O SUL EM CIMA 43 / 2023
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de GRECCO BURATTO e CARO PIEROTTO
GRECCO BURATTO é músico, compositor, produtor musical e poeta. Nasceu em Caxias do Sul e foi criado em Taquara (RS). Começou a estudar violão aos sete anos de idade; aos 18, se mudou para Los Angeles (Califórnia/EUA) onde se formou musicista no Guitar Institute of Technology. Acompanhou diversos artistas em palcos, turnês e gravações: Gwen Stefani, Lionel Ritchie, Roberto Carlos, Shakira, Gustavo Santaolalla, Sergio Mendes, Airto Moreira, Flora Purim, entre outros. Escreveu e gravou trilhas para filmes e seriados de televisão como Dawson’s Creek , Everwood, A Filha do Presidente, Miami Vice, entre outros. “Essas coisas todas”, seu primeiro disco solo, lançado em 2014, foi considerado um dos dez melhores discos latinos do ano pelo jornal Los Angeles Times.
Grecco Buratto lançou em outubro / 2023 o livro “Só Palavras” editado pela Editora Versiprosa junto com o álbum “Sem Palavras”. A solidão, o movimento constante, as despedidas frequentes que marcam a vida de todo artista contemporâneo, se fazem refletir em seu livro de estreia. A poesia de Grecco sempre esteve vinculada à música e ele sempre compôs mais melodias do que letras. Um sonho especial foi capaz de inverter esse processo. “Sonhei que tomava café com José Saramago e Gabriel García Márquez, meus ídolos literários, num boteco. Eu tinha algo a dizer e eles estavam interessados. Levantei com uma sensação boa e, pela primeira vez, escrevi sem censura ou edição”. No isolamento da pandemia, o artista revisitou seus cadernos, burilou os versos e o desejo de publicá-los resultou em “Só palavras”. Mas como a música não poderia faltar, Grecco lança junto com o livro, o álbum “Sem palavras”, que reúne composições inéditas. Gravado no Brasil pelo colaborador de longa data Tiago Becker durante três dias de sessões, “Sem Palavras” foi mixado por Becker e masterizado por Juan Garcia Petri na Cidade do México. “Sem Palavras” é o seu segundo disco solo, e cumpre com sua missão. Que é a de trazer paz e tranquilidade ao ouvinte. E como o nome do disco entrega inicialmente, estamos diante de um trabalho instrumental, mas muito musical e que prima pelo conjunto da obra. ‘Só palavras’ e ‘Sem palavras’ são duas metades que se complementam, mas são, ao mesmo tempo, independentes; podem ser apreciadas e desfrutadas juntas ou separadamente, diz o artista no posfácio do livro. Músicas do pgm: 01 – Last Days // 02 – Lullaby to Gabriela // 03 – The Glimpse of a Fleeting Moment // 04 – Contemplation // 05 – Paz // 06 – What We Once Were, We’ll Never Be Again
CARO PIEROTTO – Nascida em Novo Hamburgo, RS, Caro Pierotto mudou-se para Los Angeles, na Califórnia, em 2008, onde estudou música e iniciou sua carreira musical. A cantora brasileira vem conquistando os palcos norte-americanos com sua voz cativante e sua presença contagiante. Com um catálogo de mais de 60 canções originais, Caro Pierotto sempre explorou gêneros musicais em suas produções. Como compositora, Caro segue em constante atividade, levando os ritmos do Brasil para produções mundiais, como é o caso da trilha sonora do filme ‘Trash – A Esperança vem do Lixo’ com o produtor Pharrell Williams e a artista Maxine Ashley e na trilha sonora da série “Servant” Apple TV com a música “É tão bom o nosso amor”.
A cantora e compositora ressurge agora com um álbum otimista embalado pelos ritmos do samba. O disco, intitulado “Sambalismo” foi gravado em Petrópolis, RJ, no estúdio da Gravadora Rocinante. O novo álbum é composto por dez músicas inéditas, todas em português. O elenco de músicos que participaram do álbum “Sambalismo” , inclui Grecco Buratto na produção / cavaquinho / guitarra / arranjos, JP Mourão na guitarra de sete cordas / guitarra / arranjos e Felipe Fraga na bateria / percussões / arranjos – que a acompanham em seus shows nos Estados Unidos – e alguns dos melhores instrumentistas da atualidade no cenário musical carioca com os irmãos Alberto Continentino no baixo e Jorge Continentino no sax e flautas, Marlon Sette no trombone e Diogo Oliveira no trompete. Sambalismo é o melhor trabalho de Caro até agora. Mostra a maturidade musical, a força de suas composições e o espírito divertido de sua personalidade. Com este álbum, Caro pretende consolidar suas raízes como representante da música brasileira no mundo, sempre homenageando os que vieram antes e abrindo caminho para os que virão, além de espalhar mensagens de esperança e amor. Músicas: 01 – O Caminho – Caro Pierotto, JP Mourão e Felipe Fraga // 02 – Mal Acostumado – Caro Pierotto e Grecco Buratto // 03 – Nesse Jogo – Caro Pierotto e Grecco Buratto // 04 – Meros Mortais – Caro Pierotto e Grecco Buratto // 05 – À Nossa Volta – Grecco Buratto e Rogê – feat Rogê // 06 – Espaçonave – Caro Pierotto // 07 – Pára e Repára – Caro Pierotto
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Há 14 anos, ao debutar em disco com o EP Saga (2009), Catto se revelou intérprete de fôlego, vindo do sul do Brasil sem evocações das tradições musicais gaúchas. Nascida em Lajeado (RS) em 1987 e criada em Porto Alegre (RS), Catto se radicou em São Paulo (SP), cidade cosmopolita onde passou por processo de reposicionamento social, corporal e musical. Filipe Catto é uma artista trans e não binária, é cantora, compositora, instrumentista, ilustradora e designer. Filipe Catto faz parte de um movimento que tem crescido no showbiz brasileiro: a presença da comunidade LGBTQIAP+, que quase sempre une a criação artística à militância. Como artista, Filipe Catto já é dona de si neste álbum gravado em estúdio pela cantora com o trio formado por Fábio Pinczowski (guitarra e direção musical), Gabriel Mayall (baixo) e Michelle Abu (bateria). Derivado do show que estreou em maio em unidade do Sesc de São Paulo, o disco Belezas são coisas acesas por dentro – concretizado por iniciativa do DJ Zé Pedro, arquiteto da gravadora Joia Moderna – é ponto alto na discografia de Catto e honra o legado de Gal. Com 10 faixas, o álbum reúne hits que ganharam o mundo na voz de Gal. Em um cenário onde tributos à obra da cantora baiana abundam, Catto se destaca por trazer à homenagem um diálogo com a própria trajetória por sua sexualidade, sua sensualidade e pela afirmação de seu lugar no mundo. “Queria cantar os clássicos da Gal, tipo ‘Vaca Profana’, ‘Vapor Barato’, ‘Divino Maravilhoso’, mas também as músicas que falavam de mim, após todo esse momento da minha compreensão e afirmação de gênero. Essa é a Gal para mim. Ela tem uma coisa de uma afirmação da feminilidade visceral e poderosa e sexual e intensa, extremamente quebradora de paradigmas, que eu, de certa forma, humildemente, senti na pele na minha trajetória nos últimos tempos.” comenta Catto. Músicas: 01 – Lágrimas Negras – Jorge Mautner e Nelson Jacobina // 02 – Tigresa – Caetano Veloso // 03 – Jóia / Oração da Mãe Menininha – Caetano Veloso e Dorival Caymmi // 04 – Esotérico – Gilberto Gil // 05 – Nada Mais – Composição: Stevie Wonder / Versão: Ronaldo Bastos // 06 – Sem Medo Nem Esperança – Antônio Cícero e Arthur Nogueira // 07 – Vaca Profana – Caetano Veloso
ANA FRANGO ELÉTRICO é o nome artístico de Ana Faria Fainguelernt, nascida no Rio de Janeiro em dezembro de 1997. É cantora, produtora, multi-instrumentista, compositora, poeta e artista plástica. Ana apresenta seu terceiro álbum de estúdio, Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua, em parceria com os selos RISCO (Brasil), Mr Bongo (Inglaterra) e Think! Records (Japão). Após um hiato de quatro anos desde seu último álbum – o aclamado Little Electric Chicken Heart, vencedor do Prêmio APCA como Revelação musical; indicado ao Latin Grammy e Prêmio Multishow; e presente em praticamente todas as listas de melhores do ano de 2019 – Ana Frango Elétrico está de volta às pistas. Neste ínterim, Ana produziu e lançou dois singles durante a pandemia; venceu o WME Awards 2021 como Melhor produtora musical pelo segundo deles, “Mulher, homem, bicho”. Venceu o Latin Grammy 2022, como coprodutora musical do álbum Sim, sim, sim, do grupo Bala Desejo. Sobretudo, ouviu e aprendeu muito. Me Chama De Gato Que Eu Sou Sua evidencia o amadurecimento técnico e estético de Ana. Aos 25 anos de idade, ela dirige, canta, compõe, toca e assina a produção musical do álbum. No entanto, ela não está só e sim muito bem acompanhada: chamam a atenção os arranjos de cordas de Dora Morelenbaum e de metais, por Marlon Sette que retomam uma marca registrada sua: baladas azedas, lirismo noir e timbres nostálgicos com processamentos futuristas. Ainda, a guitarra de Guilherme Lirio, o baixo potente e suingado de Alberto Continentino e a bateria de Sérgio Machado, que abrem com pé na porta o álbum na balada pop ‘Electric Fish’ e que segue atravessando todo o álbum. Ana desperta o interesse do exterior por sua música particular, tanto que ela não gosta de se definir pelo que é chamado de “nova MPB”: “Me identifico com novas proposições estéticas, independentemente da sonoridade. Algo que tem mais a ver com globalidades, estéticas pop mesmo que a música não seja pop”, ela diz. “Não me identifico com a ‘nova MPB’. Faço canção com instrumental orgânico, mas acho que rompo com coisas clássicas. Se você ouve as letras, fica claro que estamos em 2023 —e neste disco mais ainda.” Músicas: 01 – Electric Fish – Bruno Cosentino, Sylvio Fraga e Márcio Bulk // 02 – Dela – Ana Faria Fainguelernt, Pedro Amparo e Joca – feat Joca // 03 – Nuvem Vermelha – Ana Faria Fainguelernt, Marina Nemésio // 04 – Boy of Stranger Things – Ana Faria Fainguelernt e Alberto Continentino // 05 – Insista em Mim – Ana Faria Fainguelernt // 06 – Dr Sabe Tudo – Jonas Sá e Rubinho Jacobina
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Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Patrícia Bastos e Chico Lobo