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O Sul em Cima 04 – Festival Brasileiro de Música de Rua 2018

 

O SUL EM CIMA dessa edição mostra músicas de participantes do Festival Brasileiro de Música de Rua 2018.

 

O Festival Brasileiro de Música de Rua em seu ano 7 coloca a Serra Gaúcha no mapa da Música do Brasil. De 17 à 25 de março, as ruas de Caxias do Sul-RS abriram passagem para a  música latino-americana com artistas do Norte e Nordeste, integrados à artistas do RS e grupos do Chile, México e Uruguai.

 

Esta edição foi dividida em 2 etapas:

17 à 22 de março – Festival Brasileiro de Música de Rua nas ruas de Caxias do Sul.

 

23 à 25 de março – Festival Brasileiro de Música de Rua apresenta palco Fonograma e Incubadora da Música na Universidade de Caxias do Sul.

 

Num total de 09 dias, comunidades, escolas públicas, entidades, ruas, praças e parques, receberam pequenos shows, palestras e exibições de documentários, com o intuito de formação de plateia. Já nos dias 24 e 25 de março, o Festival Brasileiro de Música de Rua instalou o palco Fonograma, com shows ao ar livre  na Universidade de Caxias do Sul.

 

GEORREFERENCIAMENTO

Com a proposta de apresentar um georreferenciamento da Música Brasileira Contemporânea, o FEST RUA aproxima – por exemplo – os consagrados OTTO (pernambucano da cena mangue beat) e Vitor Ramil (cantautor gaúcho) com os grupos caxienses selecionados pelo edital Natura Musica 2017 Catavento e Yangos (nominado ao Grammy 2017).

Aproximando extremos geográficos e musicais do Brasil, o FEST RUA funciona como uma antena captadora da novíssima música brasileira .
VIVER DE MÚSICA

Além dos concertos ao ar livre, são promovidas ações de formação para o “Negócio da Música – Viver de Música”, na qual produtores, patrocinadores, gestores de cultura e artistas se encontram para discutir a profissão, através das palestras e debates da Incubadora da Música.  Para isto, foi convidado o ex-diretor do Centro Cultural São Paulo e produtor musical Pena Schmidt, que carrega em seu currículo trabalhos como Mutantes, Titãs, Hollywood Rock, Free Jazz Festival e o primeiro Rock In Rio. Os encontros aconteceram no Centro de Cultura Ordovás  e na UCS , em Caxias do Sul.

ARTISTAS QUE PARTICIPAM DO FBR 2018

“O RS tem uma dificuldade geográfica em captar aquilo que está acontecendo no Norte e no Nordeste do Brasil. E certamente estas regiões também têm essa dificuldade para acessar a música feita aqui. Um dos principais papéis deste Festival é criar esses canais de transmissão direta. Ter o apoio da Natura Musical e do Governo do Estado do RS são importantíssimos para aproximarmos os extremos do Brasil e movimentar a economia da cultura. ” – afirma Luciano Balen – realizador do evento em conjunto com o Sistema Fecomércio – SESC/RS. Esta é a sétima edição do FEST RUA, que nos anos anteriores contabilizou um público superior a 150 mil pessoas, interagindo com artistas em mais de 400 concertos, 60 oficinas/palestras e outras 160 atividades.
Em 2018, o FESTIVAL conta com o apoio do mais importante financiador da música no Brasil Natura Musical – projeto da Natura Cosméticos que há 12 anos vem salvaguardando a música popular em nosso país. O Festival Brasileiro de Música de Rua é o único festival do Sul do país a obter a chancela deste edital.
Além da Natura Musical e da Universidade de Caxias do Sul, que apresentam esta edição, são apoiadores: Metadados, Focco Sistemas de Gestão, Randon S.A. Implementos e Participações e Pisani Plásticos S.A. O financiamento é da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através do Pró-Cultura RS LIC-RS.

 

As músicas apresentadas no programa O Sul em Cima são:

 

01 – Música:  BALA     –   Artista:  OTTO  (de PE)

de (OTTO / PUPILLO) Esta música está no CD mais recente de 2017 (Ottomatopéia)  – Nascido no agreste pernambucano, o trabalho de Otto é um retrato da cultura brasileira, da nossa capacidade de absorver e digerir diferentes influências para criar algo totalmente novo, rico e diverso. Sua história na música começa na França, onde tocou com músicos do gabarito do trombonista Raul de Souza. De volta ao Brasil, ele participou da primeira formação das bandas Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, com quem lançou os álbuns Samba Esquema Noise, em 1994, e Guentando a Ôia, em 1996. Seu primeiro disco solo, o Samba pra Burro, veio em 1998. Em 2009, lançou o álbum Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, muito elogiado pelos críticos no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.

 

02 – Música:  TAN DISTANTE  DEL SER  –    Artista:   MELANÍ LURASCHI  (Uruguai)

Melaní Luraschi é uma compositora, escritora, cantora e artista de 24 anos. Sua primeira conexão com a arte foi muito pequena através do teatro. Suas canções emergem e nascem com honestidade, refletindo sua vida e suas histórias. Fusiona a raiz folclórica latino-americana com diferentes músicas do mundo. Ela publicou um livro de poesias “Día para pescar un sueño” e um disco “Canto ancestral”. Além de ter visitado países como Chile, Argentina, Peru, Equador, Espanha, França e Polônia.

 

03 – Música:  PELEIA   –  Artista:  Grupo  YANGOS   (de Caxias do Sul)

YANGOS é um dos grupos referência da música instrumental sul-brasileira. Formado pelos músicos César Casara, Cristiano Klein, Rafael Scopel e Tomás Savaris, YANGOS faz da união do piano, percussão, acordeon e violão um encontro potente, adicionando pitadas jazzísticas a milongas, chamamés e chacareras.
Com origem na Serra Gaúcha, o quarteto soma quatro discos e um dvd. Seu mais recente trabalho, CHAMAMÉ, foi nominado à 18.ª Entrega Anual do Latin GRAMMY® – Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras.

 

04 – Música:  MÁGICA ILHA  –   Artista:  Grupo SALVE JUREMA (RS)

Membros: Patric Dias, Eduardo Marcon, Thales Rech e Rafael Grison  –  Salve Jurema EP é o primeiro trabalho da banda. Ele apresenta um som que passa por várias atmosferas, uma mistura de rock and roll e ritmos brasileiros de todo o país.

 

05 – Música:  ESPIRAIS EM AQUARELA    –   Artista: Grupo  ARAUCANA  (Caxias do Sul)

Araucana é fusão. A milonga desconstrutivista é o fio condutor na mistura de vertentes da música latino-americana com groove, rock, trip-hop e o clima de temperaturas amenas do sul do Brasil, o ambiente ideal para as Araucárias. Formado em 2016, o grupo caxiense passou 2017 produzindo o primeiro álbum, intitulado Espirais em Aquarela, que conta com nove músicas. O lançamento oficial do CD ocorre em março, durante o Festival Brasileiro de Música de Rua, importante e tradicional evento que ocorre em diversas cidades da Serra Gaúcha  – Araucana: o grupo é formado por Nina Fioreze (vocal), Carlos Balbinot (guitarra), Rafael De Boni (Acordeon), Maurício Kehrwald (letras e violão), Lucas Chini (baixo) e Mateus Mussato (bateria).

 

06 – Música:  SI TE VOLVIERA A ENCONTRAR  –   Artista:  LAURA MURCIA  (México)

Voz, guitarra, letras: Laura Murcia

 

07 – Música: CIDADE SOLIDÃO   –  Artista:  HIQUE GOMEZ

“Cidade Solidão”  do CD “O TEATRO DO DISCO SOLAR” de  Hique Gomez (1994)

 

08 – Música: LIBRE (MELODIA PARA DON SEGUNDO SOMBRA)  – Artista:  UILIAM MICHELON   (Vacaria / RS)

Uiliam Michelon é músico, acordeonista, arranjador, compositor e professor de acordeon, natural de Vacaria/RS – Brasil. Passou pelas escolas de Acordeon dos professores João Maria Pinheiro da Rosa e Oscar dos Reis, sendo também autodidata. Gravou dois discos com o Grupo Pátria Sulina de Lages/SC e também dois discos com o cantor caxiense Fábio Soares, com o qual atua como acordeonista oficial e diretor musical. Desenvolve ainda um trabalho sério com música instrumental baseado em diversas influências onde as principais residem no Chamamé, no Jazz, no Tango e na música Clássica.

 

09 – Música:  FAROL     –   Artista:  LUCAS ESTRELA  (Pará)

O guitarrista Lucas Estrela, um dos expoentes da música paraense atual, lançou em 2017 seu novo trabalho “Farol”.  Com patrocínio do Natura Musical, apoio da Lei Semear, Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado do Pará, “Farol” traz uma importante marca na renovação da criativa cena local amazônica através da utilização de elementos distintos como tecnoguitarrada e eletrocarimbó, o segundo disco de Lucas (o 1º foi o disco independente Sal ou Moscou de 2016) representa um momento de consolidação do seu estilo de compor. “A base do disco é guitarra, bases eletrônicas e elementos percussivos da música tradicional paraense. Mas outras ideias vão sendo adicionadas a essa fórmula, sempre com a ideia de promover uma aproximação entre a música regional da Amazônia e a música eletrônica global moderna”, revela o compositor.

 

 

10 – Música:  OS DIAS   –  Artista: Grupo VELHO DE GUERRA   (Flores da Cunha / RS)

Aparência bruta, cheiro de terra, som de ferrugem e uma alma verdadeiramente sensível. É Velho de Guerra. A banda, idealizada pelo músico florense GILDO NAIBO, lançou seu primeiro álbum.

Um disco acústico que soa pesado. As músicas carregam a identidade do músico, que escreveu, arranjou e gravou a maioria dos instrumentos. Nas melodias, Naibo encontrou naturalmente um ponto em comum entre o tradicionalismo gaúcho, grunge e folk rock. Entre arranjos vocais para três e quatro vozes, trastejamentos propositais e uma dose de agressividade, a sonoridade é crua e direta. Acordeon e harmônica também marcam presença. Na base rítmica, bumbo leguero, meia lua e chipô.

 

11 – Música:  ACALMA O CORAÇÃO     –   Artista: CUSCOBAYO  (Caxias do Sul)

Cuscobayo é: ALEJANDRO MONTES DE OCA – sopros /  LOURENÇO GOLIN – baixo  / MARCOS SANDOVAL – vocal e cajón   /  RAFAEL CASTILHOS – percussão  /   RAFAEL FRONER – vocal e violão a Cuscobayo surgiu em julho de 2012, em Caxias do Sul e logo se tornou notória pelas suas composições próprias e pelo público seguidor que começou a atrair. Desde então lançou um EP (‘Na Cancha’, 2013) e um disco (‘Cuscobayo’, 2016), chegando a mais de 200 shows por cerca de 50 cidades de 7 estados diferentes, passando por grandes festivais(Bananada, Morrostock, Móveis Convida, inúmeros Grito Rock, Pira Rural, Acid Rock, dentre outros) e também uma recente turnê pela Argentina, no final de 2016. Atualmente a banda colhe os frutos do seu primeiro disco e já trabalha na produção do sucessor.

 

12 – Música:  CAMPOS NEUTRAIS    –  Artista: VITOR RAMIL

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O Sul em Cima 03 – Danny Calixto

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho  da cantora e compositora DANNY CALIXTO, em especial músicas de seu CD Quintais do Mundo.

Parte 1

Parte 2

 

Danny Calixto

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Nascida em Porto Alegre, Danny viveu 10 anos em Curitiba a partir da adolescência. Um dos primeiros momentos no palco foi como vocalista de uma banda de rock progressivo “A Banda da Terra”. Depois disso, Danny junto com Rogéria Holtz (cantautora curitibana) estrearam um show de “MPB Lado B” num bar emblemático da cidade, o Trem Azul.

Danny estudou violão clássico na Escola de Música e Belas Artes e trabalhou em teatro como atriz, cantora e violonista. Nessa época fez sua primeira trilha para o espetáculo “No Balanço desse Trem” de Mário Schoemberger e Regina Bastos. Pela peça infanto-juvenil A Cegonha Boa de Bico, foi indicada ao Troféu Gralha Azul, premiação do teatro paranaense na categoria Composição Musical.

Com Paula Giannini (atriz, diretora e roteirista carioca) criaram a companhia de teatro Mandrágora e montaram o espetáculo E o Bichomem Como é que Será? de Luiz Rettamozzo, Paulo Vítola e Marinho Gallera, com direção de Hieronymus Parth.

De 84 a 94 fez shows em teatros, festivais e bares de Curitiba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Natal e João Pessoa com diversas formações musicais e repertórios de MPB, standards do pop e do jazz.

Voltou à capital gaúcha em 1995 e em 1998 montou a banda Os Waldos, de black music, com a qual atuou até 2002. No ano seguinte veio o primeiro álbum solo, Abracadabra, que teve duas indicações ao Açorianos nas categorias: Revelação e Intérprete Pop/Rock.

Em 2006, morando em Londres, seu CD teve matéria na Revista Real, com distribuição no Reino Unido, Suiça, Irlanda e Bélgica. Vendeu discos pra lojas inglesas em Leicester Square e Camden Town e foi pra playlist da casa de shows Guanabara.

Desde a volta pro Brasil tem feito muitos shows em Porto Alegre, São Paulo e interior do Rio Grande do Sul.

Participou também de alguns discos:
– CD Suíte Xangri-lá de Fausto Prado e Caetano Silveira, junto com Nelson Coelho de Castro, Gelson Oliveira e Marisa
Rotenberg (2004).
– CD Prabaticum, Esplatifum, Brasimbolá de New e Luiz Mauro Vianna (2008).
– Coletânea de compositores no CD Música na Casa da Casa de Cultura Mario Quintana(2009)
– CD Rogéria Holtz Na Tocaia de Rogéria Holtz – Curitiba(2014)
– CD Singular e Plúrimo de Jerônimo Jardim (2015)

Tem formação acadêmica em Artes Plásticas, diversos cursos de artes gráficas e uma série de experiências também em televisão (na frente e atrás das câmeras). Foi diretora de arte em agências de publicidade e até hoje trabalha com design.

Quintais do Mundo

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O CD Quintais do Mundo, lançado em 2016,  é o 2º disco de Danny Calixto, resultado de seu trabalho de composição solo e em parceria com outros artistas do sul do Brasil. Um disco que transita pelo universo rítmico do samba, samba funk, ijexá, maracatu, chacarera. Canções do universo das lendas, reflexões sobre os amores e dores de amor, o olhar feminino sobre a vida, suas contradições e contemplações. Arranjos que ora nos levam pro aconchego do sol, ora pra caminhos mais densos com texturas surpreendentes e pulsantes. Tem a pegada de alguém que nasceu do sul do Brasil mas que olha o mundo como um vasto quintal.

Vamos apresentar nessa edição de O Sul em Cima, as músicas do CD Quintais do Mundolançado em 2016. As músicas são:

OÁSIS (Danny Calixto), TEMPO, TEMPO (Danny Calixto  / Márcio Celli), SALAMANDRA(Danny Calixto), CONTINENTE (Danny Calixto / Eliana Chiossi), COBRA NORATO (Danny Calixto / Luís Mauro Vianna), AS HORAS (Danny Calixto / Eliana Chiossi), ODUM (Danny Calixto / Márcio Celli), CHACAL (Danny Calixto / Rogéria Holtz), BAILE DA PELE (Danny Calixto / Eliana Chiossi), POVO DA CIDADE SÓ (Danny Calixto / Marcelo Cougo), CONDIÇÃO (Danny Calixto / Rodolpho Bittencourt), DO AVESSO (Danny Calixto).

Ficha técnica de “Quintais do Mundo”:

Produção musical e arranjos: Angelo Primon

Exceto nas faixas: “Cobra Norato” (arranjo e produção musical de Thiago Carreteiro – Coletivo Itororó)

“Continente” (arranjo e produção musical de Toneco da Costa

“Chacal” (arranjo e produção musical de Sérgio Machado)

Gravado nos estúdios Tamborearte por Lucas Kinoshita, Mubemol por Gilberto Ribeiro Jr. e Transcendental por Leo Bracht durante o ano de 2015

Edição: Lucas Kinoshita

Mixagem: Gilberto Ribeiro Jr – Mubemol

Mixagem de “Continente”: Leo Bracht – Transcendental

Masterização: Ciro Moreau

Co produção musical, direção geral, produção executiva e projeto gráfico: Danny Calixto

Contatos Danny Calixto:

http://www.dannycalixto.com.br
https://www.facebook.com/dannycalixtomusic/

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O Sul em Cima 02 – Grupo Mato Grosso

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho do GRUPO MATO GROSSO, em especial músicas do disco BRASILEIRO, lançado em 1989.

Parte 1

Parte 2

 

Grupo Mato Grosso
capaO Mato Grosso foi um grupo que se formou na Europa numa viagem de alguns músicos catarinenses que levaram junto o músico baiano Letieres Leite. Peregrinando por lá, foram parar na Áustria. Alguns desistiram no caminho e retornaram, mas dois músicos do antigo e extinto grupo Engenho (de Santa Catarina) Alisson Mota e Claudio Frazê, mais Letieres Leite  (Bahia) e o percussionista Laurinho Bandeira (também de Florianopolis) fixaram raízes em Viena. Lá, por sugestão de um produtor local, adotaram o nome MATO GROSSO por ser possível de pronunciar na língua alemã, conta Dudu Trentin.

Juntou-se a eles Marcelo Onofri que depois, Dudu Trentin veio a substituir. Porém o  Dudu se afastou um tempo do grupo Mato Grosso e chamou os gaúchos Alegre Corrêa, Ronaldo “Gringo” Saggiorato e Fernando Paiva para formar uma outra banda, a YES BRASIL, mas depois de um tempo, foram todos para o grupo Mato Grosso.

Em 1989, lançaram o disco “Brasileiro” e mais adiante lançaram o CD “Dez Anos”,  que é uma espécie de coletânea, com duas faixas do disco “Brasileiro” (Vamos Lá e Alô Brasil), três inéditas (Santa Marta, Kotô e Moçambique), mais uma faixa com Alegre Corrêa (Essa Canoa), uma com Denise Fontoura (Guerra e Paz), uma com Diana Miranda (Filhas da África) e uma com o grupo Samba do Beko (Ser pai, ser mãe).

A sede do grupo sempre foi Viena – Áustria,  porém a atuação do grupo Mato Grosso se estendia em boa parte da Europa (Austria, Alemanha, Itália e Suiça principalmente).  Na suíça, vivia o produtor do disco BRASILEIRO, chamado URS – ALBERT da empresa Face Music.

O disco Brasileiro foi lançado em 3 versões. Primeiramente em LP, na Europa pela Face Music em 1989, mais tarde lançado em CD na Europa e depois, uma edição americana com outro design de capa.

Os músicos que participaram desse trabalho foram Alegre Corrêa (violão, guitarra), Dudu Trentin (teclados), Marcelo Onofri (piano, vocal), Ronaldo Saggiorato (baixo), Fernando Paiva (bateria), Laurinho Bandeira (percussão) e Cláudio “Frazê” Rodrigues (percussão). Convidadas: Paula Trentin-Jenner e Rita Scodeler (vocal).

Produzido por Cláudio Rodrigues (Mato Grosso) e Urs-Albert (Face Music). Gravado por Uli Bleicher no Estúdio Soundmill em outubro de 1989 – Viena.

Músicos

Sem título

Dudu Trentin:   pianista, tecladista, compositor, arranjador, orquestrador e regente –  de Marau/RS.  Iniciou a carreira artística no final dos anos 1970. Mudou-se, em 1983, para Porto Alegre, onde acompanhou alguns artistas, como Nei Lisboa e Vítor Ramil, além de integrar o grupo instrumental Cheiro de Vida.
Em 1987, foi para Viena, onde estudou no Franz Schubert Konservatoriun e no Konservatoriun Der Stadt Wien. Voltou para o Brasil em 1996. Ao longo de sua carreira, atuou ao lado de vários artistas no Brasil e Europa.

Alegre Corrêa – nasceu em 1960, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Já aos 13 anos de idade – como violonista, cantor, percussionista e compositor – imigrou para a sua residência atual: a música. Em 1989, se mudou para Viena – Áustria, fundando, quatro anos mais tarde, o Alegre Corrêa Sextett, com o qual realizou diversas turnês pela Europa, tocando em importantes espaços culturais como Opera de Viena, Vienna Konzerthaus, Jazzherbst Salzburger.

Como sideman, tocou ao lado de renomados músicos da cena jazzística da Áustria em inúmeras turnês na Alemanha, Suiça, Itália, Hungria, Luxemburgo, Croácia, Eslovênia, Turquia e Israel. Destaque para a Vienna Art Orchestra, onde permaneceu de 2000 a 2006. Em 2005, Alegre Corrêa passou a integrar o The Zawinul Syndicate, liderado pelo lendário tecladista Joe Zawinul (que tocou com Cannonball Adderley, Miles Davis, Weather Report), permanecendo no grupo por dois anos, e realizando turnês e shows por toda a Europa, Estados Unidos, América do Sul e Ásia.

Ronaldo Saggiorato (de Passo Fundo) é uma referência no baixo elétrico de seis cordas. Tocou com nomes de peso e morou muitos anos na Europa. Possui dois CDs de composição gravados e participação em dezenas de CDs com artistas como Renato Borguetti, Letieres Leite, Vitor Ramil, Alegre Corrêa, Dante Ozzetti, Guinha Ramires, Mohamed Mounir, Sandra Pires, Elias Meiri, Timna Brauer, Marcelo Onofri, Alessandro Kramer, entre muitos outros.

Marcelo Onofri  –  Marcelo Onofri nasceu em Teófilo Otoni/MG. Pianista, cantor, compositor, arranjador. Atualmente é professor do Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP, responsável pelas disciplinas Música e Ritmo e Canto para o ator.

Estudou na Escola de Música de Brasília, no Conservatório Carlos Gomes (Campinas, São Paulo) e em seguida cursou composição e regência na UNICAMP, criando nesta época o primeiro Coral Cênico da cidade: Coral Latéx.

Em 1987 mudou-se para Viena (Áustria), onde viveu durante 15 anos. Ingressou no curso de Regência Orquestral na Escola Superior de Música de Viena e realizou vários trabalhos: foi formador do Grupo Brasileiro Mato Grosso, pianista do Libertango Trio (trabalho de releituras da obra do compositor argentino, AstorPiazzola); regeu durante 4 anos o Coral”JedwederKüchenChor”.

Fernando Paiva – Baterista, compositor, arranjador  – De Porto Alegre. / Vive e trabalha em Viena.

Cláudio “Frazê” Rodrigues – De SC  – Fez parte do Grupo Engenho, um dos mais importantes grupos musicais de SC.

Laurinho Bandeira – DE SC – Percussionista

Vamos apresentar no programa O Sul em Cima, as músicas:

Alô Brasil (Dudu Trentin / Nei Lisboa), Vamos Lá (Alegre Corrêa), Cunhataí(Toninho Porto), For All (Marcelo Onofri), Festa na Floresta (Ronaldo Saggiorato / Marcelo Onofri / Laurinho Bandeira), Couvert (Alegre Corrêa / Raul Boeira), Vai Iluminar (Alegre Corrêa), Reza (Marcelo Onofri / Raul Boeira) do disco “Brasileiro” de 1989  e as músicas Kotô  (Alegre Corrêa / Laurinho Bandeira) e Moçambique (Toninho Porto) do CD Mato Grosso “Dez Anos“.

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O Sul Em Cima 01 – Kleiton & Kledir

No primeiro O SUL EM CIMA de 2018, vamos mostrar músicas do disco CLÁSSICOS DO SUL de KLEITON & KLEDIR.

Parte 1

Parte 2

 

Kleiton & Kledir

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Kleiton e Kledir começaram a estudar música muito cedo e, nos anos 70, lançaram com mais três amigos a banda “Almôndegas”, que foi um marco na história da música do Rio Grande do Sul. Foram quatro discos, uma infinidade de shows e a mudança para o Rio de Janeiro. Quando o grupo se dissolveu, os irmãos decidiram prosseguir a carreira em dupla.

Em 1980 saiu o primeiro disco da dupla. O sucesso foi imediato e os shows arrastavam um público enorme por todo o Brasil. Lançaram vários discos (inclusive um em espanhol) o que lhes rendeu disco de ouro e shows nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Gravaram em Los Angeles, Nova Iorque, Lisboa, Paris, Miami e Buenos Aires.  Suas composições foram gravadas por Simone, Nara Leão, MPB4, Caetano Veloso, Xuxa, Fafá de Belém, Nenhum de Nós, Zizi Possi, Ivan Lins, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Belchior, Emílio Santiago, Cláudia Leitte e muitos outros. Também pelo mundo afora suas músicas ganharam versões de grandes artistas, como os argentinos Mercedes Sosa e Fito Páez, a cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro e a japonesa Chie.

Kleiton & Kledir trouxeram definitivamente para a cultura brasileira a nova música gaúcha. Eternizaram um sotaque diferente, uma maneira própria de falar e cantar, com termos até então desconhecidos como “deu pra ti” e “tri legal”. Segundo um crítico da época, parecia “uma dupla de ingleses, cantando numa língua que lembra o português”.  Acabaram se transformando em símbolos do gaúcho contemporâneo, do homem moderno do sul do Brasil, o que fez com que o governo do estado lhes conferisse o título de “Embaixadores Culturais do Rio Grande do Sul”

Em 1987, apesar de tanto sucesso, a dupla resolveu se separar. Depois de alguns anos, retomaram a carreira. Lançaram os CDs Dois (Som Livre 1997), Clássicos do Sul (Universal 1999) e coletâneas que venderam mais de meio milhão de cópias. Estiveram em Paris apresentando uma série de shows no Museu do Louvre e viajaram duas vezes em turnê pelos EUA. No carnaval carioca de 2002 foram homenageados pela Escola de Samba Caprichosos de Pilares, que desfilou com um enredo inspirado na canção Deu pra ti.

Lançaram em 2005, o CD/DVD Kleiton & Kledir – ao vivo, onde fazem uma releitura da carreira de tanto sucesso. O disco é um lançamento Som Livre/RBS – com produção do britânico Paul Ralphes – e recebeu o Prêmio TIM de Melhor Disco do Ano, na categoria canção popular.

O CD e DVD Autorretrato, lançado em 2009 é um projeto de músicas inéditas. O DVD, em formato documentário, reúne as músicas inéditas e as histórias que permeiam suas criações, contando um pouco da vida da dupla gaúcha. Autorretrato a música título, é uma conversa entre dois amigos, onde cada um desabafa e revela seus segredos.

No ano de 2011 lançam “Par ou Ímpar”, seu primeiro CD infantil. Deste trabalho lançam no ano seguinte o CD/DVD “Par ou Ímpar ao vivo” em parceria com o Grupo Tholl, contando ainda com a participação de Fabiana Karla. O CD do show musical Par ou Ímpar recebeu o Prêmio da Música Brasileira como Melhor Álbum Infantil, durante cerimônia no Theatro Municipal do Rio e o Prêmio Açorianos de Melhor CD Infantil, em Porto Alegre, em junho de 2013.

Em 2015 lançam pela Biscoito Fino seu novo CD “Com Todas as Letras” onde contam com participação de grandes escritores do Rio Grande do Sul como parceiros nas composições inéditas. Entre os escritores estão nomes como Caio Fernando Abreu, Luis Fernando Veríssimo, Martha Medeiros, Fabrício Carpinejar, Letícia Wierzchowski, Daniel Galera, Paulo Scott, Cláudia Tajes, Alcy Cheuiche e Lourenço Cazarré.

Vamos mostrar neste programa O SUL EM CIMA, as músicas do disco CLÁSSICOS DO SUL, lançado em 1999. Uma produção Universal Music, dirigida por Marco Mazzola, com direção e concepção musical de Kleiton & Kledir. Programações e concepção rítmica de Ramiro Musotto e K&K.

As músicas apresentadas são: Pára Pedro (José Mendes/José Portella Delavy), Nuvem Passageira (Hermes Aquino – participação de Bakithi Kumalo), Balaio (Folclore), Haragana (Quico Castro Neves), Gaúcho de Passo Fundo e Coração de Luto (Teixeirinha), Negrinho do Pastoreio (Barbosa Lessa), Trova (Kleiton & Kledir), Pezinho (Folclore), Felicidade (Lupicínio Rodrigues), Carreta de Quitanda, Prenda Minha e Boi Barroso (Folclore), Gauchinha Bem-Querer (Tito Madi).