Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Giselle Frufrek e Chico Lobo.
GISELLE FRUFREK – Diversa e plural, farejadora de espaços de liberdade, arte-educadora, escritora, cantora, dançarina, atriz, num entrelaçar de linguagens, inaugura-se como cantautora no álbum MAR DE DENTRO – histórias de beira e luar, lançado em setembro de 2021.
Habitando em Osório, no Litoral Norte do RS como uma constante aprendiz da natureza humana, após 15 anos de bailes da vida, palcos e rodas, pelos muitos Brasis, outras américas e áfricas, parte integrante do Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, traz em suas canções as histórias e paisagens imagéticas do jeito de viver deste litoral. Dos quilombos aos guaranis, da vegetação ao hibridismo, da poesia e religiosidade, vai cantando sobre os ossos de suas memórias trazendo-lhes vida.
Manifesta também o ato revolucionário de cantar vivências de mãe e filha, com Yasmim Frufrek na canção ‘Moinhos de Vento’ composta pelas duas mulheres em intergeração.
Músicas: 01 – Moinhos de Vento – Giselle e Yasmim Frufrek // 02 – Alto do Morro Alto – Carlos Hahn e Loreno Santos // 03 – Flor de Leão – Giselle Frufrek e Murilo Silvestrim // 04 – Marés – Giselle Frufrek e Wilher Welter // 05 – Oxalá – Luis Perequê // 06 – Caiada – Giselle Frufrek // 07 – Casa de Rezo – Giselle Frufrek e Adriano Sperandir
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CHICO LOBO – Natural de São João Del Rey, o violeiro Chico Lobo tem mais de 40 anos de carreira e é considerado pela crítica um dos artistas mais atuantes no cenário nacional na divulgação e valorização da cultura de raiz brasileira.
Com 27 CDs lançados, dois DVDs, livro e shows por todo o Brasil e diversos países como Portugal, Itália, China, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, o músico canta suas raízes e as conecta com nossa contemporaneidade. Folias, catiras, modas, batuques, causos e toques de viola, desfilam com alegria em suas apresentações. Venceu por quatro vezes o Prêmio Profissionais da Música como Melhor Artista Regional, prêmio que acontece anualmente em Brasília e foi homenageado com a Medalha de Honra 2021 da Universidade Federal de Minas Gerais pela sua relevante atuação na cultura e sociedade.O artista mantém em sua cidade natal o Instituto Chico Lobo, que desenvolve projeto de ensino de viola e cultura raiz para as crianças das zonas rurais na cidade mineira de São João Del Rey. Desde 2006 Chico Lobo mantém relação artística com Portugal no Encontro de Violas em parceria com o músico e parceiro português Pedro Mestre, representante maior da viola campaniça da região do Alentejo.
O Tempo é Seu Irmão, 27º disco da carreira de Chico Lobo, foi lançado em formato físico em maio de 2022 pela gravadora e produtora Kuarup. O novo álbum que tem texto de apresentação no formato físico, assinado pelo prestigiado jornalista Chico Pinheiro, traz músicas inéditas e autorais, compostas em 2021. Além de assinar a maioria das composições, Chico Lobo também apresenta parcerias com Edmundo Bandinelle, Eudes Fraga, Jorge Nelson, Carlos Di Jaguarão e Thales Martinez.
O trabalho apresenta participações muito especiais, todas referências para Chico Lobo e que fazem parte da história da música brasileira: Luiz Caldas, Kleiton & Kledir, Tetê Espíndola e Sérgio Andrade, da Banda de Pau e Corda. Produzido por Ricardo Gomes, grande parceiro musical de Chico Lobo, fundamental para o resultado sonoro do álbum, que também assina baixos, violões, teclados, o trabalho tem as presenças marcantes de Leo Pires (bateria), Marcello Sylvah (violão), Sérgio Rabelo (violoncelo), Gih Saldanha (vocais), Delano (steall), Cristiano Caldas (piano), Clevin Moreira (acordeon), Marcelo Fonseca (violino) e como músico convidado o percussionista Carlinhos Ferreira.
A temática parte de reconhecer que o tempo é essencialmente um ‘parceiro’ fundamental e dentro dessa perspectiva, até mesmo e sobretudo nesta situação difícil enfrentada mundialmente pela Covid-19, até isso, o tempo cuidará de trazer de volta a tão almejada e merecida serenidade.
Músicas: 01 – Rio e Mar – Chico Lobo – participação de Kleiton & Kledir // 02 – Madeira – Chico Lobo // 03 – Sementeira – Chico Lobo / Eudes Fraga – Participação de Luiz Caldas // 04 – Lua e Sol – Chico Lobo – Participação de Tetê Espíndola // 05 – O Tempo é seu irmão – Chico Lobo // 06 – Indagorinha – Chico Lobo e Carlos Di Jaguarão – participação de Sérgio Andrade
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de PAULO MALAGUTI PAULEIRA e GHADYEGO CARRARO.
PAULO MALAGUTI PAULEIRA – Fundador dos grupos vocais Céu da Boca e Arranco de Varsóvia, o compositor, pianista, arranjador e cantor Paulo Malaguti não tem o apelido de Pauleira à toa. Foi baterista de rock nos primórdios (na linha do Stone Charlie Watts, o beatle Ringo Starr e o zeppelino John Bonham) e no novo disco, “Segundo Pauleira” (Mills) advoga “o espírito libertário dos anos sessenta de Londres e Rio de Janeiro”… (Tárik de Souza)
O repertório do álbum “Segundo Pauleira” (2017) é autoral, traz a poesia de Helena Jobim em Cordão de Prata e a parceria de Fábio Girão na Fuga das Ilhas Sunda. O disco mostra a universalidade das referências musicais e da experiência de músico e arranjador do Pauleira: MPB, música pop, jazz, música vocal, rock, samba, Tom Jobim. O álbum tem participação dos convidados: Lenine, Arranco de Varsóvia, MPB4, Guinga, Orquestra Criola, Clara Sandroni, Elizah Rodrigues, Luiza Sales, Maíra Martins, Marcelo Martins, Luna Messina, Joana Queiroz, os americanos Chris Washburn e Eugene Friesen, um coro de 40 mulheres e outro de crianças da Fundação Casagrande, no CE. Foi produzido por Paulo Brandão e saiu pela Mills Records.
Em 2012, Pauleira foi convidado a fazer parte do MPB4, com quem já lançou CD assinando músicas e arranjos. Pauleira tem uma longa e respeitável estrada no mundo da música vocal. Rege grupos vocais e corais aqui e pelo mundo e seus arranjos são cantados em corais e grupos vocais do Brasil todo. Como arranjador e pianista, trabalhou com Nana Caymmi, Danilo Caymmi, Nelson Gonçalves, Roberta Sá, Adriana Calcanhoto, Simone, João Donato, Clara Sandroni, Lisa Ono, Guinga, Augusto Martins, Verônica Sabino, Andrea Dutra e Ithamara Koorax.
Músicas (todas de Paulo Malaguti Pauleira) : 01 – Gostaria te Encontrar // 02 – Cordão de Prata – poesia de Helena Jobim com Luiza Sales e Maíra Martins – vocal, vozes femininas dos corais Bom Tempo e Cant’duRio – Participação: Arranco de Varsóvia // 03 – Dom de Acreditar – participação de Elizah Rodrigues -voz // 04 – Fuga das Ilhas Sunda (Não olhe assim) – parceria com Fábio Girão – Participação: Orquestra Criola // 05 – A me Afligir – Participação: Luna Messina no vocal // 06 – Um Presente e o Futuro – Participação: Guinga // 07 – Música, Sim – Participação: Coro infantil de meninas cariocas dirigidas por Maira Martins / Coro de crianças e jovens da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri (CE) com regência de Paulo Brandão
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GHADYEGO CARRARO – Contrabaixista, compositor, professor, pesquisador e arranjador musical, Ghadyego Carraro é natural de Passo Fundo e iniciou os estudos de violão aos 14 anos, passando a estudar baixo elétrico e nos anos seguintes contrabaixo acústico.
Paralelamente, também estudou piano, arranjo e composição. Além disso, é graduado em Música pela Universidade de Passo Fundo (UPF), mestre em Performance Musical – Contrabaixo acústico pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutor em História com ênfase na música sul-americana. Ghadyego é um instrumentista versátil e possui amplo trabalho no cenário da música instrumental brasileira e sul-americana, com diversas colaborações com artistas do Brasil e exterior. Seu trabalho também inclui arranjos e composições para diferentes grupos musicais, produções e gravações em estúdio, bem como atuação ampla no âmbito de ensino da música, educação musical, ensino de cordas friccionadas, prática de conjunto musical, improvisação musical voltada ao jazz e música brasileira.
O álbum Ghadyego Carraro Trio – Live in Lisbon 2019 é fruto da turnê realizada em 2019 que agregou quatro países, iniciando pela Suíça, passando pela Alemanha, França e Portugal, ao todo foram 8 concertos. O álbum é fruto do concerto realizado em Lisboa, gravado ao vivo no Espaço Espelho d’água na orla do rio Tejo. Baixo: Ghadyego Carraro, bateria: Rogério Pitomba e guitarra: Jow Ferreira.
Ghadyego Carraro é um performer atuante, tem se apresentado com artistas dos mais diversos segmentos musicais, incluindo artistas regionais, da música popular brasileira e música instrumental, participando de shows em diferentes partes do país e no exterior. Entre seus trabalhos lançados estão: Influências (2010), DVD Ghadyego Carraro Group (2013), GAMM (2017 – CD/DVD), Ghadyego Carraro Trio live in Lisbon (2019), Connections (2020), Tribute (2020), Soundscapes of South America (2021), ambos focados nos trabalhos composicionais e arranjos voltados para elementos brasileiros, contemporâneos e da música sul-americana.
O álbum Soundscapes of South America contém seis composições de Carraro que focam no ambiente cultural, no clima e geografia sul-americana. O frio, o vento, o Pampa, as montanhas, o mar e o litoral são alguns dos elementos que Ghadyego Carraro explora transformando percepções em sons por intermédio do contrabaixo acústico com arco e pizzicato. Músicas: 01 – Besame Mucho – Consuelo Velázquez – arr. Victor Zamora // 02 – Ponteio – Edu Lobo – Arr. Ghadyego Carraro // 03 – Las Montañas // 04 – La Inmensa Pampa // 05 – La Costa y el Mar – (músicas 3, 4 e 5 de Ghadyego Carraro).
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI e SULIMAR RASS
MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI – Baterista, percussionista e compositor paulista, nascido em Campinas, Mário Negrão Borgonovi lança novo álbum “Xeque Mate”, seu segundo trabalho e comemora os seus 50 anos de carreira. À época do primeiro, Madeira Em Pé (1980), o autor aindaassinava apenas Mário Negrão e trouxe a público um álbum autoral considerado como um dos pioneiros da música instrumental brasileira. Disponível em formato físico e nas plataformas digitais pela produtora e gravadora Kuarup, Xeque Mate mostra músicas sobre o foco da bateria, seu instrumento de devoção. Mário Negrão Borgonovi nasceu em Campinas (SP), em 1945. Depois se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro na década dos anos1960 para estudar Engenharia Agronômica e Florestal. Formou-se em 1968, mas começara a estudar bateria e no segundo ano da faculdade conheceu amigos na Cidade do Rio, ligados ao jazz, gênero que se tornou muito importante para sua formação musical. Com o diploma de Engenharia já em mãos, decidiu seguir a carreira de músico e se dedicou totalmente ao estudo como aluno do regente Guerra Peixe, na Fundação Museu da Imagem e do Som. Exerceu seus primeiros trabalhos como músico profissional em casas noturnas cariocas, período no qualfoi aprovado em concurso promovido pela Orquestra Sinfônica Brasileira (1972), da qual foi estagiário durante dois anos. Em sua trajetória, acompanhou como instrumentista Baden Powell, Raphael Rabello, Carlos Lyra, Claudette Soares, Clara Nunes, Chico Buarque, Egberto Gismonti, Leila Pinheiro, MPB-4, Paulinho Nogueira, Quarteto em Cy, Toquinho, Vinícius de Moraes, Arthur Verocai, Cristóvão Bastos, Luiz Eça, entre muitos outros.
Aquiles Rique Reis do MPB4 comenta em sua coluna: Ao receber o novo trabalho do Mário, revisitei com prazer um passado que remonta aos anos 1970, quando ele tocou com o MPB4. Lembrei-me, também, de Madeira em Pé, seu primeiro disco solo lançado em 1980, trabalho comentado por mim em agosto de 2018, quando escrevi: “Mario Negrão tem pulso firme. Sua pegada é forte. Seus pés dão leveza ao bumbo e ao contratempo. A mão direita toca a caixa de forma precisa; a esquerda tange os pratos; ambas passeiam pela caixa e pelos tambores. Tocando bateria para a música, sem pirotecnias banais nem estridências desnecessárias, o músico se revela pleno”. Hoje, ouço-o com admiração pela tenacidade dedicada à vida e à bateria. Negrão Borgonovi é hoje um instrumentista muito mais completo e realizado. Suas nove composições atuais dizem bem de como um homem motivado pode ousar ir além e tudo conquistar com seu talento. Para gravar, Mário Negrão Borgonovi cercou-se de amigos instrumentistas e arranjadores. Com ele numa bateria standard, com três pratos ride (condução rítmica), estão Gilson Peranzzetta e Cristóvão Bastos no piano acústico e arranjos, Adaury Mothé no piano acústico (Steinway), Jamil Joanes no contrabaixo elétrico, Sérgio Barrozo e Rômulo Gomes no acústico, Rafael Rocha no trombone, Marcelo Martins na flauta e saxofone tenor, José Canuto no sax alto, Mauro Senise na flauta, Ricardo Pontes na flauta e sax alto, e Jessé Sadoc e Altair Martins no trompete e flugelhorn. Músicas: 01 – Xeque Mate // 02 – Sinuca de Bico // 03 – Perfume Barato // 04 – Agulha no Palheiro // 05 – Samba Livre // 06 – Café do Dom
SULIMAR RASS é músico, compositor, produtor fonográfico e professor de música que reside em Pelotas / RS. É proprietário da Rass Escola de Música, conceituada escola que atua há mais de 20 anos no mercado. É graduado no curso de Tecnologia em Produção Fonográfica da UCPel. Estudou violão erudito na UFPel, onde participou de diversos cursos, workshops e oficinas, inclusive com o renomado violonista argentino Eduardo Issac. Suas produções artísticas incluem o DVD “Sulimar Rass em Estúdio”, que teve ótima repercussão e aceitação de crítica e público. Em 2016 lançou seu primeiro CD “Conclusões Absurdas”, que pode ser encontrado em todas as plataformas digitais e também em formato físico. Além de Sulimar Rass que produziu o trabalho participaram do álbum os músicos André Rass (percussão e bateria), Gilberto Oliveira (baixo, violão e guitarra), Mano Jr (acordeon), Ottoni de Leon (baixo), Eduardo Simões (baixo), Nando Barcelos (bateria e percussão), Davi Batuka (percussão), Leonardo Oxley (violino, violoncelo, viola), Jairo Queiroz (trombone). Além das participações especiais do maestro Ney Marques, produtor e músico paulistano, Thiago Colombo, renomado violonista gaúcho e do maestro uruguaio, Juan Schellemberg. Em 2018 conclui a produção de seu mais recente trabalho “Canções Inerentes”. Trata-se de um disco fortemente influenciado pelos ritmos e temas pertinentes a região sul do Brasil, Uruguai e Argentina, com arranjos modernos, com fortes influências jazzísticas e eruditas. A produção do CD é de Edu Martins, paulistano radicado em Porto Alegre, que já atuou como músico, produtor e arranjador ao lado de artistas da música brasileira, como Cesar Mariano, Guinga, Milton Nascimento, Rita Lee, Marina Lima, Gal Costa entre outros. Participaram do CD o pianista gaúcho Luiz Mauro Filho que atua ao lado de Nei Lisboa tendo inclusive participado de diversos trabalhos do compositor. A percussão do CD ficou a cargo do renomado percussionista argentino Mariano Tiki Cantero. Mariano é percussionista e professor do Conservatório de pós graduação de La Plata, Argentina, além de integrar o grupo “Acá Seca Trio”.
Músicas: 01 – Todos os Tempos // 02 – Talvez você não entenda // 03 – Imagem // 04 – A Cidade que não me habita mais // 05 – Fome de Versos // 06 – De novo outra vez
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de MARIA RITA STUMPF e CIRO BELLUCI
MARIA RITA STUMPF – Revelada nos anos 80 e recém descoberta por DJs e produtores europeus, a cantora gaúcha reúne, em dez faixas, canções autorais e releituras de grandes nomes da MPB, com a luxuosa participação de Danilo Caymmi, Farlley Derze, Danilo Andrade, Marcos Suzano, Lui Coimbra, dentre muitos outros. O canto forte, visceral e presente da gaúcha Maria Rita Stumpf volta a entoar o Brasil mais profundo em seu mais novo álbum “Ver tente”, o quarto da carreira. Disponível nas plataformas digitais desde o dia 26 de maio, o lançamento reverbera a pluralidade sonora que nos ambienta de norte a sul, das aldeias indígenas, da serra gaúcha, do caos urbano, da latinidade brasileira. Dois anos após seu elogiado álbum “Inkiri Om” –, lançado em 2020 durante a pandemia – Maria Rita Stumpf regrava em dez faixas suas composições autorais e resgata um cancioneiro majestoso de grandes nomes da MPB, tudo isso com a participação de uma constelação de instrumentistas. O título do álbum, com as palavras separadas, dá o impulso para a criação, rompendo fronteiras, indo além de algum lugar ou ideia. Nada aparece em vão na obra da artista revelada nos festivais de música do Rio Grande do Sul, que gravou nos anos 80 e 90 ao lado de Luiz Eça, Ricardo Bordini e do grupo mineiro Uaktí. A faixa de abertura, “Vertente”, em palavra única, sinaliza a transgressão proposta, anunciando também o som de rio fluindo, deixando as águas seguirem com destino ao desconhecido, ao novo – talvez para um lugar de calmaria, talvez para um abismo, – rumo ao incerto. “Ver Tente é um convite e um desafio”, aponta Stumpf e complementa: “o nome do álbum surgiu a partir do título de minha composição “Vertente”, que tem como primeira frase “Calar o som que não verte luz!”(…) Em tempos de fake news, barbáries e informação controlada em diferentes níveis, tentar ver é essencial… após retornar aos palcos e estúdio com “Inkiri Om”, “Ver Tente” completa um ciclo criativo e de vida”, concluiu.
Gaúcha de Aparados da Serra, atualmente radicada em São Paulo, Maria Rita Stumpf teve, em 2017, sua carreira redescoberta mundialmente a partir de remixes de música eletrônica, com a consequente reedição de seu álbum “Brasileira” em LP e o lançamento, no exterior, do EP “Brasileira – Remixes”, abrindo caminho para o seu retorno aos palcos e estúdios. O álbum de 1988 foi gravado por Ricardo Bordini, o Grupo Uaktí e Luiz Eça, com quem desenvolveu longa parceria até 1992, quando Eça faleceu. Em 1993 lançou o CD “Mapa das Nuvens”, com músicos como Marcos Suzano, Danilo Caymmi, Farlley Derze, Lui Coimbra, André Santos e Eduardo Neves, preservando as gravações com Eça e Grupo Uaktí pois o vinil desaparecia, substituído pelo Compact Disc. Porém, a partir de 1993 começou a se dedicar integralmente à atividade de produção frente à Antares, afastando-se dos palcos como artista, mas trazendo ao Brasil e países da América do Sul os mais importantes nomes da cena artística mundial, como Mikhail Baryshnikov, Twyla Tharp, Pilobolus, American Ballet Theatre, Marcel Marceau, Jean Pierre Rampal, Philip Glass, dentre muitos outros. Músicas: 01 – Vertente – Maria Rita Stumpf // 02 – Mata Virgem – Raul Seixas e Tania Menna Barreto // 03 – O Vento – Dorival Caymmi // 04 – Pavão Misteryoso – Ednardo // 05 – San Vicente – Milton Nascimento e Fernando Brant // 06 – Cântico Brasileiro nº 3 (Musicanto Live 1984) – Maria Rita Stumpf
CIRO BELLUCI – cantor, compositor e multi-instrumentista mineiro de Barbacena de 22 anos, lançou “Recanto” (Selo Sensorial Centro de Cultura), seu primeiro álbum, com onze releituras de clássicos da música brasileira e uma canção inédita. Belluci agrupou em Recanto, músicas que marcaram sua trajetória de alguma forma, seja pela admiração aos compositores, pelas gravações existentes ou pela temática da letra.
Artista de teatro, Ciro Belluci é membro do grupo Ponto de Partida e assinou a produção e direção musical de seu primeiro disco. A direção artística é de Paulo Paulelli. O projeto foi contemplado com recursos da Lei Aldir Blanc, em 2021,e gravado no estúdio da Bituca Universidade de Música Popular, que fica em sua cidade natal, com alguns registros adicionais: em São Paulo, no estúdio Arsis, e em Belo Horizonte, no Usina Estúdio. O projeto surgiu a partir de um show que Ciro fazia com os músicos Pitágoras Silveira (piano), Gladston Vieira (bateria) e Matheus Duque (sax). Esses mesmos nomes foram os que acompanharam o artista na criação dos arranjos e na gravação de Recanto. Além da sonoridade musical, uma das marcas do disco é a interpretação das letras das músicas, já que Ciro canta de forma quase teatral, buscando entender a música para além das notas e transmitindo a emoção e o sentimento que as palavras carregam junto aos seus significados. Sobre a mensagem que gostaria de passar com Recanto, Ciro conclui: “Por ser um projeto que juntou muitas motivações, é difícil resumir em uma única mensagem ou objetivo. Mas destaco que é uma homenagem e um agradecimento à música brasileira. Cantar essas composições e com essas pessoas envolvidas foi a forma que encontrei de devolvê-las ao mundo da maneira que eu as absorvi e de também de mantê-las frescas, pulsando. Além disso, por ser meu primeiro disco, tem também uma função de prólogo, de arauto, de ser meu primeiro contato com o público e tentar trazer, da melhor maneira possível, um recorte do meu trabalho.” Músicas: 01 – Oriente – Gilberto Gil // 02 – Baião de Quatro Toques – José Miguel Wisnik e Luiz Tatit – feat Vanessa Moreno // 03 – Flor da Idade – Chico Buarque // 04 – Canto de Xangô – Baden Powell e Vinícius de Moraes // 05 – Nem Luxo nem Lixo – Rita Lee e Roberto de Carvalho // 06 – Passageira – Pablo Bertola e Lido Loschi