No programa O Sul em Cima dessa semana, vamos mostrar os trabalhos de Leandro Maia e Rogério Botter Maio.
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LEANDRO MAIA é cantor, violonista e compositor. Possui três discos autorais: Palavreio (2008, produzido por Pedrinho Figueiredo), Mandinho (2012, produzido por Leandro e Luiz Ribeiro) e Suíte Maria Bonita e Outras Veredas (2014, produzido por André Mehmari). Recebeu o 1º Prémio Ibermúsicas de Composición de Canción Popular, concedido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos. Recebeu o Troféu Brasil-Sul de Música como intérprete, melhor projeto visual e melhor disco infantil (para Mandinho). Possui cinco Prêmios Açorianos de Música (Grupo MPB, Revelação, Intérprete, Disco Infantil), um Troféu RBS Cultura e diversas indicações como compositor e melhor espetáculo. Em 2020, lançou o filme “Paisagens”, dirigido por Juliano Ambrosini e Nando Rossa.
Leandro Maia é PhD em Música (Songwriting) pela Bath Spa University, Mestre em Letras (UFRGS) e Licenciado em Música (UFRGS). É professor do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), junto aos Cursos de Bacharelado em Música e Especialização em Artes.
Guaipeca é o single que abre a série de lançamentos do álbum Guaipeca: uma ilusão autobiográfica, quarto disco de Leandro Maia e que terá um total de 12 músicas. Produzido por Luciano Mello, cantor e compositor radicado em Portugal, o registro conta com a participação da atriz Maria Falkembach e do baterista Marcelo Callado. A faixa caracteriza-se como um “punk-rock-de-galpão”, numa canção-manifesto com voz, violão, bateria e megafone.
Guaipeca é como se chama o cachorro vira-lata. Uma palavra de origem indígena, muito utilizada no sul do país para o “cachorro de rua”, “bicho solto”. Guaipeca é avatar, o alter ego, o duplo que Leandro Maia escolheu para contar a sua “ilusão autobiográfica”, que se desenvolve em três eixos narrativos interligados: o amor, o humor e a política (crítica social).
Em Guaipeca, não se trata de louvar o complexo de vira-lata criticado por Nelson Rodrigues, mas de celebrar a vira-latinice do sul global. Guaipeca não tem complexo de vira-lata. A vira-latinice guaipeca descoloniza, ao mesmo tempo em que problematiza identidades e estereótipos. Para o vira-latino, fronteiras não são barreiras ou divisórias, mas superfícies de contato.
“Guaipeca é uma reflexão sobre identidade”, conta Leandro. Depois de duas décadas de carreira, o músico sentiu a necessidade de transbordar os limites do corpo e se transformar em som. Juntou tudo o que construiu durante a vida e usou como matéria-prima do disco. O álbum é uma autobiografia, mas ilusória. Todo o exercício de se contar uma biografia é uma ilusão, pois a vida não se encaixa nos trilhos contínuos da narrativa. “A vida não cabe na linearidade, segundo Bourdieu”, explica. Mas se a vida é muito grande para a biografia, ela cabe perfeitamente na arte. Ela encontra na música o espaço para voar livre nas notas, o caminho para seguir sua jornada e a concretude para se tornar eterna.
Para o financiamento do disco em vinil, o autor recebe contribuições em campanha na plataforma Catarse, de 3 de fevereiro até 04 de Abril. O link para apoiar o projeto é: www.catarse.me/guaipeca
Músicas:
01 – Guaipeca – Leandro Maia // 02 – Quem Já Viu – Leandro Maia e Ronald Augusto // 03 – Perto de Você – Leandro Maia // 04 – Deus Na Laje – Pablo Lanzoni e Leandro Maia // 05 – Feito São Thomé – Leandro Maia e Jerônimo Jardim // 06 – On The Same Side – Leandro Maia
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ROGÉRIO BOTTER MAIO – É baixista, compositor, arranjador e produtor musical. Estudou música na Unicamp, na Hochschule Für Musik, em Graz, na Áustria e na Berklee College of Music em Boston. Viveu 15 anos no exterior, atuando como músico. Em 1989 morou em Roma e, nessa ocasião, atuou como músico em “O Poderoso Chefão III”. Entre 1992 e 1997 viveu em New York, onde tocou com Paquito D’rivera, Lionel Hampton, Cláudio Roditi, Manfredo Fest e Leny Andrade. Gravou com Gerry Mulligan e Jane Duboc, Naná Vasconcelos, Nelson Ayres entre outros. Em 2004 tocou com seu grupo no Indonesia Open Jazz Festival. De volta ao Brasil, dentre outros projetos, tocou com Jovino Santos Neto, Danilo Caymmi, Ná Ozzetti entre outros.
Rogério Botter Maio lançou os álbuns ‘Crescendo’ (1996), ‘Aprendiz’ (2000), ‘Prazer da Espera’ (2006), ‘Tudo por um ocaso’ (gravado em 2008), e ‘Sobre o Silêncio’ (2012 – pré indicado ao Prêmio Brasileiro de Música 2013). Nos últimos anos tem estado de volta aos palcos europeus e também ministra seu workshop sobre música brasileira.
O sexto CD de Rogério Botter Maio intitulado ‘Por um Triz’ foi lançado em novembro de 2020 e é seu primeiro trabalho dedicado exclusivamente a canções e conta com convidados especiais como Jane Duboc, Renato Braz, Sérgio Santos, Fátima Guedes, Vanessa Moreno, Ana Paula da Silva e Jazzafari.
Músicas:
01 – Rendez-Vous – Rogério Botter Maio – part.especial de Jane Duboc e Dario Eskenazi (pianista argentino) – está no CD ‘Crescendo’ // 02 – Aprendiz – Rogério Botter Maio e Silvana Vasconcelos – está no CD ‘Aprendiz’ // 03 – Tudo por um Ocaso – Rogério Botter Maio e Giana Viscardi – part especial de Israel Álvares na gaita cromática – está no CD ‘Tudo Por um Ocaso’ // 04 – Luzes – Rogério Botter Maio – part especiais: Vanessa Moreno (voz) e Hector Costita (sax tenor) – está no CD ‘Por um Triz’ //05 – Ano Novo – Rogério Botter Maio – part especial: Carlos Aguirre (acordeon) – está no CD ‘Sobre o Silêncio’
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Lindo, gente!!!! Super obrigado!!!!
Parabéns e viva o Sul em Cima!!!