Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos dos projetos Tamanduá, Caleidoscópio, Cau Karam e Elian Woidello. Vamos ouvir também o novo single de Márcio Celli “Poesia Mordida”, letra de Maria Luiza Bitencourt e Música de Wanderlei Falkenberg.
TAMANDUÁ – O projeto Tamanduá nasceu da efervescência criativa do violonista Pino Arborea, músico com apurada habilidade como arranjador, qualidade que lhe permitiu retrabalhar algumas das peças mais significativas da grande cultura musical brasileira e ajustá-los sob medida para as três vozes femininas de Claudia Moretti, Cristina Rizzo e Luciana Camarda. A capacidade expressiva do vocalismo das três cantoras consegue realçar a beleza sempre presente destas peças tornando-as elegantes e elaboradas, ao mesmo tempo que dão sempre uma conotação fresca e muito agradável de ouvir. As três vozes se entrelaçam criando um enredo de linhas melódicas de onde emerge um som envolvente que vê a alternância de momentos melódicos e ritmicos. O objetivo deste projeto é fazer com que o público participe da magia de uma música e uma linguagem poética que fizeram história. Em julho de 2010 Tamanduá deu origem ao primeiro trabalho de gravação intitulado “Alquimia” produzido por Drycastle. Também com o selo Drycastle, em agosto de 2015, foi lançado o segundo álbum “Olio di Cacao”: uma combinação “aromática” e harmoniosa da tradição italiana e brasileira. O terceiro álbum “Vamos Embora” foi lançado em maio de 2022 pela GBMusic e é a expressão de um movimento, de uma migração para um futuro melhor. Músicas: 01 – Uma Canção de Esperança – Kleiton Ramil e Valdir Cechinel Filho // 02 – Colle Di Val D’Elsa – Kleiton Ramil // 03 – Brasil Nativo – Danilo Caymmi e Paulo César Pinheiro.
PROJETO CALEIDOSCÓPIO – Depois de muitos anos sem fazer um novo trabalho autoral, o Projeto Caleidoscópio começa a lançar o seu terceiro álbum “Luz e Sombra” em formato de singles em todas as plataformas digitais. O projeto é formado pelo casal de músicos cariocas Analu Paredes e Arthur Nogueira, que tem como idéia central composições próprias, arranjos, produção independente com músicos instrumentistas de renome (alguns internacionais) se alternando em cada faixa, e muitos feats da pesada formando um belo e gigante Caleidoscópio sonoro. As músicas possuem forte identidade e passeiam por vários estilos como MPB, Progressivo, Fusion, Jazz e muita influência da boa música mineira, como o “Clube da Esquina”. O mais recente single “Na Varanda”, o oitavo do álbum Luz e Sombra, do Projeto Caleidoscópio, já está disponível, desde 18 de março desse ano, em todas as plataformas de áudio digitais e tem participações especiais de Kleiton & Kledir e Marcus Viana. Músicas: 01 – Fonte – Arthur Nogueira e Analu Paredes – feat Flávio Venturini // 02 – Na Varanda – Analu Paredes e Arthur Nogueira – feats de Kleiton & Kledir e Marcus Viana
CAU KARAM – O violonista, compositor e arranjador Cau Karam (Pelotas 1962), começou seus estudos de violão como autodidata com 18 anos de idade e dedica-se ainda ao cavaquinho e à viola caipira. Depois de pré-selecionado no Projeto Rumos Musicais – Tendências e Vertentes da Produção Brasileira Atual do Itaú Cultural em 2001, passou a dedicar-se mais à composição. O CD “Sambas, choros, valsas e um frevo” é o primeiro CD de Cau Karam. O álbum reúne obras criadas para formações instrumentais variadas (duos, trios, quartetos e quintetos), não se restringindo ao violão solo. A obra demonstra a concepção do autor sobre os ritmos brasileiros. Em janeiro de 2013, entra em estúdio com o Quarteto À Deriva, para a gravação do álbum “De senhores, baronesas, botos, urubus, cabritos e ovelhas”. Nesse segundo disco, a sonoridade baseada em instrumentos acústicos, o interesse em conhecer e respeitar diferentes culturas que estão ao nosso redor e o compromisso com a contemporaneidade são as características que unem os dois universos e pontos de partida na construção da parceria. Músicas: 01 – Ribeirando – Cau Karam // 02 – Moorit Yow – Rui Barossi
ELIAN WOIDELLO – Na estrada há mais de 15 anos, Elian Woidello, natural de Curitiba, é uma pessoa das artes no plural. Músico, arranjador e compositor, também é formado em jornalismo e historiador por paixão. Influenciado por Bélla Bartok, Beatles, Charly Garcia, Belarmino e Gabriela, Egberto Gismonti, Arrigo Barnabé, entre outros, Elian se vê como um músico de gueto, e como todo artista de gueto tem suas raízes muito fortes mas também um olhar curioso e afiado para o que vem de fora. Sua primeira quebra de paradigma foi aos sete anos quando o pai colocou Beatles para tocar, Come Together mudou sua cabeça. Um pouco maior foi a vez da banda do sul do Brasil, Almôndegas mostrar que podia ser universal sem perder as raízes. Uma outra mudança foi quando ouviu pela primeira vez Charly Garcia, um quase desconhecido no Brasil, mas muito conhecido na Argentina. Aprendeu a tocar piano sozinho e desde cedo participou de orquestras populares e eruditas. Ajudou a fundar alguns movimentos artísticos como o Viola e Cantoria e o Movimento Autoral Curitibano, que proporcionou contato com músicos do mundo inteiro, e que acabou trazendo uma universalidade para sua música. Depois de um álbum em que mostrava seu lado mais obscuro e visceral, “A Terra do Quase”, lançado em 2019, Caminho Sem Volta, seu novo álbum, lançado em dezembro de 2021, é uma mensagem de esperança, de libertação de possibilidades. O álbum traz 9 músicas onde o rock predomina. Tem produção de Jefferson Sassá e Marlon Siqueira. As músicas com referências do Kaballa falam de perda e renascimento, com muita poesia, mensagens de esperança e experimentações das várias influências que Elian teve ao longo da vida. Além do rock e da música popular, fandango, milonga, tamboradas e até o candombe uruguaio aparecem nas suas composições. Músicas: 01 – Foi só por nós // 02 – Onde está você? // 03 – Você sabe o porquê
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