O SUL EM CIMA 42 / 2020
Nessa edição de O Sul em Cima, vamos apresentar os trabalhos de Ana Lee, Roberto Haag, Diogo Burka e Cigarras.
ANA LEE – Iniciou sua carreira artística em 1996, cantando em bares e casas de cultura de São Paulo. Em 2002, lançou seu primeiro CD, “Ana Lee”, produzido por André Magalhães e em 2009, lançou o CD “Minha ciranda” .
Quase vinte anos depois de sua estreia em disco, a cantora retorna com o seu terceiro álbum, “Labirinto Azul”, que mescla canções inéditas com outras de autores tradicionais do nosso cancioneiro, trazendo temas diversos, como a passagem do tempo, o amor e a desorientação neste momento histórico (2020). A sonoridade traz a interpretação de Ana, intensa, profunda e cristalina, com um frescor contemporâneo, arranjos bem cuidados, rica instrumentação, num repertório criativo e autêntico. Participação especial de Zeca Baleiro. Produção de Ana, co-produção de André Magalhães e Itamar Vidal.
Os músicos e arranjadores são de primeira linha. Ora são pontuadas pelos teclados de Lincoln Antonio, ora pelos clarones de Itamar Vidal, sempre bem temperados pelos violões de Bráu Mendonça, Ozias Stafuzza e Lula Gama, o baixo luxuoso de Swami Júnior e o violoncelo de Mário Manga entre outros grandes músicos. Belo time, que contribui também com algumas das composições originais.
Músicas do álbum “LABIRINTO AZUL”, lançado em novembro de 2020: 01 – Toada – Cássio Gava / Zeca Baleiro – Participação: Zeca Baleiro // 02 – Xote de Navegação – Chico Buarque / Dominguinhos / / 03 – Labiritno Azul – Lincoln Antonio / Walter Garcia
ROBERTO HAAG – Cantor, compositor e violonista, Roberto Haag (Porto Alegre) é um dos nomes mais promissores da MPB contemporânea. Em função do trabalho como engenheiro químico, viveu muitos anos no Rio de Janeiro, de 1976 a 2004, onde teve a oportunidade de conferir apresentações de bambas da MPB que influenciaram o seu trabalho como Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, João Gilberto e família Caymmi.
“Canto da Noite” é o primeiro álbum de Roberto Haag. Gravado, mixado e masterizado no estúdio Transcendental Audio, de Leo Bracht, “Canto da Noite” tem arranjos e produção musical de Jefferson Marx. Participaram da gravação o já referido Jefferson Marx (cavaquinho e violão), Luiz Mauro Filho (teclados), Edu Martins (contrabaixo), Marquinhos Fê (bateria) e Giovanni Berti (percussão). Participações especiais de Matheus Kleber (acordeon), o suiço Wege Wüthrich (saxofone), Amauri Iablonovski (flauta) e Celau Moreyra (violoncelo).
Músicas: 01 – Canto da Noite – Roberto Haag / Márcio Celli // 02 – Abrigo – Roberto Haag // 03 – Samba de Inverno – Roberto Haag
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DIOGO BURKA
O álbum intitulado “Cais” é o primeiro trabalho autoral solo do músico multi-instrumentista Diogo Burka. Incansável investigador de timbres, instrumentos e recursos eletrônicos e tecnológicos, Diogo apresenta um disco sem amarras, que entre músicas instrumentais e canções, revela suas influências, seus sentimentos e vivências, representados ora pela Musica Popular Brasileira, ora pelo Jazz Fusion, ora pelo Rock, ou até mesmo pelo Samba.
“Cais é um disco eclético, uma compilação de tudo que eu gosto”, resume. Burka começou na música ainda na infância, com estímulo dos pais. O incentivo também veio da escola onde estudou, o colégio Estadual Newton Guimarães. Com 33 anos de idade, ele é músico profissional desde os 16. Diogo Burka é formado em Música pela Universidade Estadual de Londrina. Participou de gravações e apresentações com artistas de renome do cenário musical nacional e internacional como Cluster Sisters, Toninho Ferragutti, Carlos Maltz e Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii), Andreas Kisser (Sepultura), Di Melo, entre outros.
Músicas do álbum CAIS: 01 – A-Free-K – Diogo Burka // 02 – Cais – Davi Di Pietro / Diogo Burka //Per La Mamma – Etel Frota / Diogo Burka
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CIGARRAS – A banda curitibana Cigarras foi formado em 2017 por Maria Paraguaya (vocal e guitarra), Tais D’Albuquerque (guitarra), Rubia Oliveira (baixo) e Babi Age (bateria). As integrantes da Cigarras fazem ou já fizeram parte de várias bandas importantes no underground curitibano, como o Escambau, o Rabo de Galo, o The Shorts e o Wi-Fi Kills.
O grupo chama o som criado pelas quatro integrantes de “Rock de rua”. Na prática, as músicas da Cigarras transparecem várias influências, que vão dos Mutantes à música latina, tudo com uma linha condutora baseada no Punk Rock. A banda Cigarras tem gravado dois eps com 5 músicas cada um, e tem dois singles lançados na quarentena.
Um dos singles é Etnocidio de autoria de Maria Paraguaya, captada, mixada e masterizada por Renato Ximú.
Maria Paraguaya nasceu em Assunção e se criou no lago de Ypacaraí em San Bernardino. Cursou Antropologia e é neta de um médico indianista. Ele atuava ativamente entre as aldeias presentes no Chaco Paraguayo e levava a neta Maria quando ia visitar as aldeias e cuidar da saúde dos habitantes. Ela fotografava as aldeias e aprendeu muito das diferentes etnias e principalmente a observar.
“Maria Paraguaya se despertou uma manhã a escrever melodia e letra de “Etnocídio”. Canção denunciadora do longo processo de ocidentalização histórica e do genocídio indígena das terras de norte à sul das “Américas”. Junto às Cigarras, criam uma complexidade de sutilezas melódicas meio Secos & Molhados, meio palavras denunciadoras como Octavio Paz, mas fundamentalmente, Cigarras. “Etnocídio” é composta na perspectiva das aliadas no processo de descolonização da América Latina. Cigarras aliadas à justiça social e racial. Arte provocativa, de reflexão crítica, e de liberdade poética. Uma memória adicional aos nossos arquivos. Uma aliança na arte musical sem fronteiras”. (Por Bia Brigidi)
Músicas: 01 – Horizontal // 02 – Xurumen // 03 – Etnocídio
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