Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Anis de Flor e Tatiana Dauster
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ANIS DE FLOR – Cantora e compositora nascida em Florianópolis (SC), Anis de Flor expõe vivências e experiências como mulher negra e indígena no sul do Brasil ao longo das cinco músicas autorais apresentadas no primeiro EP da artista catarinense, Fértil. Editado via Lab Fantasma, gravadora de Emicida, o disco Fértil foi lançado em 2022. As cinco músicas que compõem o repertório do EP, foram gravadas com produção musical de Dessa Ferreira, direção musical de Marissol Mwaba e arranjos da própria Anis de Flor. O EP Fértil tem participações especiais de Alegre Corrêa, François Muleka, Marissol Mwaba e Sam Machado. “Com Fértil, eu aposto muito na força de expressão, na escolha de não mais calar e, sim, dar voz à mim mesma, à minha jornada e aos lugares que muitas vezes me são negados. Quando comecei a escrever, não fiz isso com a intenção de transformar em música, mas aos poucos fui entendendo que uma coisa não se separava da outra, principalmente quando você reconhece sua existência como política e se dá conta de que compartilhar impressões sobre as coisas pode ser acalanto e força para quem ouve e se identifica”, relata Anis de Flor. O lançamento do EP Fértil foi viabilizado através do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2021, edital cultural de Santa Catarina.
Músicas (autoria Anis de Flor) do EP Fértil: 01 – Quente // 02 – Solta // 03 – Forte // 04 – Fértil // 05 – Grande
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TATIANA DAUSTER – Surgida na cena musical no final dos anos 90, quando cantava com a banda Acabou La Tequila, Tatiana Dauster desde o início da carreira deu voz à turma que agitava o circuito carioca no período. Seu primeiro EP (1998) foi produzido por Pedro Luís. Em seu álbum de estreia, Tatiana Dauster (2004), com produção de Celso Fonseca, começava a desenvolver-se como compositora. No CD Medo e Força (2014), produzido por Alexandre Kohl, Tatiana assinou a autoria de quase todas as faixas do projeto. A multiartista Tatiana Dauster se desdobra em muitas em seu novo álbum de estúdio, “Origami”. Produzido por Emiliano Sette, o álbum reune poemas recriados em música, gravados com um espírito de performance livre ao vivo. O repertório do álbum é uma junção de composições com parceiros de longa data, como Jam da Silva, Wagner Pá e Magali, e inclui uma parceria com Jorge Mautner em “O Amor é Fatal”. “O Origami tem dobras, tem papel, tem poesia, tem brincadeira. Você cria diversas formas, é divertido e poético! Achei uma boa analogia para o que penso sobre esse disco, que se desdobra em diversos ritmos sem perder a unidade tímbrica”, conta Tatiana.
E o disco passa pelo samba (como “Mar” de Beto Brown com poesia de Fernando Pessoa), por uma explosão de alegria carnavalesca (“Chuá”, uma marchinha em parceria com Magali) e uma MPB leve (como em “Azul”, em parceria com Guilherme Guimarães e Wagner Pá). Tudo para falar, com um olhar feminino, sobre o amor, a sensualidade, a boêmia, a política e o humor. Essa multiplicidade é a base de criação do álbum que tem como destaque a parceria com Mautner.
Músicas: 01 – O Amor é Fatal – Tatiana Dauster e Jorge Mautner // 02 – Mar – Poema de Fernando Pessoa musicado por Beto Brown // 03 – Azul – Tatiana Dauster, Guilherme Guimarães e Wagner Pá // 04 – Origami – Tatiana Dauster, Emiliano Sette e Rodrigo Sebastian // 05 – Chuá – Tatiana Dauster e Magali