Na companhia dos músicos Ronaldo Saggiorato (baixo, arranjos e direção musical), Ricardo Matsuda (violão, viola e guitarra) e Jota Pê (sax alto e soprano, flauta e pícolo), a cantora Izabel Padovani faz uma leitura singular da obra do compositor, valorizando a performance dos instrumentistas, com uma sonoridade brasileira e espaço para improvisações. Para o álbum, a cantora escolheu dez canções com temas que se inserem na cultura popular brasileira, do vendedor de ervas ao benzdor, da saudade da morena à homenagem ao gênio Tom Jobim. Em tres canções, as letras foram feitas em parceria com a poeta Márcia Barbosa.
Izabel Padovani Quarteto
Izabel Padovani (paulista de Campinas) é cantora e residiu em Viena por uma década. Em 2005 retornou ao Brasil e, em seguida, venceu o Prêmio Visa de Música – edição vocal. Tem sete Cds gravados. O mais recente, o CD Passarinhadeira, acompanhada pela Orquestra à Base de Sopros de Curitiba, com as canções de Guinga, foi finalista do Prêmio Profissionais da Música, em 2019, na categoria melhor projeto orquestral. Em longa parceria com o baixista Ronaldo Saggiorato, lançou dois CDs. O primeiro, Tons-bass&voice (2005) – foi indicado ao Prêmio da Crítica na Alemanha, O segundo, Aquelas Coisas Todas (2015), integrou a lista de álbuns indicados pelo prestigiado crítico Carlos Calado. A cantora vive em Campinas-SP e vem participando de importantes projetos e já dividiu o palco com nomes consagrados do cenário nacional como André Marques, André Mehmari, Monica Salmaso, Ná Ozzetti, Teco Cardoso, Trio Curupira, Nelson Ayres, Alessandro “Bebê” Kramer, Marco Lobo, Marcelo Onofri, Alegre Correa, Marcelo Preto, entre outros.
Ronaldo Saggiorato (gaúcho de Passo Fundo) – é baixista, compositor e arranjador. Teve composições gravadas e participou de projetos e CDs ao lado de grandes nomes nacionais e internacionais como Renato Borghetti, Vitor Ramil, Letieres Leite, Alegre Correa, Sandra Pires, Elias Meiri, entre outros. Participou de inúmeros festivais no Brasil e no exterior, como Jazz Montreux Festival, Festival de Inverno Ouro Preto, Kassel World Music Festival, Lunz Am See Musik Festival, assim como em importantes casas de jazz europeías. Tem dois CDs com temas autorais: Pé de Vento (2002), gravado em Viena em parceria com o baterista Endrigo Betega, e o CD Ares (2011), premiado pela Secretaria de Cultura do Estado de SP e selecionado para o Prêmio da Música, categoria instrumental. Também é integrante do grupo Dr. Cipó, com o qual gravou vários CDs entre 2000 e 2003.É professor de baixo elétrico, harmonia e improvisação e pesquisa os ritmos brasileiros.
Ricardo Matsuda – é compositor, arranjador e guitarrista. Trabalhou como arranjador, compositor e violonista em produções ao lado de grandes nomes como Paulo Jobim, Guinga, Toninho Horta e Jacques Morelembaum, entre outros. Em 2001 produziu seu primeiro CD autoral Dança das Estações. Em 2009 lançou o CD Contos Instrumentais, com composições para o Duo Viola e Cravo (ao lado da cravista Patrícia Gatti). Em 2016, publicou um segundo álbum do duo, intitulado O Cravo e a Rosa. Entre os anos de 2001 e 2008, fez parte do Grupo Anima, atuando como intérprete de violas brasileiras e como arranjador, compositor e diretor musical.
Jota Pê (João Paulo Ramos Barbosa) é saxofonista, flautista e compositor. Músico profissional desde os 12 anos de idade, tem dois CDs autorais gravados, Jota P. (2011) e Em Ritmo de Mudança (2014). Dos trabalhos gravados recentemente, destacam-se os CDs ‘Hermeto Pascoal & Grupo – No Mundo dos Sons’ (ganhador do Prêmio da Música Brasileira) e ‘Hermeto Pascoal & Big Band – Natureza Universal (ganhador do Grammy Latino). É integrante dos grupos Hermeto Pascoal & Grupo, Hermeto Pascoal & Big Band, Entrevero Instrumental, Reteté Big Band, Thiago Espírito Santo Quarteto, Gian Correa Remistura 7, Filó Machado, Vintena Brasileira. Desenvolve também um trabalho de estudo e pesquisa sobre improvisação nos ritmos brasileiros.
Sobre o compositor Raul Boeira – Nasceu em Porto Alegre, em 1956. Toca violão desde os 15 anos. Embora nunca tenha atuado profissionalmente como músico, lançou dois álbuns autorais, ambos produzidos no Rio de Janeiro por Dudu Trentin: Volume Um (2008) e Cada qual com seu espanto (2016), que contaram com a participação de Lula Galvão, Ricardo Silveira, Celson Fonseca, Júlio Herrlein, Marcelo Martins, Jessé Sador, André Vasconcellos, Eduardo Farias, Cidinho Moreira e outros destacados instrumentistas brasileiros. Algumas de suas canções foram gravadas no exterior (Mato Grosso Group/1988 Viena, Alegre Correa Sextett / 1996 Viena, Nuno Bastos/2017 Portugal) e no Brasil (Ana Paula da Silva, Leonardo Ribeiro, Lili Araújo, Mirianês Zabot, Ita Arnold e outros). O samba ‘Clariô’, uma de suas parcerias com Alegre Corrêa, integra o CD Joe Zawinul 75, premiado com o Grammy 2010 de melhor álbum de jazz contemporâneo.
Sobre a letrista Márcia Barbosa – Natural de Quaraí/RS, é doutora em Teoria da Literatura pela PUCRS e foi professora titular da Universidade de Passo Fundo. Publicou dois livros de poesia: Duas Fomes e No Faro das Migalhas. Em 2016, estreou como letrista no CD Cada qual com seu espanto, de Raul Boeira.
Músicas de Raul Boeira / Músicas 03, 04 e 06 em parceria com Márcia Barbosa: 01 – Minha Reza / 02 – Na Pausa // 03 – Laranjeira // 04 – Povaréu // 05 – Na Beira do Rio // 06 – Aos que chegam – participação de Olívia Porto, Mariana Castrillone Mário Porto – coro
CUSCOBAYO – A banda Cuscobayo chega perto do seu décimo aniversário lançando o seu segundo e aguardado disco. Intitulado ‘Não é Bem Assim’, com aporte da Natura Musical e Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, o disco em si encerra uma jornada de quase 3 anos de produção, um passeio pela música popular da América Latina e do sul do Brasil carregado de luz e sombra, sentimentos e sensações antagônicas e muita tenacidade humana e fibra artística. A banda nasceu em Caxias do Sul e é formada atualmente por Rafael Froner (violão, voz, composições), Marcos Sandoval (voz e cajón), Alejandro Montes (trompete), Pedro Ourique (baixo e voz) e Rafael Castilhos (percussão).
A Cuscobayo apresenta ao mundo em Não é Bem Assim um retrato cru e forte não só da vida de músico, mas de sul-americanos vivendo numa época politicamente instável, economicamente insuficiente e culturalmente estranha. Sobre o disco, o vocalista e compositor Rafael Froner relata que as oito faixas, apesar da acidez, refletem muita doçura na musicalidade e, principalmente, um tom de otimismo realista. A sonoridade atual do quinteto ainda mantém suas origens nos ritmos populares da América do Sul, mas propõe uma certa dualidade que conversa diretamente com o período que atravessamos. – Acho que está fluindo muito entre luz e sombra, emtre pesado e suave. Existem nuances de música com muito peso e outras mais leves, músicas com um clima mais agressivo, outras de mais carinho, de afago – explica Froner, sobre o disco que leva a assinatura do premiado Marcelo Fruet na produção.
Músicas: 01 – Alegre Cativo // 02 – O Grito do Abismo // 03 – Somos Multidão // 04 – Querido // 05 – Eu Esperei Demais // 06 – Desafogo
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