O SUL EM CIMA 28 / 2024

O SUL EM CIMA 28_2024_Milton e Esperanza


 
Nessa edição, vamos mostrar os trabalhos de Milton Nascimento e Esperanza Spalding
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MILTON NASCIMENTO e ESPERANZA SPALDING 

Em 1974, Milton Nascimento gravou em Los Angeles (Califórnia, EUA) um álbum com o compositor e saxofonista norte-americano Wayne Shorter (1933 – 2023). Lançado em janeiro de 1975, o LP Native dancer amplificou o alcance da música do artista brasileiro ao redor do mundo, sobretudo no universo do jazz. Decorridos 50 anos, Milton Nascimento – já entronizado como entidade da música brasileira – se une em disco a outro nome do jazz dos Estados Unidos. Milton Nascimento e a cantora de jazz norte-americana Esperanza Spalding lançaram em agosto, o seu álbum colaborativo “Milton + Esperanza“ (Concord Records) em todas as plataformas digitais, CD físico e Vinil.  Gravado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) ao longo de 2023, com produção musical e arranjos de Esperanza Spalding, o álbum flagra a artista dos Estados Unidos cantando em português, às vezes com sotaque, como em Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972), às vezes praticamente sem, como em Saci (Guinga e Paulo César Pinheiro), faixa de clima bucólico – feita com a participação de Guinga – que reforça a espiritualidade do disco , sobretudo quando Milton invoca o Saci com a voz.

“Milton + esperanza“ apresenta 16 faixas que celebram e reimaginam os clássicos amados de Nascimento, novas peças escritas por spalding pensando em Nascimento e interpretações de “A Day in the Life”, dos Beatles, e “Earth Song”, de Michael Jackson. Os convidados são nomes de peso, incluindo Dianne Reeves, Lianne La Havas, Maria Gadú, Tim Bernardes, Carolina Shorter, Elena Pinderhughes, Shabaka Hutchings, Paul Simon, Guinga e outros. O disco conta com a banda principal de Spalding, composta por Matthew Stevens (guitarra), Justin Tyson e Eric Doob (bateria), Leo Genovese (piano), Corey D. King (vocais, sintetizadores) e vários músicos brasileiros, incluindo a Orquestra Ouro Preto, os percussionistas Kainã Do Jêje e Ronaldinho Silva e o violonista Lula Galvão.
“Milton + Esperanza” brilha com duetos entre essas duas vozes, músicos requintados e o que Spalding identifica como um tema central do álbum: a importância de as gerações mais jovens criarem, aprenderem e construírem novos mundos com os mais velhos. Um espírito guia para o projeto foi Wayne Shorter, cuja colaboração com Nascimento, “Native Dancer”, foi lançada há quase 50 anos.
Com cinco prêmios GRAMMY® e onze indicações, Spalding já lançou oito álbuns completos. Além de trabalhar com seus heróis, incluindo Nascimento e Shorter, ela colaborou com Prince, Herbie Hancock, Janelle Monáe e muitos outros.   

Músicas: 01 – Cais – Ronaldo Bastos e Milton Nascimento // 02 – Outubro  – Fernando Brant e Milton Nascimento // 03 – A Day in the Life  – John Lennon e Paul McCartney // 04 – Wings for the Thought Bird  –  (Esperanza Spalding) | Participação especial Elena Pinderhughes e Orquestra Ouro Preto // 05 – Saci  – Guinga e Paul César Pinheiro | Participação especial Guinga // 06 – Morro Velho  –  Milton Nascimento / Participação especial Orquestra Ouro Preto // 07 – Earth Song –  (Michael Jackson) | Participação especial Dianne Reeves //  // 08 – Um Vento Passou (Para Paul Simon)  –  Marcio Borges e Milton Nascimento | Participação especial Paul Simon // 09 – Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)  – Fernando Brant e Milton Nascimento  –  | Participação especial Lianne La Havas, Maria Gadú, Tim Bernardes, Lula Galvão

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O SUL EM CIMA 27 / 2024

O SUL EM CIMA 27_2024

Nesta edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Paola Kirst & Kiai Grupo e Trio Fluctua
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PAOLA KIRST & KIAI GRUPO  – É possível encontrar lugares seguros na música e na coletividade como forma de estar no mundo? Buscando refletir sobre as multiplicidades de uma redoma, a cantora, compositora e performer Paola Kirst retoma a parceria com os companheiros da KIAI Grupo, formado por Lucas Fê, Dionisio Souza e Marcelo Vaz. “Redoma”, seu segundo álbum de estúdio em parceria com a banda instrumental, nasce do reencontro criativo entre os quatro musicistas. Durante o processo criativo de “Redoma”, o quarteto se voltou para os sentimentos de enclausuramento e impotência, que retratam uma sociedade adoecida. Como contraponto, os musicistas também buscaram respiro no sentido de “proteção” da palavra, em que a potência do encontro com o outro é uma forma de acolhimento. O álbum conta com as participações das cantoras Marietti Fialho e Gabi Lamas, da banda Psycho Delícia e do cantor, compositor e instrumentista Pedro Borghetti. 
Com sonoridade inspirada em ritmos latino-americanos e rock psicodélico, o álbum retrata temas recheados de melancolia e sarcasmo, trazendo a voz inventiva da cantora como fio condutor. Além disso, os musicistas fizeram escolhas tentando ampliar o leque de referências sonoras, potencializando a comunicação com o público. 
A parceria entre Kiai e Paola teve início em 2018, com o álbum de estreia de Paola Kirst, ‘Costuras Que Me Bordam Marcas na Pele’, lançado pelo selo Escápula Records, que rendeu à artista o troféu Revelação no Prêmio Açorianos de Música. Os quatro são oriundos das periferias da cidade do Rio Grande, extremo sul do estado do Rio Grande do Sul e atuam com música autoral há mais de 10 anos. “Redoma” foi gravado no estúdio Pedra Redonda por Wagner Lagemann e foi produzido por Guilherme Ceron. O álbum é um lançamento do selo Pedra Redonda.
Músicas: 01 – Cidade Pulsa – Paola Kirst // 02 – Submersos – Gabi Lamas – com Paola Kirst e Gabi Lamas // 03 – Palavras Bobas – Paola Kirst, Carlos Medeiros e Pedro Borghetti // 04 – Pessoa Bonita – Carlos Medeiros e Paola Kirst // 05 – Contínuo – Thais Andrade, Paola Kirst e Pedro Borghetti – com Erick Endres e Paola Kirst – part. Psycho Delícia // 06 – Nada – André Paz – Adaptação (coautoria) Paola Kirst e Pedro Borghetti – part Marietti Fialho  // 07 – Véu do Tempo – Carlos Medeiros e Lucas Fê – com Lucas Fê 
 
TRIO FLUCTUA – Lançou em junho o álbum ARAMADO. O Fluctua é formado por Edu Waghabi (violão, piano, teclados e vocais), João Faria (baixo, vocais) e Moreno Leon (vocais), o grupo combina elementos afro, latinos e nordestinos. O resultado é um som fresco e autoral, obtido principalmente a partir das harmonias vocais que se impõem como assinatura e diferencial da banda, elevando o Fluctua ao mais alto nível do R&B produzido atualmente no Brasil.
‘FLUCTUS’. Termo em latim que significa ‘onda’, ‘fluxo’. Em um sentido mais poético, ‘agitação’, ‘turbilhão’, que também pode ser aplicado a conceitos físicos relativos à propagação do som. É exatamente essa idéia que interessa ao trio carioca Fluctua. 
A tradição dos grandes grupos vocais brasileiros está no sangue não só de Waghabi, mas também no de João Faria. Os dois são filhos dos integrantes já falecidos do MPB4. O primeiro, de Antonio José Waghabi Filho (1943-2012), o Magro. O segundo, nascido da união entre Ruy Faria (1937-2018) e Cynara (1945-2023), uma das vozes do Quarteto em Cy. Influência e legado postos com sensibilidade e lirismo em canções que vão direto ao ponto. 
Músicas: 01 – Céu do Teu Olhar – Moreno Leon, Edu Waghabi e João Faria // 02 – Do Que Vi – Moreno Leon, Edu Waghabi e João Faria // Cena – Moreno Leon, Edu Waghabi e João Faria // 04 – Congo Chamou (vinheta) – Moreno Leon // 05 – O Tempo Dirá – Moreno Leon, João Faria e Edu Waghabi // 06 – Amanhã o mundo acabou – Edu Waghabi // 07 – Todas as músicas são sobre você – Edu Waghabi 
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O SUL EM CIMA 26 / 2024

O SUL EM CIMA 26_2024_MPB4

Essa edição de O Sul em Cima é dedicado ao grupo MPB4, que está lançando o álbum MPB4 – 60 ANOS DE MPB. 
 
MPB4 – O histórico do grupo MPB4 remonta a 1962, inicialmente com formação de trio, integrado por Ruy, Aquiles e Miltinho, responsáveis pelo suporte musical do Centro Popular de Cultura, da Universidade Federal Fluminense (filiado ao CPC da UNE) em Niterói. Em 1963, com a adesão de Magro Waghabi, passou a atuar como Quarteto do CPC.
Logo após o golpe militar de 1964, prestes a lançar seu primeiro compacto, o grupo Quarteto do CPC, formado em Niterói, precisou mudar de nome. Nascia ali o MPB4 e, com ele, a sigla MPB, até então desconhecida e que nos anos seguintes passaria a designar um dos mais abrangentes gêneros musicais brasileiros.
O MPB4 lançou, no dia 5 de julho de 2024, o álbum “60 anos de MPB”, em que comemora seis décadas de carreira e sucessos de público e crítica. Gravado quase todo entre 15 de janeiro e 9 de fevereiro de 2024 no estúdio da Biscoito Fino no Rio de Janeiro, o álbum ’60 anos de mpb’ contou com as participações luxuosas de Alceu Valença, Chico Buarque, Dori Caymmi, Edu Lobo, Francis Hime, Guinga, Ivan Lins, João Bosco, Kleiton & Kledir, Milton Nascimento, Paulinho da Viola e Toquinho. Somente as vozes de Alceu Valença, Milton Nascimento e Toquinho foram gravadas em outros estúdios.
Este trabalho do MPB4 – que tenta resumir os 60 anos de serviços prestados à MPB, sigla que o próprio quarteto criou e que acabou ganhando vida própria – é dedicado às companheiras de palco e de vida do Quarteto em Cy, assim como também a Magro e Ruy, integrantes da primeira formação do MPB4 ao lado de Miltinho e Aquiles. O quarteto sofreu algumas modificações em sua formação original. Em 2004, Ruy Faria saiu do MPB4 por divergências e foi substituído por Dalmo Medeiros, ex-integrante do Grupo Céu da Boca. Em 2012, o grupo perde Magro Waghabi. O cantor, compositor e arranjador, Paulo Malaguti, também ex-membro do Céu da Boca e integrante do Arranco de Varsóvia, é convidado para substituir Magro. Desde então, o MPB4 é formado por Aquiles, Dalmo Medeiros, Miltinho e Paulo Malaguti Pauleira. 
 
Músicas: 01 – Notícias do Brasil (Os Pássaros Trazem)  – Fernando Brant / Milton Nascimento – Part. Milton Nascimento  // 02 – O Cantador  – Dori Caymmi e Nelson Motta – Part. Dori Caymmi  //   03 – Prêt-à-Porter de Tafetá  –  João Bosco / Aldir Blanc – Part. João Bosco    // 04 – Caso Encerrado   – Toquinho / Paulinho da Viola – Part. Toquinho // 05 – Velas Içadas   – Ivan Lins / Vitor Martins – Part. Ivan Lins //  06 – Dança do Corrupião  – Edu Lobo e Paulo César Pinheiro – Part. Edu Lobo  //    07 – Angélica  – Chico Buarque / Miltinho – Part. Chico Buarque  //  08 – Catavento e Girassol – Guinga / Aldir Blanc  – Part. Guinga //  09 – Coisas do Mundo Minha Nêga – Paulinho da Viola – Part. Paulinho da Viola   //   10 – Na primeira Manhã  – Alceu Valença – Part. Alceu Valença //  11 – Paz e Amor – Kleiton Ramil / Kledir Ramil – Part. Kleiton & Kledir //  12 – Parceiros  – Francis Hime / Milton Nascimento  – Part. Francis Hime       

 

O SUL EM CIMA 25 / 2024

O SUL EM CIMA 25_2024_Marisa_Orestes

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Marisa Rotenberg e Orestes Dornelles
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MARISA ROTENBERG –  multiartista natural de Porto Alegre (RS), é cantora, atriz, professora de canto popular, locutora, atriz de voz original, produtora vocal e musical. Venceu edições em diversas categorias do Prêmio Açorianos de Música e indicada a outras. Como produtora musical, produziu os álbuns de Daniel Debiagi, Alex Alano e o infantil de Gelson Oliveira, dentre singles para artistas. Ministra aulas de canto popular contemporâneo em seu home studio há mais de 20 anos, faz direção de gravação de voz para cantores em estúdio, e também preparação vocal de elenco para espetáculos. Possui ampla experiência em estúdios de gravação atuando com voz cantada e falada em publicidade, teatro, cinema de animação e jogos. Possui dois discos lançados, Na Batida (2002) e Boa Hora (2009). 
Marisa Rotenberg participa do coletivo Lareirau ao lado de Alex Alano, Gelson Oliveira e Giovanni Berti. Cursa a Formação em Canto Contemporâneo ministrado pelo cientista vocal Ariel Coelho. Criou sua primeira trilha sonora original para o espetáculo de dança-teatro Chamas ao lado do compositor e instrumentista Tales Melati, na qual também consta sua voz em alguns trechos. Atualmente está em cartaz com o show cênico de humor “Aos Trancos e Barrancos” ao lado da cantora-atriz e multinstrumentista Kiti Santos, onde representam as irmãs Rayanne e Rayssa, especialistas em eventos e bailes. Elas trazem um repertório com as mais pedidas nas festas com arranjos originais e, permeando as músicas, contam um bocado de causos vividos por elas a trabalho.
Músicas do álbum Na Batida (2002 – produzido por Antonio Villeroy): 01 – O Meu Ziriguidum – Felipe Elizalde // 02 – Contigo Ninguém Pode – Bebeto Alves // 03 – F. Valentine’s Day – Antonio Villeroy / Marisa Rotenberg – dueto com Nei Lisboa // 
Músicas do álbum Boa Hora (2009 – Produzido por Eugenio Dale e Gastão Villeroy) – 04 – Boa Hora – Alvinho e Domenico Lancelotti // 05 – Ponto e Pronto – Luciana Pestano e Eugênio Dale 
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ORESTES DORNELLES – Orestes Dornelles é de Alegrete e radicado em Porto Alegre. É cantor, compositor e professor de música. Desde 1994 trabalha em escolas de música de Porto Alegre como professor de violão, musicalização, composição e arranjo. Em 2005, junto com Binho Terra e Risomá Cordeiro, gravou o CD Tribufu com o qual receberam dois prêmios Açorianos, de melhores compositores (Orestes / Risomá) e melhor CD de MPB para o grupo Tribufu. Depois lançou os álbuns: Graffiti (2008), BailaDO (2013), Tudituãni (2020), Desnorteia (2023) parceria com o compositor Raul Boeira e em 2024 o álbum Sambeis. 
O álbum Sambeis, novo trabalho autoral de Orestes Dornelles (violão, voz e vocais), é um álbum de sambas, repetindo o trio básico do álbum anterior (Desnorteia-2023) com Filipe Narcizo no contrabaixo elétrico e Bruno Coelho na percussão. Conta também com alguns convidados, Angelo Primon (guitarra elétrica), Matheus Kleber (acordeon), Elias Barboza (bandolim) e Tomás Piccinini (piano elétrico e edição de samplers). A mixagem foi realizada por Clauber Scholles e a masterização por Marcos Abreu. A proposta permanece a mesma, reunir uma série de canções sociais e românticas, na medida do possível. E viva a vida! 
Músicas do álbum Sambeis: 06 – Âmbar  //  07 – Chovendo no Molhado   // 08 – Amaré  // 09 – Sonhador  – Orestes Dornelles / Filipe Narcizo // 10 – Sambeis – Orestes Dornelles // 11 – Ziriguipop  – Orestes Dornelles
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