Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar as músicas do novo álbum “Avenida Angélica” de VITOR RAMIL .
Vitor Ramil nasceu em 7 de abril de 1962 na cidade de Pelotas, RS. Compositor, letrista, cantor e escritor, Vitor é autor de onze álbuns: Estrela, Estrela (1981), A paixão de V segundo ele próprio (1984), Tango (1987), À beça (1995), Ramilonga – A estética do frio (1997), Tambong (2000), Longes (2004), Satolep Sambatown (com Marcos Suzano – 2007), délibáb (CD+DVD – 2010), Foi no mês que vem (duplo – 2013) e Campos Neutrais (2017). Autor de música e letra da maior parte de seu repertório, Vitor Ramil também musicou e gravou poemas de Jorge Luis Borges, João da Cunha Vargas, Angélica Freitas, Fernando Pessoa, António Bótto, Allen Ginsberg, Juca Ruivo, Paulo Leminski, Arnaut Daniel e Emily Dickinson; compôs em parceria com Chico César, Jorge Drexler, Kleiton e Kledir, Zeca Baleiro, André Gomes e Joãozinho Gomes, entre outros parceiros; e versionou quatro canções de Bob Dylan e uma de Xöel Lopez. Suas canções já foram cantadas por intérpretes como Mercedes Sosa, Chico César, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Fito Paez, Jorge Drexler, Kátia B, Kleiton e Kledir, Adriana Maciel, Tommy Körberg, Gal Costa, Zeca Baleiro, MPB4, Pedro Aznar, Lenine, Ceumar, Maria Rita, Gutcha e Ian Ramil.
Vitor recebeu dois Prêmios da Música Brasileira: Melhor Cantor Voto Popular por Satolep Sambatown (2008) e Melhor Cantor Regional por délibáb (2011) e venceu o Prêmio Açorianos de Música dezoito vezes. Vitor Ramil lançou as novelas Pequod (1995), Satolep (2008) e A primavera da pontuação (2014); o ensaio A estética do frio – Conferência de Genebra (2004); e dois songbooks: Vitor Ramil (2013) e Campos Neutrais (2017). Seu álbum Campos Neutrais, traz no título uma referência ao tratado de Santo Ildefonso, 1777, que definia uma zona neutra entre os reinos de Portugal e Espanha. Os Campos Neutrais históricos tornaram-se emblemáticos da condição de fronteira do Rio Grande do Sul e, no imaginário contemporâneo, ficaram associados às ideias de liberdade, diversidade humana e linguística, miscigenação e criatividade. O ensaio A estética do frio – Conferência de Genebra (edição bilíngue português-francês, edição Satolep Livros) é uma reflexão do artista sobre o próprio trabalho e seu contexto social e cultural. Sobre o Rio Grande do Sul, onde vive e trabalha, Vitor Ramil afirma: “Não estamos à margem de um centro, mas no centro de uma outra história”.
Dia 07 de abril de 2022 foi lançado “Avenida Angélica”, novo trabalho de Vitor Ramil. Álbum inteiramente dedicado à poesia de Angélica Freitas (que atualmente reside em Berlim) publicada nos livros “Rilke Shake” e “Um útero é do tamanho de um punho”. Arquitetado desde 2019, Avenida Angélica é o 12º título da discografia de Vitor Ramil. Em um texto que Vitor escreveu para apresentar o álbum, ele diz: “Godard falou que uma obra de arte tem que correr riscos, do contrário, não tem valor. Joni Mitchell, depois de queixar-se que errava muito ao piano, pois não entendia o instrumento, ouviu o seguinte conselho de um músico: “siga o erro”. Em outras palavras: aceite a contribuição do acaso, do imprevisto, desacomode-se incorporando o erro e a ele reagindo criativamente. Em Avenida Angélica, gravado em duas noites, 7 e 8 de agosto, de 2021, no canteiro das obras de restauro do histórico Theatro Sete de Abril, em Pelotas, realizado depois de vários adiamentos em função da pandemia de Covid-19, corri riscos e segui os “erros”. Não que isso já não fosse quase um hábito, do processo de composição às apresentações ao vivo, mas nunca as circunstâncias foram tão favoráveis “…
“Avenida Angélica, virou um álbum ao vivo com registros em áudio e vídeo, gravado no Theatro Sete de Abril em Pelotas/RS. Inaugurado em 1834, o Theatro é um símbolo importante na cultura de Pelotas e do estado, que após um longo processo de restauro volta às atividades este ano. O trabalho teve Patrocínio da Natura Musical e Financiamento: Pró-Cultura/Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Nesse programa, vamos apresentar músicas de do álbum Avenida Angélica: 01 – RILKE SHAKE (obs.: Ao final da canção o que se ouve são os sinos da Catedral Metropolitana de Pelotas, gravado com o celular de Vitor ao perceber que tocavam no tom e no andamento da música) // 02 – A MINA DE OURO DE MINHA MÃE E MINHA TIA // 03 – FAMÍLIA VENDE TUDO // 04 – STRADIVARIUS // 05 – RC // 06- MULHER DE MALANDRO // 07 – TREZE DE OUTUBRO // 08 – SIOBHAN // 09 – VIDA AÉREA // 10 – COSMIC COSWIG MISSISSIPI // 11 – MULHER DE ROLLERS // 12 – UMA MULHER INSANAMENTE BONITA // 13- ÍTACA (voz de Angélica Freitas) // 14- RINGUES POLIFÔNICOS
Contatos: www.vitorramil.com.br // www.