Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Carol Andrade e do Projeto Musical “A Voz Suprema do Samba é a Liberdade”.
CAROL ANDRADE – Quatro anos após lançar Canção pra dois (2018), gravado com o violonista Alex Maia, a cantora e compositora paulistana Carol Andrade lança O FIO DA VIDA, um álbum com 11 canções inéditas compostas durante o auge da pandemia. Produção, arranjos e violão de Alex Maia e que conta também com a participação de Fábio Marrone na bateria, Rafa Clarim no sax e flauta e Rodrigo de Oliveira no contrabaixo.
A triste experiência do distanciamento social e o cenário de luto e luta pela vida, que todos vivenciamos, provocou uma torrente de reflexões que culminou na produção desse novo trabalho – quinto disco da sua carreira – definido pela autora como ‘herança de um futuro presente’. Mas que futuro é esse? Para a artista o que vem pela frente é um tempo de reconstrução de uma sociedade que tenha como valores supremos a dignidade da vida humana, a preservação do meio-ambiente e o respeito à diversidade, em todos os sentidos.
Gente sendo gente foi a primeira música surgida no decorrer do que Carol Andrade conceitua como ‘conversa com minha alma compositora’. Adentrando nele, revelou-se ‘O Fio da Vida’, o poder da fé – independente de religião – que nos inspira, religa e nos move na direção da vida. Nas tramas desse fio, nossa conversa não parou mais e fomos multiplicando os assuntos: iluminação em ‘No avesso dos meus olhos’, identidade em ‘Rara beleza’, filosofia em ‘Dilema’, amor verdadeiro em ‘Conto de mar’, libertação em ‘Num canto meu’, impermanência em ‘Rascunho Vivo’, reconstrução em ‘Sonho de Pandora’, revolução em ‘Querer é Poder’ até uma provável conclusão na progressista ‘Herança de Caminhar’: ‘O mundo anda pra frente, não tem como segurar’. O que trago é um álbum de retratos sonoros dessa viagem humanista, um diálogo profundo de alma pra alma, de gente pra gente, herança de um futuro presente conduzido por um único fio: O FIO DA VIDA! diz Carol.
Músicas: 01 – Gente sendo gente // 02 – O Fio da Vida // 03 – Rara Beleza // 04 – Num Canto Meu // 05 – Rascunho Vivo // 06 – Herança de Caminhar
PROJETO MUSICAL “A VOZ SUPREMA DO SAMBA É A LIBERDADE” é um projeto de álbum de música autoral, interpretado por artistas negras e LGBTQIAP+, que também são protagonistas no enfrentamento à intolerância racial, de gênero e outras violências correlatas. Nesse propósito, o samba – para além de sua notória importância cultural e musical – foi escolhido como referencial sonoro e rítmico desse trabalho, já que também foi forjado na resistência contra a intolerância racial e cultural. E por ter nascido, também na diversidade, o samba aqui, dialoga com outras sonoridades, outros ritmos contemporâneos e/ou atemporais, tematizando a multiplicidade cultural e as mazelas sofridas pelas minorias sociais, principalmente pelas mulheres negras e a população LGBTQIAP+. O álbum será o resultado de seis músicas, em formato de single, todas acompanhadas de clipes. Os três primeiros singles do álbum, “A Nossa Dor”, “Transradioativa” e “Um Sambinha pra você”, já se encontram disponíveis nas principais plataformas digitais. A quarta música, “Nesse meu samba”, em fase de pré produção terá como convidada a cantora e ativista cultural Marietti Fialho.
Produção Executiva / artística: Selo MUNDODETEMPO / Edison Guerreiro / Direção musical e artística: Edison Guerreiro // Produção musical e arranjos: Leo Bracht e Jefferson Marx.
Músicas: 01 – A Nossa Dor – de Edison Guerreiro, Negra Jaque e Leo Bracht – Intérpretes: Glau Barros feat: Negra Jaque e 50 Tons de Pretas // 02 – Lupicínio Rodrigues, 26 – de Edison Guerreiro – Intérprete: Glau Barros // 03 – Transradioativa – de Edison Guerreiro – Intérpretes: Valéria Barcellos Feat Cristal // 04 – Um Sambinha pra você – de Edison Guerreiro – Intérprete: Raquel Leão – Coro: Yara Lemos, Rhosangela Silvério e Maria do Carmo Carneiro
Vamos ouvir também a música ‘Volte Pra mim’ de Edison Guerreiro, canção feita especialmente para Márcio Celli interpretar no projeto ‘Mundo de Tempo – Do meu cantinho’.
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