QUEL – O que a ancestralidade tem a nos dizer em nossa vivência atual? A questão é ponto de partida de “Quem Dirá”, primeiro álbum da multiartista Quel. Com participações de Laila Garin, Maíra Freitas e Coral Canta Piá, o trabalho combina a voz da jovem cantora com referências ancestrais e atuais de brasilidade, buscando arranjos percussivos, mesmo para os instrumentos harmônicos. Composto por sete faixas autorais, conta com quatro produtores musicais: a pianista Maíra Freitas, o percussionista Guilherme Kastrup, o multi-instrumentista Beto Lemos e Érica de Paula, que além da parceria na produção musical em todas as faixas, faz a direção musical do álbum marcado pela pluralidade estilística dos arranjos. Quel enxerga a música como uma ferramenta de transformação social e tem como referências os trabalhos de nomes como Luedji Luna e Xênia França. Já Elza Soares é uma grande inspiração – Eu acredito que a arte tem o poder de fazer com que as pessoas sintam e consigam transformar a si e ao seu redor a partir desse sentimento. Então, para mim, compor e cantar só fazem sentido se eu tiver algo a dizer e se esse algo tocar alguém. Se uma pessoa se sentir contemplada pela minha arte, consegui cumprir meu propósito… – reflete.
Cantora, compositora e atriz, Quel explora a pluralidade também nas múltiplas possibilidades de fazer a arte. O início da caminhada se deu pela música, aos 13 anos, fazendo aulas de violão e depois, de canto. A partir dali, fez sua estreia como vocalista no grupo “DC3”, onde ficou por três anos até criar outra banda, “Ubatuque”, com os amigos de escola Theo Bial, Pedro Mansur e OgrowBeats. Depois da “Ubatuque”, ela começou a investigar o universo do teatro musical com a companhia “Cine em Canto”. Na mesma época, entrou na universidade e ingressou como vocalista da Bateria da PUC. Em 2019, apresentou-se no festival Rock in Rio com o grupo argentino Fuerza Bruta. Em 2021, teve a oportunidade de explorar suas diferentes facetas no teatro com o musical “Zaquim”, no qual participou como elenco, compositora e instrumentista. Hoje, com o álbum, eu tento juntar cada pedaço de mim que desabrochou nesses trabalhos para compartilhar a pluralidade de fontes que me constituem como artista – destaca. Músicas: 01 – Mensagem – Quel // 02 – Caminho / Seu Zé – Quel // 03 – Presente Azul – Quel e Maíra Freitas // 04 – Água – Theo Bial – part Coral Canta Piá // 05 – Cadê – Quel – part Laila Garin // 06 – Quem Dirá – Quel – part Maíra Freitas // 07 – Asas do Agora – Quel
ANA PAULA DA SILVA – Música, recolhimento, escuta atenta, porção de água de rio cuja superfície parece estar (ou está) imóvel: essa é a denominação de Remanso, novo álbum da cantora e compositora Ana Paula da Silva já disponível em todas as plataformas digitais, contemplado pelo Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) – Mecenato Municipal de Joinville (SC). Sétimo disco de Ana Paula, o primeiro solo, em voz e violão, o trabalho reforça o perfil da catarinense elogiada por ter voz potente e ser uma das mais promissoras do Brasil. Bisneta de negros e de caboclos, Ana Paula utiliza em seu repertório tambores entrelaçados a melodias que contemplam a ancestralidade. Remanso
Ana Paula da Silva é compositora, instrumentista e cantora brasileira. De Joinville, Santa Catarina. Com 27 anos de carreira, lançou sete álbuns Remanso (2023); Raiz Forte (2016); Pé de Crioula (2010); Aos de Casa (2009), Contos em Cantos (2008), Por Causa do Samba (2006) e Canto Negro (2006); um DVD e um Songbook. Seu trabalho musical resultou em alguns prêmios nos últimos anos, como: Prêmio de Melhor Cantora e Autora, Região Sul, pelo Prêmio Profissionais da Música (2023), em Brasília (DF); Melhor Cantora Regional pelo Prêmio da Música Brasileira (2017)/Ano Ney Matogrosso, no Rio de Janeiro (RJ); e como Melhor Artista, no Prêmio Grão de Música, em São Paulo (SP). Além de realizar o trabalho artístico no Brasil e no exterior, há quase 20 anos, Ana Paula da Silva atua como diretora musical de trabalhos autorais e com produção artística. Seu mais recente projeto é como pesquisadora-compositora. É mestra pela Universidade Estadual de Santa Catarina na área de Processos Criativos e é a autora do livro Alma na Voz e Mãos no Tambor, dedicado a práticas musicais da Baía da Babitonga, sua região de nascimento. Músicas do pgm: 01 – Jangada – Gregory Haertel e Ana Paula da Silva // 02 – Lavadeira – Natália Pereira e Ana Paula da Silva – feat Clara C. da Silva (percussão) // 03 – Corrida de Jangada – Edu Lobo e Capinan // 04 – Descabida – Vê Domingos e Ana Paula da Silva – feat Clara C. da Silva (voz e percussão) // 05 – Canto Negro – Ana Paula da Silva // 06 – Aos Pés da Cruz – Marino Pinto e Zé da Zilda // 07 – Orun Ayê – Tatiana Cobbett e Ana Paula da Silva + Poema Remanso: Ana Paula da Silva
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