Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Patrícia Bastos e Chico Lobo
PATRÍCIA BASTOS – “Voz da Taba” é o novo álbum independente da cantora amapaense Patrícia Bastos. O novo trabalho traz as participações de Caetano Veloso, Ná Ozzetti, Fabiana Cozza, Ronaldo Silva, Cristovão Bastos, Alzira E, Ana Maria Carvalho, além de cantores da Orquestra Mundana Refugi. O álbum é seu oitavo disco e terceiro com a direção musical e arranjos de Dante Ozzetti, que celebra a cultura amazônica. Voz da Taba completa a trilogia formada por Zulusa (2013) e Batom Bacaba (2016), ambos produzidos por Dante Ozzetti. Esses álbuns são formados por repertório, em sua maioria de compositores do Norte, que trabalham a linguagem dos ritmos amazônicos, especialmente do Amapá, como o batuque do Curiaú e o marabaixo. As letras contam o dia a dia das comunidades ribeirinhas, dos quilombos, a sua história e evolução, tratando também da influência dos povos originários. Retrata a trajetória vivida por Patrícia Bastos, na sua formação pessoal e de artista. Para Dante Ozzetti, “o show e o disco trazem o diálogo mais aprofundado com os povos originários do Amapá e os descendentes da diáspora africana instalados na região. A música do Caribe e também a influência da Guiana Francesa, tornam esse disco mais dançante. São ritmos como a soca, o cacicó, o zouk, além de elementos do marabaixo e do batuque”. A maioria das músicas foram compostas para o álbum, e muitas delas partiram do laboratório feito em longa viagem a Guiana Francesa e Suriname, por Dante, pelos compositores Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes, acompanhados por Patrícia Bastos.
Desde o início da sua carreira, a macapaense Patrícia Bastos rompe os limites do seu estado, ou do seu país, para fazer o mundo ouvir a voz das florestas, dos quilombos, do batuque e do marabaixo, ritmos do Amapá. Ao longo de sua carreira, Patrícia recebeu o Prêmio Rumos Itaú Cultural (2010), prêmio Pixinguinha FUNARTE (2009), 25º Prêmio da Música Brasileira (2014) nas categorias “Melhor Cantora Regional” e “Melhor Álbum Regional” por seu CD Zulusa, além de ter sido indicada na categoria Revelação. Foi indicada ao 18º Grammy Latino. Cada vez mais atuante na cena musical, registra parcerias com Dante Ozzetti, Ná Ozzetti, Arismar do Espírito Santo, Marcelo Preto, entre muitos outros.
Músicas: 01 – Jeito Tucuju – Joãozinho Gomes e Val Milhomem – part Caetano Veloso // 02 – Mão de Couro – Val Milhomem e Joãozinho Gomes // 03 – São Benedito Bendito – Zé Miguel e Joãozinho Gomes – part. de Ana Maria Carvalho, Ná Ozzetti, Fabiana Cozza e Alzira E. // 04 – Voz da Taba- Enrico Di Miceli e Salgado Maranhão // 05 – Yárica – Cristovão Bastos e Joãozinho Gomes – part Cristovão Bastos
CHICO LOBO chega em 2023 aos seus 60 anos de vida e mais de 40 dedicados a viola. E para comemorar essa data tão especial, lança pela produtora e gravadora Kuarup, o seu novo álbum Chico Lobo 60 anos. Para o incansável violeiro, esse novo trabalho é quase uma autobiografia de sonhos, desejos, estradas e sentimentos, que marcam sua vida. As músicas compostas para esse álbum trazem uma reflexão profunda de Chico sobre seus passos, sobre suas estradas, desde que saiu de sua cidade natal de São João Del Rei na década de 80, mudando-se para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, que foi ponto de partida para percorrer o chão mineiro, brasileiro e de tantos países pelo mundo afora, com os sons de sua viola. Ao passear por ritmos bem regionais, revendo a origem de seu trabalho e também dialogar com a música popular brasileira e o folk, ele nos apresenta a riqueza e a pluralidade de sua obra, tradição e contemporaneidade, que tecem um belíssimo diálogo.
O disco Chico Lobo 60 Anos, foi lançado no dia 10 de novembro de 2023 nas plataformas digitais e em edição física, conta com a produção musical de Ricardo Gomes, que assina também os arranjos, baixos, violões, teclados e vocais. Conta com a presença de músicos companheiros de estrada: Leo Pires na bateria, Carlinhos Ferreira na percussão, Marcelo Fonseca nas cordas, Marcelo Sylvah nos violões de aço e os vocais de Gih Saldanha.
Natural de São João Del Rei, o violeiro Chico Lobo é considerado pela crítica como um dos artistas mais atuantes no cenário nacional na divulgação e valorização da cultura de raiz brasileira. Com 29 CDs lançados, dois DVDs, livro e shows por todo o Brasil e diversos países, o músico canta suas raízes e as conecta com nossa contemporaneidade. Folias, catiras, modas, batuques, causos e toques de viola, desfilam com alegria em suas apresentações. O artista mantém em sua cidade natal o Instituto Chico Lobo, que desenvolve projeto de ensino de viola e cultura raiz para as crianças das zonas rurais na cidade mineira de São João Del Rei. Desde 2006 Chico Lobo mantém relação artística com Portugal no Encontro de Violas em parceria com o músico e parceiro português Pedro Mestre, representante maior da viola campaniça da região de Alentejo. Chico Lobo recebeu 4 vezes o Prêmio Profissionais da Música, além de recentemente ter recebido o título de cidadão honorário de BH e a Medalha de Honra da UFMG por sua relevância profissional e social. Apresentador de TV, de rádio, produtor musical, escritor, cantor, o violeiro inquieto faz com que sua obra torne a aldeia global mais caipira.
Músicas: 01 – Benvirá – feat MPB4 // 02 – Hoje Amanheci em Paz – feat Zeca Baleiro // 03 – Vida Bela – feat Tuia // 04 – Meu Primeiro Amor – Hermínio Gimenez / Versão: José Fortuna e Pinheirinho Jr – feat Maria Bethânia // 05 – Alma Barroca – Chico Lobo e Thales Martinez – feat Renato Teixeira // 06 – Nascente de Rio – feat Cláudio Venturini // 07 – Violas de Minha Terra Canção – Chico Lobo e Marcus Viana – feat Marcus Viana
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