O Sul Em Cima 26 – BANDA SELTON
Ouçam Aqui – Programa 26
Programa 26/2014 – BANDA SELTON – Parte 1
Programa 26/2014 – BANDA SELTON – Parte 2
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O SUL EM CIMA Especial dessa edição, faz uma homenagem a MERCEDES SOSA.
Mercedes Sosa (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 – Buenos Aires, 4 de outubro de 2009) foi uma cantora argentina, uma das mais famosas na América Latina. A sua música, tem raízes na música folclórica argentina. Ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva canción. Apelidada de La Negra pelos fãs, devido à ascendência ameríndia, ficou conhecida como a voz dos “sem voz”.
Mercedes Sosa nasceu em San Miguel de Tucumán, na província de Tucumán, no noroeste da Argentina, cidade onde foi assinada a declaração de Independência da Argentina em 9 de julho de 1816, na casa de propriedade de Francisca Bazán de Laguna, que foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1941. Nascida no dia da Declaração da Independência, e na mesma cidade onde foi assinada, Mercedes sempre foi patriota. Afirmou inúmeras vezes que a “pátria só temos uma”. Foi também uma árdua defensora do Pan-americanismo e da integração dos povos da América Latina.
Sua ascendência era mestiça (mistura de europeus com amerindios): francesa e dos indígenas do grupo diaguita. Sua carreira se iniciou em 1950, aos quinze anos de idade, quando Sosa venceu uma competição de canto organizada por uma emissora de rádio de sua cidade natal e ganhou um contrato para cantar por dois meses.
Carreira
Em 1961 grava seu primeiro álbum, intitulado La voz de la zafra (publicado em 1962). Em seguida, uma performance no Festival Folclórico Nacional faz com que se torne conhecida entre os povos indígenas de seu país. Sosa e seu primeiro marido, Manuel Óscar Matus, com quem teve um filho, são peças chave no movimento musical da década de 1960 conhecido como nueva canción. Em 1965 lançou o aclamado Canciones con fundamiento, uma compilação de músicas folcloricas da Argentina. Em 1967 faz uma turnê pelos Estados Unidos e pela Europa e obtém êxito internacional. Em 1970 grava Cantata Sudamericana e Mujeres Argentinas com o compositor Ariel Ramirez e o letrista Felix Luna. Em 1971 grava um tributo à cantora e compositora chilena Violeta Parra, ajudando a popularizar a canção “Gracias a la vida”. Mais tarde grava um álbum em homenagem a Atahualpa Yupanqui.
Nos anos seguintes interpreta um vasto repertório de estilos latino-americanos, gravando tanto com artistas argentinos como Leõn Gieco, Chaly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, quanto com internacionais como Chico Buarque, Raimundo Fagner, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Kleiton & Kledir, Caetano Veloso, Gal Costa, Sting, Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti, Nana Mouskouri, Joan Baez, Silvio Rodriguez e Pablo Milanés. Mais recentemente, grava com a colombiana Shakira, cantora latino- americana de maior sucesso no exterior.
Após a ascenção da Junta militar do general Jorge Videla, que depôs a presidente Isabelita Perón em 1976, a atmosfera na Argentina tornou-se cada vez mais opressiva. Sosa, que era uma conhecida ativista do peronismo de esquerda, foi revistada e presa no palco durante um concerto em La Plata em 1979, assim como seu público. Banida de seu próprio país, ela se refugiou em Paris e depois em Madri. Seu segundo marido morreu um pouco antes do exílio, em 1978.
Sosa retornou à Argentina em 1982, vários meses antes do colapso do regime ditatorial como resultado da fracassada guerra das Malvinas, e deu uma série de shows no Teatro Colón em Buenos Aires, onde convidou muitos colegas jovens para dividir o palco com ela. Um álbum duplo com as gravações dessas performances logo se tornou um sucesso de vendas. Nos anos seguintes, Sosa continuou a fazer turnês pela Argentina e pelo exterior, cantando em lugares como o Lincoln Center, o Carnegie Hall e o Teatro Mogador.
O repertório de Sosa continou a ampliar, tendo gravado um dueto com a sambista Beth Carvalho, intitulado “So le pido a Dios”, cada uma cantando em seu idioma. Em 1981 gravou o sucesso “Años” com o cantor cearense Fagner. Também gravou com Kleiton & Kledir, as músicas Vira Viró (Kleiton Ramil) e Siembra (José Fogaça e Vitor Ramil). Seu último álbum, Cantora, traz duetos com artistas que são referência na música latino-americana.
Sosa era Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO para a América Latina e o Caribe. Em 2000, ela ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de música folclórica por Misa Criolla, feito que repetiria em 2003 com Acústico e em 2006 com Corazón Libre. Sua interpretação de “Balderrama” de Horacio Guarany, fez parte da trilha-sonora do filme de 2008 Che, sobre o lendário guerrilheiro argentino Che Guevara.
Mercedes Sosa se foi aos 74 anos e idade em 4 de outubro de 2009, mas está eternizada pela grandiosidade de sua obra.
Ouçam Aqui: Programa 25/2014
Programa 25/2014 – MERCEDES SOSA – Parte 1
Programa 25/2014 – MERCEDES SOSA – Parte 2
http://www.mercedessosa.com.ar/
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa
O SUL EM CIMA dessa semana mostra várias versões de músicas do ritmo chamado MILONGA ou que tenham ligação com esse ritmo contagiante.
A Milonga é chamada por ritmo rioplatense porque é comum na área da Argentina, Uruguai e no Sul do Brasil. Embora o ritmo seja muito conhecido na Argentina, teve muita influência no RS, formando parte das tradições gaúchas.
O termo “milonga” vem de uma palavra africana que significa – palavra -. Ao parecer também fazem a relação as origens com alguns tipos de danças africanas que se dançavam entre um homem e uma mulher, o que também se tornou uma característica da milonga. A princípio, a milonga era um tipo de poema cantado, onde as letras eram mais importantes que a música.
Quando esse ritmo foi evoluindo, as músicas viraram mais complexas e um pouco mais rápidas. Esse ritmo surgiu no século 19 com os gaúchos argentinos e depois se introduziu ao Brasil pela fronteira com Argentina. Era uma música principalmente cantada pelos “payadores” acompanhados pelo violão, logo depois se incorporaram instrumentos como a flauta, o piano e o violino. A milonga foi influenciada por outros ritmos como o candombe, a mazurca e a valsa, e foi se formando o tango, ritmo que se tornou famoso mundialmente e foi evoluindo paralelamente a milonga.
O termo milonga depois ficou conhecido por ser uma dança, similar ao tango. Porém o jeito de dançar milonga muda por regiões, por exemplo, a milonga riograndense gaúcha é uma dança calma. Pelas influências à dança, ela possui giros lentos entre outros cortantes, lembrando os ganchos e sacadas do tango.
Existem diferentes características deste ritmo e dependem da região (Argentina, Uruguai ou Rio Grande do Sul). Por exemplo a Milonga Pampeana ou milonga tradicional é conhecida geralmente por ter andamento lento, em compasso 4/4 ou 2/4, tonalidade menor, ou usando escalas menores quando tem tonalidade maior, o que dá uma sensação de melancolia.
Segundo algumas fontes, em 1968 o conjunto Farroupilha gravou pela primeira vez uma milonga no RS, chamada “Milonga do Bem Querer”, que apresentamos no programa.
Vamos ouvir em O Sul Em Cima dessa edição algumas versões de Milongas interpretadas por vários artistas do Sul do Brasil, do Uruguai e Argentina.
Músicas:
1- Corazoncito (1928) -Carlos Gardel (Rafael Rossi / José Rial)