Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar os trabalhos de Alex Alano, Guilherme Vieira, Jéssica Berdet e Doidivanas.
ALEX ALANO (de Santa Maria) – Em 1986, Alex Alano estreou seu primeiro show solo, “Singular, Plural e Outras”. Ele voltava da França, onde viveu por dois anos, e trazia na bagagem o primeiro “lote” de canções que marcaria o início de uma produtiva carreira de instrumentista, cantor e compositor. Em 1988 lançou o disco “Canibal”, trabalho autoral que contou com a participação de grandes míusicos como Alegre Correa, Renato Mujeiko, Gringo Saggiorato e Guinha Ramirez. Na década de 90 desenvolveu seu trabalho solo com diversos espetáculos no RS, RJ e Belo Horizonte. De 1998 a 2003 esteve à frente da banda Venerável Lama como cantor, compositor e guitarrista. Em 2012 marca a retomada da carreira solo com o lançamento do CD Redondas, produzido por Marisa Rotenberg e Gelson Oliveira e a presença de um super time de músicos convidados: Ana Kruger, Guto Wirtti, Paulinho Fagundes, Jorginho do Trumpete, entre outros.
Músicas do disco “Redondas” (todas de Alex Alano): 01 – Céu de Gibraltar // 02 – Ondas Vermelhas // 03 – Hai Kai
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GUILHERME VIEIRA – Natural de Pelotas (RS), Guilherme Vieira passou os últimos quatro anos envolvido em gravações e intercâmbios de referências e conhecimentos entre suas amizades e parcerias musicais, trabalhando na construção de seu disco de estreia. Com lançamento pelo selo Escápula Records, o álbum “Viagem” está agora disponível nas plataformas digitais.
Cursou música na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde se entregou à faculdade e ao que se propunha, com dedicação intensa ao violão erudito e às suas técnicas. Após, fez mestrado e continuou estudando. Passou um período trabalhando na Argentina, onde fez suas primeiras composições, aos 21 anos. A partir desse momento começou a tocar choro com alguns amigos. “Esse negócio me atravessou como um raio, aquilo era o que eu queria pra mim: a música popular como profissão”, conta. A partir daí, terminou o mestrado e foi morar na Argentina, onde permaneceu durante seis anos, participando do Clube de Samba y Choro de La Plata, um projeto colaborativo. Eles organizavam rodas de choro, programas de rádio e eventos. Guilherme ainda fez parte de grupos musicais variados, indo desde o maracatu até o forró e, assim, foi desenvolvendo suas composições e interpretações, cantando e fazendo parcerias em suas primeiras canções.
Depois das transformações, retornou a Pelotas para dar aula na Universidade Federal e agora, Guilherme organiza sua estréia fonográfica, o disco “Viagem”, que conta um pouco de sua história e da sua relação com a música. “O (disco) busca traçar uma viagem musical por várias paisagens sonoras”, segundo o músico. São 12 faixas e todas tem formações e arranjos completamente diferentes: música instrumental, tango, frevo, candombe, rock, maxixe, vidala etc. Nelas, ele fala sobre ser nativo e sobre ser estrangeiro, sobre a viagem que a música faz dentro das pessoas sem saber de qual porto partirá nem onde chegará. Trata também da saudade, da memória dos caminhos. Sonoramente, as canções ora citam diretamente do tema viagem, partidas, chegadas, ora sugerem a viagem, ou possuem elementos de movimento. Guilherme aproveitou as viagens de lazer e trabalho para fazer as gravações do disco, na tentativa de ‘engarrafar’, segundo ele, um pouco do sabor, do sotaque e do modo de fazer música de cada lugar. Ao todo, seis cidades foram visitadas para ‘Viagem’, nesta ordem: Rio de Janeiro, Montevidéu, Porto Alegre, La Plata, Pelotas e Rio Grande. Sempre buscando novidades e nunca a repetição, Guilherme desenvolveu um disco robusto e até informativo, numa espécie de coleta de referências por onde passou.
Músicas: Pedrada na Cabeça – Guilherme Vieira /Gabriel Gorsky / Alan Hay // 02 – Arriba Del Tablado // 03 – Maxixe das Tias (02 e 03 de Guilherme Vieira)
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JÉSSICA BERDET (de Bagé, mora em Porto Alegre) – cantora, compositora, instrumentista e produtora musical, Jéssica vê sua construção na música como algo natural, movido pela sua curiosidade e por influências daquilo que ouve. Em 2018 lançou o seu primeiro trabalho, ‘(in)visível’, e o clipe da música “TANTO”, projetos em que também atuou diretamente na produção, vendo o processo como uma forma de autoconhecimento, de redescobrir e de fortalecer o seu eu artístico. Pelo disco, recebeu a indicação ao Prêmio Açorianos de Música. Em 2019 foi finalista do Prêmio Profissionais da Música nas categorias Autora e Instrumentista.
Após uma trilogia (2020/2021) composta de singles que revisitam o primeiro trabalho, a cantora lança em abril um novo trabalho chamado “Poemagem: A Fina Arte da Composição”, uma produção própria concebida sob um olhar que mescla música, poesia e audiovisual.
Músicas: 01 – Me Deduz – Jéssica Berdet / Jerônimo Jardim // 02 – Singular // 03 – Sorri (02 e 03 de Jéssica Bardet)
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DOIDIVANAS – A Doidivanas surgiu em 1995, na cidade de Pelotas (RS), criando uma fusão entre o rock, elementos da cultura regional gaúcha e estilos contemporâneos. Ao longo de 25 anos, a Doidivanas desenvolve um processo criativo de investigação e experimentação sobre ritmos sulistas (como a vanera, o chamamé, o xote, a chacarera e a milonga), instrumentos tradicionais (o acordeon, a gaita-ponto, o bumbo leguero), a linguagem e a poesia nativistas (dos causos, das canções e ditos populares) para fundi-las com a musicalidade urbana atual.
Para marcar duas décadas de carreira artística, a banda gaúcha Doidivanas lançou em 2017 o álbum “Próximos Distantes”. O material desse disco da banda Doidivanas inclui composições e músicas nunca registradas em estúdio, criadas ao longo da carreira do grupo. As influências deste trabalho circulam entre o rock, o folk, a música regional brasileira e a world music.
Os integrantes da Doidivanas são o cruz-altense Felipe Mello, nos vocais, Rodrigo Osório, no baixo, Daniel Conceição, na guitarra e Rodrigo dMart, na bateria. Responsável pelos projetos gráficos de todos os álbuns, o músico e publicitário Daniel “Cuca” Moreira se une ao grupo, como o quinto elemento da banda.
A banda lançou os discos Liber Pampa (1998), EP Sou de Pelotas, Por Quê?! (1999), projeto CD/Gibi, com o cartunista André Macedo, Viagem ao Sul da Terra (2002), Nosotros (2008), Liber Pampa Remexido (2015) e Próximos Distantes (2017).
Músicas do álbum Pr[oximos Distantes (Rodrigo dMart e Felipe Mello): 01 – Falso Temporal // 02 – Dragões no Inverno // 03 – Próximos Distantes.
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Contatos:
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Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20
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