Vamos mostrar no primeiro programa de 2019, as músicas do Projeto Par ou Ímpar Ao Vivo. São registros do show de Kleiton & Kledir com o excelente grupo Tholl e que teve a direção de João Bachilli, responsável por criações que abrilhantam ainda mais as ótimas canções e tornam o espetáculo mágico e inesquecível.
O “PAR OU ÍMPAR AO VIVO” com Kleiton & Kledir e Grupo Tholl (com participação especial de Fabiana Karla) ganhou os prêmios de Melhor Álbum Infantil na 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira e também o Prêmio Açorianos de Música de 2012.
Esse registro foi feito em Porto Alegre no Teatro Bourbon Country no dia 27 de maio de 2012 e gerou o CD/DVD. O show foi criado a partir do disco infantil do mesmo nome lançado em 2011 pela Biscoito Fino, com músicas inspiradas no universo infantil cheio de fantasia e imaginação. O Projeto Par ou Ímpar Ao Vivo teve a direção do DVD de Pena Cabreira e Cláudio Fagundes, a direção do espetáculo de João Bachilli e direção e produção musical de Kleiton & Kledir.
A viagem começa com a música Maria Fumaça rumo à Estação de Par ou Ímpar…como diz Kledir: ‘Maria Fumaça” foi a música que lançou Kleiton & Kledir. Desde crianças sempre fomos uma dupla, mas só nos demos conta disso quando nos apresentamos pilotando nosso trem de ferro no Festival da Tupi, em dezembro de 79. Essa locomotiva faz parte da nossa história. Tem nos levado a muitos lugares interessantes e agora nos proporciona uma travessia a um mundo de sonhos e fantasias: “Par ou Ímpar”, um lugar mágico, criado no palco pela exuberância cênica do Grupo Tholl.
O espetáculo – que saiu em DVD, com a participação especial da atriz Fabiana Karla – começa intencionalmente com uma releitura de “Maria Fumaça”. A canção original conta a história de um noivo que não quer perder o casamento, pois vai dar o golpe do baú. Essa nova versão, que recebeu o sub-título “rumo a Estação de Par ou Ímpar”, conta a história de dois amigos que viajam a um lugar encantado onde vai haver uma festa e um torneio, em que estará em jogo a mão da Princesa Spirulina…
As músicas apresentadas no programa são: 01 – Maria Fumaça – rumo à Estação de Par ou Ímpar // 02 – O Mágico Estrambólico // 03 – Pirulito Esquisito // 04 – Formiga Atômica // 05 – O Cão Salsicha // 06 – Margarida, a Tartaruga // 07 – Bicho Gente // 08 – Par ou Ímpar // 09 – Planeta Poft // 10 – A Bruxa // 11 – Trova do Guri e da Guria // 12 – Pé de Pilão // 13 – Lindinha
Músicos: Adal Fonseca – bateria // André Gomes – baixo // Dudu Trentin – teclados e trilha sonora // Kleiton – violino, violão aço, pente com papel celofane // Kledir – violão, cuatro, estalo de língua.
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A partir do próximo programa teremos uma novidade que é a entrada de um novo integrante na Equipe do programa O Sul em Cima: LUCIANO BALEN. Ele é produtor musical, formado em Administração de Empresas, diretor do Festival Música de Rua, Integrante do excelente duo eletrônico CCOMA, diretor do Projeto Incubadora da Música, Integrante da Comissão Votante do Grammy Latino e apresentador e curador do programa de rádio Fonograma na UCS Fm. Luciano conhece e ama a música profundamente e com certeza irá agregar valores culturais e conteúdo enriquecendo ainda mais nosso programa.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da cantora e compositora PAOLA KIRST, em especial as músicas de seu álbum ” Costuras que me bordam marcas na pele”.
Paola Kirst sempre experimentou diferentes linguagens artísticas como a dança, o teatro e a música. Naturaldo extremo sul do estado, cidade do Rio Grande (RS) e hoje com seus 29 anos, é bacharela em Artes Visuais e atua como cantora e performer apresentando seu trabalho autoral em formato quarteto, junto dos músicos do KIAI grupo: Dionísio Souza no baixo, Lucas Fê na bateria e Marcelo Vaz no piano. A cantora busca traçar uma trajetória de experimentação para o uso do corpo e de sua voz como instrumento de expressão poética. Seu trabalho autoral bebe da fonte do samba às vertentes jazzistas, do grito ao sussurro. Em suas canções aborda o cotidiano vivenciado pelo olhar feminino, experimental e faminto de uma artista. Além disso, faz questão de evidenciar suas parcerias musicais com jovens poetas e também apresentar obras de compositores e amigos como Fabrício Gambogi, Pâmela Amaro e Juliano Guerra.
Paola e sua banda têm participado de diversos eventos voltados para a valorização do trabalho musical autoral e independente: Casas Colaborativas pelo Estado, Festivais como Pira Rural, Morrostock e Psicodália; eventos como Sofar Sounds Porto Alegre, Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras, seleção no projeto Som no Salão de Atos da UFRGS. Além disso, realizou a abertura dos shows de Nei Lisboa e Vanessa da Mata.
Paola integra outros projetos musicais como a trupe Goiaba de Casaquefoi contemplado com a premiação de melhor arranjo com a música “distante do mar” no 1º Mar em Canto – Festival Popular da Canção Litorânea da Festa do Mar em Rio Grande, no ano de 2015. No ano de 2016 participou da segunda edição do mesmo Festival, onde interpretou a canção “Ondas Salgadas da Dor” dos compositores porto-alegrenses Ricardo Cordeiro e Luana Fernandes. A canção recebeu a segunda colocação no evento.
Em 2018 lança seu primeiro álbum ” Costuras que me bordam marcas na pele” que foi produzido entre dezembro de 2017 e outubro de 2018 no Estúdio da Pedra Redonda, Porto Alegre/RS. Produção musical, engenharia de som, mixagem, masterização de Wagner Lagemann, Direção Musical de Dionísio Souza e Arranjos do KIAI Grupo.
Vamos mostrar nessa edição de O SUL EM CIMA, as músicas do Álbum “Costuras que me Bordam Marcas na Pele” que são:
01 – PÃO COM MEL – (Letra: Thielle Pinho / Música: Paola Kirst e Dionísio Souza) // 02 – CRENDICE – (Letra: Paola Kirst / Música: Paola Kirst e Dionísio Souza) // 03 – SALIVA – (Poesia: Paola Kirst) // 04 – CHARLIE 04 – (Letra e Música: Juliano Guerra – Participações: Bruno Coelho na percussão // Pedro Borghetti, Leo Oliveira, Marcelo Vaz, Lucas Fê, Tamiris Duarte e Bruno Coelho: vozes e palmas // 05 – CAIS – (Letra: Thiago Madruga / Música: Paola Kirst) // 06 – INVERNO – (Letra: Carlos Medeiros / Música: Paola Kirst e Marcelo Vaz) // 07 – COM QUATRO – (Música: Paola Kirst e Dionísio Souza) // 08 – ABANDONADA – (Letra: Paola Kirst / Música: Neuro Júnior – Participação: NEURO JÚNIOR: Violão 7 cordas) // 09 – SOLITUDE – (Poesia: Paola Kirst) // 10 – DOIS RIOS – (Letra e Música: Andrei Corrêa) // 11 – PRIMEIRO MERGULHO – (Letra: Paola Kirst / Música: Paola Kirst e Marcelo Vaz) // 12 – OLÍVIA – (Letra e Música: Cleiton Oliveira e Paola Kirst)
O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho de LUCIANO GRANJA GRUPO.
A banda surgiu de forma despretensiosa em 2010, a partir da reunião do guitarrista porto-alegrense LucianoGranja e o baixista Fernando Peters para fazer alguns registros musicais. O resultado foi tão bacana que, em 2011, Tio Vico foi convidado a gravar os vocais e Luigi Vieira passou a integrar o grupo, assumindo a bateria. A primeira apresentação ao vivo do grupo acabou acontecendo somente em 2013, mas desde então já somam na bagagem diversas apresentações importantes pelo Sul do país.
Já em 2016, Luciano Granja Grupo lança o primeiro disco da carreira. Intitulado com o mesmo nome, apresenta 10 faixas autorais, com destaque para canções como “Carta” – o primeiro single de trabalho -, “Matemática”, “Vontade de Voar” e “Escuro”, que traz a participação especial de Pedro Veríssimo. Além da forma física, o álbum também foi lançado nas principais plataformas digitais como iTunes, Spotify, Deezer e Rdio.
Luciano Granja é guitarrista renomado por seu extenso currículo ao lado de grandes nomes como Engenheiros do Hawaii, Kleiton e Kledir, Pitty e Armandinho. Além de desenvolver trabalhos independentes como Osso, IndiviDuo e Leme(com Deleve e Flu).
Em 2018, lança o novo CD “Luciano Granja Grupo Vol 2” que é uma sequência do primeiro álbum, seguindo o mesmo padrão e apresentando 10 novas músicas autorais. Além do disco físico, o novo disco está disponível para compra nas principais plataformas virtuais como iTunes, Amazon e Google Play e para streaming no Spotify, Deezer, SoundCloud e Apple Music.
Vamos mostrar no programa O Sul em Cima dessa edição, as músicas:
01 – M4T3M4T1C4 (Luciano Granja / Fernando Peters) // 02 – CARTA (Luciano Granja) // 03 – QUEM EU SOU (Tio Vico) // 04 – ESCURO (Luciano Granja / Adal Fonseca / Pedro Veríssimo – Participação Especial de Pedro Veríssimo) // 05 – VONTADE DE VOAR (Tio Vico), músicas do álbum “Luciano Granja Grupo” de 2016.
e também as músicas do álbum “Luciano Granja Grupo – Vol. 2” de 2018 que são: 06 – BALA PERDIDA (Tio Vico) // 07 – DANÇAR DIREITO (Luís Nenung / Carlos Panzenhagen) // 08 – SEGUINDO A TRILHA (Luciano Granja / Fernando Peters / Tio Vico / Luigi Vieira) // 09 – POR LA SOMBRA (Luciano Granja) // 10 – SEU MUNDO CÃO (Luciano Granja / Fernando Peters / Tio Vico / Luigi Vieira) // 11 – VACINA(Luciano Granja / Fernando Peters / Tio Vico / Luigi Vieira) // 12 – CONTROLE(Luciano Granja / Tio Vico / Luigi Vieira) // 13 – QUASIMODO (Luciano Granja / Luigi Vieira) // 14 – QUERER É PODER? (Luciano Granja / Fernando Peters / Tio Vico) // 15 – ALGUM LUGAR AO SOL (Luciano Granja / Tio Vico)
O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho do violonista, compositor e arranjador CAU KARAM.
Cau Karam (Pelotas 1962), começou seus estudos de violão como autodidata com 18 anos de idade e dedica-se ainda ao cavaquinho e à viola caipira. Depois de pré-selecionado no Projeto Rumos Musicais – Tendências e Vertentes da Produção Brasileira Atual do Itaú Cultural em 2001, passou a dedicar-se mais à composição.
O CD “Sambas, choros, valsas eum frevo” é o primeiro CD de Cau Karam. O álbum reúne obras criadas para formações instrumentais variadas (duos, trios, quartetos e quintetos), não se restringindo ao violão solo. A obra demonstra a concepção do autor sobre os ritmos brasileiros. Foi gravado em São Paulo, com direção do violonista e compositor Mário Gil, e conta com as participações de Nailor “Proveta” no clarinete, Ronen Altman no bandolim, Beto Sporleder na flauta e saxofones, Lucas Vargas, no piano e acordeom, Rui Barossi no baixo acústico, Mário Gaiotto na percussão, Paulo Ribeiro e Muari Vieira nos violões. Cau Karam toca violão, violão de 7 cordas, viola de 10 cordas e cavaquinho. Das três indicações no Prêmio Açorianos de Música 2006 (Melhor Disco; Compositor e Melhor Intérprete/Instrumentista), o autor recebeu os prêmios de Melhor Disco de Música Instrumental e Melhor Compositor de Música Instrumental do ano de 2006.
Em novembro de 2006, o compositor fez pré-lançamento do CD em pocket-show na Livraria da Vila, com as participações de Beto Sporleder, Rui Barossi, Paulo Ribeiro, Muari Vieira e Guilherme Marques na percussão. Em 2007 o compositor começa a temporada paulistana de lançamento do disco com o show ocorrido em junho no MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Em outubro do mesmo ano, o segundo show foi realizado no Museu da Casa Brasileira, dentro do Projeto Música no Museu, sob a curadoria de Benjamim Taubkin. Em novembro de 2009 e março de 2010, juntamente com o violonista Paulo Ribeiro, faz o show dentro do projeto Comboio de cordas – Coletivo de violonistas onde apresenta músicas de seu primeiro disco e mais algumas inéditas, além do repertório de música popular brasileira, com arranjos do próprio Duo. Em 2011, o Duo é convidado para participar do Projeto Música de Bandeja, organizado pelo SESC/SP, e faz apresentações no Sesc Pinheiros (agosto e dezembro/ 2011) e Sesc Bom Retiro (novembro/2011); e, em abril de 2012, o Duo faz nova apresentação, dentro do Projeto Música no Jardim, na cidade de Porto Alegre.
Em 2011 inicia um trabalho dedicado à canção brasileira e latino americana de diferentes períodos, juntamente com Francisco Andrade (viola de 10 cordas e violão) e Letícia Torança (voz), surgindo assim o Trio Encanto de cordas. Em junho de 2012, o trio faz seu primeiro show, no projeto Comboio de Cordas, no Teatro da Vila, em São Paulo e, em outubro, o trio é convidado a fazer uma participação especial no projeto Saraus, na Casa das Rosas, e concerto na Capela Nossa Senhora das Mercês, em São Luiz do Paraitinga.
Em janeiro de 2013, entra em estúdio com o Quarteto À Deriva, para gravação do álbum “De senhores, baronesas, botos, urubus, cabritos e ovelhas“. Nesse segundo disco, a sonoridade baseada em instrumentos acústicos, o interesse em conhecer e respeitar diferentes culturas que estão ao nosso redor e o compromisso com a contemporaneidade são as características que unem os dois universos e pontos de partida na construção da parceria. No encontro entre o grupo e o violonista, as afinidades conduzem a uma música original, expressiva e cheia de nuances, atenta à riqueza das matrizes que a cultura brasileira oferece e, ao mesmo tempo, aberta à infinidade de possibilidades criativas que surgem no diálogo entre essas tradições e formas contemporâneas de jazz e música erudita. Em maio de 2013, o primeiro show de lançamento do disco, no Theatro São Pedro, na cidade de Porto Alegre.
Nos anos seguintes tem feito inúmeras apresentações e em 2018, tem viajado com os espetáculos da CIA do Latão em comemoração aos 20 anos do grupo (temporada no CCBB – Rio de Janeiro, Festival de Teatro de Guaramiranga (CE)) e de 21/09 a 14/10 temporada no SESC Paulista com o espetáculo Lugar Nenhum (Cia do Latão).
Vamos apresentar no programa O Sul em Cima dessa edição, as músicas:
01 – Os Mistérios de Be // 02 – Ribeirando // 03 – Lurdinha na Janela // 04 – Falta de Ética Amorosa // 05 – 22 x 19 // 06 – Inveja Capilar // 07 – Ciúme Retroativo // 08 – Camila (Choro pro Zé Ramalho) // 09 – Valsando, Frevando, mas sem saber frevar direito.
Todas as músicas de Cau Karam e fazem parte do álbum ” Sambas, choros, valsas e um frevo”.
Músicos: Nailor “Proveta” no clarinete, Ronen Altman no bandolim, Beto Sporleder na flauta e saxofones, Lucas Vargas, no piano e acordeom, Rui Barossi no baixo acústico, Mário Gaiotto na percussão, Paulo Ribeiro e Muari Vieira nos violões, Cau Karam toca violão, violão de 7 cordas, viola de 10 cordas e cavaquinho.
E temos ainda as músicas do álbum “De senhores, baronesas, botos, urubus, cabritos e ovelhas” – Com Cau Karam e Quarteto À Deriva (2013):
10 – O Tímido e (é) o Narcisista (Cau Karam) // 11 – O Hábito estraga “um monte”(Cau Karam) // 12 – Nem o Freud, nem oRoberto Carlos (Cau Karam) // 13 – Moorit Yow (Rui Barossi).
Músicos: Cau Karam (violão e viola de 10 cordas), Daniel Muller (piano e sanfona), Beto Sporleder (saxofone e flauta, Guilherme Marques ( bateria e percussão), Rui Barossi (baixo acústico).
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do cantor e compositor gaúcho DANIEL DEBIAGI.
Daniel Debiagi começou na música aos 11 anos, com aulas de canto e violão na sua cidade natal, Cachoeira do Sul/RS. Passou a adolescência nos palcos e foi vencedor de diversos festivais estudantis.
Em 2013, o músico lançou o EP Drama-Flor com 6 canções e chegou a ser destaque no jornal inglês “The Brasil Observer” como uma das grandes promessas da música brasileira.
Foi vencedor do 8º Festival da Canção Francesa na capital gaúcha e vice-campeão no Rio de Janeiro/RJ na etapa nacional do Festival em 2015.
Em 2016, apresentou em Paris/FR seu show em tributo à cantora Maysa, que no mesmo ano fez temporada em Porto Alegre.
Em 2017, Daniel estreou no teatro musical como integrante do elenco de «Os Insepultos» (espetáculo baseado na obra Incidente em Antares, de Érico Veríssimo) com 10 apresentações. Com a bailarina e percussionista Ana Medeiros lançou o espetáculo cênico musical «Ay mi amor!» que ainda segue em cartaz por diversas cidades do Rio Grande do Sul.
Dando sequência ao seu trabalho autoral, Daniel apresenta em 2018 o CD «Sem chover em teus olhos» com 11 músicas próprias ou em parcerias. O álbum passeia pela MPB em variados ritmos como samba, tango e blues, também flertando com o pop, o folk, a chanson e a música latina.
O primeiro CD autoral e independente do cantor e compositor gaúcho Daniel Debiagi está em todas as plataformas digitais.
O álbum tem produção musical de Marisa Rotenberg e as participações especiais do cantor pernambucano Almério, da paulista Bruna Caram e da gaúcha Paola Kirst.
Vamos apresentar no programa O SUL EM CIMA as músicas:
01 – DE CANTO (Daniel Debiagi) // 02 – DRAMA – FLOR (Daniel Debiagi / Maikel Rosa) // 03 – MEIO MUNDO (Daniel Debiagi). Músicas do EP Drama – Flor de 2013. Músicos: Daniel Debiagi (voz), Angelo Primon (violão de aço, violão de nylon e guitarras), Fernando Sessé (Percussão e efeitos), César Moraes (Baixo), Marisa Rotenberg e Andréa Cavalheiro (vocais).
04 – CHANSON DE VALSE (Daniel Debiagi / Maikel Rosa) // 05 – ESSAS BOCAS (Daniel Debiagi) // 06 – HOMEM DE BEM (Daniel Debiagi) – Participação de Almério // 07 – DUAS QUADRAS – depois da solidão (Daniel Debiagi) // 08 – BEM QUE ME FAZ TÃO SEU (Daniel Debiagi) // 09 – SAMBA DO AVESSO (Daniel Debiagi) – Participação de Paola Kirst // 10 – VIDA DE NOVELA (Daniel Debiagi / Maikel Rosa) // 11 – É O QUE PARECE (Daniel Debiagi / Jocê Rodrigues) // 12 – PORTA – AMARES ( Daniel Debiagi / Maikel Rosa) // 13 – TANGO PARA MAYSA (Daniel Debiagi) – Participação de Bruna Caram // 14 – SIN LLOVER EN TUS OJOS (Daniel Debiagi). Músicas do álbum “Sem Chover em teus Olhos” de 2018.
Produzido por Marisa Rotenberg Arranjos por Marisa Rotenberg e demais músicos Captação dos instrumentos no Estúdio Municipal Geraldo Flach em Porto Alegre por André Birck. Mixagem e captação de voz: Clauber Scholles Masterização: Rodrigo Deltoro
Músicos:
Acordeon: Matheus Kleber // Violão Nylon, violão aço, guitarra: Guiza Ribeiro // Violão 7 cordas: Max Garcia // Baixo: Diego Banega // Baixo Acústico: Caio Maurente e Clóvis Boca Freire // Teclados: Handyer Borba // Percussão, Loop e efeitos : Fernando Sessé // Efeitos, macrófono – Marisa Rotenberg // Coro: Marisa Rotenberg, Jean Melgar e Daniel Debiagi
Na música SIN LLOVER EN TUS OJOS: Versão em espanhol: Isabel Janostiac // Violão: Giovanni Capeletti // Castanholas: Ana Medeiros // Palmeios: Ana Medeiros e Daniele Zill // Coro: Marisa Rotenberg, Jean Melgar e Daniel Debiagi
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do cantor e compositor DENIS GRAEFF, em especial as músicas de seu álbum BULNES 12 40.
O cantor e compositor catarinense Denis Graeff já fez muitas coisas na vida, teve empregos de escritório, atuou na televisão e chegou mesmo a trabalhar como crupiê de blackjack em um cassino nos Estados Unidos. Contudo – mais importante – ele é um poeta, que constrói sua música em torno das histórias pessoais encontradas ao longo de seu caminho. Inspirado por alguns dos grandes poetas da música – Leonard Cohen, Nick Cave, Jacques Brel – e artistas com forte senso de experimentação como Serge Gainsbourg, David Bowe, Kraftwerk e Astor Piazzolla, ele não se prende a um gênero musical imutável. Vindo do Brasil meridional, ele busca em seu ambiente, suas raízes e sua história pessoal elementos de composição, levando à criação de baladas urbanas, poemas eletrônicos e milongas modernas que retratam as desilusões das metrópoles.
Após muitos anos escrevendo poemas e compondo só para si e para amigos, em 2014 começa a gravar demos e se apresentar pelos palcos catarinenses. E logo a música o leva por caminhos inesperados. Em 2014 e 2015, em duas viagens aos Estados Unidos e Canadá, se apresentou em open mics de Nova York e até apareceu como backing vocal no programa de televisão Belle et Bum da Téle-Québec, em Montreal, acompanhando a cantora brasileira Bïa.
Seu trabalho atual é baseado na música de suas raízes no sul do Brasil e na bacia do Rio da Prata. Mas não de uma maneira óbvia. Os elementos familiares do tango, milongas e payadas são reinterpretados, tirados do seu ambiente natural e línguas nativas para criar viscerais canções contemporâneas.
“Bulnes 12 40”, primeiro álbum do cantor e poeta catarinense Denis Graeff, é uma proposta de novos caminhos para música do Sul.
Bulnes 12 40 é um local, uma hora, um ponto de encontro e desencontro de histórias que moram nas ruas da metrópole sem fim. Cada parede revela dramas, cada esquina abriga desejo, cada janela esconde olhos errantes, perdidos na esperança de um dia sentir, também, saudade. O cenário é Buenos Aires e é sempre Buenos Aires, não importa qual cenário seja. É a Santa María guardadora de universos, onde a pampa infinita termina em mar, onde o mar nasce do Prata e o Prata escoa das almas, dos sonhos e das lágrimas borradas nos assentos de veludo vermelho do metrô. Seus personagens vagam por milongas, começam pelo fim, são estranhos até que dancem, para, então serem estranhos novamente. Seus retratos são revelados enquanto pulam as casas de um jogo circular, de eterno reinício, saltando a casa do amor em que não podem jamais pisar.
O compositor catarinense Denis Graeff sempre concebeu sua música como um veículo para poesia e para contar as histórias humanas escondidas no anonimato das cidades. Com seu primeiro álbum completo, ele transforma essa ideia em canções de sangue platino, mas escritas para ecoar muito além dessa região. “Bulnes 12 40” é um trabalho com duas datas de concepção: a primeira em setembro de 2016, quando, em visita a amigos em Buenos Aires, o compositor percebeu o quanto se sentia em casa e tinha muito de suas histórias de vida simbolizadas por aquela cidade, onde ele e sua família haviam estado tantas vezes, ao longo de gerações. A segunda data é 7 de novembro do mesmo ano. Uma ideia que surge quando do falecimento de Leonard Cohen, grande referência na fusão da poesia sensível e profunda com a música popular. O cantor canadense, de quem Denis Graeff é fã declarado, deixou um corpo de obra extraordinário, mas nunca havia visitado em suas canções a capital portenha, de caráter dramático, sentimental e tão tomado pela música de origens espanholas e judaicas, que tanto combinava com seu universo poético. Assim nasce a ideia do disco: visitar raízes pessoais e imaginar o disco que o mestre nunca fez.
Natural de Blumenau, em Santa Catarina, mas filho de pais gaúchos, com uma história pessoal de ligações com a Argentina e o Uruguai, Denis Graeff trouxe dessas influências os elementos para criação de “Bulnes 12 40”. Mas não se trata de um disco de canções tradicionalistas. Aqui Jayme Caetano Braun, Zitarrosa e Atahualpa Yupanqui encontram Piazzolla, Nick Cave e até Throbbing Gristle. As letras trazem retratos da vida na cidade e neles a história de dois personagens hesitando em torno de se entregar a um amor que não combina com suas experiências urbanas. Os elementos musicais familiares de milongas, payadas e tango acompanham esse desconforto – são reinterpretados, misturados e tirados do seu ambiente natural e línguas nativas para criar viscerais canções contemporâneas. Os arranjos densos, com toques eletrônicos e experimentais, assim como as paisagens sombrias da metrópole, são elementos que ultrapassam os limites geográficos e estilísticos dos gêneros de raiz. O resultado dessa transformação leva a profunda expressividade emocional da música platina a um público mais amplo que as fronteiras da América do Sul.
O cenário, contudo, é aquele delineado desde o início: Buenos Aires, cidade infinita que como o Aleph de Borges contém em si todas as histórias do universo; capital dos pampas e metrópole moderna, o ponto de contato das referências internacionais com a cultura do Prata. É, assim, o lar simbólico da proposta que Denis faz à música do sul: levar suas milongas e payadas para o mundo.
Vamos apresentar nessa edição de O SUL EM CIMA, as músicas do álbum BULNES 12 40 que são:
01 – MILONGUETA, 02 – VOS Y YO, 03 – AND HER EYES, 04 – WELL PAST MIDNIGHT HOUR, 05 – I JUST WANT YOU TONIGHT, 06 – YOUR OWN SONG, 07 – LADY OF THE MIRROR, 08 – DON’T SHOW ME THOSE EYES, 09 – BOEDO Y RIVADAVIA, 10 – STRANGERS AGAIN, 11 – MILONGUETA #2, 12 – MILONGA DE BULNES.
Todas as canções compostas e gravadas por Denis Graeff
O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho do músico, compositor, produtor e arte educador FERNANDO LOBO.
FERNANDO LOBO
Músico, produtor e arte educador, atua em diferentes segmentos e estilos musicais desde a década de 90. Relaciona suas experiências musicais com a educação e espiritualidade, traz em sua obra a mescla de culturas tradicionais em um contexto contemporâneo. Se utiliza da tecnologia como conexão da raiz com o sutil no ambiente Pop.Afro.Caiçara. Como instrumentista, atuou em shows e gravações com diversos artistas, entre eles André Abujamra, Siba, Serenô, Kiko Dinucci, Karol Conka, Real Coletivo, B Negão, Confraria da Costa, Eek A Mouse, François Muleka.
Se apresentou em concertos e festivais no Brasil, Argentina, Uruguai, Portugal, Irlanda, França, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Espanha e Ilhas Canárias.
Fernando Lobo é autor do Livro Somos Som – Música percussiva brasileira, em parceria com a percussionista Simone Sou, o método apresenta a percussão brasileira como linguagem musical contemporânea. O livro foi lançado em 2016 e o trabalho já esteve presente em festivais no Brasil, Holanda e Inglaterra.
CD TAMBAKI
TAMBAKI é um barco de tripulação multiétnica comandado por Fernando Lobo, esse Cidadão do Mundo difusor da TAMANCADA DE CABOCLO HIGH TECH.
A mescla de influências das Raízes Afro com o Universo Caiçara, apresentadas num contexto Pop Contemporâneo dão vida à Cultura PopAfroCaiçara. Conceito cultural desenvolvido no Litoral do Paraná por um grupo de artistas interessados em expressar a multiplicidade cultural da miscigenação local. A essência da cultura PopAfroCaiçara tem cores, sons e gosto de mar. A bordo do TAMBAKI, saindo do Grande Mar Redondo em direção a mar aberto, Lobo e sua tripulação desvendam rotas e confluências por onde passam. TAMBAKI remonta as experiências de navegação em frias águas irlandesas, histórias de piratas e lendas de sereias nas margens do Tâmisa, dias de tempestade na costa lusitana, bravos ventos holandeses, banhos no Mediterrâneo e nas claras águas Caribenhas. Portos de passagem que deixaram suas marcas e desenharam a história do TAMBAKI.
TAMBAKI é o primeiro álbum solo de Fernando Lobo, o trabalho é fruto de dias em isolamento no litoral do Paraná, mais precisamente na Ilha dos Valadares, local de concentração e inspiração para o conceito e criação dos arranjos do disco. O repertório de TAMBAKI é composto por canções de diferentes fases da vida do músico. No disco, Lobo assume a versatilidade e assina as composições, execução instrumental e produção musical. Em busca de musicalidade própria, TAMBAKI transita por diversas referências de música no mundo, aborda as sonoridades da música caiçara, raízes da cultura afro, rock e regionalismos, mesclados numa linguagem de fácil entendimento. O trabalho demonstra claramente o caminho percorrido por Fernando Lobo apresentando diversas visões, percepções e comportamentos que o concretizaram.
As 10 composições presentes no TAMBAKI abordam a Raíz, o Sagrado e o Tempo. A celebração às divindades marca presença em muitos momentos da poesia contada na história do disco, esse ambiente que também traz os elementos estéticos da Cultura Caiçara, um universo de descobertas entre o mar e a mata, a água e o céu, refúgios de vida e auto conhecimento que nutriram e inspiraram a concepção do trabalho.
Vamos apresentar nessa edição de O SUL EM CIMA, as músicas do disco TAMBAKI
01 – OXUMARÉ (Fernando Lobo) // 02 – TCHAU! (Fernando Lobo / Mariana Barros) // 03 – FALA (Fernando Lobo) // 04 – MALI (Fernando Lobo) // 05 – FLECHA E ESPELHO (Fernando Lobo / Carlito Birolli) // 06 – FILHO DE FÉ (Fernando Lobo) // 07 – CASA VELHA (Fernando Lobo) // 08 – CANDONGA (Fernando Lobo) // 09 – TESOURO DO CÉU (Fernando Lobo) // 10 – MULEKE (Fernando Lobo).
Produzido por Fernando Lobo, Mixagem e Masterização de Fred Teixeira,
participação de François Muleka, Federico Puppi e Otto Nasca.
O SUL EM CIMA dessa edição faz uma homenagem ao grande cantor, compositor e instrumentista GIBA GIBA.
Natural de Pelotas (6/12/40 – 3/2/2014), o cantor, compositor e instrumentista Gilberto Amaro do Nascimento, mais conhecido como Giba Giba, é um percussionista reconhecido nacionalmente, sendo considerado pela crítica especializada um dos maiores expoentes na utilização do tambor sopapo, instrumento que representa a identidade musical do Rio Grande do Sul. Suas músicas já foram gravadas por artistas como Vitor Ramil e a dupla Kleiton & Kledir.
Difusor da cultura negra no estado, ele foi um dos fundadores e primeiro presidente da Praiana, na década de 1960. Criou e participou de festivais de música, foi conselheiro de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul e laureado cidadão emérito de Porto Alegre pela Câmara de Vereadores. Ao longo de sua trajetória, o artista recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor CD (1994) pelo disco “Outro Um”, concebeu e participou de grandes espetáculos, como A Ópera dos Tambores e Missa da Terra Sem Males. Ele também é o autor do projeto cultural Cabobu, que resgata a memória cultural do Rio Grande do Sul.
Giba Giba foi um dos grandes expoentes da cultura negra no Rio Grande do Sul. O músico pesquisou em profundidade a musicalidade afro-brasileira no Estado. “Ele teve uma carreira tímida fora do Rio Grande do Sul, até por não ser um músico popular. Mas dentro do nicho da música negra, da percussão, é um referência no país inteiro” – destacou o crítico musical Juarez Fonseca.
Já a cantora Loma Pereira lembrou da importância do percussionista no resgate da história da música negra do Rio Grande do Sul: “Ele foi o precursor do resgate do sopapo. Colocou o tambor embaixo do braço e percorreu o Rio Grande do Sul e o Brasil contando a história do instrumento, a partir de como este chegou ao Litoral Sul. Muitos seguidores se uniram a esta pesquisa e conferiram a importância que o instrumento tem para a região”.
A pedido de ZH, o músico Richard Serraria escreveu um depoimento sobre o amigo: “Certas figuras são a síntese de fatos e lendas. De fato, Giba Giba em vida entendeu bem cedo ser sua missão dar destaque ao tambor de sopapo, herança dos negros que construíram o estado do RS através do árduo trabalho nas charqueadas no período colonial sob regime escravista. Sua obra é viva nesse “Lugarejo” e seus seguidores permanecerão batendo tambor para lembrar que o estado mais meridional do país, entendido por muitos como a “Europa do Brasil”, também é, inegavelmente, a “África do Brasil”.
Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima as músicas:
01 – Lugarejo (Giba Giba / Wanderley Falkemberg), 02 – Outro Um (Giba Giba / Xyko Mestre), 03 – Negro Mina India Belmira (Giba Giba / Nelson Coelho de Castro), Tassy(Giba Giba / Maria Betânia Ferreira), 05 – Teresópolis (Giba Giba), 06 – Beirandoo Rio(Giba Giba / Celso Ferreira), 07 – Bata Beta (Giba Giba / Wanderley Falkemberg), 08 –Feitoria (Giba Giba / Maria Betânia Ferreira), 09 – Caboclinha (Giba Giba / Xyko Mestre), 10 – Areal da Baronesa (Giba Giba), 11 – Cerco à Princesa (Giba Giba / Toneco), 12 – Sopapo (Giba Giba / Toneco / Ivaldo Roque / Pery Souza / Maria Betânia Ferreira) / 13 – Lugarejo (interpretação de Simone Rasslan do CD Xaxados e Perdidos), 14 – Tassy (interpretação de Kleiton & Kledir).
O Sul em Cima dessa edição é dedicado a TONINHO FERRAGUTTI & BEBÊ KRAMER, e mostra em especial as músicas do disco “Como Manda o Figurino”.
É difícil pensar a cultura e a música popular do Brasil sem o acordeon. Sanfona, gaita, concertina, harmônica – os nomes do instrumento são tão diferenciados quanto a própria maneira de sua inserção na tradição musical de nosso país.
Toninho Ferragutti é nascido em Socorro, interior de São Paulo, e vive há muitos anos na capital paulista. Bebê Kramer nasceu em Vacaria, interior do Rio Grande do Sul, e hoje mora na cidade do Rio de Janeiro. Foram convidados para se apresentar juntos na mostra chamada Reflexos, no início de 2011, que reuniu duos de instrumentistas do Brasil e do mundo. Logo depois desse encontro, receberam um convite para participar também de um projeto do SESC chamado Sonora Brasil, percorrendo todo o sul e sudeste do Brasil com shows que mostrassem um repertório de música contemporânea escrita para o acordeon. Assim nasceu o duo e, com ele, a vontade de registrar em CD o resultado de um encontro tão frutífero e prazeroso quanto, até certo ponto, inusitado.
O que inicialmente parece tão distante, em termos geográficos, revela-se em imensa e profunda afinidade quando observado de um ponto de vista cultural, histórico – e prova disso é o CD “Como Manda o Figurino”, lançado por esse duo de experientes acordeonistas através do selo Borandá.
No nordeste do Brasil – onde o acordeon é conhecido como sanfona – mais precisamente com a construção da malha ferroviária brasileira pelos ingleses no começo do século XX, o instrumento deu origem a um novo rítmo: o forró, hoje largamente conhecido e admirado em todo o Brasil (e até no exterior). Luiz Gonzaga, o mais conhecido sanfoneiro do Brasil e criador de outro ritmo popular e dançante, o baião, foi o pioneiro na divulgação dessa música tipicamente nordestina que tem no acordeon seu principal suporte harmônico. Foi seguido de perto por Dominguinhos, Sivuca e Oswaldinho, dentre tantos outros acordeonistas brasileiros procedentes daquela região. Em São Paulo, o maior centro urbano da América do Sul, com mais de 20 milhões de habitantes, todo o Brasil se faz presente – e o acordeon encontra-se permanentemente incorporado à tradição musical local por força principalmente dos trios de forró dos inúmeros migrantes procedentes do Nordeste, ao longo dos anos.
Já no sul do país, o acordeon é mais conhecido como gaita e, em toda a região – mais especialmente no estado do Rio Grande do Sul -, o instrumento ficou muito conhecido devido ao fato de sua música tradicionalista ter a gaita como “majestade e rainha” dos bailes. Assim, grandes nomes do instrumento surgiram e tornaram-se precursores da música gaúcha: Adelar Bertussi, Albino Manique e Edson Dutra são apenas alguns dos acordeonistas autores de conhecidos vanerões, chamamés, mazurcas, milongas, todos ritmos típicos da música do Sul.
“Nossos perfis musicais e rotinas são muito parecidos”, revela Ferragutti. “Gravamos, acompanhamos diversos artistas, tocamos na noite, dividimos o dia compondo e estudando, sempre com o pé na estrada. E isso tudo reflete muito na nossa música e na nossa maneira de tocar.”
Nas 11 faixas de composições próprias que formam o CD “Como Manda o Figurino”, o entrosamento perfeito desses dois virtuosos do acordeon surpreende pela sonoridade envolvente e pelos diálogos incrivelmente criativos e leves – divertidos, até! – que eles constróem de forma brilhante com seus instrumentos.
“Eu trouxe um certo sotaque gaúcho para a música do Ferragutti”, confessa Kramer. E não é difícil comprovar a veracidade da afirmação ao se ouvir, por exemplo, a belíssima interpretação do duo para a composição Forró Classudo, de Toninho Ferragutti. Em contrapartida, o ar alegre que a tradição nordestina empresta à musicalidade de Ferragutti se mostra muito claramente, por exemplo, em Choro Esperança, tema belíssimo e lírico de Kramer.
De fato, não importa se é sanfona (como é conhecido no nordeste) ou gaita (como é conhecido no sul): de forma cuidadosa e, ao mesmo tempo, despretensiosa, norte e sul, terra e asfalto, densidade e leveza, tradição e inovação misturam-se no CD “Como Manda o Figurino”, trabalho primoroso e raro que já nasce como referência da riquíssima escola brasileira do acordeon.
TONINHO FERRAGUTTI
Toninho Ferragutti é músico, compositor e arranjador e possui uma extensa participação em shows e em cds de artistas importantes no Brasil e no exterior. Tem duas indicações ao Latin Grammy: em 2014, com disco “Festa Na Roça”, lançado em parceria com o violonista Neymar Dias, na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras; e em 2000, com o CD “Sanfonemas”, na categoria Melhor Álbum de Música Regional. Seu mais recente disco solo, “O Sorriso da Manu”, esteve na lista dos 10 melhores CDs de 2012 na opinião do crítico musical Carlos Calado.
Participou de gravações de discos e de trilhas para cinema e novelas; e esteve presente em shows e gravações de CDs de grande parte dos artistas da MPB.
Atualmente tem se dedicado a fazer shows dos seus mais recentes trabalhos, sejam solo ou em parcerias e atua como solista de diversas orquestras, como a Orquestra de Maria Schneider (USA), Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo, Orquestra Petrobrás Pró-musica, Orquestra da Câmera da Universidade da Paraíba, Orquestra Sinfônica do Recife, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasilia e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).
ALESSANDRO KRAMER (Bebê Kramer)
Alessandro Kramer, nasceu na cidade de Vacaria/RS, e é considerado um dos maiores acordeonistas do Brasil na atualidade e um dos nomes mais significativos da nova geração de acordeonistas também no exterior. Como compositor, Bebê apresenta uma estética musical inovadora, na qual traz a expressão de sua fonte inicial, o Rio Grande do Sul, com a junção de outros sotaques, sempre tendo como característica principal sua forte energia ao tocar. Em 2008, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive desde então, e este é certamente o lugar onde seus horizontes musicais se expandiram, tornando-o um dos mais renomados músicos no cenário da música instrumental Brasileira hoje em dia. Com Guinha Ramires e Alegre Corrêa gravou, na Áustria, o CD “Laçador”, o qual apresentou em diversos países da Europa e surpreendeu público e crítica.
Sua música já o levou em turnês por diversos países do mundo como: França, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Suíça, Holanda, Israel, China, Angola, Argentina, Liechtenstein e Austria. Com seu notável conhecimento de harmonia e improvisação, Bebê teve sua primeira base, principalmente na música do seu Estado natal, Rio Grande do Sul, e hoje, toca chorinho, samba, tango, jazz e todos os outros estilos musicais com grande desenvoltura.
Vamos mostrar nessa edição de O SUL EM CIMA, as músicas do disco “Como Manda o Figurino” que são:
01 – Na Sombra da Asa Branca (Toninho Ferragutti), 02 – Caminante (Bebê Kramer), 03 – Choro da Madrugada (Toninho Ferragutti), 04 – Choro Esperança (Bebê Kramer), 05 – Como Manda o Figurino (Bebê Kramer), 06 – Forró Classudo ( Toninho Ferragutti), 07 – Mestre Paulo (Bebê Kramer), 08 – Outra Valsa (Bebê Kramer / Guto Wirtti), 09 – O Sorriso da Manu (Toninho Ferragutti), 10 – Negra(Toninho Ferragutti), 11- Pano Pra Manga (Bebê Kramer).
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a cantora, compositora, jornalista, escritora e palestrante ANGÉLICA RIZZI.
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a cantora, compositora, jornalista, escritora e palestrante ANGÉLICA RIZZI.
Angélica Rizzi possui 14 livros publicados em quase duas décadas de carreira. Natural de Estrela (RS), apresenta uma obra diversificada que abrange mais de um gênero literário, tem romance, poesia, conto e literatura infantil.
Em sua carreira musical, tem três Cds lançados ‘Águas de Chuva’, ‘Angélica Rizzi à italiana’ e ‘Se Somos Nós’. Em mais de uma centena de shows realizados, Angélica mostra uma bem-sucedida combinação de música autoral, releituras e música italiana. Vencedora do Prêmio Açorianos de Música 2016/17 como melhor intérprete POP.
Múltipla, assim se pode definir a artista que começou a escrever ainda criança e que é filha de Nair, uma professora de Português, que sempre incentivou a leitura dentro de casa. A autora gaúcha já teve seus livros adotados em diversas escolas do Rio Grande do Sul e também em instituições de ensino de SP, RJ, MG e AL.
Angélica participou como autora convidada de eventos literários como a Feira do Livro de Porto Alegre, Feira do Livro de Canoas, Feira do Livro de Venâncio Aires, Feira Literária Raul Pompeia, Bienal Internacional do Livro de Alagoas, entre outros. Ministrou durante o ano de 2014 oficinas de artes em diversas instituições de ensino de Porto Alegre.
Desde 2002, realiza com sucesso um sarau itinerante que reúne música e literatura ‘Sarau Poetas Iluminadas’. É uma das artistas mulheres com maior destaque na mídia gaúcha. Em 2015, foi escolhida patrona da 9ª Feira do Livro Infantil de Porto Alegre.
CD ‘SE SOMOS NÓS’ (2016)
Com produção musical de Tony de Lucca da banda D-Tones, co-produção do jornalista Guto Villanova e produção executiva da própria Angélica, o CD contém oito faixas que foram gravadas e mixadas na Shout Produtora em Porto Alegre. Um trabalho independente que foi realizado com calma entre outubro de 2013 e junho de 2016, onde se buscou burilar e potencializar os recursos artísticos de uma cantora/compositora talentosa que já havia chamado atenção da crítica com os CDS anteriores ‘Águas de Chuva’ (2008) e Angélica Rizzi à italiana (2010).
No novo trabalho, Angélica é a autora de todas as canções exceto a faixa que dá título ao CD, ‘Se Somos Nós’, que é uma versão da artista gaúcha para um hit do rock em língua espanhola dos Anos 1980, ‘Pronta Entrega’, uma composição da lendária banda argentina Virus. As demais faixas já eram apresentadas em shows por Angélica, mas não haviam sido registradas em disco. Elas foram retrabalhadas em estúdio e ganharam uma sonoridade mais contemporânea.
Além de Tony de Lucca, que toca em sete faixas do CD, participaram da gravação os bateristas Mano Gomes, Rafael Heck e Rodrigo Sorriso, que colaboraram em diferentes faixas trazendo respectivamente uma pegada mais jazzística, roqueira e samba-rock. Outro destaque é a colaboração luxuosa de JJ Eboli (Zé Eboli), músico brasileiro radicado em Los Angeles, que com seu piano e teclados dá um tom ainda mais cosmopolita ao álbum. O instrumentista Diego Costa também participa tocando contrabaixo elétrico e guitarra em duas faixas. Alex Cheruti participa executando o contrabaixo em ‘Seven Days in Nicaragua’. Outras participações são de Mozart Dutra (percussão), Deivid Ribeiro em ‘O Rio’ e DJ Mause em Seven Days in Nicaragua (Remix). O novo CD de Angélica Rizzi ‘Se Somos Nós’ busca a sincronia com o tempo atual, com o mundo veloz da internet, de plataformas de streaming, playlists e rádios online.
Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima, as músicas:
01 – Águas do Mar (Angélica Rizzi), 02 – Du Temps (Angélica Rizzi) // 03 –Canos Silenciosos (Lobão) do CD “Águas de Chuva”.
04 – Un Amore (Angélica Rizzi), 05 – Massolin de Fiori, 06 – La Valsugana. Músicas do CD “Angélica Rizzi à Italiana”.
07 – Se Somos Nós (Federico Moura / Júlio Luís Moura) // 08 – Baby (Angélica Rizzi) // 09 – Maria e João (Angélica Rizzi) //
10 – O Rio (Angélica Rizzi) // 11 – Por algum tempo (Angélica Rizzi) // 12 – Seven Days in Nicaragua (Remix) (Angélica Rizzi & Dj Mause) // 13 – Baby – Acústico (Angélica Rizzi), músicas do CD “Se Somos Nós”.