O SUL EM CIMA 33 / 2024

O SUL EM CIMA 33_2024_Lima e Bárbara, Marcela & Natália


Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Lima Júnior e Bárbara Kristensen, Marcela Backer & Natália Pereira
.
LIMA JÚNIOR  – é mineiro de Almenara, pequena cidade localizada no Vale do Jequitinhonha, onde deu início a sua carreira de cantor e compositor. Estudou harmonia na escola de música  de Milton Nascimento de 1984/1990.   É considerado pelos críticos musicais um dos mais criativos compositores do Vale. Músicas de sua autoria foram gravadas por Saulo Laranjeira, Rubinho do Vale, Jackson Antunes, Carlos Farias, Banda Falamansa, Estakazero, Flor Serena e Trio Jerimum, com participação de Dominguinhos. Em festivais, conquistou importantes prêmios de Música Popular Brasileira. Em sua discografia constam álbuns como Fina Flor, Xamã e Um Beija Flor me avisou. Em 2018, lançou o álbum “Bordados”,  um trabalho inspirado, desde sua concepção e criação, no ofício das bordadeiras, que no seu silêncio, a cada ponto, a cada linha, revelam a beleza e o encantamento da vida. Bordando sentimentos com notas musicais e lírica poesia, “Bordados” apresenta, em seus diferentes arranjos e melodias, expressões do amor capazes de colorir as dificuldades do cotidiano com os tons de superação e esperança. Em 2024, Lima Júnior lançou o álbum  ‘Coisa Rara’ em parceria com Paulinho Pedra Azul que assina todas as letras. Paulinho já é um parceiro letrista de Lima Júnior em mais de 300 canções. 
Músicas do álbum Bordados: 01 – BORDADO DE AMOR – Lima Júnior // 02 – CURVAS MEDIEVAIS  (Para Elomar) –  Lima Júnior  – part de Roberto Mendes, cantor e compositor baiano de Santo Amaro da Purificação // 03 – O AMOR DA AMIZADE – Lima Júnior e Roberto Lima 
Músicas do álbum ‘Coisa Rara’ (autoria de Lima Júnior e Paulinho Pedra Azul): 04 – COISA RARA // 05 – QUEREMOS MUITO MAIS – feat Paulinho Pedra Azul (voz) // 06 – VOU DE TREM –  feat. Xangai (voz)
 .
BÁRBARA KRISTENSEN, MARCELA BACKER e NATÁLIA PEREIRA – O álbum “Rezo” surge não apenas para celebrar a riqueza das manifestações populares catarinenses, mas também desempenhando um papel fundamental na preservação e disseminação dessa herança cultural única. O projeto teve início em 2021, quando Bárbara Kristensen e Natália Pereira iniciaram um processo de pesquisa de repertório dirigido de cultura popular, denominado “Cangoma”, dirigido e orientado pela artista joinvilense Ana Paula da Silva. O estudo consistiu em um mergulho nas cantigas das manifestações brasileiras, em especial as realizadas por mulheres (lavadeiras, rendeiras, benzedeiras, plantadeiras) e da tradição oral como a capoeira, o boi de mamão, o jongo, vissungo, samba de roda, samba de bumbo, catumbi, terno de reis e ratoeira. Desse processo, construído exclusivamente por mulheres, foram recolhidas canções de domínio público e foram desenvolvidas canções autorais relativas às manifestações da cultura popular.
Em setembro de 2022, juntou-se à dupla a violonista Marcela Backer, que agregou os instrumentos de corda ao projeto. Violão de seis cordas, violão tenor e viola machete compõem os elementos harmônicos das canções, que também lançam luz sobre a importância da representividade feminina na música e na preservação das tradições culturais. Músicas: 01 – RITUAL – Bárbara Kristensen // 02 – REZO – Bárbara Kristensen e Natália Pereira // 03 – TERNO DE RAINHAS – Bárbara Kristensen e Natália Pereira // 04 – ÀS ANCIÃS – Bárbara Kristensen e Natália Pereira // 05 – VIVA MUITOS ANOS – Bárbara Kristensen // 06 – EU VIM DA CAPOEIRA – Sinhá Rosária // 07 – CANGOMA ME CHAMOU – Domínio Público
 .

O SUL EM CIMA 32 / 2024

O SUL EM CIMA 32_2024_GRUPO TÁ_VÂNIA_RICARDO

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos do Grupo Tá, Vânia Abreu e Ricardo Herz Trio.
 .
GRUPO TÁ – Criado, inicialmente, como forma de resistência à degradação das instituições democráticas no Brasil e ao retrocesso dos avanços e conquistas sociais ocorridos nas últimas décadas, o TÁ é um grupo formado por músicos e cantores experientes, que têm, em comum, o desejo de expressar visões semelhantes de mundo, bem como explorar as possibilidades de um novo ambiente de performance coral que emergia na época de sua criação: o espaço virtual.
Seu primeiro trabalho, “Meia palavra bas”, surgiu em meio à pandemia da Covid-19 como forma de repúdio aos avanços da  extrema direita, capciosa, negacionista.  A música O que se cala (de autoria de Douglas Germano e consagrada na voz de Elza Soares) é o segundo trabalho do Grupo Tá. A música trata do direito de fala a partir das próprias experiências e perspectivas de grupos historicamente silenciados ou marginalizados.
O terceiro trabalho é a canção Olha o Menino. A letra é um quadro vívido da dura realidade da juventude urbana, os desafios enfrentados pelos meninos e meninas de classes sociais da base que crescem em ambientes urbanos. Embora retrate um lado mais sombrio da vida urbana nas grandes cidades brasileiras, a música carrega uma mensagem de esperança e resiliência, apontando, no senso de comunidade e na solidariedade, uma das formas de superação destes desafios.  O quarto trabalho é a canção Vira-lata caramelo, uma das mais recentes composições de Barro & Chico César. Para os autores, a miscigenação, no Brasil, é um processo ainda indigesto, desconfortável, doloroso, complexo, difícil. Contudo, tantas influências, fusões e contaminações culturais, decorrentes dessa nossa capacidade de fundir muitas coisas nos torna, também, um povo mais “solto”, criativo, extrovertido, fluídico. A figura do viralata caramelo, para eles, faz-se a metáfora que traduz a potência de nossa brasilidade mestiça. Com atmosfera leve e praiana, a canção pulsa entre o reggae, o samba (em nossa versão) e outras influências de raizes nordestinas, resultando em uma sonoridade manante e harmônica que sintetiza nossas várias identidades culturais.  Os arranjos vocais são de Luciano Lunkes e os arranjos instrumentais são de Mateus Zanolla. Radicado na Irlanda, Zanolla assina, também, as edições de áudio e vídeo. A produção, concepção e curadoria é de Márcia Donat e Luciano Lunkes.  
Músicas: 01 – MEIA PALAVRA BAS – Carlos Rennó, Pedro Luis e Roberta Sá  //  02 – O QUE SE CALA – Douglas Germano // 03 – OLHA O MENINO – Negra Li e Helião  // 04 – VIRA LATA CARAMELO – Barro e Chico César 
 
VÂNIA ABREU – Sal do Himalaia é a primeira canção que Vania Abreu assina como coautora junto a Simão Abbud.  Produzida e arranjada por Giovani Goulart que também tocou todos os instrumentos da faixa.  Sal do Himalaia é uma mistura de composição de sons que soam como acústico com timbres de sintetizadores. Uma produção que enaltece a canção sem perder a musicalidade em torno dela. Vania Abreu é baiana e cantora da alma brasileira. Construiu repertório e identidade própria na música com 8 álbuns de carreira e 03 singles. Possui diversas participações em trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão e mais de 21 participações como convidada em álbuns de outros artistas. Música: SAL DO HIMALAIA – Vania Abreu e Simão Abbud
 
RICARDO HERZ TRIO – Neste ano comemorando 20 anos de carreira, com o lançamento do seu 11º álbum, o “Sonhando o Brasil”, Ricardo Herz reinventou o violino brasileiro. Sua técnica leva ao instrumento o resfolego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro tradicional e moderno. Com a influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim entre outros, o violinista mistura ritmos brasileiros, africanos e o sentido de improvisação do jazz. 
Graduado em violino erudito pela USP, sua sólida formação começou aos 6 anos, tendo passado pela escola Fukuda em São Paulo. Estudou na renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e no Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês, uma lenda do violino jazz. 
O novo álbum instrumental tem o nome de Sonhando o Brasil. Além de Ricardo Herz, a formação-base da gravação tem Fábio Leandro no piano e Pedro Ito na bateria e na percussão. O disco conta ainda com a participação da cantora Tatiana Parra, de Léa Freire na flauta  e de Zé Luis Nascimento na percussão.
‘Sonhando o Brasil é um disco de celebração de um país imaginário. A nossa imaginação usa muito da realidade, claro, mas pra esse sonho de Brasil, eu escolhi o que o nosso país tem de melhor: a alegria, a espontaneidade, a dança, as melodias, o carinho, a receptividade, generosidade e o amor. Nesses tempos loucos em que vivemos, tanto interna como externamente, espero que a minha música venha cheia desse lado bom, militando pela celebração da vida em comunidade. ‘ (Ricardo Herz)
Músicas do álbum ‘Sonhando o Brasil’ (autoria: Ricardo Herz) : 06 – CÔCO EMBOLADO  // 07 – SOMBO CHAMBADO – part Zé Luís Nascimento – percussão   /    Tatiana Parra: vozes  // 08 – SIRIBOBÉIA   // 09 – CENAS DO MAGREBE  (músicas 8 e 9 – part. Tatiana Parra)
 
Contatos:
 

O SUL EM CIMA 31 / 2024

31_2024_BIAFRA_O SUL EM CIMA (2)

O programa O SUL EM CIMA faz uma homenagem a BIAFRA, relembrando seus grandes sucessos.

 
BIAFRA – O cantor e compositor Maurício Pinheiro Reis, mais conhecido  como Biafra nasceu em Niterói em 15 de outubro de 1957.  Ainda na infância interessou-se pela música, particularmente por percussão. Fez curso de música e flauta, o que impulsionou sua vocação musical. A vontade de cantar o levou ao Coral do Centro Educacional de Niterói, comandado pelo Maestro Hermano Soares de Sá. Logo estaria embarcando com seus colegas de coro para várias apresentações incluindo uma participação internacional no Festival de Aberdeen, na Escócia, para cantar peças de Villa-Lobos. Na metade dos anos 70, a carreira musical já era seu principal projeto de vida. E foi nessa época que nasceu O Circo, banda que teve rápido sucesso em apresentações em Niterói e no interior do Estado do Rio. E foi acompanhado por seus colegas de O Circo que Biafra entrou pela primeira vez no velho estúdio da CBS para gravar seu primeiro álbum. Lançado em 1979, Primeira Nuvem  foi rapidamente adotado pelas rádios de todo o Brasil. Uma das canções, composta pelo próprio Biafra e por Luiz Eduardo Farah, transformou-se em grande sucesso: “Helena”. Poucas semanas depois de introduzida nas rádios, essa faixa ganhou popularidade ainda maior ao ser incluída na trilha sonora  da novela Marron Glacê da Rede Globo. Essa mesma emissora iria, ao longo dos anos, solicitar mais  músicas de Biafra para suas novelas identificando suas canções com vários personagens famosos. Seus maiores sucessos, “Leão Ferido” (incluído no álbum Despertar  de 1981) e “Sonho de Ícaro” (incluído no álbum Existe Uma Ideia de 1984), renderam-lhe dois Discos de Ouro. Como compositor, Biafra registrou sua obra na voz de grandes artistas como Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Simone, Chitãozinho & Xororó, Chrystian & Ralf, Rosana,  Xuxa, Angélica, KLB, Danilo Caymmi  e muitos outros.  
Em 2018, ao completar 60 anos de idade e 40 anos de carreira, decidiu fazer um mestrado na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Sua tese abordou as novas estratégias de interpretação de música de câmara. Em maio de 2022 estreou, no Teatro Rival Refit , o show ‘4.0’, comemorando os 40 anos de carreira . O show havia sofrido diversos adiamentos desde 2020 por conta da pandemia do coronavírus. No decorrer do ano continuou apresentando o show pelo Brasil. 
 .
O niteroiense Maurício Pinheiro Reis não imaginava que o apelido que ganhara dos amigos de infância se tornaria o nome artístico de um cantor que emplacou sucessos e teve destaque com canções em telenovelas. O menino muito magro era chamado de Biafra (em alusão à República de Biafra, que existiu de 1967 a 1970) e, com 45 anos de carreira, se orgulha de ter 16 álbuns lançados, cinco coletâneas e milhões de discos vendidos. Atualmente, Biafra segue realizando vários shows pelo Brasil. 
.

Músicas: 01 – PRIMEIRA NUVEM – Aloysio Reis, Biafra, Bolinha  – álbum Primeira Nuvem 1979  // 02 – HELENA  – Biafra e Luiz Eduardo Farah – álbum Primeira Nuvem 1979    //  03 – LEÃO FERIDO – Biafra, Dalto  //  04 – VINHO ANTIGO – Cláudio Rabello, Dalto    // 05 – QUALQUER ESTRADA – Guilherme Arantes  // 06 – TRÊS PALAVRAS –  Juca Filho, José Renato – Part Boca Livre    – (músicas 03 à 06 do Álbum Despertar 1981) // 07 – SONHO DE ÍCARO – Cláudio Rabello, Piska   – do álbum  Existe Uma Idéia  1984   // 08 – ÁGUA  ARDENTE – Biafra, Paulo Ciranda  – do álbum Existe Uma Idéia – 1984  //  09 – TE AMO – Franco de Vita – versão: Biafra e Aloísio Reis  // 10 – SEU NOME – Pyska, Biafra   // 11 – RUA RAMALHETE – Tavito, Ney Azambuja  – part Roupa Nova

.

Contatos:

https://www.facebook.com/biafraoficial

https://www.instagram.com/biafra_oficial/

O SUL EM CIMA 30 / 2024

O SUL EM CIMA 30_2024_João_Ná e Luiz Tatit

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de João Palmeiro e Ná Ozzetti & Luiz Tatit
 
JOÃO PALMEIRO – Conhecido como o “Tom Jobim gaúcho”, João Palmeiro faleceu aos 80 anos, em janeiro de 2022, em Porto Alegre. O músico e compositor também chamado de João da Benga, é uma figura significativa no cenário musical do Rio Grande do Sul, especialmente dentro do gênero da bossa nova. 
Seu único registro fonográfico, o CD “Águas Abertas”, lançado pela prefeitura de Porto Alegre, conta com 18 canções divididas igualmente entre homenagens a Porto Alegre e celebrações a Garopaba. O disco reúne uma série de colaborações de músicos respeitados, como Geraldo Flach, Zé Caradípia, Renato Borghetti, e outros artistas notáveis, incluindo as cantoras Glória Oliveira, Flora Almeida e Fátima Gimenez. Todos os participantes participaram voluntariamente para o projeto, de acordo com a produtora Maria Lúcia Sampaio. João Palmeiro foi um dos principais nomes da bossa nova no Rio Grande do Sul. Na década de 1960, ele fez parte do grupo Canta Povo, ao lado de Mutinho, Ivaldo Roque, Giba Giba e as irmãs Sílvia e Laís Marques. Após a dissolução do Canta Povo, João Palmeiro passou quase três décadas afastado do cenário musical. Seu retorno ocorreu em 1995 com o lançamento do CD ‘Águas Abertas’. 
Juarez Fonseca, em uma reportagem para o jornal Zero Hora na época do lançamento do CD, descreveu João Palmeiro como ‘apenas o maior compositor que a bossa nova já produziu no Sul do país. Um músico refinado e inventivo, um letrista sensível e talentoso. As suas canções marinhas, principalmente, estão dentre as melhores que já se produziu no gênero no Brasil”. 
Músicas: 01 – Águas Abertas  – João Palmeiro – intérprete: Glória Oliveira // 02 – Outonal – Ivaldo Roque e João Palmeiro -intérprete: Fátima Gimenez // 03 – Armadilhas  – João Palmeiro – Intérprete: Josiane // 04 – Caminho do Oswaldino – Zé Caradípia e João Palmeiro – intérprete: Zé Caradípia // 05 – Girassóis  – Clóvis Alegre e João Palmeiro – intérprete: Flora Almeida // 06 – O Calhau – João Palmeiro – com Adriana Gimenez, Beto Bollo, Fernando do ó, Flora Almeida, Fátima Gimenez, Heleno Gimenez, Josiane e Zé Caradípia 
 
NÁ OZZETTI e LUIZ TATIT – De Lua é o nome do novo álbum da cantora e compositora Ná Ozzetti e do compositor e professor Luiz Tatit. Já disponível nas plataformas digitais, o disco traz dez canções da dupla, três delas compostas especialmente para esse novo trabalho: Et Cetera, Boa Ideia e De Lua. As dez canções tem melodia de Ná e letra de Tatit. Diversos conteúdos se entrelaçam nesse disco. Temos, por exemplo, um confronto entre a Terra, a Lua e as Estrelas (‘De Lua”), uma fábula sobre a paralisação e o sucessivo destravamento das ruas da cidade de São Paulo por intermédio da música (“Boa Ideia”), um estímulo à valorização dos detalhes desprezados da vida (“Et cetera”), um apelo para que o amor abstrato se materialize de algum modo (“Se Você Aparecer”), uma musa que revela o seu ponto de vista sobre o compositor (“A Voz da Musa”) e assim por diante. 
Ná Ozzetti e Luiz Tatit iniciaram suas carreiras no Grupo Rumo (expressão da vanguarda paulistana dos anos 1980), onde realizaram estudos e propostas para um novo modo de composição e execução de canções, com destaque para os recursos que oscilam entre as entoações da fala cotidiana e as soluções musicais que dão o acabamento necessário à fixação sonora de cada obra. Parceiros em dezenas de composições, os artistas agora escolheram dez canções representativas desse longo período de trabalho para a produção do álbum DE LUA, que tem produção musical de Jonas Tatit – também responsável pela mixagem e masterização do disco – e com arranjos criados coletivamente pelos solistas e pela banda que reúne os músicos Danilo Penteado (baixo, guitarra e sanfona), Mário Manga (violoncelo e guitarra) e Sérgio Reze (bateria), além do próprio Tatit ao violão. Edição: Circus Produções Culturais e Fonográficas
Músicas (todas de autoria de Ná Ozzetti e Luiz Tatit): 07 –  Se você Aparecer  // 08 – Boa Idéia  // 09 – A Voz da Musa  // 10 – De Lua  // 11 – Et Cetera 
 
Contatos:
 
 

O SUL EM CIMA 29 / 2024

7

Essa Edição Especial de O Sul em Cima, é uma Homenagem à vida e obra do inesquecível PERY SOUZA!!
 

Nascido em Jaguarão / RS, Pery Souza integrou a primeira formação do grupo Almôndegas, criado na década de 1970 pelos seus primos, os irmãos Kleiton e Kledir, além de Gilnei Silveira e Eurico Guimarães de Castro Neves (Quico).  Pery foi compositor, cantor, instrumentista, arranjador e um percussionista excepcional. Na música ‘Quadro Negro’ tem um set (especial) só de percussão onde podemos ouvir esse, que era um dos seus grandes talentos. Neste set ele toca cubana e Gilnei, Bangô. Os dois levantavam a platéia em suas performances ao vivo. Autor de canções como “Noite de São João”, “Estrela Guria”, “Pampa de Luz” e “Sonho Sideral”, Pery era formado em composição e regência pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhou como professor, dirigiu corais em escolas, criando muitos arranjos. Pery era um artista eclético,trabalhando com vários estilos. Suas canções também tiveram a interpretação de vários artistas. Pery também dedicou um tempo precioso a criar música infantil, além de dar aulas para crianças. Um desses lindos trabalhos foi  “Pequenas observações sobre a vida em outros planetas” que é um livro de poemas para crianças, de autoria de Ricardo Silvestrin, lançado em 1998 pela editora Projeto, de Porto Alegre. Em 2004, teve uma nova edição pela editora Salamandra, de São Paulo. Essa segunda edição foi incentivada por Ziraldo, que era fã desse livro, e que o apresentou à editora paulista. Pery  musicou, por sua própria iniciativa, os 18 poemas do livro.

Pery Souza foi um artista que atuou em vários segmentos da música. Podemos citar a Missa da Terra Sem Males. Projeto de Dom Pedro Casaldáliga. Pery escreveu arranjos e regeu corais e orquestra em vários espetáculos. A primeira apresentação foi na Catedral da Sé em São Paulo em 1980 e depois em outras partes do país. Textos de Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra e  Músicas da autoria de Martín Coplas, com temática indígena. Fernando Brandt tbm estava na estréia da Missa na Catedral da Sé. Daí surgiu a ideia que originou a Missa do Quilombo, também com Dom Pedro Casaldáliga, nesse caso com temática sobre afro-descendentes. Em 1984, Pery lança o disco Pery Souza (RBS Discos / Som Livre) que é uma obra-prima de fusão entre o pop e o regional – reeditado em CD em 1998, independente, com financiamento do Fumproarte da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Neste disco, compôs músicas com Jerônimo Jardim, Luiz Coronel, Fogaça, Raul Ellwanger, além de gravar com Luiz Carlos Borges, Pedrinho Figueiredo e Kleiton e Kledir. Na carreira solo, além do disco Pery Souza (de 1984), lançou também  Milonga do Pendular Encontro (1996) que é todo de parcerias suas com o letrista (e psicanalista) Jaime Vaz Brasil. Outro trabalho de mestre, lançado independente.  Em 1985, a canção Pampa de Luz teve enorme destaque no 3º Musicanto de Santa Rosa.  Infelizmente o cantor e compositor gaúcho Pery Alberto Alves de Souza, mais conhecido como Pery Souza, nos deixou em 2 de setembro de 2024, aos 71 anos. Longe dos palcos há mais de 10 anos, ele lutava contra o Alzheimer e estava internado em uma clínica na Capital gaúcha. Lastimamos a partida desse grande artista. 

Músicas: 01 – Olavo e Dorotéia (Uma Louca Estória de Amor ) – Pery Souza/ Kledir Ramil – com Almôndegas // Quadro Negro – Kledir Ramil – com Almôndegas // 03 – Moradia – Luiz Coronel / Pery Souza – com Olívia Hime – part. Roupa Nova  // 04- Mulheres do Brasil – José Fogaça e Pery Souza – com Elaine Geissler, Isabela Fogaça, Loma, Ângela Jobim e Marisa Rotenberg // 05 – Noite de São João – Pery Souza e Kledir Ramil – com Kleiton & Kledir  // 06 – Planeta Poft – com Kleiton & Kledir  // 07 – Planeta Gugus – com Pery Souza // 08 Planeta Coração – com Pery Souza (músicas 6,7 e 8 de Pery Souza e Ricardo Silvestrin // 09 – Estrela Guria // 10 – Sonho Sideral // 11 Para Sempre Amigo (músicas 9,10 e 11 de Fogaça e Pery Souza) // 12 – Pampa de Luz – Pery Souza e Luiz de Miranda -com Pery Souza e Flávio Medina // 13 – Milonga Borgeana – Pery Souza e Jaime Vaz Brasil – part. Vitor Ramil  // 14 – Um Cheiro Bom de Mar – Pery Souza e Fogaça