O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do cantor, compositor e violonista ROBERTO HAAG.
Roberto Haag (Porto Alegre) é um dos nomes mais promissores da MPB contemporânea. Em função do trabalho como engenheiro químico, viveu muitos anos no Rio de Janeiro, de 1976 a 2004, onde teve a oportunidade de conferir apresentações de bambas da MPB que influenciaram o seu trabalho como Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, João Gilberto e a família Caymmi.
No Rio, Haag foi selecionado como compositor para o Projeto Talento Socinpro 1999. A seleção foi feita por ninguém menos do que Roberto Menescal e Billy Blanco. O resultado foi uma apresentação de duas canções de sua autoria ‘Olhos Frios’ e ‘Samba pra Você’ no Museu da Imagem e do Som, interpretadas pela cantora Solange Pellegrini.
Estudou violão (Harmonia e Improvisação) no Centro Musical Antonio Adolfo (Rio de Janeiro). Em Porto Alegre, estudou violão com o lendário e saudoso Ivaldo Roque do grupo Pentagrama. Estudou técnica vocal com Elizabeth Jaeger. Enquanto viveu no Rio, se apresentou em diversos locais da noite carioca, como Vinicius Bar, Hipódromo Up, Merci Piano Bar, Jazzmania, Ballroom, Árabe da Gávea.
Gravou sua canção ‘Olhos Frios’, com interpretação de Solange Pellegrini, no Estúdio Fibra (Rio de Janeiro), com produção do pianista Antonio Adolfo. As composições ‘Olhos Frios’, ‘Cartas Marcadas’ e ‘Samba pra Você’ fazem parte do primeiro CD da cantora paulista radicada no Rio Solange Pellegrini, lançado em 2011, com arranjos do guitarrista Perinho Santana. A composição ‘Quieto’ (Roberto Haag/ Márcio Celli) faz parte do CD “Da Minha Janela”, de Márcio Celli (2014).
Haag foi classificado em duas edições (2014, 2015) do Prêmio SESC de Música Tom Jobim, realizado em Brasília. Fez uma apresentação em Palmas – TO (2004), no Projeto Sons do Brasil, produzido pelo jornalista Melck Aquino. Teve músicas classificadas em diversos festivais como o 1º lugar conquistado no 2º Festival de Música do Centro Musical Antonio Adolfo/Rio (1998).
Desde que retornou a Porto Alegre, se apresentou em diversos espaços ao lado de nomes como o Adão Pinheiro Trio, Luiz Mauro Filho, Jefferson Marx, Andrea Perrone, Bruno Coelho, Caio Maurente, Giovanni Barbieri, o cantor/compositor Márcio Celli, a cantora Maria Helena Anversa e fez participação especial em apresentações da cantora/compositora Angélica Rizzi.
SOBRE O ÁLBUM ‘CANTO DA NOITE’:
É o primeiro álbum do cantor, compositor e violonista porto-alegrense Roberto Haag. Produzido de forma independente, ‘Canto da Noite’ traz dez canções autorais, sendo duas parcerias entre Haag e o cantor/compositor Márcio Celli. O título do CD remete a uma composição dos dois, que se conheceram há cerca de uma década aqui em Porto Alegre e que já realizaram juntos o show de ‘De Bossa em Samba’.
Gravado, mixado e masterizado no estúdio Transcendental Audio, de Leo Bracht, ‘Canto da Noite’ tem arranjos e produção musical de Jefferson Marx. A arte gráfica do álbum é da Emotive Comunicação e a foto da capa é de autoria do próprio Roberto Haag. Participaram da gravação o já referido Jefferson Marx (cavaquinho e violão), Luiz Mauro Filho (teclados), Edu Martins (contrabaixo), Marquinhos Fê (bateria) e Giovanni Berti (percussão). Participações especiais de Matheus Kleber (acordeon), o suíço Wege Wüthrich (saxofone), Amauri Iablonovski (flauta) e Celau Moreyra (violoncelo).
O álbum que é independente já está disponível nas principais plataformas digitais. A distribuição física e digital é da Tratore. Lançamento dia 15 de setembro de 2018 no Auditório da Livraria Cultura no Bourbon Shopping Country de Porto Alegre/RS.
Vamos apresentar nessa edição de O Sul em Cima, músicas do álbum “Canto da Noite” que são:
01 – Canto da Noite // 02 – Abrigo // 03 – Samba pra você // 04 – Atriz // 05 – Chama // 06 – Cartas Marcadas // 07 – Olhos Frios // 08 – Quando você Precisar // 09 – Tarde // 10 – Samba de Inverno. Todas as composições são de Roberto Haag, sendo que Canto da Noite e Chama são parcerias com Márcio Celli.
Vamos ouvir também as músicas Olhos Frios (Roberto Haag) na interpretação de Solange Pellegrini e Quieto (Roberto Haag / Márcio Celli), na interpretação de Márcio Celli.
O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o importante projeto LOS 3 PLANTADOS.
Na intenção de estimular a doação de órgãos e diminuir as filas para receber seus novos órgãos, os músicos gaúchos Bebeto Alves, King Jim e Jimi Joe, transplantados em 2013, assumiram o compromisso de criar um grupo de rock, e através das composições, compartilharem suas experiências relacionadas ao processo de doação de órgãos e incentivar, de forma sensível e musical, as famílias a dialogarem sobre a autorização na hora de doar.
Sabendo que o diálogo e o conhecimento sobre como funciona a doação de órgãos são a chave para a doação, Los 3 Plantados vão tratar do tema por meio de suas composições no CD que tem 12 faixas que falam sobre procedimentos e etapas da doação de órgãos, de forma simples, lúdica e explicativa.
Objetivo:
– Incentivar a doação de órgãos – O Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes por ano, sendo mais de 90% pelo Sistema Público de Saúde (SUS). Ainda assim, o déficit de doadores é muito grande. Jimi Joe, por exemplo, esperou 10 anos por um novo rim e King Jim foi levado em coma para a sala de cirurgia. Por isso, os músicos buscam sensibilizar as famílias, que, em última instância, autorizam ou não a doação de órgãos.
– Reduzir a fila de transplantes, por meio da prevenção de doenças – Nos casos de Bebeto Alves e King Jim, o fígado parou de funcionar por causa de uma cirrose hepática, que teve origem em outra doença grave, que poderia ter sido evitada: a hepatite C. Sob esta perspectiva, o projeto mostra que é possível diminuir a fila de espera por transplante com o conhecimento de que muitas doenças de alto risco podem ser prevenidas ou controladas com diagnóstico precoce.
King Jim diz que “o objetivo é conscientizar o máximo de pessoas possível sobre a doação de órgãos; prestar as informações que a grande mídia muitas vezes não aborda, ou simplesmente trata de forma rasa e o próprio estado não demonstra interesse em incentivar a causa”. O músico ainda destacou a importância da adesão das pessoas, acreditando que o entendimento da situação leva à solidariedade. “A pessoa nunca imagina que irá passar por algo do gênero, e num sentimento de gratidão acaba querendo participar de algo que faça a diferença. Foi aí que tivemos a idéia de criar o grupo. Fazer o bem por meio da coisa que mais gosto, que é a música – isso com certeza é uma satisfação, e com esse projeto, a sociedade pode participar desse feito”, completa. Atualmente, não existe uma lei que garanta ao cidadão a condição de doador. No fim das contas, é a família que decide se haverá ou não doação.
O mês de Setembro é dedicado especialmente à conscientização em favor da doação de órgãos. O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos é celebrado em 27 de setembro e a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) organiza anualmente a Campanha Nacional de Doação de Órgãos, com ações informativas e eventos sociais em todas as capitais brasileiras.
Sobre os integrantes de LOS 3 PLANTADOS:
BEBETO ALVESé compositor e cantor nascido em Uruguaiana/RS em 1954. Bebeto é hoje um expoente da música gaúcha, com uma trajetória que remete a história da música do Rio Grande do Sul. Em 1978, participou da coletânea “Paralelo 30”, que englobava somente artistas gaúchos. Seu primeiro disco solo, “Bebeto Alves”, foi em 1981, seguido por “Notícia Urgente”.
Ele busca, entre outras opções, explorar músicas típicas do Rio Grande do Sul, como ranchos, toadas e milongas.
Um de seus grandes sucessos foi “Quando Eu Chegar”, lançado em compacto em 1984.
Seus discos seguintes, Novo País, Pegadas, Danço Só, Milonga de Paus e Paisagem, mesclam a milonga e os ritmos gaúchos a diversos estilos como rock, reggae, pop e eletrônico.
Nos anos 90 participou de uma trilogia dedicada à obra do compositor regionalista gaúcho Mauro Moraes, ao lado de outros músicos.
Integrou o time de músicos que participou do disco “Porto Alegre Canta Tangos”, lançado inicialmente na Argentina. Em 2000, junto com o lançamento de “Bebeto Alves Y La Milonga Nova” (cujo show percorreu cidades europeias), teve alguns discos de carreira relançados pela cooperativa Gens.
Em 2014 lança Milonga Orientao e em 2018, o CD Oh Blackbagual – Canção Contaminada .
KING JIM (Ricardo Cordeiro), músico, cantor e compositor (sax-voz), foi um dos fundadores da banda Garotos da Rua, banda gaúcha de rock’n’roll, que alcançou sucesso nacional nos anos 80 com a canção “Tô de Saco Cheio” entre outras.
Com 40 anos de dedicação a vários setores da arte e da cultura com ênfase na música, King Jim, contribuiu para divulgar história cultural musical de Porto Alegre no cenário nacional. Trabalhou com trilhas musicais de teatro. Estudou direção com Aderbal Freire Jr, consagrado diretor teatral brasileiro.
Cantou Nabucco, uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) sob a regência do maestro Frederico Gerling Junior, e cantou com a orquestra da ULBRA, sob a regência do maestro Tiago Flores.
Fez com o cineasta Carlos Gerbase trilhas para inúmeros filmes e trabalhou em trilhas para o cinema de animação para Otto Guerra.
Por quatro anos foi Coordenador de Música do Estado do Rio Grande do Sul, na casa de Cultura Mário Quintana onde desenvolveu o importante projeto ”Música na Casa” e ”Música no Palácio”. Gravou e tocou com músicos como Humberto Gessinger, Antônio Villeroy , IRA , Nasi, Nei Lisboa , TNT , Pepeu Gomes e Sandra de Sá entre outros.
JIMI JOE ( Arvelindo Ferreira Neto) é músico, radialista, jornalista e tradutor. No seu currículo consta, entre vários trabalhos interessantes uma entrevista com o camaleão David Bowie. Atualmente é coordenador de conteúdo da rádio Unisinos FM 103.3. Já gravou com seus grupos Atahualpa Y Us Panquis, A Cretinice Me Atray, Justine e Os Daltons, além de participar de discos de Júlio Reny e Wander Wildner.
Vamos apresentar no programa O SUL EM CIMA dessa edição, as músicas do CD Los 3 Plantados – Alimente a Vida, com Bebeto Alves, Jimi Joe & King Jim que são:
01 – Los 3, 02 – Planos, 03 – Bactéria, 04 – Nurses and Doctors, 05 – Alimente a Vida, 06 – Sensível, 07 – O que eu faço comisso, 08 – Balão de Gás, 09 – Vôo Astral, 10 – INSS, 11 – Gota e 12 – O melhor instrumento é a Voz.
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a obra de YAMANDU COSTA E RICARDO HERZ.
YAMANDU COSTA
Violonista e compositor nascido em Passo Fundo em 1980, Yamandu começou a estudar violão aos 7 anos de idade com o pai, Algacir Costa, líder do grupo “Os Fronteiriços” e aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os 15 anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por outros brasileiros, tais como Baden Powell, Tom Jobim, Raphael Rabello entre outros. Aos 17 anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no Circuito Cultural Banco do Brasil, produzido pelo Estúdio Tom Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.
Revelando uma profunda intimidade com seu instrumento e com uma linguagem musical sem fronteiras, percorreu os mais importantes palcos do Brasil e do mundo, participando de grandes festivais e encontros, vencedor dos mais relevantes prêmios da musica brasileira. Em 2010, o CD Luz da Aurora com Hamilton de Holanda foi indicado para o Grammy Latino.
Em 2012 ganhou em Cuba o Prêmio Internacional Cubadisco pelo CD Mafuá e uma Menção do Prêmio ALBA pelo CD Lida.
Yamandu Costa é na atualidade o músico brasileiro que mais se apresenta no exterior abrangendo os mais diversos países do globo: França, Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Áustria, Suíça, Holanda, Suécia, Noruega, Finlândia, Estônia, Eslovênia, Rússia, Lituânia, Sérvia, Grécia, Macedônia, Israel, Chipre, Índia, China, Japão, Coréia do Sul, Zimbabwe, Cabo Verde, Angola, Emirados Árabes, Austrália, EUA, Canadá, Equador, Cuba, Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai e Costa Rica.
RICARDO HERZ
Ricardo Herz reinventou o violino brasileiro. Sua técnica leva ao instrumento o resfolego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro tradicional e moderno. Com a influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim entre outros, o violinista mistura ritmos brasileiros, africanos e o sentido de improvisação do jazz.
Graduado em violino erudito pela USP, sua sólida formação começou aos 6 anos, tendo passado pela escola Fukuda em São Paulo. Estudou na renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e no Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês, uma lenda do violino jazz.
De volta ao Brasil desde 2010, Herz tem participado de muitos projetos e colaborado com músicos e se apresentando como solista com orquestras de todo o país, como Yamandú Costa, Dominguinhos, Nelson Ayres, Proveta, Orquestra Jazz Sinfônica, Orquestra Sinfonica de João Pessoa, Orquestra Municipal de Jundiaí, Grupos de Referência do Projeto Guri, Orquestra Filarmônica de Violas, Orquestra Breusil entre outros. Gravou diversos CDs em duo: com o vibrafonista, multi-instrumentista e compositor mineiro Antonio Loureiro, com o gaúcho Samuca do Acordeon e com o pianista, maestro e arranjador Nelson Ayres. Com a camerata Cantilena Ensemble tem tocado o repertório do seu disco infantil.
Ricardo também tem dedicado parte de seu tempo no ensino e difusão do violino popular , tendo ministrado diversos cursos em festivais e recentemente lançou o primeiro método online de violino popular brasileiro.
ÁLBUM YAMANDU COSTA E RICARDO HERZ
O álbum Yamandu Costa e Ricardo Herz foi gravado com a missão de sintetizar os sons e ritmos plurais da música do Brasil ao longo dos 11 temas que compõe o repertório autoral inteiramente assinado pelos dois virtuoses.
A união da dupla é inédita e o novo álbum surgiu da tentativa de misturar as linguagens de cada um, sem limites. “Nesse disco que gravamos, as composições são todas próprias, nossas, com a intenção de falar do Brasil de uma forma geral, já que a composição é um resultado de todas as influências e todas as intenções que temos ao fazer música.”, disse Yamandu.
“Desde que eu ví o Yamandu tocando pela primeira vez, achava que esta parceria iria dar pé. Quando a gente se conheceu pessoalmente então, eu tive certeza. Apesar de nossas histórias serem bastante diferentes: eu, vindo da música erudita para a popular e ele, da música popular e cada vez mais tocando em palcos de música de concerto, chegamos hoje em um meio de caminho que se comunica muito bem.”, explicou Ricardo Herz.
“Nós dois tentamos usar o que cada tradição tem a acrescentar na outra. Tanto eu como Yamandu aprendemos as músicas de ouvido para este disco, improvisando nas intenções, respondendo nas escolhas de notas, contrapontos, oitavas e criando muito do arranjo no momento de tocar. Tudo foi feito de coração!”, completou Ricardo Herz.
“O ARCO E A LIRA”
A música sem palavras, que acostumamos chamar de instrumental, se desenvolve por caminhos muito particulares. Aqui não há normalmente uma narrativa com significados direcionados pela língua. Mesmo assim, uma sequência de notas pode ser entendida como poesia,pois sons também despertam humores, sugerem sensações, viagens, sacrifícios, surpresas. Se há relações entre música instrumental e poesia, há também uma analogia – como o poeta mexicano Octávio Paz (1914-1998) uma vez disse – entre todo fazer artístico e o universo em seu entorno. Para Paz, esse fazer artístico “concebe o mundo como ritmo: tudo se corresponde, porque tudo ritma e rima; o poema [a música!] é um mundo de ritmos e símbolos”.
E nesse caminho sem palavras, mas repleto de analogias e ecos rítmicos, que Ricardo Herz e Yamandú Costa vêm exercendo seu fazer musical. Nascidos na virada dos anos 1970 para os 1980, obtiveram uma primeira maior visibilidade ao se destacarem nas edições do Prémio Visa – Instrumental do início dos anos 2000.
Mas suas trajetórias são, por outro lado,bastante distintas.Yamandú cresceu envolvido pela música regional gaúcha de Passo Fundo e seu entorno, em meio às milongas, tangos, zambas e chamamés. Gradativamente, seu território musical se expandiu, para abrigar choros, ritmos nordestinos, um pouco de Villa-Lobos e diversas outras paisagens instrumentais. A técnica e o virtuosismo explosivo que desde cedo foram suas marcas no violão de sete cordas,Yamandú agregou pouco a pouco outros contrastes, passagens singelas e uma expressividade mais intimista.
Já o paulistano Ricardo Herz representa muito bem o músico de uma grande metrópole: formou-se em violino na USP, passou pelo jazz da Berkiee College of Music e suas raízes brasileiras são, de certo modo, reconquistadas. Influências em altíssimo nível como a música sem fronteiras de Egberto Gismonti, por exemplo, são visíveis, e foram finamente assimiladas, absorvidas para naturalmente fluírem em seu estilo. Um estilo que hoje é sólido, único. É nesse sentido que, para além de seu virtuosismo ao violino – instrumento solista ainda raro na música popular – Herz se destaca também como compositor criterioso, brasileiro no mundo.
Tentando imaginar a música que será produzida nesse encontro de cordas (friccionadas e dedilhadas), é possível ver Herz e Yamandú ampliando ainda mais seu espaço sonoro em busca de um terceiro território ainda por explorar; um lugar improvável onde o risco de um é confortado pelo amparo do outro, um lugar de fusões, diferenças e complementaridades, violino e 7 cordas.
°E não deve ser a toa que Octávio Paz batizou seu famoso ensaio poético de “O arco e a lira”.” (Sérgio Molina)
“Violonista Yamandú Costa e violinista Ricardo Herz lançam álbum comovente
A era dos incendiários, da quebra de barreiras, a chegada do conceito de música plena como não se viu em muitos anos. A geração que desenha a música deste tempo não tem limites. Ela demoliu os muros, transcendeu escolas e se sobrepôs aos próprios formatos que a aprisionaram em outros tempos. Uma revolução aparentemente silenciosa por estar fora dos hippies de mídia e de mobilizações sociais na internet segue em curso, redimensionando o que se entende por música brasileira instrumental.
Ricardo Herz e Yamandú Costa, dois nomes de proa nesse mar de criatividade arrebatadora, entregam um atestado desse tempo. Violino e violão se entrelaçam em uma musicalidade que conversa com os sábios acadêmicos e emociona os ouvintes de rádio. São complementares tanto nas leis da física, o violão de sustentação menor das notas eleva as ideias da voz sem fim do violino, quanto nas leis da vida, aquelas que não se explica. Yamandú e Herz começaram as gravações sem pretensão até que sentiram a força do que faziam se impondo aos próprios planos. “Vamos lançar agora”, despertou Yamandu, diante do que ouvia.
O violão de Yamandu tem mais acabamento, um desafio vencido quando se quer manter a explosão. Alguns explodem as frases, outros acariciam discursos no limite de suas técnicas. Yamandú chega à plenitude ao tornar-se tanto técnico quanto comovente. O violino de Herz tem uma voz singular, de uma bagagem colhida desde os dois anos de idade, seguindo pelos oito anos de vivência em Paris, pela formação de seu trio, pelo mestre Didier Lockwood e pela vontade de se comunicar com qualquer que seja seu ouvinte, presenteando-o com a surpresa e a sugestão da transformação.
Chegam assim aos carinhos de Remanso, aos passeios de Chamaoquê?, aos encontros e às fugas de Mourinho e às lágrimas de Reencontro. Quem fez o quê? Nem importa mais, a ficha técnica do álbum conta. Yamandu e Herz criam um daqueles encontros em que as inspirações e os discursos se misturam para que uma só voz chegue no canto esquerdo do peito preenchendo tudo de calor e de esperança para um povo que precisa voltar a acreditar que sim, existe saída.” (Júlio Maria)
Vamos apresentar no programa O SUL EM CIMA dessa edição as músicas do álbum YAMANDU COSTA E RICARDO HERZ (2018):
01 – MOURINHO (Ricardo Herz) // 02 – INOCENTE (Ricardo Herz) // 03 – XOTE DA GALINHA (Yamandu Costa) // 04 – MILONGA CHORO (Yamandu Costa) // 05 – REMANSO (Yamandu Costa e Ricardo Herz) // 06 – MEIGA (Yamandu Costa) // 07 – MIMOSA (Yamandu Costa) // 08 – CHAMAOQUE? (Ricardo Herz) // 09 – MATUTINHO (Yamandu Costa e Ricardo Herz) // 10 – REENCONTRO (Yamandu Costa) // 11 – EL NEGRO DEL BLANCO (Yamandu Costa)
Ficha técnica: violão 7 cordas – Yamandú Costa // violino – Ricardo Herz // produção musical – Yamandú Costa e Ricardo Herz // gravado, mixado e masterizado no Estúdio Bagual por Gil Costa em dezembro de 2017 // designer gráfico: Bel Andrade Lima
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do compositor, violonista e escritor JOSÉ OLIVA.
Parte I:
Parte II:
JOSÉ OLIVA
José Oliva é compositor, violonista e também escritor, com formação em jornalismo e publicidade, com pós-graduação em marketing. Por intermédio da música, participou de diversos festivais em Curitiba, Cascavel, Maringá, Londrina. Escreveu, produziu e dirigiu para teatro, co-produziu musicais, além de gravar CDs e ter músicas gravadas por diversos intérpretes da música popular brasileira produzida no Paraná. Paralelamente, atuou em empresas de comunicação – jornalismo e publicidade, tendo o privilégio de obter diversas premiações por trabalhos de criação. A experiência nessas atividades possibilitou a criação das Caixinhas de Atitude e com elas realizar palestras e workshops e conduzir dinâmicas respectivamente em empresas e escolas, com a finalidade de mobilizar as pessoas a tomarem atitudes que promovam a transformação e o crescimento, fazendo bem às suas vidas.
Ele conta:
“Meu nome é José Oliva, sou de Curitiba, onde desenvolvo meu trabalho de música, compondo, interpretando e mais que tudo procurando reunir arranjadores, instrumentistas e intérpretes em projetos de gravação de parcerias com vários nomes importantes aqui de nossa poesia e música. Além de compor, desenvolvo também um projeto chamado Caixinhas de Atitude, que reúne literatura, design, fotografia e música, para o que convido artistas das diversas áreas para compormos juntos. Caixinhas de Atitude são Caixinhas que trazem textos que escrevo, em formato de cartaz. Junto de cada cartaz, em cada Caixinha, um objeto para estimular o leitor a tomar uma atitude em relação ao que lê”.
Curitibano nascido no Colégio Estadual do Paraná
“Embora tenha vindo ao mundo em Avaré (São Paulo) e de lá tenha ido a Jacarezinho (Norte do Paraná), a família acompanhando o pai, gerente do Banco do Brasil, nasci definitivamente, assim como a música em mim, quando entrei no Colégio Estadual do Paraná, em 1965, onde além de cursar ginásio e colégio, participei do coral, do grupo folclórico de fandango, fiz teatro e não saía da Escolinha de Arte, um caldeirão que preparou gerações de reconhecidos artistas plásticos, atores, poetas e músicos do Paraná.
A Escolinha de Arte realizou, ainda na década de sessenta, os festivais interestaduais de arte colegial do Colégio Estadual, com participantes do Brasil inteiro. Eu, aos 14 e 15, participei com minhas primeiras composições, uma das quais, Caminheiro, gravei no meu primeiro LP, em 87, junto de Há Sol nos Meus Olhos, de Alberto Rafael Tavares, também daqueles festivais.
Na faculdade, onde estudei jornalismo e publicidade, continuou a história dos festivais, em Curitiba, Londrina, Cascavel, Maringá. Os festivais me levaram ao teatro, quando participei do antológico musical Cidade sem Portas, de Paulo Vítola e Adherbal Fortes, sobre a história de Curitiba. Ainda nesse tempo, participei do Mapa – Movimento Atuação Paiol, que reunia os compositores daqui em mostras que lotaram por muito tempo o Teatro Paiol”, conta José Oliva.
No final da década de 70, uma música que ele compôs em homenagem ao bar do teatro Paiol, onde os músicos do Mapa se reuniam antes e depois dos ensaios, foi gravada, por iniciativa da histórica Rádio Iguaçu, e tornou-se o primeiro sucesso: o Bar do China.
Mas antes, uma grande virada em seu trabalho! Foi convidado por Oraci Gemba para criar e dirigir a música do espetáculo o Cerco da Lapa, que lotou o Guaíra, por bom tempo, reunindo um grande elenco.
Aí começou o tempo de realizar os musicais: “Jussara na Tarde, Professora de Deus” (Com Olga Oliva, Celso Loch, Glaci Gottardelo), em 76, Parceria, em 1978, e Paré, em 1983, com Zeca Correa Leite, shows ao lado de Antonio Adolfo, em Curitiba e no Rio de Janeiro, um espetáculo dividindo o palco com o grupo Paul Brasil, de Nelson Aires, em 1982, no Guairão, ao lado de Ivan Lins, João Bosco, Mario Gallera e Celso Loch, de Curitiba.
Depois “Zés” e “Esse Menino”, com Zeca Correa Leite, “Dia Da Gente se Encontrar”, no SESI, uma vez por mês, reunindo expressões locais. E mais muito amadurecimento e muitas parcerias: com Paulo Leminski, Cesar Bond, João Cabral de Melo Neto, Olga Oliva, Zeca Correa Leite, Paulo Vítola, Ricardo Rodrigues, Sandra Ávila, Antonio Thadeu Wojciechowski, Roberto Prato, Reinaldo Godinho, Milton Karam, Edu Hoffmann e por aí vai.
A gravação do primeiro LP
Em 1987, gravou o primeiro LP – Todas as Pessoas, que teve novo lançamento em 1989, com apenas 6 musicas, duas das quais do tempo dos festivais do Colégio Estadual, e um jingle. Para o show de lançamento, escreveu o texto “Pessoas São Músicas, Você Já Percebeu?”, que acabou se tornando mais conhecido que as próprias músicas do LP, tornando-se texto de leitura na Faculdade do Professor do Paraná, em Faxinal do Céu, tema de abertura e reflexão em Congresso de Educação Especial, em Porto Alegre e Curitiba, tema de campanha de final de ano das emissoras de rádio do Grupo RBS de Santa Catarina, entre outros fatos, e ponto de partida das Caixinhas de Atitude, projeto iniciado nos anos 90 e que desenvolve ainda hoje.
Os CDs das Caixinhas de Atitude
Caixinhas de Atitude são Caixinhas que contém textos em formato de cartaz para se ler, e cada cartaz vem dentro de cada Caixinha com um objeto para instigar o leitor a tomar uma atitude em relação ao que lê.
As Caixinhas vêm sendo utilizadas em projetos pedagógicos de escolas, integrando programas de treinamentos em empresas e são comercializadas em vários locais, entre os quais o Museu Oscar Niemeyer, além da Feira de Artesanato de Curitiba.
Duas das caixinhas trazem CDs:
“Abra para ouvir e cantar, leia para se tocar” traz o cartaz “Toda Sua”, que você lê e imagina que alguém está tentando te seduzir. Continua lendo e tem certeza que alguém está querendo de seduzir. E quando chega na última palavra, se toca de quem. E o texto termina dizendo: Queira, acredite, me aguarde, eu vou ser de verdade. Ou eu vou ser toda sua ou eu não me chamo felicidade. Junto vem um livreto com fotos de pessoas simples em momentos felizes pra gente ver que pode ser feliz com o que é e com o que tem. E no livreto, um CD – “Agora Paré”, com 17 músicas, em parceria com vários poetas importantes, com a participação de 52 músicos que são referências da música do Paraná, alguns de Santa Catarina e de Porto Alegre também, a exemplo de Jorginho do Trumpete.
A atitude da Caixinha são três playbacks de três das 17 músicas, para você expressar cantando a sua felicidade.
“Abra para reconhecer. Leia para ouvir e se conectar” vem com o cartaz que pergunta “Que pessoas são músicas pra você?” e fala da importância da gente reconhecer as pessoas que nos marcam, que tocam nossa vida, que fazem diferença. Junto um livreto, onde falo sobre a atitude do reconhecimento e um CD – Pessoas São Músicas, com 12 parcerias com importantes poetas e compositores e com a participação de 54 músicos, entre arranjadores, intérpretes e instrumentistas. A atitude dessa Caixinha é um adesivo que você destaca da última página do livreto para colar na tampa da Caixinha. No adesivo, há um espaço em branco para você escrever o nome de alguém e logo embaixo está impresso. “Você é música pra mim”, pra você dedicar a quem é marcante em sua vida.
Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima, as músicas:
01 – Pessoas são Músicas (Plínio Oliveira / José Oliva – arranjo e interpretação de Plínio Oliveira) // 02 – Marinha (José Oliva – interpretação do Tao do Trio) // 03 – O Poema como eu Quero (José Oliva / Antonio Thadeu Wojciechowski – interpretação de Rodrigo Barros Del Rey) // 04 – Outra Vez (José Oliva / Zeca Corrêa Leite – interpretação Rogéria Holtz) // 05 – Todas as Pessoas (José Oliva / Zeca Corrêa Leite – arranjo de Ricardo Saporski – interpretação de Sandra Ávila) // 06 – Tan Tan (José Oliva / Roberto Prado – arranjo e interpretação de Henrique Mhaô) // 07 – Esse Menino (José Oliva / Zeca Corrêa Leite – interpretação de Selma Baptista) // 08 – UmaCanção para Você (Ruben Rolin) + Vestido Branco (Lápis) – Interpretação de José Oliva e Tao do Trio // 09 – Choro Contido (Gerson Bientinez / José Oliva – Interpretação de Ana Cascardo) // 10 – Amorosa (José Oliva- composta para o CD Balangandãs de Giseli Canto) // 11 – Viver (José Oliva / Antonio Thadeu Wojciechowski – interpretação Jordana Soletti, em arranjo de Mário Conde)
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a obra de BERNARDO PELLEGRINI.
Parte I:
Parte II:
Bernardo Pellegrini nasceu em 1958 em Londrina e passou a infância e adolescência no norte do Paraná. Nascido em uma família altamente musical, Bernardo aprendeu a gostar de valsa com a mãe e dos cantores da Era de Ouro do Rádio com o pai. Mas a influência decisiva veio de seu irmão mais velho Clério, com quem aprendeu a tirar choros no violão ainda criança.
Começou sua trajetória musical no Paraná, nos anos 1970. Fez trilhas para o teatro e apresentou seu primeiro show, Mina D’Água, em 1976. Depois mudou-se para São Paulo para ser jornalista – mas acabou, mais do que nunca, mergulhando de cabeça na música. Tanto que em 1990 gravou seu primeiro disco: Humano Demais. Na década de 1990 viriam mais dois: Dinamite Pura (1994) e Quero Seu Endereço (1998). Os 90’s também seriam o cenário para uma intensa agenda de peregrinações e shows, incluindo o espetáculo Big Bando do Cão Sem Dono, em que Bernardo se fez acompanhar por uma big band. O ano de 2010 marcaria seu retorno aos palcos após um hiato na carreira musical, e também o lançamento do álbum “É isso que vai acontecer”. Desde então Bernardo tem vivido novamente uma vida de músico, se apresentando no circuito alternativo e emplacando algumas canções (a exemplo de Essa Mulher, gravada na voz de Simone Mazzer e Elza Soares). Para 2018, Bernardo Pellegrini tem Outros Planos.
Desde 2010 sem gravar, “Outros Planos” pode ser considerado o resultado de uma maturidade sonora e poética de Pellegrini. “Como compositor me sinto além de mim, me reconheço como parte de uma tradição de saberes que a canção popular no Brasil sintetiza com seu alfabeto de ideogramas invisíveis. Falo dessa combinação original da língua portuguesa (derramada e horizontal) com a língua africana (vertical e sincopada) mais a música da floresta (pura paisagem sonora, soundscape). Essa combinação foi mediada pela imposição industrial do rádio e transformou a fala do brasileiro em produto de exportação – e uma fonte inesgotável de combinações e fusões que fazem a dor e a delícia do compositor popular”, diz Bernardo.
Com doze composições inéditas, o próprio disco, inclusive, já é uma grande reunião de amigos: trinta músicos convidados – quase todos de Londrina – fizeram parte do projeto. Dentre eles, parcerias antigas como Maurício Arruda Mendonça, Mário Bortolotto, Edvaldo Santana e Adriano Garib, além de instrumentistas mais recentes como Emílio Mizão, Filipe Barthem, Rafael Fuca e o trio Cluster Sisters. “São pessoas de um trabalho e qualidade que estão fazendo música incrível na cidade. Londrina tem esse potencial no seu DNA que foi passando pelas gerações. Neste disco, toco com o pessoal que já me acompanha e essa moçada muito criativa”, conta ele, cujo trabalho com “O Bando do Cão Sem Dono” é um de seus projetos mais emblemáticos de vida e música, que resultou na história de um coletivo de poetas, instrumentistas e compositores, ao lado do inseparável baterista Edu Batistella, Marco Antonio Scolari e a falecida Rosa, inspirados pela Vanguarda Paulistana.
Vamos mostrar no programa O SUL EM CIMA, as músicas do álbum “OUTROS PLANOS” de 2018 que são:
01 – OUTROS PLANOS (Bernardo Pellegrini) // 02 – A LINHA (Bernardo Pellegrini) // 03 – ESSA MULHER (Bernardo Pellegrini) // 04 – TERRITÓRIO MINADO (B. Pellegrini, Gigante Brasil e Edvaldo Santana) // 05 – A LUA É MINHA (Bernardo Pellegrini e Mário Bortolotto) // 06 – PARTO (Bernardo Pellegrini) // 07 – FRÁGIL (Bernardo Pellegrini) // 08 – HOMEM É BOM (Bernardo Pellegrini) // 09 – O VAZIO (B. Pellegrini e Maurício Arruda Mendonça) // 10 – CANTOR EM CARNE E OSSO (Bernardo Pellegrini) // 11 – FÊMEO (Bernardo Pellegrini) // 12 – ANOTAÇÕES PARA UM NOVO ROMANCE (Bernardo Pellegrini)
Produzido por Angelo Bellusci Cavalcante e Bernardo Pellegrini. Áudio produzido por Júlio Anizelli no Plugue Estúdio, Londrina. Gravado entre junho e dezembro de 2017. Captação e edição de Julio Anizelli e Caio Freitas. Arranjos colaborativos de Bernardo Pellegrini e O Bando do Cão Sem Dono. Participações de Eduardo Batistella, Hermano Pellegrini, Filipe Barthem, Gisele Silva, Black Divas (Adilza Carvalho, Débora Terezinha, Ale Urias, Diamante e Sandra Aguilera), Jonatas Santuz, Rafael Fuca, Duda de Souza, Álvaro Oliveira, Mateus Gonsales, Sofia Pellegrini, Edvaldo Santana, Zeka Lopes, Clusters Sisters (Maitê Motta, Gabriela Catai e Giovanna Correia), Jairo Cavalcante, Diogo Burka, Adriano Garib, Gabriel Souza, Maurício Arruda Mendonça, Emilio Mizão e Marcos Santos. Design gráfico de Pablo Blanco, edição de Marcos Losnak e fotografias de Milton Dória e Lucas Liviero.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da cantora, compositora e socióloga XANA GALLO.
Cantora e compositora com vasta experiência em interpretação, Xana Gallo tem doze anos de estrada profissional na música.
Participou de espetáculos em homenagem a grandes intérpretes e compositores do samba e da Bossa Nova , tais como Vinícius de Moraes, Cartola, Noel Rosa, Dona Ivone Lara, Elis Regina, Clara Nunes, João Nogueira e Chico Buarque.
Esteve em cartaz durante três anos com o seu show solo cantando Cartola. O show “Cartola, as rosas não falam”, dirigido pela cantora, estreou em Pelotas e cidades ao redor e depois foi levado à capital Porto Alegre com o nome “Cartola, bate outra vez”. Este show foi levado às cidades de Jaguarão, Bagé e Montevideu, no Uruguai.
Gravou CDs demos e em 2014 , por meio da Lei de Incentivo à Cultura, PROCULTURA, gravou seu primeiro CD autoral. O CD intitulado “Mulheres, Sons, Liberdade” contou com a participação de artistas mulheres da cena local e retratou aspectos da cultura negra da sua cidade.
No início de 2015, em questão de pouquíssimo tempo, a cantora teve 30.000 visualizações na música “De Verdade”, do CD “Mulheres, Sons, Liberdade” e foi destaque no site Palco MP3 no gênero samba por duas semanas consecutivas.
Em 2016 participou de eventos de luta pelos Direitos das Mulheres nas cidades de Pelotas e Herval, palestrou sobre o tema e compôs muitas novas canções.
Ao final de 2016 mudou-se para o Rio, onde reside até hoje.
Autora de quase uma centena de composições, Xana Gallo lançou em 2018, seu segundo CD autoral, gravado no estúdio Tenda da Raposa entre os meses de janeiro a novembro de 2017 no Rio de Janeiro.
O disco 100% autoral, intitulado “Rota de Fuga” tem como temática a superação de relacionamentos abusivos. Foi lançado em todas as plataformas de streaming no dia 8 de março de 2018, Dia Internacional da Mulher. O disco contou com a produção musical de Eduardo Neves, contrabaixo de André Vasconcellos, pianos de Adriano Souza e Danilo Andrade e bateria de Antonio Neves.
Atualmente, Xana Gallo lança vídeos semanais com composições sempre inéditas nas suas plataformas digitais e todos os seus álbuns, CD’s e singles, estão nas plataformas de streaming.
Xana Gallo também desenvolve junto a seu público um projeto de composições em parceria com mulheres que lhe enviam seus manuscritos. “CompositorA” é o nome do projeto que vem conquistando um público feminino e masculino do Brasil inteiro. As canções são mostradas nas redes sociais da compositora com o intuito de inspirar mais mulheres, de todas as faixas etárias a compor em parceria com a cantora.
Vamos mostrar no programa O SUL EM CIMA, além de uma deliciosa entrevista, as músicas:
01 – Samba de Liberdade (Xana Gallo / Jandir Zanotelli), 02 – Cenas à Parte (Aira Gallo), 03 – Seli Maurício (Xana Gallo), 04 – Céu de Flores (Xana Gallo) , 05 – Sinhazinha (Janete Flores). Músicas do álbum “Mulheres, Sons, Liberdade” de 2014 06 – Meu Coração me Acompanha, 06 – De Verdade, 07- Nada Sei, 08 – Rota de Fuga, 09 – Poeta da Lua e 10 – Despertar.
As músicas estão no álbum “Rota de Fuga” de 2018. Todas de autoria de Xana Gallo.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de MARTIN TEJERA e SEBA REY.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de MARTIN TEJERA e SEBA REY.
MARTIN TEJERA
Buscando fazer um verdadeiro intercâmbio cultural entre os países da América do Sul, o selo carioca Cantores DelMundo apresenta o novo trabalho do cantor, compositor e musicista uruguaio Martin Tejera, ao lado da banda El Biricunyamba.
“Que me perdonen“ traz uma nova força para o tradicional ritmo candombe e já está disponível nas plataformas de música digital.
“Os brasileiros que querem se aproximar da cultura do candombe precisam entender o contexto de onde nasce essa música, pois caso contrário é difícil pulsar o Candombe. É possível explicar, ensinar de forma catedrática, é possível ensinar como tocá-lo, mas entender o Candombe só caminhando ao lado de uma Comparsa“, conta Martin.
E em “Que me perdonen”, ele se dispõe a ser esse guia. O ritmo nasceu da união dos ritmos africanos com os locais, com a diáspora negra causada pela escravidão, assim como o nosso samba. E como aqui, o som do candombe parece existir fundo nas raízes do povo uruguaio.
“Acredito que as raízes africanas, dentro da nossa música, e todas as nações africanas que viveram em nosso continente, possuem algo em comum. Os sincretismos, e as crenças que perduraram na vida cotidiana e cultura, sem dúvida dão uma base para toda América Latina. É um sonho poder unir em algum momento da minha carreira a todos os povos que souberam receber as nações africanas, em uma turnê de visita e demonstrar de alguma maneira que estamos mais unidos do que pensamos“, continua Tejera.
Martin Tejera traz o tradicional ritmo no seu imaginário desde a infância. Nascido e criado em La Teja, bairro popular e proletário da região oeste de Montevidéu, ele via os músicos caminhando pelas rua desde muito pequeno e chegou a fabricar tambores com seus amigos de bairro.
A proximidade entre alguns pontos das nossas culturas sempre foi uma meta do Cantores Del Mundo: combater essa sensação de isolamento, de que o Brasil é uma enorme ilha no meio de países hispânicos. Fundado por Tita Parra, neta da lendária Violeta Parra, o selo está sendo consolidado com a direção do compositor e pesquisador musical Arthus Fochi e do produtor musical Guilherme Marques. Arthus foi a ponte com Martin.
“Martin é um grande amigo que hospedei há 10 anos no Rio de Janeiro quando ele fazia uma turnê com o Cuarteto Ricacosa, um grupo onde canta e toca Guitarrón Uruguaio. Ele é um legítimo representante da cultura Afroamericana, e mais que isso, da Afrouruguaia. Quando me mostrou algumas canções como ‘Habanera del Monte VI’ e contou sobre a gravação da banda Biricunyamba, que potencializava toda essa força negra, lhe disse: ‘vamos lançar pela Cantores’! É só ligar o disco e dançar!”, conta ele empolgado.
CD “QUE ME PERDONEN ” de Martin Tejera y El Biricunyamba
O grupo El Biricunyamba é formado por: Leticia Ramos (coros), Lucía Fernández (coros), Fernanda Bértola (coros), Leo Méndez (saxos y flauta), Enzo Spadoni (trombón), Axel Tassani (trompeta), Marcelo “Tito” Castro (percusión), Martín Gandoglia (percusión), Ismael Bértola (percusión y voces), Maxi Clericci (contrabajo), Martín Tejera (guitarra, triple, voces).
Vamos apresentar no programa O Sul em Cima as músicas do CD “Que me Perdonen”: 01 – La Fiesta del Santo (Pedro Ferreira), 02 – El Yuyero Curandero (Anônimo), 03 – Un Canto para Iemanyá (Eduardo Mateo), 04 – Habanera del Monte VI (Martin Tejera – Participação Especial de Berta Pereira), 05 – Kemandotóo (Martin Tejera), 06 – Ciclisto Pedales (Martin Tejera), 07 – Romance para un Negro Milonguero (Alfredo Zitarrosa).
SEBA REY
Poucos ritmos são mais brasileiros que o chorinho. Canções clássicas de nomes como Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga não ecoam somente nas rodas de choro pelo país, como fazem a cabeça de músicos pelo mundo. Agora, a gravadora Cantores Del Mundo mostra um pouco dessa produção internacional de choro no disco “De este lado del Cerro”de Seba Rey y Amigos.
Sebastián Rey é um músico multi-instrumentista da Zona Oeste de Montevidéu, uma das mais ricas culturalmente da capital uruguaia. É uma região popular e proletária, onde a música criada tem muita influência de ritmos africanos e afrouruguayos e também da música brasileira.
“O disco surgiu dessa necessidade de registrar canções que refletissem a paisagem física e sonora única do oeste de Montevidéu”,conta Rey. “Tenho muito influência da música brasileira, tanto que toco e estudo o cavaquinho há alguns anos”, completa.
Seba é um dos integrantes do prestigiado grupo Cuarteto Ricacosa, e é um grande estudioso de ritmos. Essa busca o trouxe algumas vezes ao Brasil, onde conheceu o cantor, produtor e pesquisador de música latina Arthus Fochi, um dos responsáveis pelo selo Cantores Del Mundo e do começo dessa chama do chorinho em Rey. O disco “De este lado del cerro” une a nossa música ao lado de ritmos uruguaios tradicionais, como o candombe, com naturalidade, como se as distâncias culturais não existissem. O resultado é uma festa, como está retratada na arte do álbum.
Vamos apresentar no programa O Sul em Cima, as músicas do CD “De este Lado del Cerro”: 01 – Beso Pa’los Tres, 02 – Amor de Gato, 03 – Se Armó, 04 – De este lado del Cerro, 05 – Chuveiro, 06 – Provisorio para Siempre, 07 – Irasé Porá.
O Sul em Cima dessa edição mostra o trabalho do cantor, compositor, pianista e produtor YANTO LAITANO.
Yanto Laitano
Nasceu em 1973 em Curitiba, mas foi criado em Jaborá, uma pequena cidade na região do Contestado, oeste de Santa Catarina. Na década de 90 mudou-se para Porto Alegre.
É compositor, cantor, pianista e produtor. Mestre em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também recebeu o título de Bacharel em Música. Suas atividades artísticas abrangem a música erudita contemporânea, eletrônica, diversos gêneros da música popular, sobretudo o rock além de música indígena e música para cinema, teatro, dança e circo.
Realizou apresentações em Cuba, Uruguai, Argentina e em diversos estados do Brasil (CE, MG, SP, RJ, RS, SC e PR), e possui composições apresentadas em concertos na Alemanha, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Irlanda e Suíça.
É compositor de trilhas sonoras para filmes, documentários e animações, entre eles o “Canto de Cicatriz”, de Lais Schaffe, que recebeu distinção da UNESCO, “Desaparecido” de Jerri Dias, (prêmio Projeto Histórias Curtas 2007, RBS/Rede Globo), “A Vingança de Kali Gara” (prêmio Super 8 no 27º Festival de Cinema de Gramado) e “Lutzenberger: For Ever Gaia” de Frank Coe e Otto Guerra (ganhador do Doc TV III da Tve). Além disso, compôs inúmeras trilhas sonoras para espetáculos de teatro, circo e dança, incluindo a trilha sonora para o espetáculo de dança do Grupo Corpo Brasileiro de Dança apresentada em Davos, Suiça.
Como produtor, produziu diversos CDs, seis deles premiados com o “Prêmio Açorianos de Música” de “melhor disco erudito do ano”. Recebeu “Prêmio Açorianos de Música” como melhor “Instrumentista Pop/Rock” de 2011 e melhor “Produtor Executivo” em 2008. Em 2006, a “Guitar Review” de Nova York, lançou uma edição com CD com sua composição “Water is the Key”. Em 2014 foi considerado pelo jornalista Juarez Fonseca/Jornal Zero Hora como o principal produtor de discos de música erudita do Rio Grande do Sul.
Em 2000, com a banda Bili Rubina, lançou sua canção “Meu Amor”, sucesso nas rádios do sul do Brasil e em festivais como o Planeta Atlântida e o da Ipanema Fm. Com o tempo, a canção tornou-se um clássico do Rock Gaúcho e chegou a ser cantada no programa Big Brother 9, da Rede Globo. Seu primeiro disco solo, “Horizontes e Precipícios”, foi lançado em 2010 e recebeu 7 indicações para o Prêmio Açorianos de Música. “Yantux”, seu segundo disco solo, foi lançado no final de 2017.
Foi Diretor Musical e intérprete nas edições de 2012 e 2013 do Nativitaten, espetáculo que integra o Natal Luz de Gramado. Em 2011 foi artista residente da Casa M, dentro da programação da 8ª Bienal do Mercosul. De 2007 a 2014 foi Diretor Musical da Companhia “Circo Teatro Girassol” e, desde, 2012 é professor do Curso de Produção Fonográfica da UNISINOS.
Desde 2007, participa da projeto Séculos Indígenas no Brasil, compondo trilhas sonoras para documentários, filmes e exposições de arte ligadas à causa indígena, tendo realizado apresentações em exposições do projeto em Brasília e no Rio de Janeiro durante a Rio + 20. Desenvolveu, de 2012 a 2015, o projeto “Estudo da Música Indígena dos Povos Guarani, Charrua e Kaingang de Porto Alegre” através de financiamento do Edital Décio Freitas do qual foi um dos ganhadores.
Em 2011 criou a Orquestra de Brinquedos, grupo que realiza apresentações tocadas por instrumentos de brinquedo, com quem vem realizando um grande número de apresentações desde então. Em 2015, o músico ganhou o Prêmio Tibicuera de Melhor Trilha Sonora por este espetáculo. O grupo lançou seu primeiro DVD em 2018. YANTUX (2017)
Yantux é um disco conceitual, com uma série de músicas conectadas que contam a história de um personagem excêntrico que vive entre viagens psicodélicas e paixões que terminam tão rápida e intensamente quanto começaram.
Ouvidas em sequência, as 18 faixas revelam uma história, paisagens sonoras e uma série de personagens. Ao mesmo tempo, as canções são independentes e, quando ouvidas separadamente, não dão a impressão de possuir uma narrativa.
“Há muito que busco um meio termo entre música popular e música experimental. Em Yantux eu consegui ir mais adiante nessa busca pessoal: o disco tem uma série de canções populares, ou pop, ou canção urbana contemporânea, nunca consegui definir o termo com exatidão. Mas existe uma série de experimentalismos que agem como uma ruptura, como nas músicas em que a função da voz não é de canto e sim de fala, de diálogo ou nas partes que remetem à rádio-teatro e/ou que criam uma série de paisagens sonoras, formadas por recortes e colagens. A própria concepção de Yantux, como um disco conceitual com uma narrativa e personagens, é algo experimental dentro do contexto do que tenho trabalhado.” conta Yanto.
Participam do CD Yantux:
Yanto Laitano: voz, piano, órgão Hammond, clavinete, violão nylon, vocais, efeitos, sonoplastia, percussão de água Beto Chedid: guitarras (slide, base e solos), violões (aço, nylon, nashville e resonator), bandolin, harmônica, efeitos guitarra e vocais Filipe Narcizo: baixo e vocais Pedro Petracco: bateria e congas
Produzido por Yanto Laitano Direção Musical: Vicente Guedes, Beto Chedid e Yanto Laitano Gravado no Estúdio IAPI por Vicente Guedes Mixado no Estúdio Dreher por Thomas Dreher Masterizado por Marcos Abreu
O Sul em Cima dessa edição apresenta músicas de Yanto Laitano, que são:
Músicas do CD Horizontes e Precipícios (2010). Todas as composições são de Yanto Laitano.
01 – Porto Alegre Blues, 02 – Dinheiro no Chão, 03 – Meu Amor, 04 – Eu não Sou Daqui, 05 –Meus Inimigos Caíram.
Singles:
06 – Libertad – Yanto Laitano (single lançado em 2015), 07 – Ela gosta de garotas – Yanto Litano (single de 2015).
Músicas do CD YANTUX (2017). Todas as músicas e letras compostas por Yanto Laitano.
08 – Camarada, 09 – Imbecil, 10 – Quando eu fui embora sem você, 11 – Neo Hippie, 12 – Disco Voador, 13 – Banho de Cachoeira e 14 – Eu sei aonde eu vou.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de CARMEN CORREA, em especial as músicas do seu mais recente álbum “DO OUTRO LADO”.
CARMEN CORREA
A cantora, compositora e violonista Carmen Correa, natural de São Leopoldo / RS começou a interessar-se pela música ainda criança. Começou a estudar violão aos 9 anos. Com 12 anos já compunha, alimentando o sonho de cantar profissionalmente. Aos 17, mudou-se para Ipatinga, MG, onde formou sua primeira banda e, tempos depois, deu início à carreira solo, com o Show “Carmen Canta Ella – uma homenagem à Ella Fitzgerald”. O espetáculo foi apresentado no Circuito de Música Erudita de Ipatinga, que lhe rendeu convite para participar do 10º Ipatinga Live Jazz, em que também participaram artistas como Hamilton de Holanda, Toninho Horta e Elza Soares.
Em 2013 já em Porto Alegre, apresentou-se com Hique Gomez no Teatro de Câmara Túlio Piva , no espetáculo “Ts’ui – A Reunião”. Em 2014, lançou o show “DAQUI – Interpretações de uma nova música brasileira”, em duas edições que contaram com diversas participações, entre elas Marcelo Delacroix, Tati Portella e Ana Lonardi. Participou das apresentações de Gastão Villeroy, Luis Nenung, Sander Fróes, Adriana Deffenti, Marcelo Fruet, entre outros. Integrou o projeto Mulher Encanto ao lado de cantoras como Loma Pereira e Marietti Fialho, apresentando-se em diversas cidades no interior do Estado
Ela foi uma das vencedoras do Festival da Música da Juventude de Porto Alegre em 2015, e neste mesmo ano apresentou-se no projeto Sons da Cidade, realizado pela Secretaria de Cultura do Município. Também integrou dois coletivos de compositores da capital: o “ESCUTA O Som do Compositor” e o “Autoral Social Clube”, apresentando-se ao lado de artistas como Tonho Crocco, Tati Portela, Marcelo Delacroix e Ian Ramil. Em maio de 2016, Carmen Correa foi uma das onze cantoras a subirem no palco do Auditório Araújo Vianna no projeto Domingo no Parque, acompanhada pela Banda Municipal de Porto Alegre.
Eleita uma das cinco cantoras que representam a nova geração da música gaúcha em 2016 pela Revista Donna. Cantora e compositora, ela possui um discurso poético desprendido de rótulos e categorizações, e suas canções versam sobre o cotidiano e as experiências que dele se originam.
Juarez Fonsecacomenta sobre Carmen: “Chama a atenção pela delicadeza da música e da interpretação. Tem um jeito próprio de compor, não se parece com ninguém, não revela uma origem, a atmosfera das melodias é meio onírica, assim como os versos – cheio de imagens plásticas, são mais poemas que propriamente letras de canções. ”
O CD “DO OUTRO LADO”, foi lançado em dezembro de 2016 e tem participação dos músicos Gabriel Görski (violão), Carlos Ferreira (guitarra), Bruno Vargas (baixo), Alexandre Fritzen (teclados e piano) e Giovanni Berti (percussão e berimbau). Foi produzido e mixado por Marcelo Fruet e masterizado por Marcos Abreu. Gravado entre abril de 2015 e agosto de 2016 por Daniel Roitman e Marcelo Fruet, no Estúdio 12 Experiênciasonora, em Porto Alegre/RS.
CasaDois – Em parceria com Gabriel Sá, Carmen deu início ao projeto CasaDois, juntando forças para levar o trabalho musical para além das fronteiras do Estado de origem. Apresentam um repertório diverso e recentemente lançaram seu novo show “Rock n’ Folk”, com clássicos do Rock Internacional. O duo utiliza o sistema Loop Station, em que gravações em tempo real criam sobreposições de camadas sonoras. O sistema permite que a dupla se multiplique e toque ao mesmo tempo violão, baixo e bateria enquanto cantam, formando literalmente uma “banda de dois”. Tendo a música como casa, como o nome sugere, partiram em itinerância na primeira turnê em janeiro de 2017, percorrendo 23 cidades dos três Estados da região Sul do Brasil. O passo seguinte foi estabelecer raízes na cidade de São Paulo, para consolidar o trabalho já iniciado.
Vamos apresentar nessa edição do programa O Sul em Cima, as músicas:
01 – Paralelo, 02 – Mergulhar (participação de Marquinhos Fê – bateria), 03 – Terra Firme(participação de DJ Anderson – scratches e colagens), 04 – Borboletas (participação de Tati Portella – voz), 05 – Do Outro Lado, 06 – Tempestades de Areia, 07 – Branquela, 08 – Pardal (participação de Hique Gomez – violino e vocalize), 09 – Behind the Wall, 10 – Olha Bem (coro de Marcelo Fruet, Bruno Vargas, Gabriel Görski, Alexandre Fritzen, Carlos Ferreira e Giovanni Berti). Essas músicas são do CD “Do Outro Lado”. Todas as composições são de Carmen Correa.
11 – Horizonte (Gabriel Sá / Carmen Correa) – música do Projeto CasaDois.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de SANDRO SOUZA, em especial as músicas do mais recente álbum ALMA-ME.
Compositor, violinista, professor e arranjador; integrante das Orquestras Unisinos Anchieta , Sinfônica da UCS e professor de musicalização e violino no Projeto Vida com Arte de São Leopoldo. Suas principais canções autorais estão gravadas nos seus três álbuns intitulados (re)verso (2008), Etnopop (2013) e Alma-me (2018).
Participação em mais de cinquenta festivais de música popular no RS, Santa Catarina , Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília como compositor, instrumentista e arranjador. Participação em festivais de folclore na Alemanha e na Áustria em 1996. Participação em festivais da FIFA, Cioff e Festival Internacional do Folclore na Coréia do Sul; durante a copa do mundo em 2002. Participação em aproximadamente oitenta discos/cds/dvds de orquestras, festivais e intérpretes.
Três indicações ao Prêmio Açorianos de Porto Alegre com o CD ETNOPOP. Melhor instrumentista da 17 edição da Moenda da Canção de Santo Antônio da Patrulha. Como instrumentista já acompanhou artistas como: Gilberto Gil, Lenine, Maria Rita, Ian Anderson e Jethro Tull, Zizi Possi, Fafá de Belém, Toquinho, Osvaldo Montenegro, Jair Rodrigues, Agnaldo Raiol, Kleiton e Kledir, Renato Borghetti, Yamandú Costa e Paula Toller. Suas composições já foram interpretadas por cantores como: Loma, Gelson Oliveira, Vitor Hugo, Alex Alano, Fernanda Kruger e Renata Benvenutti (SP), entre outros.
Em 1998 criou, juntamente com César Hack, o “Duo Cordas”. O espetáculo”Primeiros Passos” produzido pelo duo ganhou as casas de espetáculo e bares da grande Porto Alegre com um repertório de música brasileira que inclui canções de Sandro Souza, e compositores como: Xangai, Jean Garfunkel, Vitor Ramil, entre outros. Diretor musical, compositor e responsável pela trilha sonora do espetáculo ” A Caravana da Alegria” ; peça musical infantil que ficou em cartaz de 1998 a 2002, estando em cartaz um ano em Porto Alegre, depois percorrendo o estado do RS, SP e RJ. A”Caravana da Alegria” foi premiada em vários festivais de teatro no Brasil e também participou de festivais em turnê pela Europa. Em 2006 foi integrante da peça teatral “Café Quintana” como músico presente, compositor e diretor musical; a peça percorreu teatros e feiras de livro em todo o estado. Em 2007 participou do júri da edição 21 da Moenda da Canção de Santo Antônio da Patrulha e também da edição 10 do Festival de Porto Alegre.
Em 2008 foi selecionado pelo Unimúsica da Ufrgs (edital 2008) com seu projeto musical (re)verso. Em 2009 sua música “Nação” foi escolhida para trilha sonora do documentário ” A democracia na América Latina” do cineasta americano Michel Fox. Em 2009 e 2010 teve vários arranjos musicais executados pela Orquestra Unisinos. Em 2011 participou do festival nacional de MPB “Canção da Terra” em Santa Bárbara d’Oeste/SP. Em 2011 foi finalista do festival Nossa Música em Novo Hamburgo, com prêmio de melhor arranjo. Em 2012 fez arranjos musicais para ‘Concertos didáticos’ , ‘Concertos Sesc pelo interior’ , ‘Classical Beatles’ e ‘Show com Jair Rodrigues’ da Orquestra Unisinos Anchieta e para o concerto oficial especial infantil da Orquestra da Ucs. Em 2013 seu espetáculo musical intitulado Etnopop foi selecionado para apresentação no Ecarta musical 2013. Em 2013 lançou seu CD Etnopop em parceria com Douglas Gutjahr com canções inéditas de sua autoria. Em 2014 , 2015 , 2016 e 2017 fez arranjos musicais para Ospa, Orquestra da UCS, Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Orquestra Vida Com Arte, Concerto Comunitários Zaffari e Orquestra Unisinos Anchieta.
NOVO ÁLBUM “ALMA-ME”
Neste novo álbum intitulado Alma-me, Sandro Souza apresenta treze canções inéditas de música popular brasileira, onde canções com ritmos como samba, moda, toada, xote e reggae; têm aproximação com a linguagem e sonoridade contemporânea. As influências tropeiro/açoriana de Sandro Souza, assim como suas vivências de orquestras e festivais estão cuidadosamente colocadas nas canções do álbum mais autobiográfico de sua carreira, que conta com a participação de músicos do Sul do Brasil, como: Marcelo Delacroix, Matheus Kleber e Fernanda Krüger.
Alma-me exprime a atmosfera intimista do próprio autor, tendo como linha de força a sua influência tropeiro-açoriana que, com o lirismo melódico do cancioneiro regional, fala de amor nas coisas simples.
No conceito deste álbum também está presente a poética urbana, onde o autor atreve-se a captar com antenas sulinas uma sonoridade pós-tropicalista , tendo a palavra como ‘pedra de toque’ .
Alma-me é um álbum com poemas no formato canção, onde a poética urbana e a melódica regional estão reunidos em um arranjo onde as distâncias dessas vertentes urbana e regional são estreitadas.
O álbum traz um discurso lúcido e inspirado sobre o mundo atual, sobre o homem no mundo, sobre os temas eternos do humano, onde a crítica e a poesia estão arranjados em harmonioso casamento.
Vamos apresentar nessa edição de O Sul em Cima, as músicas:
01 – Inspiração, 02 – Azul (participação de Loma Pereira), 03 – Cosmopampeana (participação de Zelito Ramos Souza) do álbum ETNOPOP de Sandro Souza e Douglas Gutjahr (2013)
04 – Acaso, 05 – Moda (participação de Fernanda Krüger), 06 – Vide Bula, 07 – Re (verso)(participação de Marcelo Delacroix), 08 – PoemaClandestino, 09 – Canção Robertocarliana(participação de Fernanda Krüger), 10 – Alma-me, 11 – Até que o amor esteja aqui, 12 –Âmbar, 13 – Ponto de Vista (participação de Nana Zuccolotto), 14 – Formigas de Havana, 15 –Minh’alma ponto com, 16 – Cada Instante. Músicas do disco “ALMA-ME” de 2018