A MUSA

Mogi Guaçu, 18 maio de 2009
Ela morava na casa em frente. Linda. 25 anos talvez? Morava com sua mãe e alguns animais, cães pequenos na maioria.

A casa era toda envidraçada o que permitia vê-la circulando, o suficiente para me deixar apaixonado. Um belo dia tomei coragem e entrei. Ela me recebeu muito bem sem suspeitar de minha paixão. Sua mãe também era cordial e receptiva.

Depois de alguma convivência joguei-me sobre ela, um dia, e a beijei com vontade. Fui um pouco estabanado e quase caímos em cima da mesa, pelo impulso que tomei. Fui até o quintal onde cães vinham de todo lado. Consegui ficar calmo, apesar de ser um estranho entre eles.
Um novo beijo selou nossa relação. Fiquei mais tranqüilo. Ela porém,estava um pouco diferente, sua boca era menor, suas feições levemente alteradas. Parecia outra pessoa. Então fez a pergunta: “Porque você no primeiro beijo estava tão agitado?”. Fiquei em silêncio pensando que sentira vergonha de expressar minha atração por ela, foi um impulso, quis beijá-la de repente… Mas não falei nada.

Voltei para casa onde morava com um tia em uma ampla casa. Antiga, misteriosa. Ela chegou da rua e perguntou o que eu andava fazendo. Disse apenas que havia feito amizade com as vizinhas em frente e que elas me mostraram vários animais diferentes (creio que havia outros bichos pequenos além de cães).

Mais tarde caminhei para encontrar minha musa em um curso que fazia na mesma rua, mais adiante. Cheguei lá e falei com algumas pessoas. O pessoal era simpático, mas não fiquei muito tempo por ali, pois não a encontrei. Tinha coisas a fazer. Havia chovido e havia poças de água por todo lado. Não estava fácil de andar.

A última lembrança que tenho desse sonho é que caminhava, sem destino definido, mas carregava comigo o sentimento pleno da musa que sempre estaria comigo.

5 thoughts on “A MUSA

  1. Les passantes
    Extrait Des Emotions poétiques

    Par Antoine Pol

    1888-1971 Antoine Pol est né à Douai le 23 août 1888 et est mort à Seine Port le 21 juin 1971. Antoine Pol a combattu pendant la guerre de 14-18 comme Capitaine d'artillerie. A la fin de la guerre il est entré au service des Mines de La Houve à Strasbourg en 1919. Puis a la fin de la seconde guerre mondiale il devient président du Syndicat Central des importateurs de charbon de France. I pris sa retraite en 1959 pour s'adonner à l'une de ses grandes passions : la poésie. Ses Oeuvres principales sont Emotions poétiques-1918, Le livre de maman-1924, Destins-1941, Plaisirs d'amour-1947, Croquis-1970 et Coktails-1971. Ce poème a été mis en musique et chanté
    par George Brasens un an après la mort du poète.

    Je veux dédier ce poème
    A toutes les femmes qu'on aime
    Pendant quelques instants secrets
    A celles qu'on connaît à peine
    Qu'un destin différent entraîne
    Et qu'on ne retrouve jamais

    A celle qu'on voit apparaître
    Une seconde à sa fenêtre
    Et qui, preste, s'évanouit
    Mais dont la svelte silhouette
    Est si gracieuse et fluette
    Qu'on en demeure épanoui

    A la compagne de voyage
    Dont les yeux, charmant paysage
    Font paraître court le chemin
    Qu'on est seul, peut-être, à comprendre
    Et qu'on laisse pourtant descendre
    Sans avoir effleuré sa main

    A la fine et souple valseuse
    Qui vous sembla triste et nerveuse
    Par une nuit de carnaval
    Qui voulut rester inconnue
    Et qui n'est jamais revenue
    Tournoyer dans un autre bal

    A celles qui sont déjà prises
    Et qui, vivant des heures grises
    Près d'un être trop différent
    Vous ont, inutile folie,
    Laissé voir la mélancolie
    D'un avenir désespérant

    A ces timides amoureuses
    Qui restèrent silencieuses
    Et portent encor votre deuil
    A celles qui s'en sont allées
    Loin de vous, tristes esseulées
    Victimes d'un stupide orgueil.

    Chères images aperçues
    Espérances d'un jour déçues
    Vous serez dans l'oubli demain
    Pour peu que le bonheur survienne
    Il est rare qu'on se souvienne
    Des épisodes du chemin

    Mais si l'on a manqué sa vie
    On songe avec un peu d'envie
    A tous ces bonheurs entrevus
    Aux baisers qu'on n'osa pas prendre
    Aux coeurs qui doivent vous attendre
    Aux yeux qu'on n'a jamais revus

    Alors, aux soirs de lassitude
    Tout en peuplant sa solitude
    Des fantômes du souvenir
    On pleure les lèvres absentes
    De toutes ces belles passantes
    Que l'on n'a pas su retenir

    Os dois artistas nasceram no mesmo dia e mês: um sonha em forma de poesia e o outro faz poesia em forma de sonho.

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