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31 / 2018 – ARTHUS FOCHI

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do compositor, poeta, músico e pesquisador ARTHUS FOCHI.


 

ARTHUS FOCHI

Compositor e poeta carioca, diretor geral do selo Cantores del Mundo. Como articulador, promove a Peña Cultural Auá no Rio de Janeiro e pesquisa desde 2007 cultura e ritmos latinoamericanos, traçando diálogos entre a cultura brasileira e a da América hispânica. Com seu trabalho solo e de pesquisa folclórica, circulou por diversos países da América do Sul e Europa, tendo feito participação no último disco de Andrés Deus (Uruguay), e arranjos de violão no último disco de Cátia de França. Já dividiu o palco com Luis Perequê, Cuarteto Ricacosa (Uruguay), Tita Parra (Chile), José Delgado (Venezuela), entre outros

Em 2017 lançou seu terceiro disco solo ”Suvaco do Mundo”, e atualmente, com o projeto ”Ano sabático”, lança uma canção a cada mês com participações de amigos de sua geração, nomes como Júlia Vargas, Ana Frango Elétrico, e Chico Chico. 

 

Ano sabático:

Curiosamente intitulado “Ano Sabático”, ele consiste em faixas lançadas mensalmente, em parceria com nomes fortes da música brasileira e de outros países da América Latina. “A ideia do ‘Ano Sabático’ vem um pouco dessa perspectiva que temos no Brasil de que arte é hobby. Nos vídeos, aparecemos descontraídos durante o processo de gravação, pensando na forma, investigando, mostrando um pouco deste nosso processo laboral. Por isso chamo sempre uma participação, com intuito também de mapear essa nova geração, amigos que vivem da arte e que têm em comum a música como meio de sobrevivência espiritual e material”, conta Arthus.
Vamos mostrar nessa edição do programa O SUL EM CIMA uma deliciosa entrevista com Arthus Fochi e apresentar 6 músicas do projeto Ano Sabático já gravadas. As músicas com comentários são:

 

1- TESOUROS ARTIFICIAIS (Arthus Fochi / Lorena Pipa) – Interpretação: Arthus Fochi e Duda Brack

Unindo a estética latina presente no trabalho solo de Fochi às raízes da música brasileira e o rock na carreira de Duda Brack, a nova musica do projeto é mais inusitada. Misturando o Português com o Guarani, Arthus coloca em pauta uma discussão vigente: o colonialismo.  Musicalmente, a composição também surge desses encontros – em meio ao groove moderno e pop, está o charango, instrumento andino e folclórico.
“O colonialismo não é mais discutido como algo pungente e severamente condicionante, o mundo globalizado trouxe uma espécie de cortina para nossa reflexão a respeito do colonialismo. A letra desta canção pode ser também uma metáfora de um fim de relacionamento, é bem direta, como se estivéssemos vendo o encontro entre Europeus e Pré-colombianos numa narrativa ficcional. Essa cortina só disfarça a nova roupagem dada ao colonialismo, e isso, no que diz respeito ao comportamento (racismo, autoritarismo, etc), é muito presente no dia-a-dia da América Latina. Como diria Boaventura de Sousa, ‘A grande armadilha do colonialismo insidioso é dar a impressão de um regresso, quando o que regressa nunca deixou de estar'”, reflete Flochi.
2- ESCOPA (ARTHUS FOCHI) – Interpretação de Arthus Fochi e Juliana Linhares (banda Pietá)

“Conheço a Juliana através do Pietá, estudamos na mesma faculdade e vi a formação da banda do início. A idéia de chamá-la veio através do projeto Iara Ira, na verdade. O projeto tem essa ideia de mapear, juntar amigos da cena atuante, e fortalecer os laços. No final das 12 edições, editaremos um documentário, estamos gravando entrevistas com os participantes para realizar esse projeto”, antecipa o músico.
3- NEGRA MATA (Ivo Vargas / Arthus Fochi) – Interpretação: Arthus Fochi e Júlia Vargas

A Julia é uma amiga de muitos anos, e a canção fiz em parceria com o Ivo Vargas, irmão da Julia. Fizemos em Ilha Grande na Praia de Palmas, a letra retrata um pouco o ambiente, metaforizando com uma relação amorosa.

 

4- RONDA NA MATA (ARTHUS FOCHI / TONI CARIOBA / JOSÉ DELGADO)- Interpretação: Arthus Fochi e José Delgado (Venezuela)

“Eu e José nos conhecemos através da Tita Parra e da cantora Kátya Teixeira. O José tem uma trajetória linda na música e tinha recebido um convite pra tocar em Brasília. Nessa época chamei ele pra participar da Pena Cultural Auá, nos tornamos grandes amigos e ele se transformou num parceiro e colaborador da Cantores del Mundo na Venezuela”, explica Arthus. Lá ele desenvolve o projeto ”Ciudad Cancion”
5- ÁGUAS PLUVIAIS (Lorena Pipa / Arthus Fochi) – Interpretação: Arthus Fochi e Ana Frango Elétrico

“Há pouco tempo, Ana lançou o seu primeiro disco ‘Mormaço Queima’, e tive certeza em chamá-la. A idéia do Ano Sabático é justamente diversificar, e a Ana seria um forma rara para o quadro. Ela gostou da idéia, escolheu a faixa que encaixava bem na proposta do que ela traz, e pronto, está aí o resultado! Ficou bem rock!”, conta Arthus Fochi.

A música “Águas Pluviais” é fruto da parceria entre Arthus e Lorena Pipa e fala sobre uma espécie de “realismo fantástico” encontrado na cidade do Rio de Janeiro. “Águas pluviais não explodem/ somente o gás/ Esgoto sanitário não explode/ Somente a Light./ Eu não quero explodir num bueiro/ No Rio de Janeiro”, diz a letra.

“A Lorena tinha vindo morar no Rio há pouco tempo, e é comum vê-la cantarolando melodias – a maioria com letra – nas suas caminhadas. Uma vez chegou em casa surpresa com os casos das explosões de bueiros no Rio de Janeiro, e com a ideia dessa música. Achei genial, depois sentamos e terminamos a canção em casa. A Lorena é uma daquelas compositoras que todo dia aparece com uma música nova. Logo ela vem com um disco certamente maravilhoso por aí”, adianta.
6- FIDEL CASTRO NÃO MORREU (ARTHUS FOCHI) – Interpretação: Arthus Fochi e Chico Chico

Arthus Fochi convida o músico Chico Chico para um dueto na canção “Fidel Castro Não Morreu”. A música foi composta alguns meses antes do líder cubano falecer. Com forte teor político, a letra fala sobre credibilidade e mudança de paradigmas. “A letra fala de um momento político em que os partidos e ideologias que nortearam todo o século XX não possuem mais credibilidade, porém continuam com uma força, dúbia e rançosa, e sem uma nova fórmula que substitua essas peças. Fala de um mundo virtualizado, onde certos conceitos como revolução já não tem sentido circunstancial. Onde o filho, o novo, não tem alvo, nasce perdido nas nuvens da razão”, explica Fochi.

Contatos:

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diego drexler - bajos y guitarras 55

30 / 2018 – LOS TRAVELIN’ IRVINS / DIEGO DREXLER

O Sul em Cima dessa edição mostra os trabalhos da banda Los Travelin’ Irvins e  Diego Drexler.

capa diego

LOS TRAVELIN’ IRVINS
Los Travelin´ Irvins é uma banda integrada por reconhecidos músicos de Montevidéu : Diego Drexler (solista fundador das bandas Cursi e Ludique), Irvin Carballo (Buitres, Cursi, Psimio, Sonia, La Trampa) e Federico Buono  (Kimia Namokili, Don Godie).

O nome da banda faz referência, faz uma brincadeira com o nome do mítico grupo The Traveling Wilburys (Los Wilbury viajeros) que foi um grupo británico – estadounidense do final dos  anos 80, integrado por Bob Dylan, George Harrison, Jeff Lynne, Roy Orbison e Tom Petty.

Os três músicos integrantes dessa nova banda colaboram há vários anos em destacados projetos musicais. Durante 2017 realizaram alguns recitais no circuito de pubs de Montevideú e decidiram juntar-se para lançar seu primeiro material.

Em 2018 apresentam seu primeiro trabalho: 1978, um EP conceitual que consiste de quatro canções que foram lançadas em plataformas digitais.

Por que 1978?

A década de 70 é a década em que todos os membros da banda nasceram e é a década que os une. A música, a estética do final dos anos 70 (pós-punk, new wave, pop, etc.), os movimentos artísticos e as bandas que nasceram nesses anos influenciaram essas quatro canções.

 

Vamos apresentar no programa O Sul em cima as músicas do EP 1978 de Los Travelin’ Irvins que são:

01 – Una Noche Así (Diego Drexler / Fernando Picón) / 02 – La Odisea Final (Diego Drexler / Fernando Picón) / 03 – Dulce Tentación (Diego Drexler / Fernando Picón) e 04 – Tu Banda de Sonido (Diego Drexler / Paula Gloodtdofsky)
Músicos:

Diego Drexler: vozes, coros, guitarras acústicas, guitarras elétricas, baixo, programações e  palmas.

Irvin Carballo: baterías.

Flecha Buono: baixos, coros e palmas.
Músicos convidados:

Maxi Suárez: teclados, samplers e programações.

Gavilán: voz, coros e palmas em “Una noche así”.

Carolina Gloodtdofsky: coros em “Dulce tentación” e “Tu banda de sonido”.

 

DIEGO DREXLER

Em sua biografia, Diego conta um pouco sobre ele e seu trabalho:

“Desde que me recordo, sempre estive imerso em atividades vinculadas à criação e a expressão.

Por um lado sempre me fascinou a pintura, estudei artes  plásticas durante muitos anos e participei de um grupo de intervenção urbana chamado “La Tromba” que realizava murais pela cidade de Montevidéu. Foi por isso que estudei Design Gráfico na ORT e Arquitetura na UDELAR. Hoje sou Designer Gráfico e Arquiteto. Por outro lado, principalmente, sempre tive um pé no mundo da música. Venho de uma família de músicos, e estudei flauta, guitarra, baixo e me atrevo a tocar tambor e piano.

Em 1997 formei a banda Cursi, com a qual lançamos sete discos e um DVD. Tive a possibilidade de tocar por todo o Uruguai, Argentina e Paraguai.

Também gravei e produzi muitos artistas (Queyi, Sebastián Jantos, Mariana Lúcia, etc)

Em 2012, depois da apresentação  “Apocalipsis Samba” (sétimo disco da banda), Cursi entrou em pausa. Em meados de 2013 me animei a tocar ao vivo alguns temas novos que iam aparecendo. No verão de 2014, em La Paloma (Uruguai), apareceram mais canções e aí me dei conta que já estava com um material para começar a gravar um disco solo.

O processo se deu muito rápido e em maio de 2014, comecei a gravação, em setembro desse mesmo ano, terminei o disco e a Ayui Discos se interessou em lançar em formato físico e em formato digital ( Itunes, Spotify, Deezer, Google Play, etc).

O nome desse primeiro disco é “de nuevo” e certos conceitos foram importantes no momento de tomar decisões estéticas: é um disco cru, austero, direto, com pouca instrumentação, com uma equipe de três músicos que tocam em todas as canções (Nicolás Constantin na bateria e percussões, Gonzalo Gutiérrez nos baixos e guitarras elétricas e eu nas vozes, coros, guitarras acústicas, elétricas, etc). A única convidada é Queyi que gravou pianos em 4 canções.

Nesse disco, trato de mostrar de forma mais sincera minha realidade atual. Foi por isso que o disco se chama “de nuevo”, porque para mim é como começar um novo ciclo na música.”

 

Vamos apresentar algumas músicas do álbum “De Nuevo” de 2014 que são:

01 – Pulsión (Diego Drexler) / 02 – De Nuevo (Diego Drexler / Paula Gloodtdofsky) / 03 – Te estoy viendo (Diego Drexler) / 04 – Todo Fue Soñado (Diego Drexler / Queyi) / 05 – Hoy (Diego Drexler) /  06 – Comunicación (Diego Drexler / Fabián Krut) / 07 – (En el fondo) Algo anda mal (Diego Drexler) / 08 – Sobre Esdrújulas (Diego Drexler) / 09 – Juega Conmigo (Diego Drexler / Cecília Carrere)

 

Contatos:

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Roberto Haag foto crédito Adriana Marchiori

SUL EM CIMA 29 / 2018 – ROBERTO HAAG

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do cantor, compositor e violonista ROBERTO HAAG.

 

Roberto Haag (Porto Alegre) é um dos nomes mais promissores da MPB contemporânea. Em função do trabalho como engenheiro químico, viveu muitos anos no Rio de Janeiro, de 1976 a 2004, onde teve a oportunidade de conferir apresentações de bambas da MPB que influenciaram o seu trabalho como Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, João Gilberto e a família Caymmi.

No Rio, Haag foi selecionado como compositor para o Projeto Talento Socinpro 1999. A seleção foi feita por ninguém menos do que Roberto Menescal e Billy Blanco. O resultado foi uma apresentação de duas canções de sua autoria ‘Olhos Frios’ e ‘Samba pra Você’ no Museu da Imagem e do Som, interpretadas pela cantora Solange Pellegrini.

Estudou violão (Harmonia e Improvisação) no Centro Musical Antonio Adolfo (Rio de Janeiro). Em Porto Alegre, estudou violão com o lendário e saudoso Ivaldo Roque do grupo Pentagrama. Estudou técnica vocal com Elizabeth Jaeger. Enquanto viveu no Rio, se apresentou em diversos locais da noite carioca, como Vinicius Bar, Hipódromo Up, Merci Piano Bar, Jazzmania, Ballroom, Árabe da Gávea.

Gravou sua canção ‘Olhos Frios’, com interpretação de Solange Pellegrini, no Estúdio Fibra (Rio de Janeiro), com produção do pianista Antonio Adolfo. As composições ‘Olhos Frios’, ‘Cartas Marcadas’ e ‘Samba pra Você’ fazem parte do primeiro CD da cantora paulista radicada no Rio Solange Pellegrini, lançado em 2011, com arranjos do guitarrista Perinho Santana. A composição ‘Quieto’ (Roberto Haag/ Márcio Celli) faz parte do CD “Da Minha Janela”, de Márcio Celli (2014).

Haag foi classificado em duas edições (2014, 2015) do Prêmio SESC de Música Tom Jobim, realizado em Brasília. Fez uma apresentação em Palmas – TO (2004), no Projeto Sons do Brasil, produzido pelo jornalista Melck Aquino. Teve músicas classificadas em diversos festivais como o 1º lugar conquistado no 2º Festival de Música do Centro Musical Antonio Adolfo/Rio (1998).

Desde que retornou a Porto Alegre, se apresentou em diversos espaços ao lado de nomes como o Adão Pinheiro Trio, Luiz Mauro Filho, Jefferson Marx, Andrea Perrone, Bruno Coelho, Caio Maurente, Giovanni Barbieri, o cantor/compositor Márcio Celli, a cantora Maria Helena Anversa e fez participação especial em apresentações da cantora/compositora Angélica Rizzi.

 

SOBRE O ÁLBUM ‘CANTO DA NOITE’:

CAPA CANTO DA NOITE

É o primeiro álbum do cantor, compositor e violonista porto-alegrense Roberto Haag. Produzido de forma independente, ‘Canto da Noite’ traz dez canções autorais, sendo duas parcerias entre Haag e o cantor/compositor Márcio Celli. O título do CD remete a uma composição dos dois, que se conheceram há cerca de uma década aqui em Porto Alegre e que já realizaram juntos o show de ‘De Bossa em Samba’.

Gravado, mixado e masterizado no estúdio Transcendental Audio, de Leo Bracht, ‘Canto da Noite’ tem arranjos e produção musical de Jefferson Marx. A arte gráfica do álbum é da Emotive Comunicação e a foto da capa é de autoria do próprio Roberto Haag. Participaram da gravação o já referido Jefferson Marx (cavaquinho e violão), Luiz Mauro Filho (teclados), Edu Martins (contrabaixo), Marquinhos Fê (bateria) e Giovanni Berti (percussão). Participações especiais de Matheus Kleber (acordeon), o suíço Wege Wüthrich (saxofone), Amauri Iablonovski (flauta) e Celau Moreyra (violoncelo).

O álbum que é independente já está disponível nas principais plataformas digitais. A distribuição física e digital é da Tratore.  Lançamento dia 15 de setembro de 2018 no Auditório da Livraria Cultura no Bourbon Shopping Country de Porto Alegre/RS.

 

Vamos apresentar nessa edição de O Sul em Cima, músicas do álbum “Canto da Noite” que são:

01 – Canto da Noite  // 02 – Abrigo  // 03 – Samba pra você // 04 – Atriz //  05 – Chama  //  06 – Cartas Marcadas //  07 – Olhos Frios // 08 – Quando você Precisar //  09 – Tarde //  10 – Samba de Inverno. Todas as composições são de Roberto Haag, sendo que Canto da Noite e Chama são parcerias com Márcio Celli.

Vamos ouvir também as músicas Olhos Frios (Roberto Haag) na interpretação de Solange Pellegrini e Quieto (Roberto Haag / Márcio Celli), na interpretação de Márcio Celli.

 

Contatos:

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Los

O Sul em Cima 28 / 2018 – LOS 3 PLANTADOS

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o importante projeto LOS 3 PLANTADOS.

 

Na intenção de estimular a doação de órgãos e diminuir as filas para receber seus novos órgãos, os músicos gaúchos Bebeto Alves, King Jim e Jimi Joe, transplantados em 2013, assumiram o compromisso de criar um grupo de rock, e através das composições, compartilharem suas experiências relacionadas ao processo de doação de órgãos e incentivar, de forma sensível e musical, as famílias a dialogarem sobre a autorização na hora de doar.

Sabendo que o diálogo e o conhecimento sobre como funciona a doação de órgãos são a chave para a doação, Los 3 Plantados vão tratar do tema por meio de suas composições no CD que  tem 12 faixas que falam sobre procedimentos e etapas da doação de órgãos, de forma simples, lúdica e explicativa.

Objetivo:

– Incentivar a doação de órgãos  –  O Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes por ano, sendo mais de 90% pelo Sistema Público de Saúde (SUS). Ainda assim, o déficit de doadores é muito grande. Jimi Joe, por exemplo, esperou 10 anos por um novo rim e King Jim foi levado em coma para a sala de cirurgia. Por isso, os músicos buscam sensibilizar as famílias, que, em última instância, autorizam ou não a doação de órgãos.

– Reduzir a fila de transplantes, por meio da prevenção de doenças   – Nos casos de Bebeto Alves e King Jim, o fígado parou de funcionar por causa de uma cirrose hepática, que teve origem em outra doença grave, que poderia ter sido evitada: a hepatite C.  Sob esta perspectiva, o projeto mostra que é possível diminuir a fila de espera por transplante com o conhecimento de que muitas doenças de alto risco podem ser prevenidas ou controladas com diagnóstico precoce.

King Jim  diz que “o objetivo é conscientizar o máximo de pessoas possível sobre a doação de órgãos; prestar as informações que a grande mídia muitas vezes não aborda, ou simplesmente trata de forma rasa e o próprio estado não demonstra interesse em incentivar a causa”. O músico ainda destacou a importância da adesão das pessoas, acreditando que o entendimento da situação leva à solidariedade. “A pessoa nunca imagina que irá passar por algo do gênero, e num sentimento de gratidão acaba querendo participar de algo que faça a diferença. Foi  aí que tivemos a idéia de criar o grupo. Fazer o bem por meio da coisa que mais gosto, que é a música – isso com certeza é uma satisfação, e com esse projeto, a sociedade pode participar desse feito”, completa. Atualmente, não existe uma lei que garanta ao cidadão a condição de doador. No fim das contas, é a família que decide se haverá ou não doação.

O mês de Setembro é dedicado especialmente à conscientização em favor da doação de órgãos. O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos é celebrado em 27 de setembro e a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) organiza anualmente a Campanha Nacional de Doação de Órgãos, com ações informativas e eventos sociais em todas as capitais brasileiras.

los 3 plantados -foto fernanda chemale

Sobre os integrantes de LOS 3 PLANTADOS:

BEBETO ALVES é compositor e cantor  nascido em Uruguaiana/RS em 1954. Bebeto é hoje um expoente da música gaúcha, com uma trajetória que remete a história da música do Rio Grande do Sul. Em 1978, participou da coletânea “Paralelo 30”, que englobava somente artistas gaúchos. Seu primeiro disco solo, “Bebeto Alves”, foi em 1981, seguido por “Notícia Urgente”.

Ele busca, entre outras opções, explorar músicas típicas do Rio Grande do Sul, como ranchos, toadas e milongas.
Um de seus grandes sucessos foi “Quando Eu Chegar”, lançado em compacto em 1984.
Seus discos seguintes, Novo País, Pegadas, Danço Só, Milonga de Paus e Paisagem, mesclam a milonga e os ritmos gaúchos a diversos estilos como rock, reggae, pop e eletrônico.
Nos anos 90 participou de uma trilogia dedicada à obra do compositor regionalista gaúcho Mauro Moraes, ao lado de outros músicos.
Integrou o time de músicos que participou do disco “Porto Alegre Canta Tangos”, lançado inicialmente na Argentina. Em 2000, junto com o lançamento de “Bebeto Alves Y La Milonga Nova” (cujo show percorreu cidades europeias), teve alguns discos de carreira relançados pela cooperativa Gens.

Em 2014 lança Milonga Orientao e em 2018,  o CD  Oh Blackbagual – Canção Contaminada .

KING JIM  (Ricardo Cordeiro), músico, cantor e compositor (sax-voz), foi um dos fundadores da banda Garotos da Rua, banda gaúcha de rock’n’roll, que alcançou sucesso nacional nos anos 80 com a canção “Tô de Saco Cheio” entre outras.
Com 40 anos de dedicação a vários setores da arte e da cultura com ênfase na música, King Jim, contribuiu para divulgar história cultural musical de Porto Alegre no cenário nacional. Trabalhou com trilhas musicais de teatro. Estudou direção com Aderbal Freire Jr, consagrado diretor teatral brasileiro.
Cantou Nabucco, uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) sob a regência do maestro Frederico Gerling Junior, e cantou com a orquestra da ULBRA, sob a regência do maestro Tiago Flores.
Fez com o cineasta Carlos Gerbase trilhas para inúmeros filmes e  trabalhou em trilhas para o cinema de animação para Otto Guerra.
Por quatro anos foi Coordenador de Música do Estado do Rio Grande do Sul, na casa de Cultura Mário Quintana onde desenvolveu o importante projeto ”Música na Casa” e ”Música no Palácio”. Gravou e tocou com músicos como Humberto Gessinger, Antônio Villeroy , IRA , Nasi, Nei Lisboa , TNT , Pepeu Gomes e Sandra de Sá entre outros.

JIMI JOE  ( Arvelindo Ferreira Neto) é músico, radialista, jornalista e tradutor. No seu currículo consta, entre vários trabalhos interessantes uma entrevista com o camaleão David Bowie. Atualmente é coordenador de conteúdo da rádio Unisinos FM 103.3. Já gravou com seus grupos Atahualpa Y Us Panquis, A Cretinice Me Atray, Justine e Os Daltons, além de participar de discos de Júlio Reny e Wander Wildner.

Vamos apresentar no programa O SUL EM CIMA dessa edição, as músicas do CD Los 3 Plantados – Alimente a Vida, com Bebeto Alves, Jimi Joe & King Jim que são:

01 – Los 3, 02 – Planos, 03 – Bactéria, 04 – Nurses and Doctors, 05 – Alimente a Vida, 06 – Sensível, 07 – O que eu faço com isso, 08 – Balão de Gás, 09 – Vôo Astral, 10 – INSS, 11 – Gota e 12 – O melhor instrumento é a Voz.

 

 

MÚSICOS CONVIDADOS:

Biba Meira, César Audi, Cláudio Mattos, Duca Leindecker, Humberto Gessinger, Leandro Schirmer, Luciano Albo, Luciano Leães, Lúcio Dorfman, Luís Vagner, Luke Faro, Marcelo Corsetti, Renato Borghetti,  Renato Mujeiko, Rodrigo Reinheimer e Thomas Dreher.

 

Mixagem – La Muzika Studio – Luciano Albo

Masterização: Marcos Abreu

Produção Musical / Arranjos de Sopro e Vocal: Luciano Albo

Produção Executiva: Mirza Reverbel e Rodrigo Alencastro

 

Vídeo GOTA: https://youtu.be/fxILEiTNLDE

 

Contato:

https://www.facebook.com/los3plantados