O SUL EM CIMA 34 / 2023

O SUL EM CIMA 34_2023


No programa O Sul em Cima dessa edição, vamos mostrar  artistas do Coletivo Uma Terra Só ( com Cláudio Motta & Carolina Assad, Mônica Belli, Fernando Leporace e  Renato Pantera)

1 – CLÁUDIO MOTTA e CAROLINA ASSAD – Cláudio Motta é um cantor, violonista, compositor e produtor musical carioca. No  início dos anos 80, se apresentou em várias casas importantes da época. Compôs para peças teatrais, foi membro da Cooperativa de Músicos Veia Musical, onde participou de um CD com duas músicas de sua autoria. Em 2018, lançou seu primeiro CD autoral pela gravadora Fina Flor com participações importantes como: Paulão Sete Cordas, Jards Macalé, Marcos Suzano, Nilze de Carvalho, entre muitos outros. Em 2023 finalizou e lançou dois álbuns: Breve e Pequenas Horas,  contendo 18 canções que compôs sobre os poemas de Christiana Nóvoa e que tem Carolina Assad interpretando lindamente, várias músicas.   Carolina Assad – Descrita pelos críticos como “dona de uma voz linda, de veludo… uma crooner dos tempos do samba-canção…”(Luís Nassif, Folha de São Paulo, 2006), a carioca vem ganhando espaço na arena da música popular brasileira com seu irresistível timbre, apurada sensibilidade e personalidade intimista. Descendente de uma das mais talentosas famílias musicais brasileiras – a família Assad – Carolina deve sua precoce iniciação musical às várias sessões musicais familiares, que abrange um vasto repertório com raízes no choro, MPB, clássicos europeus e música contemporânea.  Músicas do pgm: 01 – Eco a Narciso (para o Clube da Esquina) – Cláudio Motta e  Christiana Nóvoa – intérpretes: Carolina Assad e Cláudio Motta // 02 – O Pica Pau – Cláudio Motta e Christiana Nóvoa  // 03 – Vestígios – Cláudio Motta e Christiana Nóvoa

2 – MÔNICA BELLI – A cantora Mônica Belli se superou mais uma vez. Sua nova gravação da música inédita Av. Paulista Agitada de autoria do seu produtor Nilson Evangelista, com o arranjo de Edielson Aureliano, chega agora no mercado fonográfico brasileiro. Monica optou pela linguagem do jazz tradicional. A música é uma declaração de amor a avenida mais famosa de São Paulo e do país, com um conteúdo mais solto, num tom realista de uma personagem que vive os problemas cotidianos da avenida. A música foi gravada nos Estúdios Guidon SP, teve a participação dos músicos: Sidney Brito ao piano, Edmilson Aureliano tocando strings, baixo, bateria e metais, Edielson Aureliano na guitarra e nos arranjos. Músicas do pgm (todas de Nilson Evangelista – intérprete: Mônica Belli) – 01 – Anjo Azul // 02 – Avenida Paulista Agitada // 03 – Caminho Sem Norte 

3 – FERNANDO LEPORACE – Baixista, compositor, arranjador, começou sua carreira profissionalmente como integrante do Grupo Manifesto que venceu o II Festival Internacional da Canção, com a canção “Margarida” de Guttemberg Guarabyra. Com o grupo lançou dois LPs “Manifesto Musical” (1967) e “Grupo Manifesto” (1968), com várias composições de sua autoria. Em 1969, já como integrante do grupo Vox Populi, seguiu para o México, onde morou e trabalhou por um ano e lançou um disco chamado “Vox Populi”. Em 1970 mudou-se para Los Angeles onde aprimorou seus estudos de composição, violão e contrabaixo. Regressou ao Brasil em 1972 e trabalhou como contrabaixista em gravações e shows, com vários artistas da MPB. Como compositor, teve suas obras gravadas por artistas como:  Edu Lobo, Nana Caymmi, Alaíde Costa, Leny Andrade, Zizi Possi, João Donato, Joyce, Marília Medalha, Célia Vaz, Alberto Rosenblit, suas irmãs Gracinha e Marianna Leporace, além dos internacionais Sarah Vaughan e Johnny Mathis. Desenvolve uma sólida parceria com a violonista, arranjadora e compositora, Celia Vaz, com quem tem um duo. Com sua irmã, Marianna Leporace, participa  como arranjador e baixista de inúmeros trabalhos de sua carreira. Músicas do pgm: 01 – Seus Olhos – Fernando Leporace e Joyce Moreno – feat. Joyce Moreno // 02 – Tarde dos Sabiás – Fernando Leporace e Abel Silva // 03 – Nem Telefonei – Sebastião Leporace – intérpretes: Fernando Leporace e Marianna Leporace

4 – RENATO PANTERA – é cantor, compositor, músico , ator e escritor. Suas influências musicais vêm da Música Popular Brasileira (MPB) e suas diversas tendências e misturas rítmicas e melódicas como Jazz, Blues, Soul, Reggae, Samba, Rock, Pop e outras tendências musicais e experimentais.  Em 1994 recebeu um convite para se apresentar na Alemanha por três meses. Em 1997 lançou seu primeiro CD intitulado ‘Rádio Rio’, produzido por Ala Heiler e em 2006, Renato produziu seu segundo CD ‘Quanta Emoção’ com músicas inéditas de sua autoria. Hoje, vivendo há 30 anos na Alemanha, se apresenta com crédito junto ao público brasileiro e europeu diversos que na Alemanha vivem.  Renato já fez e faz turnês em vários países da Europa como Portugal, Itália, Espanha, Polônia, Bélgica, Holanda, Suíça, Áustria, entre outros países. Músicas do pgm (de Renato Cesar Da Silva Coutinho – intérprete: Renato Pantera): 01 – Feiticeira // 02 – Quanta Emoção //03 – Saindo 

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O SUL EM CIMA 33 / 2023

O SUL EM CIMA 33 _ 2023 _Luz e Pauleira

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Moacyr Luz e Paulo Malaguti Pauleira.
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1 – PAULO MALAGUTI PAULEIRA –  Fundador dos grupos vocais Céu da Boca e Arranco de Varsóvia, o compositor, pianista, arranjador e cantor Paulo Malaguti lançou em 2017, o álbum “Segundo Pauleira”. O disco mostra a universalidade das referências musicais e da experiência de músico e arranjador do Pauleira: MPB, música pop, jazz, música vocal, rock, samba, Tom Jobim. O álbum tem participação dos convidados: Lenine, Arranco de Varsóvia, MPB4, Guinga, Orquestra Criola, Clara Sandroni, Elizah Rodrigues, Luiza Sales, Maíra Martins, Marcelo Martins, Luna Messina, Joana Queiroz, os americanos Chris Washburn e Eugene Friesen, um coro de 40 mulheres e outro de crianças da Fundação Casagrande, no CE. Foi produzido por Paulo Brandão e saiu pela Mills Records.
Em 2012, Pauleira foi convidado a fazer parte do MPB4, com quem já lançou CD assinando músicas e arranjos. Pauleira tem uma longa e respeitável estrada no mundo da música vocal. Rege grupos vocais e corais aqui e pelo mundo e seus arranjos são cantados em corais e grupos vocais do Brasil todo. 
Músicas: 01 – Cordão de Prata – Helena Jobim e Paulo Malaguti Pauleira,   com Luiza Sales e Maíra Martins – vocais, vozes femininas dos corais Bom Tempo e Cant’duRio – Participação: Arranco de Varsóvia // 02 – Fuga das Ilhas Sunda (Não olhe assim) – Fábio Girão e Paulo Malaguti Pauleira – Participação: Orquestra Criola //  03 – Lá vem de novo  – Paulo Malaguti Pauleira –  Part de MPB4 e Lenine // 04 – Música, Sim – Paulo Malaguti Pauleira –  Participação: Coro infantil de meninas cariocas dirigidas por Maira Martins / Coro de crianças e jovens da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri (CE) com regência de Paulo Brandão
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2 – MOACYR LUZ   nasceu no Rio de Janeiro em 5 de abril de 1958. Passou a infância ouvindo o clarinete tocado pelo avô, músico da banda do corpo de bombeiros. Ainda jovem, se encantou com o samba e percebeu que esse seria seu ofício. O violonista e guitarrista Hélio Delmiro, de quem sofreu grande influência, foi seu primeiro parceiro de cordas e sua principal influência no início de sua formação musical.
Compositor de sucesso, com mais de 100 músicas gravadas por grandes nomes da MPB, como Maria Bethânia, Nana Caymmi, Beth Carvalho, Leny Andrade, Gilberto Gil e Leila Pinheiro, Luz é o criador do Samba do Trabalhador, que acontece todas as segundas-feiras no clube Renascença, no Rio.
Compositor e cantor, parceiro de bambas das letras como Aldir Blanc (1946 – 2020) e Paulo César Pinheiro, Moacyr Luz passa para o outro lado da criação e se torna, ele próprio, o letrista das parcerias abertas com 11 grandes instrumentistas. Ao conceber o álbum  ‘A Música do Músico – Moacyr Luz e Convidados’ (2022) , Moacyr Luz pensou nos instrumentistas como compositores, fazedores de música. Com esse trabalho, Moacyr revela o lado cantor, nova faceta dos parceiros. “Um dos momentos mais marcantes foi com Cristovão Bastos, que cantou lindamente a nossa ‘Sagitário’. Houve resistência muito forte por parte deles”, admite.
“Sempre me identifiquei com instrumentistas, sejam brasileiros ou estrangeiros. Eles fazem do som a sua palavra, e às vezes com um lirismo de alta compreensão. Ao mesmo tempo, percebi que o instrumentista não é encarado como um músico popular, que ficou definido que música instrumental é música erudita, difícil. Foi então que eu pensei na ideia de popularizar esse trabalho. Trazendo uma expressão que o povo pudesse cantar, que pudessem ouvir uma outra visão desta música”, explica Moacyr Luz.
O álbum A música do músico foi gravado com banda-base formada por Itamar Assiére (piano), Junior de Oliveira (percussão), Luiz Augusto Guimarães (percussão) e Zé Luiz Maia (baixo).
Músicas: 01 – O barato do lugar (Bebê Kramer e Moacyr Luz) // 02 – Sagitário (Cristóvão Bastos e Moacyr Luz) // 03 – Dobrando a Carioca – (Guinga e Moacyr Luz) // 04 – Aplauso Final (Alaan Monteiro e Moacyr Luz) // 05 – São dois irmãos (Hamilton de Holanda e Moacyr Luz)
 
3 – MOACYR LUZ e PAULO MALAGUTI PAULEIRA – Lançaram em Setembro /  2023, o EP “Luz & Pauleira” Volume 1 que traz as quatro primeiras músicas da parceria entre Moacyr Luz e Paulo Malaguti Pauleira, lançado pela Mills Records. 
Paulo Malaguti conta ” Essa parceria começou durante a pandemia, cada um no seu quadrado e o Moa me chamou pra gravar daquele jeito maluco um samba que havia feito descrevendo os gols do Jairzinho na Copa de 70…” “A partir daí Moa me chamou pra fazermos parceria e já fizemos umas 12 músicas. Nunca tive um parceiro assim. É uma honra imensa trocar essa figurinha com o mestre Moa e sigo aprendendo com essa Luz!” 
MÚSICAS de autoria de Moacyr Luz e Paulo Malaguti Pauleira: 01 – No Andaraí // 02 – Toma Lá Dakar // 03 – Pra Tocar no Violão // 04 – Pedras Rolam 
 
 

O SUL EM CIMA 32 / 2023

O SUL EM CIMA 32_2023_Chico Adnet e Vitória Maldonado e Ron Carter

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Chico Adnet e Vitória Maldonado & Ron Carter Quartet
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CHICO ADNET é pianista, compositor e arranjador. Integrante do grupo vocal Céu da Boca nos anos 1980, gravou dois LPs pela Polygram. Participou de gravações de outros artistas, como Chico Buarque e Edu Lobo (“Grande Circo Místico”), Cesar Camargo Mariano, Raul Seixas, no disco “Vinicius de Moraes para Crianças”, entre outros. Lançou três discos autorais: “Alma do Brasil” (2011) , “Piano” e “Leva no Piano” (2017). Com larga experiência na criação de jingles publicitários, Chico abriu em 2003 a SongBird Produções, que cria trilhas para  emissoras de TV. 
Entre as diversas músicas de sua autoria ainda engavetadas nos últimos trinta anos, o pianista, compositor e arranjador Chico Adnet observou um ponto em comum: a tristeza. É esta a tônica das obras reunidas em “Triste, quarto álbum do músico carioca. São onze faixas, sendo dez composições próprias, nove delas inéditas e uma interpretação de “Feuillet D’album, op. 45 no. 1”, do russo Alexander Scriabin no piano elétrico. Gravado entre 2022 e 2023, “Triste” contou com a participação de duas orquestras de cordas: uma no Rio, formada por 22 músicos, e outra em Tallin, Estônia, com 24 instrumentistas. 
De uma família de músicos, Chico convidou os irmãos Mário, Maúcha e Muiza para participarem do álbum cantando em “Imagens”, uma das poucas canções sem as cordas, mas com sintetizadores. “Os sintetizadores eram uma coisa meio futurista lá pelos anos 70, e a letra fala de espaço-tempo, da semelhança que a gente começa a sentir com nossos pais”, diz. A família também está presente nas músicas “Doce companheira” e “Fria madrugada”, que ganharam letras do compositor (e tio) Luiz Fernando Gonçalves, irmão de sua mãe. Em uma das faixas, Chico faz uma homenagem ao filho Marcelo Adnet, ator e comediante, e, em outra, aos seus caçulas, um casal de gêmeos de 8 anos.
O álbum é, em essência, uma celebração da vida e da superação da tristeza, representando uma mudança para uma perspectiva mais alegre. A única exceção à melancolia é a faixa “Lembra”, um samba que evoca a saudade de sua irmã em Nova York, com participações de amigos na gravação das vozes.
Músicas: 01 – Um Nome // 02 – Dois Tatuzinhos // 03 – Companheiro de Viagem // 04 – Imagens – part. Mário Adnet, Maúcha Adnet e Muiza Adnet // 05 – Doce Companheira – Chico Adnet e Luiz Fernando Gonçalves // 06 – Feuillet D’Album, op. 45, nº 1 – Alexander Scriabin // 07 – Lembra – part. Pedro Miranda, João Cavalcanti, Moyséis Marques e Alfredo Del Penho 
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VITÓRIA  MALDONADO & RON CARTER QUARTET  lançaram no final de 2022,  o álbum ‘Brasil L.I.K.E Versões’ com repertório de clássicos americanos e brasileiros da bossa nova e do jazz. 
Há muito tempo a cantora, compositora e pianista paulista pensava no projeto de gravar standars do jazz, da música brasileira e norte-americana. A proposta foi bem sucedida. Além do rico repertório, ela pôde dividir o disco com o arranjador e contrabaixista norte-americano Ron Carter, uma ‘lenda viva’ do jazz, que procurava uma cantora do Brasil para realizar um projeto semelhante. Assim, nasceu o álbum ‘Brasil L.I.K.E.’ (Summit Records/2018) que agora ganha novo volume, com mesmo título e o acréscimo da palavra ‘Versões’. Traz os mesmos ‘clássicos’ do jazz, MPB e bossa-nova, composições de Cole Porter, Marks & Simons, Tom Jobim, Gilberto Gil e outros, com a novidade que as músicas ganharam ‘versões’  e a poesia em português (e inglês) do letrista Carlos Rennó.
Vitória estudou harmonia, composição e regência na Berklee College of Music, em Boston.  Além de cantar, Vitória também é a arranjadora no álbum (arranjos de base). Vitória também convidou o maestro e produtor Ruriá Duprat, seu contemporâneo na Berklee, para escrever os arranjos de orquestra. O “L.I.K.E.” do título é ‘Love, Inspiration, Knowledge e Energy’ (amor, inspiração,conhecimento e energia). Ron Carter Quartet, além do próprio Ron, tem Renee Rosnes (piano); Payton Crossley (bateria) e Rolando Matos (percussão). As gravações foram em São Paulo e entre os convidados estão Roberto Menescal, Proveta, Toninho Ferragutti, além de Ruriá Duprat e sua Brazilian Orchestra.
Ron Carter recebeu em 2022 o Grammy de melhor Álbum Instrumental de Jazz, pelo CD “Skyline”. Nasceu em 1935, em Michigan (EUA) e começou a tocar violoncelo aos 10 anos. Quando sua família se mudou para Detroit, passou a ter dificuldades em virtude de estereótipos raciais dos músicos eruditos. Mas persistiu. Começou trabalhando com nomes como Thelonious Monk e Wes Montgomery, e a partir daí não parou mais. Participou do Miles Davis Quintet (1965/1968). É possuidor de estilo próprio e isso fez dele um dos músicos de estúdio mais requisitados. Já esteve inúmeras vezes no Brasil e tocou e gravou com Hermeto Pascoal e Tom Jobim. Tem ainda extenso trabalho com música erudita.
Músicas: 01 – Noite e dia – Cole Porter // 02 – Meus Olhos só vêem você – Al Dubin e Harry Warren // 03 – Se todos fossem iguais a você – Tom Jobim e Vinícius de Moraes // 04 – Leve me – Gerald Marks e Seymor Simons // 05 – Adoro o teu Sorriso – Vitória Maldonado // 06 – Common Place – Gilberto Gil e João Donato // 07 – Georgia na minha mente – Hoagy Carmichael & Stuart Gorrell
 
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O SUL EM CIMA 31 / 2023

O SUL EM CIMA 31_2023_Três Marias e Daniela Conejero

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar o trabalho do Grupo Três Marias e Daniela Conejero. 
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GRUPO TRÊS MARIAS – Nascido em  Brasília,  mas radicado em Porto Alegre, o grupo de percussão Três Marias celebra seus 10 anos de trajetória na música popular. O grupo está lançando Não se Cala, o primeiro disco do conjunto formado pelas musicistas Dessa Ferreira, Gutcha Ramil, Pâmela Amaro,Tamiris Duarte e Thayan Martins — que são cinco, apesar do nome. 
Gutcha Ramil é uma das fundadoras das Três Marias ao lado de Dessa Ferreira e Kika Brandão, que deixou a banda quando as companheiras se mudaram de Brasília para Porto Alegre, mas segue contribuindo esporadicamente com o grupo. A entrada de Pâmela Amaro, Tamiris Duarte e Thayan Martins ocorreu já na capital gaúcha, em meados de 2015. Assim, as Marias viraram cinco. Nunca foi um problema, já que o nome do grupo remete ao conjunto de estrelas homônimas, conforme explica Gutcha.
Nomes fundamentais do tambor e da cultura popular também estão presentes no álbum, que traz parcerias com os mestres Tião Carvalho (MA/SP), Mamau de Castro (RS) e Adiel Luna (PE), além de composições da mestra Martinha do Coco (PE/DF) e do mestre Paraquedas (RS). É uma forma de reverenciar o legado daqueles que as Marias têm como referências.
No escopo das sonoridades, o disco traz a pluralidade que já virou marca registrada do grupo, conhecido por incorporar uma variedade ímpar de ritmos e instrumentos da música popular, da conga à rabeca. Há faixas de samba de coco, samba de roda, bumba meu boi, forró, xote, jongo, ijexá, ladainha de capoeira e cântico iorubá, entre outros gêneros.
As letras abordam temas como ancestralidade, memória, a importância da percussão e dos mestres da cultura popular, feminismo, fé, amor, culto aos orixás e relação com a natureza, entre outros. O título Não se Cala faz referência à última canção do disco, que funciona como um grande manifesto contra os diferentes tipos de silenciamentos que atravessam a trajetória das Marias.
— São dois silenciamentos principais que a gente enfrenta: como mulheres musicistas e como artistas do tambor e da cultura popular — afirma Pâmela. — Quando falamos em não se calar, é como um grito por ser mulher, por ser preta, por ser LGBT, por ser percussionista… Enfrentamos muito preconceito, mas acho que a melhor parte de nós é que nunca deixamos ninguém largar o instrumento — reflete.
Músicas: 01 – Mariê Mariô – Dessa Ferreira e Pâmela Amaro – part Dona Conceição // 02 – Yagô Laroiê – Mestre Paraquedas – part Dona Conceição e Tião Carvalho // 03 – Banto Yorubá – Pâmela Amaro e Mamau de Castro // 04 – Pedido a Osun – Pâmela Amaro – part Diih Neques e Kika Brandão // 05 – Tartaruga – Gutcha Ramil e Dessa Ferreira // 06 – No Agora – Tamiris Duarte – part Paola Kirst, Clarissa Ferreira, Tião Carvalho e Neuro Júnior // 07 – Não se Cala – Dessa Ferreira – part Nina Fola e Sankofa Drums.
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DANIELA CONEJERO é uma compositora, cantora e percussionista chilena, envolvida com a arte desde muito cedo. Ainda pequena, aprendeu a tocar violão e escreveu suas primeiras canções enquanto cursava o Ensino Médio, experiência que a leva, mais tarde, a estudar composição na Faculdade de Artes da Universidade do Chile e, em paralelo, canto lírico com a professora Patricia Herrera. Posteriormente, Daniela se muda para a França, onde estuda percussões tradicionais, no Conservatório d’ Aubervilliers Courneuve e, no norte da África, se aprofunda nos estudos de músicas do mundo. Desde o começo de sua vivência nas artes, integra coros e grupos de música e dança de raiz, sendo parte ativa dos grupos Santa Mentira, Sindicato Sonoro, La PedroBand y Aluna, dentre outros. Entre 2003 e 2013, participou de diversas formações junto a estas bandas. Como solista, lançou diversos álbuns, como: “Ángel de Ciro” (LP 2006), “Superhéroe” (EP 2007-2011), “Nacido Libre” (EP Francia-2011) y “Vamp!” (LP 2013). Atualmente radicada em Frutillar (Chile), “Cidade Creativa de la Música” (UNESCO), Daniela Conejero tem atuado como preparadora vocal, professora de canto, composição e percussão em seu projeto Escola Itinerante “Sabiduría Nómade”. É também monitora do programa “Música a la Cuerda”, do projeto “Semanas Musicales”, assim como do programa de Música Latinoamericana para Escolas Rurais, enquanto segue com seu trabalho artístico, apresentando-se ao vivo com seu trio e trabalhando em novas produções musicais. “Nómade”, seu último disco, foi lançado recentemente em formato físico e, ao longo do segundo semestre, terá todas as suas canções disponibilizadas em streaming. A produção do disco foi, em parte, financiada pelo Fundo de Fomento à Música Nacional – Convocatória 2023, do Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio do Chile. 
Acostumada a tocar em diversos tipos de formações, para esta nova etapa de criação e performance, Daniela Conejero optou por um formato minimalista, com o objetivo de sustentar, através da experiência, magia e perícia musical, um repertório rico em gêneros e colorações diversas. Para integrar o Daniela Conejero Trio, a artista convocou dois músicos de notável trajetória e destreza em vários estilos: Ítalo Aguilera e Felipe Conejero.
Músicas: 01 – Caracola // 02 – Quererse Bien // 03 – Notre Vol // 04 – Nomade // 05 – Cabalito de Agua // 06 – Agüita de Paz // 07 – A Mis Pies 
 
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O SUL EM CIMA 30 / 2023

O SUL EM CIMA 30_2023_GRUPO UMA TERRA SÓ

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar artistas do Coletivo UMA TERRA SÓ (com Marianna Leporace, Rômulo Gomes, Felipe Radicetti e Cacala Carvalho)
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Marianna Leporace – Cantora, jornalista, produtora e compositora. Possui treze CDs e um EP lançados, entre trabalhos solo, em duos ou grupos. Cantora com larga experiência em estúdio, gravou por muitos anos jingles e trilhas de desenhos animados para a televisão. Além de seu trabalho solo, forma um duo com a pianista Sheila Zagury e acaba de formar um duo também com o cantor e compositor João Pinheiro. Dirige o “Coletivo Meu Caro Amigo Chico Buarque”, que reúne quarenta artistas, entre intérpretes e instrumentistas, para reverenciar a obra do autor em grandes concertos.  Ao lado de Sandra De Paoli, criou a Zênitha Produções. Em setembro de 2018 a empresa realizou a primeira edição do Brazilian Baltic Festival, criado por Marianna, Sandra e Solange Karlauskis, produtora brasileira residente em Riga (Letônia), com o intuito de divulgar a nossa música na região do Báltico. Em 2021, ao lado de Cacala Carvalho, Felipe Radicetti e Rômulo Gomes, ampliou o horizonte da empresa, agregando à Zênitha um selo musical. A empresa passou então a se chamar Zênitha Música e vem lançando singles e álbuns do quarteto e de outros artistas. Os quatro também montaram um show autoral, batizado de “Quartô”. Músicas: 01 – Água, Mãe Água – João Bosco // 02 – Ar e Vendaval – Yuri Popoff e Alexandre Lemos // 03 – Canção Mediterrânea – Felipe Radicetti e Marianna Leporace 
 
Rômulo Gomes é natural de Campos dos Goytacazes e acumula 40 anos de carreira atuando como cantor, compositor, produtor, arranjador, instrumentista e professor de música, tendo o privilégio de ter sido parceiro do consagrado e saudoso Johnny Alf. Como baixista acompanhou nos palcos ou em estúdios, artistas como Caetano Veloso, Nana Caymmi, Chico Buarque, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Leny Andrade, Gal Costa, Carlos Lyra, Johnny Alf, Hermeto Pascoal, Emílio Santiago, Milton Nascimento, Joyce , Ivan Lins, Dori Caymmi, Ivete Sangalo, Gilson Peranzzetta, Zizi Possi, Zé Renato, Leila Pinheiro, João Bosco, entre muitos outros. Pelo período de 10 anos, fez parte da banda da cantora Maria Bethânia. Entre CDs e DVDs, Rômulo tem hoje sua participação registrada em mais de 1400 faixas gravadas. Em 2015, foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Grupo de MPB, com o ZR TRIO, ao lado de Zé Renato e Tutty Moreno. Atualmente, além de seus shows autorais e de suas próprias produções, Rômulo faz parte da banda que acompanha Maria Bethânia, Zé Renato, Leila Pinheiro, Aluayê-Os Novos Afro-Sambas, entre outros. Músicas: 01 – Canção do Vento // 02 – Nove Chaves // 03 – Vista pro Mar
 
Felipe Radicetti é organista e compositor atuante no cinema, no teatro e para o cancioneiro popular. Mestre em Música e Educação, é autor de quatro livros publicados:  Escutas e olhares cruzados nos contextos audiovisuais (2018), Trilhas Sonoras: o que escutamos no teatro, cinema e nas mídias audiovisuais (2020), Introdução à composição musical tonal (2023) pela Editora Intersaberes e Você, compositor: contextos determinantes para a criação musical (2023) pela Editora Consequência. A discografia de Radicetti inclui os álbuns Homens Partidos (2000), SuperLisa (2003 e 2006, ed. no Japão em 2005), Sagrado Profano (2006), Europa (2013) e America (2015). Em 2020 lançou o seu mais recente disco, Lorca, reunindo canções de sua autoria sobre poemas do poeta espanhol. Indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2014 a melhor trilha sonora pelo espetáculo Sacco&Vanzetti.  Associado a outros três artistas, coordena o selo discográfico independente Zênitha Música. 
Músicas: 01 – Aurora – Felipe Radicetti e Etel Frota  // 02 – Cadafalso – Felipe Radicetti e Cristina Saraiva – part Chico Adnet // 03 – Medida – Felipe Radicetti e Felipe Cerquize – part Juliana Rubim
 
Cacala Carvalho – Cantora, compositora e professora de canto, pós-graduada em pedagogia vocal, a carioca/niteroiense Cacala Carvalho, artista Zênitha Música, iniciou sua carreira no final dos 80 no Rio de Janeiro. Seus trabalhos em grupo mais conhecidos são o Arranco de Varsóvia e o trio vocal feminino Folia de 3, mas mantém seu trabalho solo, atualmente em duo com seu filho Canequinha ao violão. Tem 2 álbuns de carreira solo, 9 álbuns com projetos em grupo, 1 EP autoral solo e vários singles lançados. Atualmente prepara seu terceiro álbum inteiramente autoral, no qual algumas composições falam sobre o impacto da pandemia na vida da artista. 
Músicas:01 – Sem Querer – Arthur Maia e Cacala Carvalho – part Arthur Maia // 02 – Amor – Cacala Carvalho e Fernando Caneca – part Canequinha (violão) e Felipe Caneca (Sanfona) // 03 – Mestres Meus –  Cacala Carvalho e Alexandre Lemos – part Flenks
 
01 – Do Grupo Quartô – Música: Caminhos da Canção.  Formado por Cacala Carvalho, Felipe Radicetti, Marianna Leporace Rômulo Gomes (autoria e interpretação dos 4 artistas)
 
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