MARTIN TEJERA1

O SUL EM CIMA 23 / 2018 – MARTIN TEJERA e SEBA REY


O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de MARTIN TEJERA e SEBA REY.

Martin-Tejera-Divulgação

 

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de MARTIN TEJERA e SEBA REY.

 

MARTIN TEJERA

Buscando fazer um verdadeiro intercâmbio cultural entre os países da América do Sul, o selo carioca Cantores Del Mundo apresenta o novo trabalho do cantor, compositor e musicista uruguaio Martin Tejera, ao lado da banda El Biricunyamba. 

Que me perdonen traz uma nova força para o tradicional ritmo candombe e já está disponível nas plataformas de música digital.

Os brasileiros que querem se aproximar da cultura do candombe precisam entender o contexto de onde nasce essa música, pois caso contrário é difícil pulsar o Candombe. É possível explicar, ensinar de forma catedrática, é possível ensinar como tocá-lo, mas entender o Candombe só caminhando ao lado de uma Comparsa“, conta Martin.

E em “Que me perdonen”, ele se dispõe a ser esse guia. O ritmo nasceu da união dos ritmos africanos com os locais, com a diáspora negra causada pela escravidão, assim como o nosso samba. E como aqui, o som do candombe parece existir fundo nas raízes do povo uruguaio.

“Acredito que as raízes africanas, dentro da nossa música, e todas as nações africanas que viveram em nosso continente, possuem algo em comum. Os sincretismos, e as crenças que perduraram na vida cotidiana e cultura, sem dúvida dão uma base para toda América Latina. É um sonho poder unir em algum momento da minha carreira a todos os povos que souberam receber as nações africanas, em uma turnê de visita e demonstrar de alguma maneira que estamos mais unidos do que pensamos“, continua Tejera.

Martin Tejera traz o tradicional ritmo no seu imaginário desde a infância. Nascido e criado em La Teja, bairro popular e proletário da região oeste de Montevidéu, ele via os músicos caminhando pelas rua desde muito pequeno e chegou a fabricar tambores com seus amigos de bairro.

A proximidade entre alguns pontos das nossas culturas sempre foi uma meta do Cantores Del Mundo: combater essa sensação de isolamento, de que o Brasil é uma enorme ilha no meio de países hispânicos. Fundado por Tita Parra, neta da lendária Violeta Parra, o selo está sendo consolidado com a direção do compositor e pesquisador musical Arthus Fochi e do produtor musical Guilherme Marques. Arthus foi a ponte com Martin.

“Martin é um grande amigo que hospedei há 10 anos no Rio de Janeiro quando ele fazia uma turnê com o Cuarteto Ricacosa, um grupo onde canta e toca Guitarrón Uruguaio. Ele é um legítimo representante da cultura Afroamericana, e mais que isso, da Afrouruguaia. Quando me mostrou algumas canções como ‘Habanera del Monte VI’ e contou sobre a  gravação da banda Biricunyamba, que potencializava toda essa força negra, lhe disse: ‘vamos lançar pela Cantores’! É só ligar o disco e dançar!”, conta ele empolgado.

 

CD   “QUE ME PERDONEN ”   de Martin Tejera y El Biricunyamba

O grupo El Biricunyamba é formado por: Leticia Ramos (coros), Lucía Fernández (coros), Fernanda Bértola (coros), Leo Méndez (saxos y flauta), Enzo Spadoni (trombón), Axel Tassani (trompeta), Marcelo “Tito” Castro (percusión), Martín Gandoglia (percusión), Ismael Bértola (percusión y voces), Maxi Clericci (contrabajo), Martín Tejera (guitarra, triple, voces).  

Vamos apresentar no programa O Sul em Cima as músicas do CD “Que me Perdonen”: 01 – La Fiesta del Santo (Pedro Ferreira), 02 – El Yuyero Curandero (Anônimo), 03 – Un Canto para Iemanyá (Eduardo Mateo), 04 – Habanera del Monte VI (Martin Tejera – Participação Especial de Berta Pereira), 05 – Kemandotóo (Martin Tejera), 06 – Ciclisto Pedales (Martin Tejera), 07 – Romance para un Negro Milonguero (Alfredo Zitarrosa).

 

SEBA REY 

Poucos ritmos são mais brasileiros que o chorinho. Canções clássicas de nomes como Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga não ecoam somente nas rodas de choro pelo país, como fazem a cabeça de músicos pelo mundo. Agora, a gravadora Cantores Del Mundo mostra um pouco dessa produção internacional de choro no disco “De este lado del Cerro”de Seba Rey y Amigos.

Sebastián Rey é um músico multi-instrumentista da Zona Oeste de Montevidéu, uma das mais ricas culturalmente da capital uruguaia. É uma região popular e proletária, onde a música criada tem muita influência de ritmos africanos e afrouruguayos e também da música brasileira.

“O disco surgiu dessa necessidade de registrar canções que refletissem a paisagem física e sonora única do oeste de Montevidéu”,conta Rey. “Tenho muito influência da música brasileira, tanto que toco e estudo o cavaquinho há alguns anos”, completa.

Seba é um dos integrantes do prestigiado grupo Cuarteto Ricacosa, e é um grande estudioso de ritmos. Essa busca o trouxe algumas vezes ao Brasil, onde conheceu o cantor, produtor e pesquisador de música latina Arthus Fochi, um dos responsáveis pelo selo Cantores Del Mundo e do começo dessa chama do chorinho em Rey.  O disco “De este lado del cerro” une a nossa música ao lado de ritmos uruguaios tradicionais, como o candombe, com naturalidade, como se as distâncias culturais não existissem. O resultado é uma festa, como está retratada na arte do álbum.

Vamos apresentar no programa O Sul em Cima, as músicas do CD “De este Lado del Cerro”: 01 – Beso Pa’los Tres, 02 – Amor de Gato, 03 – Se Armó, 04 – De este lado del Cerro, 05 – Chuveiro, 06 – Provisorio para Siempre, 07 – Irasé Porá.

 

Capa-Seba-Rey

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