Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar os trabalhos de Neto Fagundes, Hique Gomez, Cordas & Rimas e Banda Diretoria.
NETO FAGUNDES – Euclides Fagundes Neto, mais conhecido como Neto Fagundes (Alegrete, 15 de agosto de 1963) é um cantor, compositor, apresentador de TV e radialista. Neto é um dos mais conhecidos intérpretes da música regional gaúcha.
A voz e a imagem do gaúcho moderno são as marcas de Neto Fagundes no palco, em frente às câmeras, no rádio, em peças publicitárias e eventos. O cantor Neto Fagundes contou desde sempre com o estímulo do pai, Bagre Fagundes, e do avô Euclides Fagundes por quem foi intitulado “o cantor da família”. O contato com a diversidade cultural da fronteira e a experiência adquirida nos festivais nativistas tornaram Neto Fagundes um dos principais cantores da música gaúcha acumulando prêmios, muitos deles de melhor intérprete dos principais festivais do estado. Iniciou a carreira de cantor ao lado do pai e do irmão Ernesto Fagundes no grupo Inhanduy nas primeiras apresentações e gravações de músicas como o Canto Alegretense e Origens, composições de Nico e Bagre Fagundes.
O primeiro registro solo foi o LP Gauchesco e Brasileiro, lançado em 1991. Em 1994, Neto lançou dois álbuns: Som do Sul e Neto Fagundes com composições próprias e canções premiadas em festivais. Em 1996, participou do festival Sud a Sul, que levou artistas gaúchos à cidade francesa de Sanary-Sur-Mer.
Em 1997, lançou o álbum Regional Brasileiro e em 1999 o álbum Metendo Chamamé. No início de 1997, apresentou-se no Teatro Alvear, em Buenos Aires.
Em 2001 Neto Fagundes lança ‘Festa em Porto Alegre’, álbum com canções de um dos principais compositores da música regional gaúcha, Elton Saldanha. Em 2002, lançou o primeiro CD junto com a Família Fagundes e em 2004 lançou o segundo “Para todas as Querências”. Devido ao adoecimento do seu tio Nico, Neto Fagundes passou a apresentar também o Programa Galpão Crioulo, na RBS TV. Desde 2012, apresenta o programa junto com a cantora Shana Müller.
Em 2008 lançou um CD com a banda Estado das Coisas, com o qual faz parte do projeto Rock de Galpão. Neste trabalho, a guitarra distorcida se mistura ao toque da gaita gaúcha e abre caminhos com releituras de autores gaúchos. Em 2012 lança ‘O Pago em cada canção’ e em 2017 o ‘Galpão Sagrado’.
Músicas: 01 – ORIGENS – Antonio Augusto Fagundes / Bagre Fagundes – está no álbum Gauchesco e Brasileiro // 02 – ESTRADA AFORA – Neto Fagundes – está no CD O Pago em cada Canção // 03 – O CANTO DOS LIVRES – Cenair Maicá – esta no cd O Pago em cada Canção
HIQUE GOMEZ – (Porto Alegre) é músico, ator, compositor, multi-instrumentista e arranjador. A carreira artística de Hique se iniciou no interior do Estado, em Soledade, onde a família foi morar por conta do trabalho do pai. No início dos anos 80, Hique e Nico Nicolaiewsky, fundador do grupo musical Saracura, se aproximaram. Em setembro de 1984, entrava em cartaz “Tangos & Tragédias”, a obra que tornaria os embaixadores da Sbórnia um fenômeno de público até a morte de Nico, em 2014.
Relembrando algumas peculiaridades da Sbornia:
A Sbornia é uma ilha que se desprendeu do continente após sucessivas explosões nucleares e passou a flutuar errante pelos mares do mundo. Seu maior patrimônio é a Recykla Gran Rechebuchyn, a Grande Lixeira Cultural onde são extraídos e reciclados os dejetos artísticos esquecidos por outras nações.
Kraunus e Pletskaya imigraram para o Brasil em 1984 e se tornaram embaixadores da cultura sborniana com seu espetáculo marcadamente no estilo do Teatro Hiperbolico.
Em 2014, Pletskaya retornou em definitivo à sua terra natal, quando Nico Nicolaiewsky nos deixou, e dois anos mais tarde, Kraunus se juntou à pianista sborniana Nabiha, vivida pela maestrina, pianista e atriz Simone Rasslan, para dar continuidade à saga com A Sbornia Kontr’Atracka
Foi lançado em 2020 a websérie Sbornia em Revista protagonizada por Hique Gomez, Simone Rasslan e Cláudio Levitan que apresentou entrevistas, novos quadros, clipes inéditos e participações especiais. A segunda temporada se encerrou em abril de 2021. O enredo que foi o tema dos três episódios da 2ª temporada, remete ao maior tesouro da Sbornia, a Recycla Gran Rechebuchyn. Devido a uma grande estiagem artística que se acometeu sobre o mundo todo no último ano, as valiosas reservas de lixo cultural da Sbornia chegaram a níveis muito baixos, e foi preciso que o professor Ubaldo Kanflutz (Cláudio Levitan) organizasse uma expedição – ou, em bom sborniano, expedizson – por diversas cidades, para encontrar novos e experientes artistas cujas obras serão preservadas no patrimônio cultural da ilha flutuante. Kraunus Sang (Hique Gomez) e Nabiha Nabaha (Simone Rasslan) sairam à procura desses artistas, que foram convidados especiais da série.
Músicas ( os videoclipes foram produzidos para a 2ª temporada de Sbornia em Revista – disponíveis no youtube de A Sbørnia Kontr’Atracka): 01 – SAUDAÇÃO AO GARI – Hique Gomez / Nelson Coelho de Castro – Interpretação: Hique Gomez, Simone Rasslan e “Grupo Samba Delas” // 02 – AQUARELA DA SBORNIA com Nitro Di – Composição original de Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky – Um dos maiores clássicos do repertório sborniano em uma versão hip-hop produzida pelo rapper gaúcho //
03 – NO MEIO DA PANDEMIA – Hique Gomez – Intérpretes: Hique Gomez e Simone Rasslan
CORDAS&RIMAS – No final dos anos setenta, jovens que eram convictos da paixão incontestável pela música e de que dela seriam servidores para sempre, como Paulo de Campos, Zé Caradípia (autor do sucesso Asa Morena), Santolin e Zê Azemar, entre outros, formaram o Grupo Cordas & Rimas. Fizeram sucesso na época e participaram do surgimento da MPG (Música Popular Gaúcha) contemporaneamente com outras bandas como os Grupos Rebenque, Folk e Fruto da Época. Gravaram o LP coletivo SOM GRANDE DO SUL, referência da nova música urbana que surgia no Rio Grande do Sul.
Quarenta anos depois, uma nova geração assumiu o nome Cordas e Rimas, apresentando outra sonoridade e uma linguagem própria, sem, porém, abandonar essas influências e hereditariedades musicais.
Apesar da pouca idade, seus integrantes já acumulam larga experiência, pois além de se dedicarem ao aprendizado musical, convivendo com elementos e conceitos técnicos e teóricos desde a infância, apresentam-se com frequência em muitos eventos e palcos do RS: CATTULO DE CAMPOS, IVANA MUNARI e PATRICK HERTZOG.
Entre as experiências do grupo atual estão as participações junto a grandes grupos e músicos de alto nível; Apresentações de shows na Expointer, na Moenda da Canção e na Tafona da Canção; Shows no Teatro Renascença, Casa de Cultura Mário Quintana e Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo; Vitória no 1º Festival de Jovens Intérpretes Cooperativistas o que lhes possibilitou apresentar-se no Gigantinho para cerca de dez mil pessoas, e muito mais.
Gravou em 2014, de forma independente, seu primeiro disco: Cordas&Rimas. Atualmente o grupo divulga seu segundo álbum, intitulado Olhar Viajante, a ser lançado em breve. Eles contam: ‘O álbum está sendo totalmente gravado, produzido e finalizado por nós: Cattulo de Campos, Ivana Munari e Patrick Hertzog. Queremos, dessa forma, entregar para quem nos ouvir, uma experiência que realmente mostra quem nós somos: nossas raízes, influências e pluralidades.’
Músicas: 01 – PORTO GRIS – Patrick Hertzog // 02 – SE EU FLOR – Cattulo de Campos e Pâmela Dacol // 03 – CANTIGA – Aurélio Aragon, Carolina Wist e Paulo de Campos
DIRETORIA é uma banda formada em Porto Alegre em 2001 por amigos que se identificaram em afinidades musicais em comum.
O primeiro CD homônimo, lançado pela gravadora Orbeat, teve boa repercussão na mídia . A banda Diretoria é conhecida por misturar gêneros e estilos musicais, não tendo compromisso com “bemóis nem sustenidos”. Faz música brasileira com influências de reggae, rap, rock e muito mais. Essa mesma fórmula foi usada para conceber a nova cara da banda que depois de anos de estrada e algumas mudanças na formação, lançou um novo trabalho que deu sequência aos singles “Maré Cheia” e “Universo Paralelo”, batizado de “Nebulosas” e que chegou ao mercado em outubro de 2018 com 9 faixas inéditas.
Música sincera para ouvidos curiosos e letras que trazem uma mensagem questionadora sobre assuntos diversos do cotidiano, de crenças espirituais e de antigas indagações que temos frente a imensidão do universo.
Atualmente a Banda Diretoria é formada por: Otto Gomes – voz // Sid Poffo – teclados // João Marcelo – Baixo // Márcio Pêxi – bateria // Roger Gloeden – guitarras
Músicas: 01 – O JOGO – Márcio Pêxi, Sid Poffo, João Marcelo e Júlio Porto // 02 – MARÉ CHEIA – Música: Sid Poffo, Márcio Pêxi e Marcelo Salgueiro // 03 – CINDERELA – Márcio Pêxi e Marcelo Salgueiro
Contatos:
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Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20
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