Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar o trabalho de CARDO PEIXOTO.
CARDO PEIXOTO é cantor, compositor, músico, ator, produtor cultural e professor de canto. Natural de Pelotas, reside em Caxias do Sul desde 2008.
Fez aulas de canto lírico por 4 anos no Conservatório de Música de Pelotas, hoje pertencente a Universidade Federal de Pelotas. Músico desde 1984, teve seu trabalho iniciado nos banquinhos de bares de Pelotas e região.
Mesmo não tendo músicos na família, Cardo Peixoto se relacionou com a arte desde os bancos escolares, participando de grupos de teatro e corais das escolas por onde passou. Sua relação com a composição musical é anterior ao seu convívio com instrumentos e essa é uma história da qual ele tem muito orgulho. Ele compunha músicas cantarolando melodias e inventando letras. O violão vem de forma autodidata; ganha o primeiro com uma música de sua autoria, em um festival.
Em 1993, Cardo Peixoto realiza o primeiro show com músicas próprias, SOB AS LUZES DE NEON, no Theatro Sete de Abril, em Pelotas, com acompanhamento de violão e acordeom. 1996 é o ano de SÃNDALO, segundo trabalho autoral.
Em 2006, como produtor artístico e musical, dirige e produz o CD e o show UM CANTO PÁ’OCÊ, da cantora Giamarê, que realizou apresentações em Salvador-BA, tendo sido contemplado no edital Caixa Cultural 2007.
A música de Cardo Peixoto é diversa, em relação aos gêneros e ritmos, e carregada de sutilezas e nuances, conhecidas e apreendidas em múltiplas experiências sonoras.
Como intérprete, Cardo Peixoto empresta às suas melodias uma voz com técnica e emoção na medida correta, transitando com segurança entre as diferentes regiões de sua extensão vocal. Possui um timbre quente e que lhe permite atacar as notas de forma suave ou mais estridente e que soa muito bem em suas usuais improvisações vocais.
Como ator, Cardo Peixoto atuou em espetáculos teatrais por mais de 25 anos, maior parte deste tempo no TEP – Teatro Escola de Pelotas. Também ministrou cursos e oficinas de interpretação para teatro e cinema e fez dublagens para cinema de animação.
Sua discografia conta com quatro álbuns: Rota da Estrela (2002), Canções de Armar e Desarmar (2007), As Estações (2015) e Menino Brasileiro (2017); além de participações em diversas coletâneas.
Em junho de 2020 lançou o EP Precisão, onde os poemas de Valder Valeirão foram musicados por Cardo Peixoto. A sinergia entre poesia e música é a essência desse EP que está disponível nas plataformas de música digital.
Já fez shows em vários estados do Brasil, além de Uruguai, Holanda, Bélgica e Alemanha. Integra o Projeto Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, já no sétimo ano e promove, de forma colaborativa e autônoma, a circulação de artistas de raiz brasileira, abrangendo seis estados, além de Uruguai, Argentina, Chile e Venezuela, na América Latina; e Portugal, Espanha e França, na Europa. Atualmente é coordenador do Dandô, no Rio Grande do Sul, onde o circuito passa por 13 cidades.
Músicas: 01 – BATE TAMBOR (Cardo Peixoto – Valéria Pisauro) // 02 – FIM DE SEMANA (Cardo Peixoto – Luizinho Santos) //03 – PASSOS NA AREIA (Cardo Peixoto – Luciano Linhares) // 04 – SINA DE CANTADOR (Cardo Peixoto) // 05 – CORTEJO (Cardo Peixoto – Valéria Pisauro) // 06 – MENINO BRASILEIRO (Cardo Peixoto) // 07 – CANCERIANA SENHORA (Cardo Peixoto) // 08 – MATITA-PERÊ (Cardo Peixoto – Nina Araújo) // 09 – PRECISÃO (Cardo Peixoto – Valder Valeirão) // 10 – LOUCA POR MIM (Cardo Peixoto – Valder Valeirão) // 11 -SILÊNCIO (Cardo Peixoto – Luciano Linhares) // 12 – A NOITE (Cardo Peixoto – Luar Méndez) // 13 – O AR DA TUA GRAÇA (Cardo Peixoto – Luciane Lopes)
Nessa edição de O Sul em Cima vamos apresentar os trabalhos de Antonio Villeroy, Maiara Moraes, Lindsay & Isaac , Lívia e Arthur Nestrovski.
ANTONIO VILLEROY – Nasceu em São Gabriel /RS em 19/07/61. Cantor, compositor e produtor musical, Antonio é um dos autores brasileiros mais gravados da atualidade. Além de seus próprios discos, suas canções podem ser ouvidas nas vozes de artistas como Ana Carolina, Gal Costa, Ivan Lins, Luiza Possi, Maria Bethânia, Maria Gadu, Mart’nália, Moska, Preta Gil, Seu Jorge, Zizi Possi, John Legend, Chiara Civello, Mário Biondi, Jesse Harris e muitos outros grandes nomes nacionais e internacionais. Começou sua carreira musical no início dos anos 80 em Porto Alegre. Em 1991 lançou seu primeiro disco “Totonho Villeroy”, Trânsito em 1995, “Juntos 1” com Bebeto Alves, Gelson Oliveira e Nelson Coelho de Castro em 1998 e “Juntos 2” em 2001. Em 2000 lançou “Totonho Vileroy”, em 2004 “Totonho Villeroy ao vivo”. Em 2006 lançou em CD/DVD “Sinal dos Tempos ao vivo”, “José” em 2010 e o mais recente “Samboleria” em 2014 pela Sony Music.
Antonio Villeroy teve duas canções indicadas ao Grammy Latino, São Sebastião em 2005 e Rosas em 2007. Além de sua língua de origem, ele também compõe e interpreta em francês, italiano, inglês e espanhol.
Entre suas atividades paralelas, Antonio produziu, de 1996 a 2006, na cidade de Sanary sur Mer, na França um dos maiores festivais de música brasileira da Europa.
Músicas: 01 – É onde o seu lugar – Antonio Villeroy // 02 – Garganta – Antonio Villeroy // 03 – Ponto Com e Sem – Antonio Villeroy e Moraes Moreira
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MAIARA MORAES – Flautista, sua formação começou em Florianópolis – cidade onde cresceu – e passou pelas cidades de Curitiba (PR), Tatuí (SP), Buenos Aires (AR) e São Paulo. Se formou em flauta popular pelo Conservatório de Tatuí e EMESP (SP), além de estudar na Escola Municipal de São Paulo. Graduou-se em licenciatura pela UDESC e no mestrado em música pela UNICAMP, onde sob a orientação do Prof. Dr. Rafael dos Santos, realizou pesquisa sobre o flautista Copinha. Sempre se dedicou ao estudo da música popular latino-americana, especialmente a brasileira, como foco na interpretação e improvisação dentro dos gêneros.
Músicas:01 – Amando Sempre – Copinha – está no álbum NÓS de Maiara Moraes Quarteto
02 – Peixe-Boi – Maiara Moraes / Rogério Santos – feat. Tatiana Parra: voz – com Maiara Moraes Quarteto
03 – Novena – Maiara Moraes – está no álbum Cabeça de Vento de Maiara Moraes Quinteto
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LINDSAY & ISAAC – O duo teve início em maio de 2000, quando o casal de músicos Lindsay & Isaac decidiu montar um trabalho musical que unisse composições próprias com versões de canções dos seus artistas favoritos.
Em 2013, o Duo vence o concurso internacional “Beatles Covers Contest””, promovido pelo guitarrista Al di Meola no Facebook e tem uma de suas canções próprias (Joy and Sorrow) incluída na trilha sonora do documentário “Outono”, do cineasta Catarinense Ademir Damasco.
Em 2014 o Duo participa de um projeto de Kleiton Ramil, uma coletânea comemorativa de 4 anos de ‘O Sul em Cima’ (viabilizado por financiamento coletivo). Para este trabalho, o Duo cedeu uma faixa inédita de autoria própria chamada ‘Awakening’. Ainda em 2014, o Duo participa de outra compilação, desta vez internacional, organizada pelo site Oasisnews em tributo aos 20 anos do álbum Definitely Maybe da banda Oasis. A faixa escolhida, ‘Sad Song’, foi lançada simultaneamente como um single. Este projeto teve grande repercussão na imprensa especializada, rendendo matérias nos sites da Rolling Stone, Popload, entre outros.
No ano seguinte (2015), o Duo participa do projeto Grandes Encontros, no teatro do CIC em Florianópolis, acompanhando a seminal banda catarinense ‘Primavera nos Dentes’ e fecham uma importante parceria com a fabricante coreana de instrumentos musicais ‘Crafter Guitars’.
Em 2016, chega o reconhecimento internacional do Duo como compositores, com a inclusão da canção ‘Regress’ na compilação ‘Lost Songs’, promovida pelo Metropolis Studios de Londres.
Ainda em 2016 o Duo convida o músico Vinícius Galant para formar um projeto em Trio (Vini, Lindsay & Isaac), cuja proposta seria criar e apresentar versões pessoais e intimistas das canções do Quarteto de Liverpool. No mesmo ano lançam o seu segundo trabalho: o single ‘She Said She Said’, em tributo aos 50 anos de lançamento do álbum Revolver. O single, que contou com a participação de Klaus Voormann na arte da capa, foi lançado na BH Beatleweek (Brasil) em 5 de agosto, mesmo dia do cinquentenário do álbum. Com o sucesso dos vídeos e das apresentações ao vivo no Brasil, e com apenas um ano e meio de atividade, o Trio parte para a primeira tour internacional no Reino Unido. Entre as apresentações, 11 shows na Internacional Beatleweek; shows de lançamento da coleção ‘Sgt. Peppers State of Mind’ pela grife ‘Pretty Green’ (Liam Gallagher) e show no ‘The Globe At Hay’ (Wales).
Em Liverpool, como convidados da Internacional Beatleweek, destacam-se as performances em palcos consagrados como o Cavern Club e o Cavern Live Lounge.
Ainda em Londres, participam das gravações do coumentário “Here, There & Everywhere” que trata do universo Beatle a partir da perspectiva dos fãs. Este documentário é apoiado por diversas instituições e personalidades ligadas aos Fab4, e fará parte de um acervo legado no museu The Beatles Story, em Liverpool.
Músicas: 01 -Joy and Sorrow – Lindsay & Isaac // 02 – Waterfalls – Paul McCartney – releitura que o duo gravou em celebração aos 40 anos do álbum McCartney II especialmente para a Internacional Beatleweek de Liverpool. O áudio aqui disponível é extraído do vídeo ao vivo, que conta com a participação do guitarrista Laurence Juber (que tocou com o próprio Paul nos Wings entre 1978 e 1981). // 03 – Worst of my Fears – Lindsay & Isaac
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LÍVIA E ARTHUR NESTROVSKI – Livia Nestrovski é cantora. Formada em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é mestre em Etnomusicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde 2008, é solista do compositor Arrigo Barnabé, com quem gravou o álbum “De Nada Mais a Algo Além’ junto com Luiz Tatit. A cantora também tem passagens pela Fundação Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Orquestra Juvenil Tom Jobim (São Paulo); Jazz Sinfônica (Brasil); Heliópolis Symphony Orquestra; Big Band do Jazz Concert da Universidade de Illinois, Estados Unidos; além de cantar em parceria com o músico Fred Ferreira no projeto ‘DUO’.
Arthur Nestrovski é formado em música pela Universidade de York (Inglaterra), com doutorado em literatura e música pela Universidade de Iowa (EUA). Foi professor da PUC-SP (1991 a 2005) e consultor convidado de instituições como o Museu da Língua Portuguesa, CNPq e Fapesp. É diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) desde 2010. Em 2012, foi nomeado também diretor artístico do Festival de Inverno de Campos do Jordão.
Arthur Nestrovski , compositor e violonista, e a cantora Lívia Nestrovski apresentam o disco “Sarabanda”. O segundo álbum feito em conjunto por pai e filha reúne músicas inéditas de novas versões de composições de Robert Schumann (1810-56) e Franz Schubert (1797-1828), a canção ‘Cisne’, do compositor francês Camille Saint-Saëns (1835-1921), que agora ganha versão em português de Arthur, além de letra inédita para uma ‘Sarabanda’ de Bach que dá nome ao disco. Em ‘Sarabanda’, clássico e popular se cruzam sem cerimônia, na melhor tradição da ‘gaia ciência’ da canção popular brasileira. O disco está disponível nas plataformas digitais desde 11/09/2020.
Músicas: 01 – Sarabanda (Parte 1) – Johann Sebastian Bach (1685-1750) / Arthur Nestrovski // 02 – Cisne – Camille Saint-Saëns (1835-1921) / Arthur Nestrovski // 03 – Lost in Translation – Arthur Nestrovski // 04 – A Pasante – Fernando Sor (1778-1839) / Arthur Nestrovski.
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar os trabalhos de Mercedes Sosa, Ricardo Silvestrin, Cristian Sperandir e Shana Müller.
MERCEDES SOSA (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 – Buenos Aires, 4 de outubro de 2009) foi uma cantora argentina, uma das mais famosas na América Latina. A sua música tem raízes na música folclórica argentina. Ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva Canción. Apelidada de La Negra pelos fãs, devido à ascendência ameríndia, ficou conhecida como a voz dos “sem voz”.
Sua ascendência era mestiça (mistura de europeus com ameríndios): francesa e dos indígenas do grupo diaguita. Sua carreira se iniciou em 1950, aos quinze anos de idade, quando Sosa venceu uma competição de canto organizada por uma emissora de rádio de sua cidade natal.
Em 1961 grava seu primeiro álbum, intitulado La voz de la zafra (publicado em 1962). Em seguida, uma performance no Festival Folclórico Nacional faz com que se torne conhecida entre os povos indígenas de seu país. Sosa e seu primeiro marido, Manuel Oscar Matus, com quem teve um filho, são peças chave no movimento musical da década de 1960 conhecido como nueva canción. Em 1965 lançou o aclamado Canciones con fundamiento, uma compilação de músicas folclóricas da Argentina. Em 1967 faz uma turnê pelos Estados Unidos e pela Europa e obtém êxito internacional. Em 1970 grava Cantata Sudamericana e Mujeres Argentinas com o compositor Ariel Ramirez e o letrista Felix Luna. Em 1971 grava um tributo à cantora e compositora chilena Violeta Parra, ajudando a popularizar a canção “Gracias a la vida”. Mais tarde grava um álbum em homenagem a Atahualpa Yupanqui.
Suas preocupações sociais e sua posição política refletiam-se no repertório que interpretava, tendo sido uma das grandes expoentes da Nueva Canción, movimento musical com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas marcado por uma ideologia de rechaço ao imperialismo e às desigualdades sociais.
Nos anos seguintes interpreta um vasto repertório de estilos latino-americanos, gravando tanto com artistas argentinos como León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, quanto com internacionais como Chico Buarque, Raimundo Fagner, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Kleiton & Kledir, Caetano Veloso, Gal Costa, Sting, Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti, Nana Mouskouri, Joan Baez, Silvio Rodriguez, Pablo Milanés e Shakira.
O repertório de Sosa continuou a ampliar, tendo gravado um dueto com a sambista Beth Carvalho, intitulado “So le pido a Dios”, cada uma cantando em seu idioma. Em 1981 gravou o sucesso “Años” com o cantor cearense Fagner. Também gravou com Kleiton & Kledir, as músicas Vira Viró (Kleiton Ramil) e Siembra (José Fogaça e Vitor Ramil). Seu último álbum, Cantora, traz duetos com artistas que são referência na música latino-americana. Sosa era Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO para a América Latina e o Caribe. Em 2000, ela ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de música folclórica por Misa Criolla, feito que repetiria em 2003 com Acústico e em 2006 com Corazón Libre. Sua interpretação de “Balderrama” de Horácio Guarany, fez parte da trilha-sonora do filme de 2008 Che, sobre o lendário guerrilheiro argentino Che Guevara.
Mercedes Sosa se foi aos 74 anos de idade em 4 de outubro de 2009, mas está eternizada pela grandiosidade de sua obra.
Músicas: 01 – Vira Viró – Kleiton Ramil – na versão de Edmundo Font – Faixa do álbum “Será posible el Sur?”, de Mercedes Sosa, lançado em 1984 – participação de Kleiton & Kledir // 02 – Gracias a La Vida – Violeta Parra // 03 – Siembra – Vitor Ramil e José Fogaça – está no álbum Kleiton & Kledir en español – intérpretes: K&K e Mercedes Sosa.
RICARDO SILVESTRIN – É poeta, escritor, compositor e vocalista. Nasceu em Porto Alegre em maio de 1963. Formado em Letras pela UFRGS em 1985. No mesmo ano, publicou seu primeiro livro de poemas, “Viagem dos olhos”, pela editora Coolírica. Ganhou 5 vezes o Prêmio Açorianos de Literatura: como poeta (1995 e 2007), como autor de livro infantil (1998), como editor (editora Ameopoema, 2005) e como destaque de mídia (pelo programa de rádio “Transmissão de pensamento”, 2008). Seu livro de 2004, “É tudo invenção” foi selecionado para representar o Brasil na 41ª Feira de Literatura de Bolonha.
Integrou as bandas Os 3 Poetas (1990 a 1993), Os Ladinos (1994 a 1999). Integra a banda Os poETs desde 2001. Na carreira solo, Ricardo lançou o EP Duk7 (2015) e em 2019 o álbum SILVESTREAM.
Músicas: 01 – Muito Prazer, Eu Mesmo – Ricardo Silvestrin / Sílvio Marques // 02 – Atenção, Senhores Passageiros – Ricardo Silvestrin // 03 – Flamboyant – Ricardo Silvestrin
CRISTIAN SPERANDIR – de Osório/RS. Vencedor do Prêmio Açorianos de Música (categoria Melhor Instrumentista de MPB /2013 e Melhor Intérprete em 2019 com o álbum Bons Ventos), o pianista, tecladista, compositor, arranjador e produtor musical Cristian Sperandir, considerado uma das revelações da música contemporânea no país, vem atuando ao lado de grandes nomes da música do Rio Grande do Sul e dando continuidade ao trabalho com sua família – grupo Sperandires. Em seu toque, referências de Brad Mehldau, Michel Camilo, Chick Korea, André Mehmari e Geraldo Flach estão expressas em vários momentos e na sua forma de pensar e ver a música.
No ano de 2021, Cristian Sperandir concluiu seu curso de música na UFRGS.
Músicas do disco BONS VENTOS:
01- Passeio de Notas – Cristian Sperandir e Adriano Sperandir – Participação especial de Adriano Sperandir (violão) // 02 – Aquífero – Cristian Sperandir – Cristian Sperandir: piano e vocalize // Antonio Flores: violão // Caio Maurente: Contrabaixo acústico // Sandro Bonato: Bateria // Bruno Coelho: Percussão
SHANA MÜLLER – Cantora, jornalista e apresentadora de televisão, Shana Müller é hoje referência da nova geração de artistas que surgiram no sul do país nos últimos tempos. Seu primeiro álbum, Gaúcha, lançado em 2004, abriu um novo espaço para a presença da mulher nos palcos gaúchos.
Em 2006, lançou o Firmando o Passo e, em 2010, Brinco de Princesa, disco que a consagrou no cenário gaúcho, brasileiro e latino-americano. Recebeu por ele dois prêmios no Açorianos de Música: o de Melhor Disco e o de Melhor Cantora. O espetáculo do CD foi apresentado em várias cidades gaúchas e brasileiras, incluindo Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Campo Grande (MS).
Em 2012, lançou o disco Shana Müller Ao Vivo. Em 2016, apresentou o DVD Canto de Interior, gravado na fazenda São Francisco do Pinhal, em Júlio de Castilhos. O trabalho audiovisual é recheado de extras, participações especiais e um documentário que relembra a trajetória musical da artista.
O fato é que Shana tem renovado na música, trazendo uma sonoridade regional e contemporânea. Já dividiu o palco com Luiz Carlos Borges, Renato Borghetti, com seus parceiros do Projeto Buenas e M’espalho, Angelo Franco, Cristiano Quevedo e Érlon Péricles, além de nomes como o de Yamandu Costa, Hique Gomez e Alessandro Penezzi. Também dividiu o palco duas vezes com sua referência, Mercedes Sosa, como convidada. Na Argentina, representa o Brasil há vários anos na Fiest a Nacional Del Chamamé.
A estampa desta mulher gaúcha tem inspirado jovens meninas a cantar e a se vestir. Em 2014, a artista lançou a grife Shana Müller Original, criada em parceria com a Santa Fé, de Gramado. Além disso, é colunista do Jornal Zero Hora, onde uma vez por mês assina a coluna Pampianas. É a primeira mulher a apresentar o Galpão Crioulo, programa exibido há mais de três décadas na RBSTV, ao lado de Neto Fagundes, desde 2012. Nos palcos, Shana Müller canta e encanta! Comunica-se com o público e prende a atenção, com um repertório regional gaúcho e latino-americano.
Músicas do disco /DVD Canto do Interior (2016):
Shana Müller – voz, bombo e ukulele / Felipe Barreto – violão nylon, aço e guitarra semi acústica / Cristian Sperandir – piano / Glauco Vieira – acordeon / Vaney Bertotto – bateria / Lucas Esvael – baixo
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar o trabalho de MÁRCIO CELLI.
Márcio Celli – Cantor/Compositor e Radialista (Natural de Porto Alegre/RS) tem um trabalho focado essencialmente na música brasileira. Suas composições abordam estilos variados como o samba, a bossa nova, ijexás e baladas. Dentre as características de repertório observam-se também as regravações com arranjos diferenciados. Celli vem referendado por nomes como Adriana Calcanhotto e Rosa Passos, que assinam as contracapas dos seus mais recentes Discos “Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto” e “Da Minha Janela”. Recebeu elogios dos maiores críticos da Música Brasileira, Tárik de Souza/RJ , Antonio Carlos Miguel (ACM)/RJ e, Juarez Fonseca/RS e Zuza Homem de Mello/SP.
Com o seu mais recente trabalho, o CD autoral “Da Minha Janela”, lançado em 2014, Celli foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música de Porto Alegre/RS – 2014 em duas categorias, melhor cantor de MPB e melhor compositor de MPB. Foi pré-selecionado ao Prêmio da Música Brasileira de 2014 e recebeu Menção Honrosa nos Melhores Álbuns da Música Brasileira de 2014. Márcio Celli tem cumprido temporadas de shows em Porto Alegre e São Paulo (onde reside desde 2017), mostrando o seu trabalho autoral mesclado com regravações em Sescs, Bares e Teatros das capitais. Apresentou-se no Rio de Janeiro, em 2016 onde teve a oportunidade de ser dirigido pelo saudoso Miele, no show Eu vi Elis Sorrindo. Márcio Celli lançou em 2000 o CD Um Novo Tom, em 2006 Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto e em 2014 o álbum Da Minha Janela. Tem lançado singles de novas canções autorais, como “Sem nome ainda” , parceria com Zé Caradípia, na qual teve a participação especial de Kleiton & Kledir , “Amor ou Pacto” (parceria com Gerson Conrad “Secos e Molhados”) e Volte pra mim (Edison Guerreiro), canção feita especialmente para Celli interpretar no projeto “Mundo de Tempo – Meu cantinho”.
Além do trabalho como cantor/compositor, Márcio Celli apresenta o Programa O Sul em Cima, de Kleiton Ramil, além de prestar Assessoria para a cantora Zizi Possi.
Críticas – “No encarte do disco ‘Da minha janela’, de Marcio Celli, a cantora Rosa Passos elogia a ‘voz leve, feliz e que acaricia os ouvidos de quem a escuta’. Além do cantor, também o compositor traz emissão própria e sutileza autoral para seus ouvintes. Trafega numa linha etérea entre a bossa e o afro samba, a qual acrescenta novos passos e compassos aos palmilhados por mestres antecessores” (Tárik de Souza – Rio de Janeiro)
“Seu segundo disco, “Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto”, lançado em 2006, funcionou como um cartão de visitas para esse artista gaúcho contemporâneo e de sotaque “cosmopolista”. Sete anos depois, no que pode parecer um longo hiato discográfico nessa era do efêmero, Celli mostrou que soube aproveitar bem o seu tempo. Ele retornou com um trabalho inteiramente autoral, “Da minha janela”, álbum que, entre outras coisas, reafirmou uma veia gaúcha para o samba. É uma linha evolutiva que passa pelo centenário Lupicínio, pela imersão em Porto Alegre do João Gilberto pré-bossa-nova, e prosseguiu, na voz de Elis e mais recentemente na já citada obra de Adriana Calcanhotto.” (Antonio Carlos Miguel “ACM” – Rio de Janeiro)
“Márcio Celli passeia por variados matizes . Afinadíssimo, com timbre bem particular, moderno, com dicção e fraseado precisos. Solto, seguro e elegante, cantando samba, bossa, tango ou MPB-jazz, ele mostra que, sim, sabe o que quer dizer; que, sim, tem um estilo. E um espaço a ocupar, neste país de tantas cantoras e tão poucos cantores.” (Juarez Fonseca – Porto Alegre/Rio Grande do Sul Jornalista e Crítico de Música do Jornal Zero Hora)
Músicas:
do CD Da Minha Janela: 01- Samba de novo (Márcio Celli e Sonekka) // 02- Janela (Márcio Celli e Bebeto Alves) // 03-Quieto (Márcio Celli e Roberto Haag) // 04- Samba Assim (Márcio Celli e Monica Tomasi) // 05- Recado pra Oxum (Márcio Celli) // 06- Canção pra dois (Márcio Celli)
do CD Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto: 07-Esquadros (Adriana Calcanhotto) // 08-Tardes (Adriana Calcanhotto) // 09-Toda Sexta-Feira (Adriana Calcanhotto) // 10-Pacto (Adriana Calcanhotto e Juarez Fonseca)
Singles novos: 11-Sem nome ainda (Márcio Celli e Zé Caradípia) Participação especial: Kleiton & Kledir // 12- Amor ou Pacto (Márcio Celli e Gerson Conrad) // 13- Volte pra mim (Edison Guerreiro)
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar os trabalhos de Ian Ramil, Juliana Cortes, Wagner Torre e Vedovelli.
IAN RAMIL – Ian vem de uma família de muitos talentos musicais e começou a compor e tocar aos 11 anos de idade. Filho de Vitor Ramil e sobrinho de Kleiton e de Kledir, já era de se esperar que Ian fosse bom na música. Mas ele vai além. O compositor apresenta sua forte identidade musical e criou um estilo de compor que tem agradado críticos musicais e público e o tem garantido na lista das boas surpresas musicais dos últimos anos. Seu primeiro álbum IAN foi gravado em 2012 e lançado em 2014. O disco mais recente Derivacivilização foi lançado em 2015. Com esse trabalho, Ian conquistou o Grammy Latino na categoria álbum de rock em português. A cerimônia de premiação aconteceu em 17 de novembro de 2016, em Las Vegas.
Músicas: 01 – ROTA – Ian Ramil / Alexandre Kumpinski – Letra inspirada no poema Simples Mente de Karina Ramil (está no álbum IAN) // 02 – SUVENIR – Ian Ramil (está no álbum IAN) // 03 – DERIVACIVILIZAÇÃO – Ian Ramil – Participação de Filipe Catto (está no álbum Derivacivilização)
JULIANA CORTES – Natural de Curitiba, Juliana é formada em música popular, especialista em Canção e mestranda em Música. Desde 2012, quando apresentou o espetáculo Juliana Cortes convida Vitor Ramil, realizado em Curitiba, se alinhou a movimentos estéticos do sul e regiões de fronteira, como Argentina, Paraguai e Uruguai.
O terceiro disco de Juliana, Álbum 3, apresenta uma grande obra produzida pelo gaúcho Ian Ramil (Grammy Latino 2016) gravada entre Curitiba e Porto Alegre.
Desde seu primeiro álbum – Invento (produção musical de Fred Teixeira, 2013), Juliana Cortes dialoga com o extremo sul através das canções de seu maior parceiro de trabalho: Vitor Ramil. As afinidades com as artes riograndenses se estreitaram com a publicação de álbum GRIS (produção musical de Dante Ozzetti, 2016)-, tornando-se um projeto maior, concretizado no álbum 3.
Buscando novas manifestações, interferências e experiências, Juliana convidou artistas de diferentes vertentes musicais dispostos a pensar e questionar as relações estético-culturais das suas cidades e de suas próprias produções. De um lado, Estrela Leminski, Rodrigo Lemos – o “Lemoskine” – e Juliana, de Curitiba. De outro, Ian Ramil, Zelito e Guilherme Ceron, de Porto Alegre. Após quatro dias de residência artística na capital paranaense, em abril de 2019, nove músicas (inteiras ou trechos de canções) foram escritas. As temáticas refletem uma contemporaneidade de linguagem bastante particular produzida por um coletivo que nunca havia se encontrado, misturando vocabulários vindos do rock, do jazz, da música de concerto, do pop ou da música regional. Na seleção final do repertório, outras canções foram adicionadas ao álbum.
Desde seus primeiros passos na direção de uma carreira solo, Juliana já passou por palcos de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Minas Gerais e países como Argentina, Uruguai, Peru e Coreia do Sul. Em suas escolhas de repertório, a artista dá um zoom em poemas musicados, autores contemporâneos e canções experimentais, a fim de trazer o novo para sua performance e conduzir o ouvinte para além do mesmo.
Músicas do álbum 3 (2020) – Concepção artística e direção geral: Juliana Cortes // Produção musical: Ian Ramil
WAGNER TORRE – natural de Porto Alegre, RS, na adolescência aprendeu a tocar violão, compor e cantar suas próprias canções, época em que também participou de festivais estudantis, iniciando também aulas particulares de canto. Adquiriu sua carteira da Ordem dos Músicos aos 19 anos, período em que iniciou um Curso de Extensão em Canto Lírico da UFRGS e começou a tocar em pubs, bares e eventos da capital gaúcha.
Wagner é Bacharel em Turismo e professor de inglês, o que auxiliou significativamente no processo de composições de grande parte de seu trabalho autoral. Além de inglês, Wagner também interpreta em espanhol, francês, italiano, além da língua mãe (português). Morou, entre os anos 2000 e 2014, em San Diego, CA (Estados Unidos); Dubai (Emirados Árabes) e Benidorm (Espanha), onde se apresentou em bares, casas locais e eventos diversos.
Atualmente, o cantor está no Brasil, onde já se apresentou em Recife e Rio Grande do Sul, em eventos, hotéis, shopping centers, casas de show, bares e pubs.
Wagner Torre , em 2016, desenvolveu um projeto musical educativo, chamado Encanto Musical, que associa o aprendizado da língua inglesa à música. Recentemente fez uma performance no evento Miss Brasil-Mundo 2019, em Bento Gonçalves cantando canções em italiano e inglês. Em junho de 2020, Wagner foi convidado por Kleiton Ramil a participar do programa DAM: Descobrindo Artistas pelo Mundo, onde falou sobre sua carreira, influências, trabalho autoral e muito mais.
Em seu repertório, diversificado e muito eclético, Wagner Torre apresenta clássicos da música nacional e internacional, de renomados artistas, transitando entre vários estilos (Jazz, Soul, R&B, Funk/Disco, Pop, Rock, Música Latina, MPB, etc), desde os anos dourados aos dias atuais. Entre os artistas internacionais: Frank Sinatra, Elvis Presley, Edith Piaf, Beatles, Stevie Wonder, George Benson, Bee Gees, Michael Jackson, entre muitos outros. Entre os nacionais: Jorge Ben, Caetano V eloso, Kleiton & Kledir, Tim Maia, Rita Lee, Djavan, Lulu Santos, Legião Urbana, Cazuza, Ed Motta, Marisa Monte, entre outros. Muitos dos artistas aqui mencionados exerceram significante influência em sua carreira.
Wagner Torre destaca-se como um artista completo e versátil, carismático, comunicativo, em todas suas apresentações e eventos, sempre interagindo de forma descontraída com o público.
Músicas: 01 – MYSTERIES OF THE UNIVERSE – Bruno Mad e Wagner Torre // 02 – SMILE – Wagner Torre // 03 – OUR LOVE AIN’T A SIMPLE SONG – Wagner Torre
VEDOVELLI – Nascido em Farroupilha, em 1989 e hoje morando no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Evandro Vedovelli chama atenção por onde canta suas músicas. Harmonias caprichadas e belas melodias acompanham letras que traduzem o ser humano, o cotidiano, e o amor, sem criar nem repetir clichês. Vedovelli lançou em 2017 o CD “Camaleão” que é distribuído pela gravadora Biscoito Fino e está disponível em plataformas de streaming. Esse álbum tem produção musical do cantor e compositor Kleiton Ramil e arranjos do maestro Dudu Trentin. Esse é mais um trabalho musical de Vedovelli, que já cantou ao lado de vários nomes conhecidos, como o cantor americano Jack Johnson, a banda gaúcha Cachorro Grande, Kleiton & Kledir entre outros. Vedovelli também tem em seu passado o posto de vocalista da banda Jacarandá, com o qual produziu um disco. As interpretações de Vedovelli são calmas e energéticas, soltas e minimalistas, e o tornam um artista icônico e com capacidade de agradar diferentes públicos.
Músicas: 01 – RETRATO // 11 – NÃO POSSO MAIS PARAR // 12 – SOU