O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado ao trabalho de OLY JR, em especial ao seu novo trabalho “Dedo de Vidro”.
OLY JR, começou sua carreira musical em 1998 tocando blues. Depois passou a incorporar elementos do rock, do folk americano/gaúcho e da milonga pampeana, fazendo desses elementos musicais, referências diretas no seu trabalho autoral.
Já são 11 discos lançados (o CD Dedo de Vidro é o 11º), participação no álbum duplo – ao vivo “Os Blackbagual” que compõe a caixa “Bebeto Alves em 3D”, é guitarrista da banda Os Irish Boys, que acompanha o músico/compositor Júlio Reny, tendo participado de dois discos do artista, “A Primavera do Gato Amarelo” e “Bola 8”. Também participou do “Moinho da Estação Blues Festival II”, na coletânea internacional “Rock four Life” com a canção “Milonga Blues”, na coletânea “Música na Casa 2004” (Casa de Cultura Mário Quintana) com a canção “Dia de Chuva” com Gaspo Harmônica e é ganhador de três troféus do “Prêmio Açorianos de Música 2009/2010”, Melhor Disco, Melhor Compositor e Melhor Intérprete na categoria Blues/Jazz. Costuma se apresentar em formato solo ou acompanhado por sua banda de apoio, Os Tocaios.
“Sou blueseiro do delta do Jacuí e milongueiro do asfalto; toco rock de revesgueio e misturo o folk daqui com o folk de lá; vou seguindo a passo leve, num caminhar imperfeito até a morte me pealar”, diz Oly Jr.
Vamos mostrar no programa, músicas do mais recente trabalho de Oly Jr, chamado “Dedo de Vidro”. Como ele explica:
‘Esse disco tem como força motriz, em termos estéticos e sonoros, a intervenção em todas faixas, do slide. O slide é um objeto cilíndrico, ou um tubo, que pode ser feito de vários materiais, mas os mais usados são os de metais, de porcelana, no meu caso, de vidro, e é usado como efeito sonoro, deslizando esse objeto em algum instrumento de cordas, geralmente no violão ou na guitarra, mas no meu caso, e pra esse disco, usei direto numa viola de 10 cordas e numa guitarra de 10 cordas, que eu chamo de “guitarola”, fuçada e reformada pelo luthier André Luthier Moraes. Ou seja, consegui unir elementos que me emocionam muito no universo musical, como o blues, a milonga, o folk, o rock, a viola e o slide. Faz muito tempo que eu estudo a técnica do slide, através do blues, e desde 2009, com o disco “Milonga Blues” eu venho aplicando essa técnica também na milonga, que depois aperfeiçoei um pouco mais em outro disco, o “Milonga em Blue (Notas do Delta)”, de 2012. No disco de 2009 eu já tinha gravado os slides numa viola de 10 cordas, mas que eu a usava em 5 cordas. Somente num disco de 2013, que eu gravei em parceria com o harmonicista chileno Gonzalo Araya, intitulado “Do Delta do Jacuí ao Deserto do Atacama”, que de fato usei numa viola com 10 cordas, com intervenções do slide em algumas canções. Como gostei muito do resultado, me dediquei um tempo pra viola e pra essa guitarra de 10 cordas, com um slide no dedo, compondo e fazendo arranjos nessas condições. Daí surgiu o DEDO DE VIDRO”.
Ouçam Aqui – Programa 9