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O SUL EM CIMA 26 / 2018 – JOSÉ OLIVA

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do compositor, violonista e escritor JOSÉ OLIVA.

Parte I:


 

Parte II:

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JOSÉ OLIVA

José Oliva é compositor, violonista e também escritor, com formação em jornalismo e publicidade, com pós-graduação em marketing. Por intermédio da música, participou de diversos festivais em Curitiba, Cascavel, Maringá, Londrina. Escreveu, produziu e dirigiu para teatro, co-produziu musicais, além de gravar CDs e ter músicas gravadas por diversos intérpretes da música popular brasileira produzida no Paraná. Paralelamente, atuou em empresas de comunicação – jornalismo e publicidade, tendo o privilégio de obter diversas premiações por trabalhos de criação. A experiência nessas atividades  possibilitou a criação das Caixinhas de Atitude e com elas realizar palestras e workshops e conduzir dinâmicas respectivamente em empresas e escolas, com a finalidade de mobilizar as pessoas a tomarem atitudes que promovam a transformação e o crescimento, fazendo bem às suas vidas.
Ele conta:

“Meu nome é José Oliva, sou de Curitiba, onde desenvolvo meu trabalho de música, compondo, interpretando e mais que tudo procurando reunir arranjadores, instrumentistas e intérpretes em projetos de gravação de parcerias com vários nomes importantes aqui de nossa  poesia e música. Além de compor,  desenvolvo também um projeto chamado Caixinhas de Atitude, que reúne literatura, design, fotografia e música, para o que convido artistas das diversas áreas para compormos juntos. Caixinhas de Atitude são Caixinhas que trazem textos que escrevo, em formato de cartaz. Junto de cada cartaz, em cada Caixinha, um objeto para estimular o leitor a tomar uma atitude em relação ao que lê”.

 

Curitibano nascido no Colégio Estadual do Paraná

“Embora tenha vindo ao mundo em Avaré (São Paulo) e de lá tenha ido a Jacarezinho (Norte do Paraná), a família acompanhando o pai, gerente do Banco do Brasil, nasci definitivamente, assim como a música em mim, quando entrei no Colégio Estadual do Paraná, em 1965, onde além de cursar ginásio e colégio, participei do coral, do grupo folclórico de fandango, fiz teatro e não saía da Escolinha de Arte, um caldeirão que preparou gerações de reconhecidos artistas plásticos, atores, poetas e músicos do Paraná.

A Escolinha de Arte realizou, ainda na década de sessenta, os festivais interestaduais de arte colegial do Colégio Estadual, com participantes do Brasil inteiro. Eu, aos 14 e 15, participei com minhas primeiras composições, uma das quais, Caminheiro, gravei no meu primeiro LP, em 87, junto de Há Sol nos Meus Olhos, de Alberto Rafael Tavares, também daqueles festivais.

Na faculdade, onde estudei jornalismo e publicidade, continuou a história dos festivais, em Curitiba, Londrina, Cascavel, Maringá. Os festivais me levaram ao teatro, quando participei do antológico musical Cidade sem Portas, de Paulo Vítola e Adherbal Fortes, sobre a história de Curitiba. Ainda nesse tempo, participei do Mapa – Movimento Atuação Paiol, que reunia os compositores daqui em mostras  que lotaram por muito tempo o Teatro Paiol”, conta José Oliva.

No final da década de 70, uma música que ele compôs em homenagem ao bar do teatro Paiol, onde os músicos do Mapa se reuniam antes e depois dos ensaios, foi gravada, por iniciativa da histórica Rádio Iguaçu, e tornou-se o primeiro sucesso: o Bar do China.

Mas antes, uma grande virada em seu trabalho! Foi convidado por Oraci Gemba para criar e dirigir a música do espetáculo o Cerco da Lapa, que lotou o Guaíra, por bom tempo, reunindo um grande elenco.

Aí começou o tempo de realizar os musicais: “Jussara na Tarde, Professora de Deus” (Com Olga Oliva, Celso Loch, Glaci Gottardelo), em 76, Parceria,  em 1978, e Paré, em 1983, com Zeca Correa Leite, shows ao lado de Antonio Adolfo, em Curitiba e no Rio de Janeiro,  um espetáculo dividindo o palco com o grupo Paul Brasil, de Nelson Aires, em 1982, no Guairão, ao lado de Ivan Lins, João Bosco, Mario Gallera e Celso Loch, de Curitiba.

Depois “Zés” e “Esse Menino”, com Zeca Correa Leite, “Dia Da Gente se Encontrar”, no SESI, uma vez por mês, reunindo expressões locais. E mais muito amadurecimento e muitas parcerias: com Paulo Leminski, Cesar Bond, João Cabral de Melo Neto, Olga Oliva, Zeca Correa Leite, Paulo Vítola,  Ricardo Rodrigues, Sandra Ávila, Antonio Thadeu Wojciechowski, Roberto Prato, Reinaldo Godinho, Milton Karam, Edu Hoffmann e por aí vai.

 

A gravação do primeiro LP

Em 1987, gravou o primeiro LP – Todas as Pessoas, que teve novo lançamento em 1989, com apenas 6 musicas, duas das quais do tempo dos festivais do Colégio Estadual, e um jingle. Para o show de lançamento, escreveu o texto “Pessoas São Músicas, Você Já Percebeu?”, que acabou se tornando mais conhecido que as próprias músicas do LP, tornando-se texto de leitura na Faculdade do Professor do Paraná, em Faxinal do Céu, tema de abertura e reflexão em Congresso de Educação Especial, em Porto Alegre e Curitiba,  tema de campanha de final de ano das emissoras de rádio do Grupo RBS de Santa Catarina, entre outros fatos, e ponto de partida das Caixinhas de Atitude, projeto iniciado nos anos 90 e que desenvolve ainda hoje.

 

Os CDs das Caixinhas de Atitude

Caixinhas de Atitude são Caixinhas que contém textos em formato de cartaz para se ler, e cada cartaz vem dentro de cada Caixinha com um objeto para instigar o leitor a tomar uma atitude em relação ao que lê.

As Caixinhas vêm sendo utilizadas em projetos pedagógicos de escolas, integrando programas de treinamentos em empresas e são comercializadas em vários locais, entre os quais o Museu Oscar Niemeyer,  além da Feira de Artesanato de Curitiba.

Duas das caixinhas trazem CDs:

  1.  “Abra para ouvir e cantar, leia para se tocar” traz o cartaz “Toda Sua”, que você lê e imagina que alguém está tentando te seduzir. Continua lendo e tem certeza que alguém está querendo de seduzir. E quando chega na última palavra, se toca de quem.  E o texto termina dizendo: Queira, acredite, me aguarde, eu vou ser de verdade. Ou eu vou ser toda sua ou eu não me chamo felicidade. Junto vem um livreto com fotos de pessoas simples em momentos felizes pra gente ver que pode ser feliz com o que é e com o que tem. E no livreto, um CD – “Agora Paré”, com 17 músicas, em parceria com vários poetas importantes, com a participação de 52 músicos que são referências da música do Paraná, alguns de Santa Catarina e de Porto Alegre também, a exemplo de Jorginho do Trumpete.

A atitude da Caixinha são três playbacks de três das 17 músicas, para você expressar cantando a sua felicidade.

  1. “Abra para reconhecer. Leia para ouvir e se conectar” vem com o cartaz que pergunta “Que pessoas são músicas pra você?” e fala da importância da gente reconhecer as pessoas que nos marcam, que tocam nossa vida, que fazem diferença. Junto um livreto, onde falo sobre a atitude do reconhecimento e um CD – Pessoas São Músicas, com 12 parcerias com importantes poetas e compositores e com a participação de 54 músicos, entre arranjadores, intérpretes e instrumentistas.  A atitude dessa Caixinha é um adesivo que você destaca da última página do livreto para colar na tampa da Caixinha. No adesivo, há um espaço em branco para você escrever o nome de alguém e logo embaixo está impresso. “Você é música pra mim”, pra você dedicar a quem é marcante em sua vida.

 

Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima, as músicas:
01 – Pessoas são Músicas (Plínio Oliveira / José Oliva – arranjo e interpretação de Plínio Oliveira) //  02 – Marinha  (José Oliva – interpretação do Tao do Trio) //  03 – O Poema como eu Quero  (José Oliva / Antonio Thadeu Wojciechowski – interpretação de Rodrigo Barros Del Rey)  //  04 – Outra Vez (José Oliva / Zeca Corrêa Leite –  interpretação Rogéria Holtz)  //  05 – Todas as Pessoas (José Oliva / Zeca Corrêa Leite – arranjo de Ricardo Saporski – interpretação de Sandra Ávila)   //  06 – Tan Tan  (José Oliva / Roberto Prado – arranjo e interpretação de Henrique Mhaô) //  07 –  Esse Menino (José Oliva /  Zeca Corrêa Leite – interpretação de Selma Baptista)  //  08 – Uma Canção para Você (Ruben Rolin) + Vestido Branco (Lápis) – Interpretação de José Oliva e Tao do Trio   //  09 –  Choro Contido (Gerson Bientinez / José Oliva – Interpretação de Ana Cascardo)  //  10 –  Amorosa (José Oliva- composta para o CD Balangandãs de Giseli Canto)  // 11 –  Viver  (José Oliva / Antonio Thadeu Wojciechowski – interpretação Jordana Soletti, em arranjo de Mário Conde)

 

 

 

One thought on “O SUL EM CIMA 26 / 2018 – JOSÉ OLIVA

  1. Um Grande Admirador por td que faz,,,és um exemplo de Ser …cidadão…pela música..pela arte..para o seu público…”Pessoas”.

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