instrumentista, produtor e compositor no “Prêmio Açorianos de Música”.
Além de músico, Carlos Badia é autor  e ator do espetáculo teatral “O Músico e o Mágico” e idealizador e curador do “Porto Alegre Jazz Festival”.
O 3º álbum de Carlos Badia traz música instrumental de alto nível, com Badia na Guitarra e um time excepcional de músicos. Em 10 faixas, o novo álbum imprime uma sonoridade universal misturada a uma identidade latino-americana forte. Diferente dos outros álbuns, que traziam uma brasilidade mais identificável, VOO escancara uma brasilidade pouco falada, de uma forma complexa e criativa, em ritmos do Sul do Brasil. No time, Rodolfo Stroeter, Fábio Torres, Ricardo Arenhaldt e convidados como Gabriel Grossi, Daniel D’Alcantara entre outros, que fazem de VOO um trabalho de alcance internacional. 
Músicas do álbum Voo (lançado em out/2021): 01 – Pampa Road – carlos Badia // 02 – Rito de Passagem – Carlos Badia/Ricky Smit Rafuagi – Participação: Ricky Rafuagi (voz)
.
FABRÍCIO GAMBOGI (BRI) -Bri é apelido e persona de Fabrício Gambogi, compositor, produtor, arranjador, multi instrumentista e professor de música nascido em Porto Alegre no ano de 1983. Atuando como compositor, instrumentista, produtor ou arranjador, realizou inúmeras colaborações com artistas como Vitor Ramil (RS), Marcelo Delacroix (RS), Gisele De Santi (RS), Juliana Cortes (PR), Thiago Ramil (RS), Arthur Nogueira (PA), Daniel Drexler (Uruguai), Vanguart (SP), entre outros. Destaca-se sua atuação com a banda Dingo Bells desde 2014, com shows realizados em alguns dos principais festivais, teatros e casas de eventos em todo o Brasil. 
Diante do caos interno gerado pelo distanciamento social, algumas pessoas desenvolveram habilidades na cozinha, outros aprenderam meditação ou se aventuraram a cortar o próprio cabelo, mas para Bri, projeto solo do músico gaúcho radicado em São Paulo, Fabrício Gambogi, esse foi um momento de produzir músicas sem os aparatos de grandes estúdios, encarando o desafio de gravar em casa. Em meio ao barulho externo e entre uma live e outra nasceu o EP “Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite” que conta com 4  faixas e faz referência aos encontros virtuais onde não sabemos ao certo qual momento do dia o público estará assistindo aquele evento, 
Sobre as motivações com relação ao EP, Bri comenta que “por um lado, é uma observação de coisas vividas e sentidas nesse Brasil tão distópico. Por outro, acho que ele divulga uma delicadeza sonhadora, talvez até ingênua”. Trata-se de um trabalho otimista, onde o cantautor deseja refletir palavras de um mundo mais igual, mais livre e mais delicado. Foram três meses de gravações para então ser mixado por Lucas Ramos, do Estúdio Mochila e masterizado por Wagner Lagemann, do Estúdio Pedra Redonda, ambos de Porto Alegre.
Músicas do EP – lançamento 26/11/21 – Um lançamento Selo Pedra Redonda: 01 – Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite // 02 – Dom Quixote // 03 – Se Possível // 04 – A Onda 
.
UILSON PAIVA – Cantor, compositor, violonista e guitarrista. Natural de Canguçu (RS), nos anos 90 integrou banda covers de rock nas regiões de Pelotas, São Leopoldo e Porto Alegre, em que o repertório já trazia músicas próprias.
Jornalista, trabalhou por 15 anos nas redações de grandes veículos de imprensa (Zero Hora, Veja, O Estado de S.Paulo). Atualmente, dedica-se profissionalmente às áreas de comunicação e sustentabilidade.
Seu primeiro álbum, Saber Dizer (2019), traz 12 canções de sua autoria. O álbum tem faixas com forte influência do soul brasileiro de Cassiano, Hyldon e Tim Maia, blues, rock e MPB. Um dos destaques é a faixa “Noite Cinza”, inspirada pelas influências de samba-canção recebidas em casa pelo artista, e que recupera uma gravação de 2005 de estúdio de seu pai, o seresteiro canguçuense Paulo “Peixe” Paiva, já falecido. A tecnologia une pai e filho para sempre numa serenata imaginária, nas ruas gélidas e cinzas de uma cidade do sul do Brasil. 
Disponível nas plataformas digitais e em CD, “Saber Dizer” ganhou versão em vinil em janeiro de 2021. Fabricado em São Paulo pela Vinil Brasil, o long play tem encarte duplo colorido, concepção gráfica do designer catarinense Luiz Acácio de Souza. O interior traz as letras das 12 faixas autorais, com fotos realizadas no casario histórico de Pelotas (RS) por Nauro Jr. A produção musical é de Juninho Betim.
Os mais recentes singles de Uilson Paiva, “O Amor não tem Medo” e “Bem Sei”, lançados em março e setembro de 2021, bebem na fonte da black music, com suingue reforçado por vigoroso naipe de metais (trompete, trombone e saxofone), guitarras funkeadas e backing vocals. 
Músicas: 01 – Noite Cinza  – Uilson Paiva //02 – O Amor não tem Medo – Uilson Paiva e Juninho Betim // 03 – Bem Sei – Uilson Paiva
 
GRUPO FATO – Formado em 1994, em Curitiba, o Grupo criou uma sonoridade particular, investindo em combinações musicais únicas, que mesclam elementos tradicionais da nossa cultura – como os tamancos de madeira do fandango – com instrumentos convencionais e outros criados por integrantes do Fato, como a Tamancalha – um batedor manual de tamancos. Tudo isso interage com algumas doses de intervenções eletrônicas como loops, processamentos e programações. No novo trabalho, a percussão corporal passou a integrar os arranjos, ampliando a gama de timbres explorados.
Claro_Movimento, álbum mais recente do grupo produzido pelo carioca João Cavalcanti, reúne todas essas características e mais. O nome é inspirado nos títulos de duas canções do álbum e é uma alusão ao movimento da vida, da música e do próprio Fato. A música ‘Claro’ é, em parte, inspirada na faixa ‘Clube da Esquina II’, de Flávio Venturini, que diz que os sonhos não envelhecem, conta Grace Torres, compositora da canção em parceria com o letrista Benito Rodriguez. Em um contraponto, a outra faixa cujo título compõe o nome do disco é uma canção-síntese, com 9 palavras. “Movimento”, de Antonio Saraiva, representa a trajetória, a resistência no tempo e o fazer artístico do Fato ao longo do tempo.
O grupo Fato é formado atualmente por Andrezza Prodóssimo,  Grace Torres, Daniel Fagundes, Priscila Graciano e Ulisses Galetto. 
Músicas: 01 – Claro – Grace Torres  e  Benito Rodriguez // 02 – Movimento – Antonio Saraiva  // 03 – Vernissage – Ulisses Galetto e João Cavalcanti
.
Contatos:
 

O SUL EM CIMA 39 / 2021

1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Elza Soares, Maria Lúcia Sampaio, Cardo Peixoto e Cores de Aidê

ELZA SOARES – Elza Gomes da Conceição (RJ 23/06/1930) – Com uma voz rouca inconfundível, Elza Soares conquistou o coração do Brasil se tornando um dos grandes nomes da nossa música popular. Elza nasceu na favela carioca de Moça Bonita (atual Vila Vintém). A menina começou a cantar com o pai, que gostava de tocar violão nas horas vagas. Teve uma infância dura e subitamente interrompida pelo casamento, pois o pai de Elza obrigou a menina a casar-se quando ela tinha apenas 12 anos. Trabalhou como encaixotadora em uma fábrica de sabão no Engenho de Dentro. Em 1953 ingressou na vida artística ao fazer seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa de calouros Ary Barroso, tendo ficado em primeiro lugar. No início da carreira, também trabalhou na Orquestra Garam Bailes, como crooner, até 1954. Em 1959 foi contratada para trabalhar na Rádio Vera Cruz e em 1960, atuou o Festival Nacional da Bossa Nova. Três anos mais tarde, Elza foi representante do Brasil na Copa do mundo no Chile.

Elza Soares ficou conhecida por uma série de sucessos. Em 1999, foi eleita pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts , da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000. Além disso, Soares aparece na lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.  Os altos e baixos têm se alternado em mais de 60  anos de atividade musical, e as sucessivas voltas por cima tornam ainda mais altiva uma trajetória que, em anos recentes, tem se pautado fortemente pela resistência feminista, antirracista e anti-homofóbica. O disco Deus É Mulher, de 2018, tornou explícita a militância feminina, mas a veia lutadora é antiga e se esparrama, desde o início, por trabalhos suingados de títulos eloquentes como a bossa negra (1961), Somos todos iguais (1985) e Planeta Fome (2019). As palavras de ordem de Elza jamais são proferidas da boca para fora e vêm emolduradas por um dos maiores vozeirões da história da música brasileira.  Músicas: 01 – O Tempo Não Pára – Arnaldo Brandão / Cazuza  // 02 – Bla Bla Blá – Gabriel Contino, DJ Meme, André Gomes, Michael Sullivan, Paulo Massadas, Bnegão e Pedro Loureiro – Feat. Bnegão e Pedro Loureiro // 03 – Lírio Rosa – Pedro Loureiro e Luciano Mello

MARIA LÚCIA SAMPAIO (Giba Giba na voz de Maria Lúcia) – Maria Lucia há muito pretendia divulgar o trabalho do grande compositor e percussionista gaúcho, seu amigo Giba Giba. Em 2005, apresentou em Porto Alegre o show “Um outro um – canções de Giba Giba e seus parceiros”, com a participação do compositor. Dois anos depois, em 2007, gravou algumas destas canções, compostas no final dos anos 1970 e início dos 1980 com a perspectiva de lançar o trabalho em CD.  Mas, a cantora mudou de cidade, abandonou a carreira e o trabalho foi interrompido. Em 2014, Giba Giba faleceu. Agora, 14 anos depois, a intérprete retoma seu projeto de tornar conhecido para o grande público o trabalho musical de Giba Giba e seus parceiros, divulgando nas plataformas digitais dez canções (em 9 faixas) do compositor em um álbum denominado “Giba Giba na voz de Maria Lucia”. São seis canções gravadas em estúdio com a participação de Giba Giba em duas delas, na companhia de Toneco da Costa (arranjos e violão), Fernando do Ó (percussão), Franco Salvadoretti (flauta), Thiago Carretero (violão), sob a batuta de técnico de som Bruno Klein, do estúdio Porta da Toca.  A estas seis foram acrescentadas ao álbum outras quatro, gravadas ao vivo em 2005, também por Bruno Klein, com arranjos e violão de Toneco da Costa, Thiago Carretero no violão, mas desta vez com Giovanni Berti na percussão. 

O pelotense Gilberto Amaro do Nascimento, ou melhor, Giba Giba segundo o jornalista Juarez Fonseca “figura na nossa galeria de personagens eternos”. Para o jornalista Cláudio Brito, ele “não era gente, era uma entidade”. Este homem cheio de idéias inovadoras era um ativista cultural que fez muito pela nossa cultura. Autodidata, além de percussionista, Giba Giba foi um compositor de grande riqueza criativa. Seu trabalho demonstra grande preocupação social e é atual ainda hoje. Suas elaboradas melodias transpiram Brasilidade! Mas, infelizmente, seu trabalho como compositor é pouco conhecido pelo público e a canções registradas em “Giba Giba na voz de Maria Lucia” são só uma pequena amostra de seu trabalho.   Músicas: 01 – Outro Um – Giba Giba e Xiko Mestre (com a participação de Giba Giba na percussão e vocal) // 02 – Sempre Sempre – Giba Giba e Maria Betânia Ferreira // 03 – As e A Velha – Giba Giba (com participação de Giba Giba)

CARDO PEIXOTO é músico, compositor, produtor musical e professor de canto. Natural de Pelotas, radicado em Caxias do Sul, há 12 anos. Sua discografia conta com quatro álbuns: Rota da Estrela (2002), Canções de Armar e Desarmar (2007), As Estações (2015) e Menino Brasileiro (2017); além de participações em diversas coletâneas. Em junho de 2020 lançou o EP Precisão, onde os poemas de Valder Valeirão foram musicados por Cardo Peixoto.  Já fez shows em vários estados do Brasil, além de Uruguai, Holanda, Bélgica e Alemanha. Integra o Projeto Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, já no sétimo ano e promove, de forma colaborativa e autônoma, a circulação de artistas de raiz brasileira, abrangendo seis estados: além de Uruguai, Argentina, Chile e Venezuela, na América Latina; e Portugal, Espanha e França, na Europa. Atualmente é coordenador do Dandô, no Rio Grande do Sul, onde o circuito passa por 13 cidades.

Minas + Eu é o novo álbum de Cardo Peixoto. São 10 canções, compostas em parcerias com poetas/letristas mineiros. O projeto é uma homenagem à música mineira, parte importante nas referências do artista. O álbum foi gravado nos meses de julho, agosto e setembro de 2020. Cardo Peixoto executou todos os instrumentos e vozes, exceção para as violas da música Eiras e Beiras, gravadas por Osni Ribeiro. Músicas: 01 – Esquinas de Minas – Cardo Peixoto e Guerá Fernandes // 02 – Eiras e Beiras – Cardo Peixoto e Alexandre Heilbuth – Participação de Osni Ribeiro (viola caipira) // 03 – Quando a canção nos toca – Cardo Peixoto e Marília Abduani 

CORES DE AIDÊ (Florianópolis / SC)  – Cores de Aidê nasceu no dia 21 de fevereiro de 2015, no Morro do Quilombo, em Florianópolis. Um grupo de mulheres se uniu para viver a arte e mergulhar no universo percussivo do Samba Reggae. A partir dessa influência afro brasileira, surgiram composições próprias, arranjos, coreografias e principalmente relações baseadas na liberdade e no respeito a união de etnias. Em 2018, lançou o seu primeiro álbum, intitulado “Quem é essa mulher?”, projeto contemplado pelo Edital Elisabete Anderle de Incentivo à Cultura, da Fundação Catarinense de Cultura, que aborda o protagonismo feminino em sua diversidade.  Músicas:  01 – Aidê Mulher – Dandara Manoela // 02 – Giramundo – Roberta Funchal e Dandara Manoela // 03 – Negra – Iara Germer 

Contatos:

https://www.instagram.com/elzasoaresoficial/

https://www.instagram.com/marialuciapsampaio/

https://www.instagram.com/cardopeixoto/

https://www.instagram.com/coresdeaideoficial/

O SUL EM CIMA 38 / 2021

Programa 38

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

Nessa edição de O Sul em Cima vamos mostrar os trabalhos de Luciah Helena, Clarissa Ferreira, Carol Andrade, Alex Maia e Marcelo Delacroix.

LUCIAH HELENA – É uma das mais luminosas vozes do RGS. Inúmeras vezes premiada como melhor intérprete em diversos festivais. A intérprete possui uma longa trajetória de sucesso nos palcos ao lado de grandes nomes da música popular brasileira. Recebeu o Prêmio Açorianos de Música de Melhor Cantora de MPB em 1999 e 2001. 
No álbum Signos (2010), Luciah interpreta importantes compositores do sul do país, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Com produção executiva de Sérgio Napp e produção musical e arranjos de Juliano Barreto (ex-integrante da banda Black-Rio).
Músicas: 01 – Reencarnação – Geraldo Filme (está no álbum Tio Gê- O Samba Paulista de Geraldo Filme lançado em 2020 (Selo Sesc) // 02 – Signos – Marcelo Delacroix e Sérgio Napp – (está no álbum Signos de 2010) // 03 – Faz de Conta – Pery Souza e Sérgio Napp (álbum Signos).
.
CLARISSA FERREIRA – Violinista, etnomusicóloga, pesquisadora e compositora do Rio Grande do Sul.
Alia seu trabalho musical autoral com pesquisa abordando questões que repensam o regionalismo gaúcho nos espaços sociais e na geografia local, desenvolvendo-o a partir da investigação dos elementos simbólicos e códigos sonoros ligados ao regionalismo gaúcho. A degradação da pampa pelas monoculturas, a modificação genética da natureza e o machismo na cultura popular gaúcha são alguns dos temas presentes nas letras das canções, definidas como realismo regionalista ou música pós gaúcha. Em 2018 criou com a poeta e antropóloga Marília Kosby a performance Poesia Xucra apresentada na FestPoa Literária e na FLIP em Paraty. Faz parte do grupo As Tubas atuando como musicista, tendo dirigido musicalmente o espetáculo e álbum ao vivo Corpo / Espaço em 2019, indicado como melhor álbum no Prêmio Açorianos. Neste ano foi uma das residentes do Projeto Concha / Natura Musical. Também em 2019 atuou como diretora musical dos espetáculos Pago Revisitado, Unimúsica UFRGS ao lado do músico Texo Cabral e no projeto Sonora Brasil/Sesc no show Líricas Sulinas juntamente com a pianista Ana Fridman. Em 2020 lançou pelo selo Pedra Redonda o single e videoclipe “Satélites” com participação de Kia Sajo, Paola Kirst e Tamiris Duarte (vencedor no Prêmio Profissionais da Música na categoria videoclipe) e o single e videoclipe “Mulheres da Guerra” sob sua produção ao lado de Lucas Ramos no Estúdio Mochila. Também no ano de 2020 lançou o minidocumentário “Satélites: tudo pode virar inspiração para os seres humanos” via Edital Emergencial à Cultura de Porto Alegre. Compôs trilha sonora exclusiva para o filme “30 povos” para o Canal Curta!, para o espetáculo multi linguagens Limiar e para a série Enlace. Em 2021 na programação do Sonora Brasil SESC dirigiu o espetáculo Líricas Sulinas e apresentou o webinar Sonoridades Sulinas, apresentando uma visão feminista da música do Rio Grande do Sul.
Possui quatro singles lançados e está produzindo seu primeiro álbum autoral que se chamará LaVaca, que está em campanha de financiamento coletivo (apoia.se/LaVaca). Está lançando em dezembro seu primeiro livro “Gauchismo Líquido: reflexões contemporâneas sobre a cultura do Rio Grande do Sul” pela Editora Coragem.
Músicas:  01 – Satélites – Clarissa Ferreira – feat. Kia Sajo, Paola Kirst e Tamiris Duarte // 02 – Je Suis Sus – Clarissa Ferreira – feat. Rhaissa Bittar // 03 – Mulheres da Guerra – Clarissa Ferreira e Lucas Ramos
.
CAROL ANDRADE E ALEX MAIA – Carol Andrade é cantora e compositora, formada em Canto Popular na Universidade Livre de Música Tom Jobim. Alex Maia é violonista e arranjador, aluno dos grandes violonistas Ulisses Rocha e Paulo Bellinati. O encontro dos dois se deu em 1997, quando eram integrantes de uma banda de jazz e blues. Posteriormente desenvolveram um repertório de música brasileira e atuaram em casas de shows da noite paulistana e festivais da canção pelo Brasil. 
Em 2018, Carol Andrade lança com Alex Maia o álbum, “Canção pra Dois”. Alex Maia também é responsável pelos arranjos e produção do disco. Essa canção, que dá título ao projeto, define bem a especialidade do encontro de Carol Andrade e Alex Maia desde 1997 até o dia de hoje, companheiros na vida e na arte. A escolha do tema resgata o verdadeiro sentido do casamento e exalta a força do amor. Não aquele amor perfeito ou platônico, tão presente em tantas canções do cancioneiro popular, mas sim o amor real, possível, verdadeiro.
A formação voz e violão concretiza o tema e deixa clara a simbiose musical desse casal: Uma cantora e um instrumentista, ambos de qualidade ímpar, que fazem música tal como dois bailarinos, sem personagem principal, numa aura de cumplicidade, delicadeza e paixão.
Músicas do álbum “Canção Pra Dois”: 01 – Canção Pra Dois – Márcio Celli // 02 – Valsinha – Vinícius de Moraes e Chico Buarque // 03 – Sanfona Sentida – Dominguinhos e Anastácia 
.
MARCELO DELACROIX – Músico, compositor, arranjador, produtor e educador musical nascido em Curitiba e porto-alegrense desde os 5 anos de idade. Estudou na Escola de Música da OSPA e cursou o Bacharelado e licenciatura em Música na UFRGS, com ênfase no violão. Tem quatro discos gravados, pelos quais ganhou alguns Prêmios Açorianos de Música: Quebra Cabeça (grupo instrumental – 1994), Marcelo Delacroix (2000), Depois do Raio (2006) e Canciones Cruzadas (2013).  Suas trilhas para Teatro e Dança também lhe valeram alguns prêmios. Atua como educador musical, ministrando cursos e oficinas de musicalização através do canto, para crianças e adultos.
TRESAVENTO é o terceiro disco individual de Marcelo e leva o título de uma das canções, que foi inspirada no conto Tresaventura, do escritor João Guimarães Rosa.
Músicas: 01 – Depois do Raio – Marcelo Delacroix / Arnaldo Antunes – está no álbum Depois do Raio (2006) // 02 – Folia do Divino – Marcelo Delacroix / Rubem Penz // 02 – Tresavento – Marcelo Delacroix / Leandro Maia – (inspirado no conto Tresaventura, de Guimarães Rosa – está em Tutameia – Terceiras estórias 1967) – As músicas 2 e 3 estão no álbum Tresavento (2020).
.
Contatos:
https://www.facebook.com/luciahhelena
https://www.instagram.com/clarisssaferreira/
https://www.carolandrade.art.br/
https://www.facebook.com/alexmaiaviolao
https://www.instagram.com/delacroixmarcelo/

 

 

O SUL EM CIMA 37 / 2021

 

Programa O Sul em Cima 37

 .
.
 ..

Nessa edição de O SUL EM CIMA vamos apresentar os trabalhos de Alexandra Scotti, Lourenço Assumpção, Saulo Fietz e Dingo Bells.
.
ALEXANDRA SCOTTI – As atividades artísticas de Alexandra Scotti são bem abrangentes, atuando simultaneamente nas áreas de música e teatro. Começou seu contato com as artes ainda na infância, quando iniciou seus estudos de ballet clássico aos 6 anos, permanecendo até os 18 anos.
A formação na dança foi a base para alcançar novos horizontes. Em 1994, entrou para a Universidade de Letras e Artes Cênicas em Porto Alegre. Paralelamente aos estudos de teatro, começou sua carreira como cantora e compositora.
Natural de Caxias do Sul (RS), mudou-se com a família em 1994 para Curitiba. Posteriormente, morou dois anos em São Paulo e dez anos no Rio de Janeiro, desenvolvendo vários trabalhos artísticos, entre eles, gravações de CDs autorais, produção e apresentação de festivais para cantoras independentes e participações em musicais infantis. 
Desde 2011, voltou a residir em Curitiba, onde continua a desenvolver seus trabalhos na área artística. Em 2014, estreou o espetáculo “Música do Portão para dentro” (MPB para crianças) com a direção de Maurício Vogue. Foi ganhador em várias categorias do prêmio Gralha Azul de teatro paranaense, incluindo melhor espetáculo infantil. 
Em 2015, lançou o CD “Redescobrindo Gal”, um tributo a Gal Costa, com direção musical de Sérgio Justen e realizou vários shows pela cidade. Em 2018, realizou o projeto Pocket Show MPB para Crianças nas unidades dos Cmeis de Curitiba (creches municipais), onde leva a música brasileira de forma lúdica e divertida para as crianças e professores da rede.
Discografia: Amor Brechó (Alarme Records/2000), Alexandra Scotti (EMI Music /2004), Irresistível (Independente / 2007) e Redescobrindo Gal (Independente/2015).
Músicas do álbum Redescobrindo Gal: 01 – Folhetim (Chico Buarque) // 02 – Meu Bem, Meu Mal (Caetano Veloso) // 03 – Um Dia de Domingo (Michael Sullivan / Paulo Massadas) // 04 – Balancê (Braguinha / Alberto Ribeiro).
 .
LOURENÇO ASSUMPÇÃO – O amor, a política e o valor que o tempo agrega às coisas são algumas das inspirações do compositor e violonista Lourenço Assumpção. Em seu projeto autoral, o músico revisita temas recorrentes ao samba, unindo influências do passado e letras bem trabalhadas, sofisticadas e extremamente atuais. As delicadas melodias e poesia encorpada, marcas do compositor, continuam presentes em seu projeto solo, somadas ao amadurecimento e a uma maior proximidade às tradições do samba. Outra novidade do projeto é que o sambista passa a ser o intérprete de suas canções, ao mesmo tempo em que toca seu sete cordas.
Bacharel em música, Lourenço reúne a experiência de arranjo e direção dos dois discos gravados junto ao conjunto Cantilena Paulistana, grupo com o qual se apresentou durante dez anos em casas de show e teatros.
“Leveza” dá nome ao disco que saiu em novembro nas plataformas digitais. São 8 sambas, uma canção e um panfleto musical. 
Músicas – São 3 faixas do EP lançadas em outubro/2021: 01 – Leveza // 02 – Vendas e Escuridão – feat. Paula Souto // 03 – Caso Perdido – feat. Léla Simões
 .
SAULO FIETZ – Um dos cantores e compositores mais promissores do atual cenário do país. Saulo tem todas as características que credenciam os grandes artistas: uma voz marcante vinda do coração, composições autênticas e envolventes, um carisma genuíno, uma vibrante performance no palco e uma história de vida ímpar!
Saulo, aos 18 anos, foi chamado para compor a trilha do longa-metragem brasileiro “Dá um tempo”, de Evandro Berlesi e Rodrigo Castelhano. As canções que estão no filme são “Onde eu quero estar” e “Hoje eu vejo”. Em 2008 participou do Festival de Cinema em Gramado. Em 2010 criou, em parceria com a artista Nádia Thalji, a música “Nova Civilização”, que virou tema do Fórum Social Mundial na Serra Gaúcha, realizado em Bento Gonçalves. Em 2012, foi um dos criadores do “Escuta- O som do compositor”.
Em 2013, Saulo foi um dos artistas solistas no espetáculo musical “Ts’ui: A ReUnião”, show com a participação de Hique Gomez, realizado no Teatro de Câmara Túlio Piva. Em outubro de 2014, lançou quatro canções ao vivo produzidas por Hique Gomez, e no mês seguinte, seu primeiro compacto, o EP “Depois do Estrondo”, com participações de Ian Ramil e Tati Portella, produzido por Guilherme Ceron e Ian Ramil.
Saulo Fietz lançou em 2019 seu primeiro álbum completo, intitulado “Hoje eu Vejo”.
Músicas: 01 – Tá Tudo bem (Saulo Fietz – single 2021) // 02 – Não Desande (Saulo Fietz) – Participação: Hique Gomez (Violono) // 03 – Hoje eu Vejo (Saulo Fietz e  Alexandre Ferret).
 .
DINGO BELLS  – Nos últimos anos, poucos artistas da nova música brasileira captaram tão bem o espírito de uma época quanto o Dingo Bells. Destaque do cenário de Porto Alegre, o grupo fez uma obra de canção popular lapidada com esmero. Após o elogiadíssimo primeiro disco, Maravilhas da Vida Moderna, de 2015, a banda gaúcha Dingo Bells lançou em abril de 2018 o álbum Todo Mundo Vai Mudar.
O grupo estreou no cenário musical gaúcho já aclamada pela crítica – levou para casa dois troféus do Prêmio Açorianos de Música 2015, nas categorias Composição Pop e Projeto Gráfico, pelo Maravilhas da Vida Moderna. O disco de 2018 intensifica a identidade tropical do trio, com influências da soul music e da música popular brasileira, somando elementos de rock alternativo, música eletrônica, R&B e hip hop.
Em 2020, a banda lançou um EP acústico. O projeto traz sete versões acústicas de canções já anteriormente lançadas pelo grupo e mais uma inédita.
Atualmente o grupo é formado por: Rodrigo Fischmann, Diogo Brochmann, Felipe Kautz e Fabricio Gambogi.
Músicas: 01 – Antes de Dormir // 02 – Dinossauros – Feat. Tuyo (versão acústica) // 03 – Todo Mundo Vai Mudar
 .
Contatos:
 

O SUL EM CIMA 36 / 2021

1_1

..

.
Essa edição de O Sul em Cima é dedicado ao grupo MPB4.

“MPB4 é um grupo vocal e instrumental brasileiro, formado em Niterói, Rio de Janeiro, em 1965. Seus principais gêneros musicais são o samba e a MPB. Com um repertório marcado por composições de personalidades da música popular brasileira, como por exemplo, Noel Rosa, Milton Nascimento, Chico Buarque, João Bosco, Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Vinicius de Moraes e Tom Jobim. 
O grupo apresenta-se em todo o Brasil, com sucesso de público e de crítica.”
 
O histórico do grupo remonta a 1962, inicialmente com formação de trio, integrado por Ruy, Aquiles e Miltinho, responsáveis pelo suporte musical do Centro Popular de Cultura, da Universidade Federal Fluminense (filiado ao CPC da UNE) em Niterói. Em 1963, com a adesão de Magro Waghabi, passou a atuar como Quarteto do CPC. No ano seguinte, com a extinção dos CPCs, Magro e Miltinho, na época estudantes de Engenharia, batizaram o conjunto como MPB4.
Em 1965, Ruy, Magro Waghabi, Aquiles e Miltinho, ainda estudantes, viajaram de férias para São Paulo, onde, na Boate “Ela, Cravo & Canela”, por intermédio do escritor e compositor Chico de Assis, conheceram Chico Buarque e as integrantes do Quarteto em Cy. Chico de Assis os apresentou a Manoel Carlos, diretor e produtor do programa O Fino da Bossa da TV Record junto com Nilton Travesso. Assim, O MPB4 se apresentou no programa ao lado do Quarteto em Cy, e para cantar ao lado de Elis Regina, apresentadora do programa junto com Jair Rodrigues.
Herdeiros de uma tradição que vem desde os anos 1930, escrita por grupos como Anjos do Inferno, Namorados da Lua, Os Namorados e Os Cariocas, o MPB4 surgiu em momento transitório para nossa música. Diretamente influenciado pelas vocalizações da bossa moderna de artistas como Os Cariocas e Tamba Trio, o grupo, caracterizado pela excelência harmônica e os arranjos do Magro, teve, no entanto, de deixar de lado a temática idílica e romântica das letras das composições de ancestrais estéticos como João Gilberto e Tom Jobim, para aderir à canção de protesto, em uma movimentação que envolveu artistas como Edu Lobo, Marcos Valle e Nara Leão e foi deflagrada pela urgência de combater  a ditadura imposta com o golpe civil militar de 1964.
O MPB4 lançou o primeiro LP em 66 e se firmou para o grande público ao se apresentar com Chico Buarque defendendo a música “Roda Viva”, no Festival da Record produzido por Solano Ribeiro em 67. Ao lado de Chico, gravaram algumas composições que se tornaram clássicas e também registraram inúmeros temas criados por ele. Deram voz a canções que retratavam o momento político do Brasil, cantaram o amor e suas dores e gravaram músicas infantis que embalam gerações até hoje.
A discografia do grupo é imensa e podemos destacar o disco “Vira Virou” lançado em 1980, registrando “Olhar de Cobra” (Moraes moreira e Risério), “A Lua” (Renato Rocha), “Bilhete” (Ivan Lins e Vitor Martins) e “Vira Virou” (Kleiton Ramil), dentre outras. Realizaram show de lançamento do disco no Teatro Teresa Raquel (RJ). Ainda nesse ano, lançaram, com o Quarteto em Cy, o LP infantil “Flicts- de Ziraldo e Sérgio Ricardo”.
.
O quarteto sofreu algumas modificações em sua formação original. Em 2004, Ruy Faria saiu do MPB4 por divergências e foi substituído por Dalmo Medeiros, ex-integrante do grupo Céu da Boca. Em 2012, o grupo perde Magro Waghabi. O cantor, compositor e arranjador, Paulo Malaguti, também ex-membro do Céu da Boca e integrante do Arranco de Varsóvia, é convidado para substituir Magro. Desde então, o MPB4 é formado por Aquiles, Dalmo Medeiros, Miltinho e Paulo Malaguti.
Em 2016 foi lançado pelo Selo Sesc, o CD “MPB4 50 anos – O SONHO, A VIDA, A RODA VIVA!” que comemora os 50 anos de carreira do MPB4. Esse álbum é composto por 13 canções, de autores como Paulo César Pinheiro, João Bosco, Vitor Ramil, Guinga, Mário Adnet e a dupla Kleiton & Kledir.
Em 1980 Kleiton & Kledir lançaram o primeiro LP da dupla. No mesmo ano, o MPB4 lançou o álbum “Vira Virou” com turnê em que apresentavam a dupla de irmãos. A parceria musical não parou por aí. Participações em discos de um e de outro, canções gravadas e uma amizade que dura 40 anos. Em 2016 o MPB4 e Kleiton & Kledir voltaram a se encontrar no palco, em DVD comemorativo pelos 50 anos do grupo. Desde então, é desejo de todos a realização de um show em conjunto. Depois de dois anos de teatros fechados, chegou a hora. A Opus Entretenimento promove a apresentação em Porto Alegre, no dia 27 de novembro, no Teatro do Bourbon Country. O show que relembra os 40 anos de amizade do MPB4 e Kleiton & Kledir.
Músicas:
01 -Circo de Marionetes – Kleiton Ramil e Kledir Ramil // 02 – viração – Kledir Ramil / José Fogaça // 03 – Ossos do Ofício – Miltinho / Kledir Ramil // 04 – Magia – Magro Waghabi / Kleiton Ramil  // 05 -Roda Viva – Chico Buarque //  06 -Cálice – Gilberto Gil / Chico Buarque // 07 -A Lua – Renato Rocha // 08 -Amigo é para essas coisas – Sílvio da Silva Júnior / Aldir Blanc  //  09 -Canção da América – Milton Nascimento e Fernando Brant // 10 – A Ilha – Kleiton Ramil e Kledir Ramil // 11 – Paz e Amor – Kleiton Ramil e Kledir Ramil // 12 – Vira Virou – Kleiton Ramil 
 
Contatos: