O SUL EM CIMA 22 / 2022

Programa O Sul em Cima 22 2022 - Maria Rita Stumpf e Ciro Belluci


Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de MARIA RITA STUMPF e CIRO BELLUCI

MARIA RITA STUMPF – Revelada nos anos 80 e recém descoberta por DJs e produtores europeus, a cantora gaúcha reúne, em dez faixas, canções autorais e releituras de grandes nomes da MPB, com a luxuosa participação de Danilo Caymmi, Farlley Derze, Danilo Andrade, Marcos Suzano, Lui Coimbra, dentre muitos outros. O canto forte, visceral e presente da gaúcha Maria Rita Stumpf volta a entoar o Brasil mais profundo em seu mais novo álbum “Ver tente”, o quarto da carreira. Disponível nas plataformas digitais desde o dia 26 de maio, o lançamento reverbera a pluralidade sonora que nos ambienta de norte a sul, das aldeias indígenas, da serra gaúcha, do caos urbano, da latinidade brasileira. Dois anos após seu elogiado álbum “Inkiri Om” –, lançado em 2020 durante a pandemia  – Maria Rita Stumpf regrava em dez faixas suas composições autorais e resgata um cancioneiro majestoso de grandes nomes da MPB, tudo isso com a participação de uma constelação de instrumentistas.  O título do álbum, com as palavras separadas, dá o impulso para a criação, rompendo fronteiras, indo além de algum lugar ou ideia. Nada aparece em vão na obra da artista revelada nos festivais de música do Rio Grande do Sul, que gravou nos anos 80 e 90 ao lado de Luiz Eça, Ricardo Bordini e do grupo mineiro Uaktí.   A faixa de abertura, “Vertente”, em palavra única, sinaliza a transgressão proposta, anunciando também o som de rio fluindo, deixando as águas seguirem com destino ao desconhecido, ao novo – talvez para um lugar de calmaria, talvez para um abismo, – rumo ao incerto.  “Ver Tente é um convite e um desafio”, aponta Stumpf e complementa: “o nome do álbum surgiu a partir do título de minha composição “Vertente”, que tem como primeira frase “Calar o som que não verte luz!”(…) Em tempos de fake news,  barbáries e informação controlada em diferentes níveis, tentar ver é essencial… após retornar aos palcos e estúdio com “Inkiri Om”, “Ver Tente” completa um ciclo criativo e de vida”, concluiu.

Gaúcha de Aparados da Serra, atualmente radicada em São Paulo, Maria Rita Stumpf teve, em 2017, sua carreira redescoberta mundialmente a partir de remixes de música eletrônica, com a consequente reedição de seu álbum “Brasileira” em LP e o lançamento, no exterior, do EP “Brasileira – Remixes”, abrindo caminho para o seu retorno aos palcos e estúdios. O álbum de 1988 foi gravado por Ricardo Bordini, o Grupo Uaktí e Luiz Eça, com quem desenvolveu longa parceria até 1992, quando Eça faleceu. Em 1993 lançou o CD “Mapa das Nuvens”, com músicos como Marcos Suzano, Danilo Caymmi, Farlley Derze, Lui Coimbra, André Santos e Eduardo Neves, preservando as gravações com Eça e Grupo Uaktí pois o vinil desaparecia, substituído pelo Compact Disc. Porém, a partir de 1993 começou a se dedicar integralmente à atividade de produção frente à Antares, afastando-se dos palcos como artista, mas trazendo ao Brasil e países da América do Sul os mais importantes nomes da cena artística mundial, como Mikhail Baryshnikov, Twyla Tharp, Pilobolus, American Ballet Theatre, Marcel Marceau, Jean Pierre Rampal, Philip Glass, dentre muitos outros.   Músicas: 01 – Vertente – Maria Rita Stumpf // 02 – Mata Virgem – Raul Seixas e Tania Menna Barreto // 03 – O Vento – Dorival Caymmi // 04 – Pavão Misteryoso – Ednardo // 05 – San Vicente – Milton Nascimento e Fernando Brant // 06 – Cântico Brasileiro nº 3 (Musicanto Live 1984) – Maria Rita Stumpf

CIRO BELLUCI –   cantor, compositor e multi-instrumentista mineiro de Barbacena de 22 anos, lançou “Recanto” (Selo Sensorial Centro de Cultura), seu primeiro álbum, com onze releituras de clássicos da música brasileira e uma canção inédita. Belluci agrupou em Recanto, músicas que marcaram sua trajetória de alguma forma, seja pela admiração aos compositores, pelas gravações existentes ou pela temática da letra.

Artista de teatro, Ciro Belluci é membro do grupo Ponto de Partida e assinou a produção e direção musical de seu primeiro disco. A direção artística é de Paulo Paulelli. O projeto foi contemplado com recursos da Lei Aldir Blanc, em 2021,e gravado no estúdio da Bituca Universidade de Música Popular, que fica em sua cidade natal, com alguns registros adicionais: em São Paulo, no estúdio Arsis, e em Belo Horizonte, no Usina Estúdio. O projeto surgiu a partir de um show que Ciro fazia com os músicos Pitágoras Silveira (piano), Gladston Vieira (bateria) e Matheus Duque (sax). Esses mesmos nomes foram os que acompanharam o artista na criação dos arranjos e na gravação de RecantoAlém da sonoridade musical, uma das marcas do disco é a interpretação das letras das músicas, já que Ciro canta de forma quase teatral, buscando entender a música para além das notas e transmitindo a emoção e o sentimento que as palavras carregam junto aos seus significados. Sobre a mensagem que gostaria de passar com Recanto, Ciro conclui: “Por ser um projeto que juntou muitas motivações, é difícil resumir em uma única mensagem ou objetivo. Mas destaco que é uma homenagem e um agradecimento à música brasileira. Cantar essas composições e com essas pessoas envolvidas foi a forma que encontrei de devolvê-las ao mundo da maneira que eu as absorvi e de também de mantê-las frescas, pulsando. Além disso, por ser meu primeiro disco, tem também uma função de prólogo, de arauto, de ser meu primeiro contato com o público e tentar trazer, da melhor maneira possível, um recorte do meu trabalho.”   Músicas: 01 – Oriente – Gilberto Gil // 02 – Baião de Quatro Toques – José Miguel Wisnik e Luiz Tatit – feat Vanessa Moreno // 03 – Flor da Idade – Chico Buarque // 04 – Canto de Xangô – Baden Powell e Vinícius de Moraes // 05 – Nem Luxo nem Lixo – Rita Lee e Roberto de Carvalho // 06 – Passageira – Pablo Bertola e Lido Loschi

Contatos:

https://www.instagram.com/mariaritastumpf/

https://www.instagram.com/cirobelluci/

 

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