Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Iara Germer e Duda Brack.
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IARA GERMER é gaúcha, tem 66 anos e há 50 anos reside em Florianópolis. Iara cria, a partir da cidade-ilha, música brasileira! Brasilidade que sentimos ao ouvir suas canções com o cheiro da mata, o frescor das águas e a força dos Orixás. Iara, cujo nome vem da mitologia indígena, e significa SEREIA de águas doces, também canta o amor, o cotidiano, canta a vida. Atuou durante muitos anos como advogada. Sempre cantou, mas atua profissionalmente como cantora desde o ano de 2008 com repertórios de clássicos de bossa e samba. Em 2014, a composição passou a fazer parte de sua trajetória, de uma forma quase que inusitada – acordou com um samba na cabeça, escreveu e registrou em um gravador, ligou para um amigo músico, cantou e perguntou de quem era, ao que ele respondeu que não conhecia. Então pensou, se não é de ninguém, é meu. E assim, tomada pelo susto, abriu um portal de onde saíram mais de 100 composições, a maioria ainda não gravada, muitas parcerias com músicos da ilha e também sua produção solo. Seu potencial criador se expandiu ainda mais quando passou a frequentar saraus, na casa da artista plástica Tita Schames e do instrumentista Gilnei Silveira.
Iara já fez diversos shows temáticos, como “Canto Negro”, “Iara Canta Baden Powell”, “Som pra Orixá”, dentre outros, sempre acompanhada por músicos de excelência da cena musical catarinense. Criou e se apresentou com diversos projetos, tais como “Samba da Saia”, “Mulheres do Samba”, “Sarau de Iaiá”, “Tem Bossa no Samba” e também se apresentou em festivais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 2016, fez parte da organização do Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras Florianópolis, onde apresentou duas canções. Entre seus projetos estão sua carreira solo, o Coletivo “Elas por Elas”, o “Duo Feito à Mão” e o “Coletivo Odara”.
Atualmente, com 2 CDs gravados – Proteção, de 2017 e Canção da Terra, de 2020, ambos com direção do baixista e parceiro Rafael Calegari – apresenta-se com seu repertório autoral ao lado dos filhos e também parceiros Pedro Germer, no violão e guitarra, e Neno Moura, na bateria e percussão. Além de 2 CDs e vários singles gravados, Iara tem um livro de poemas lançado, pela Editora Insular, com ilustrações de Tita Schames – O fio da palavra – e está escrevendo sobre Violeta Parra.
Músicas do álbum ‘Proteção’ (1 a 3): 01 – Pequena Serenata – Iara Germer // 02 – Proteção – Iara Germer e Rafael Calegari // 03 – Sete Orixás – Iara Germer // 04 – País (single) – Iara Germer, Neno Moura e Pedro Germer // 05 – Canção da Terra – Iara Germer e Pedro Germer //06 – Grito do Tambor – Iara Germer (músicas 5 e 6 do álbum Canção da Terra).
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DUDA BRACK – Duda Brack é atriz e cantora. Nascida em Porto Alegre (RS). Iniciou seus estudos e vivências musicais na capital. Em 2011, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na faculdade de música da UNIRIO e começou a se apresentar no circuito de shows autorais. Entre 2012 e 2013 a artista flertou com a cena paulistana, gravou no projeto “Música de Graça” e acumulou prêmios em festivais pelo país. Em 2014, Duda Brack trabalhou na construção de seu primeiro álbum, intitulado “É”. No disco a artista recompõe oito canções inéditas de compositores contemporâneos. “É” flerta com o rock sem renegar o signo de brasilidade inerente à sua essência; mixa suas referências e constrói uma nova linguagem musical híbrida, forte e singular. Lançou seu álbum de estréia em 2015. Dois anos depois, passou a integrar o grupo Primavera nos Dentes, um tributo aos Secos & Molhados, juntamente a Charles Gavin, Paulo Rafael, Pedro Coelho e Felipe Ventura. A estreia na televisão, como atriz, foi na novela Além da Ilusão (2022), da Globo. Caco de Vidro (2021) é o segundo álbum em carreira solo de Duda Brack. O trabalho que conta com lançamento pelos selos Matogrosso e Alá, de Ney Matogrosso, mais uma vez reforça a parceria entre a artista gaúcha e Gabriel Ventura. O álbum traz uma sonoridade pop experimental que bebe da fonte da MPB e também de ritmos latinos e conta com participações de Ney Matogrosso, BaianaSystem, Lúci o Maia (Nação Zumbi), e Cuca Ferreira (Bixiga 70). “É um disco extremamente feminino e também feminista. Num contexto subjetivo, fala de muitos fins de ciclos na minha vida, e sobretudo de um processo de superação e retomada de poder pessoal. Já no contexto coletivo, traz provocações a respeito do momento sociopolítico que estamos atravessando no Brasil“, comentou Brack.
MÚSICAS: 01- Ouro Lata – Duda Brack – Vozes: Duda Brack e Ney Matogrosso – ft BaianaSystem // 02 – Saída Obrigatória – Chico Chico e Duda Brack // 03 – Tu – André Vargas e Júlia Vargas // 04 – Sueño con Serpientes – Silvio Rodriguez // 05 -Macho Rey – Ian Ramil e Juliana Cortes // 06 – Caco de Vidro – André Vargas // 07 – Man – Alzira Espindola e Itamar Assumpção
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