EDSON NATALE – É músico, escritor, jornalista e Gerente de Música do Itaú Cultural e organizador, junto com Cris Olivieri, do “Guia Brasileiro de Produção Cultural” e do livro “Direito, Arte e Liberdade”. É autor dos livros infantis A história do incrível Peixe Orelha, com ilustrações de Carlos Barmak, e Balila, a minhoca bípede, com ilustrações de Rodrigo Kenan. É autor também d’O Pequeno calendário colorido para os que sabem ler o tempo, com ilustrações de Carlos Barmak. Discos lançados: Hagat; Âmbar, os Afluentes da Música; Most; Calvo, com Sobrepeso; Lavoro; Quando eu soube que você viria; Sol de Inverno; Nina Maika.
Natale lançou em 24 de abril o seu mais recente disco “Âmbar: Os Afluentes da Música”. Conforme o músico, neste disco “a música foi imaginada como um grandioso rio que atravessa todos os continentes. Um imenso rio sonoro, por sua vez, formado por infinitos afluentes e subafluentes que nascem nos mais diferentes lugares e territórios que existem”. No disco, são sete os afluentes pensados: Afluente das Diferenças, Afluente dos Lugares, Afluente do Futuro, Afluente das Contradições, Afluente das Intuições, Afluente dos Afetos e das Festas e Afluente das Palavras.
Desafiei cada artista que participa deste disco a compreender a música como um rio, a considerar cada faixa como um afluente e a olhar para si mesma/o como um subafluente. E assim foi: cada artista fluiu a partir de suas próprias nascentes, geografias, territórios e percursos e uniram-se para ao final dar vida, forma e volume e desaguar, assim como tantos e tantas fizeram, fazem e farão, no vital e grandioso Rio da Música.
“Reunindo alguns dos melhores músicos brasileiros, unindo música e poesia, filosofia e humanismo, o disco pode ser visto como uma sinfonia em sete movimentos que dialogam entre si, levando a um resultado vigoroso e encantatório. Grande música, para além dos rótulos “popular” e “erudito”, diz Juarez Fonseca.
É uma poderosa criação coletiva que eu apressadamente chamaria de “world music” diz Natale, pois está embebida tanto da música brasileira como da clássica e das sonoridades orientais. Entre os músicos circulam Ná Ozzetti, Vanessa Moreno, Toninho Ferragutti, Nailor Proveta, Maurício Pereira, Paulo Freire, Alex Braga, Tuco Marcondes, Webster Santos, Lincoln Antonio, Maurício Badé e Gustavo Ruiz, que divide com Natale a direção-geral.
Âmbar é uma amostra da delicadeza e da afetividade de que tanto nós como nosso país necessitamos.
Músicas: Afluente das Diferenças – Edson Natale // 02 – Afluente dos Lugares – Edson Natale // 03 – Afluente dos Afetos e das Festas – Edson Natale / Lincoln Antonio
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A BANDA QUE NUNCA EXISTIU – ABQNE – A banda carinhosamente apelidada de ABQNE, é um projeto musicosocial criado por 02 compositores paulistanos (Humberto Lyra e Pissutto). Nesta empreitada eles convidam diversos artistas do cenário musical a embarcarem em uma viagem pela trilha sonora de suas composições autorais, guardadas a 07 chaves no baú do tempo e redescoberta por uma lacuna na memória, mexendo com o público e questionando se aquilo realmente existiu! Parece conversa de maluco, mas diversos artistas já embarcaram nesta e deram a sua contribuição para a realização do Projeto que terá uma boa causa social: parte da renda será revertida para uma Instituição de Crianças com câncer em memória às Mães dos compositores. Fazem parte da empreitada: Zeca Baleiro, Luanah Camarah, Augusto Licks, Pedro Mariano, Abujamra, Paulinho Moska, Projeto Chumbo, entre outros.
No seu primeiro EP, a ABQNE convida intérpretes que representam os vários sotaques da música brasileira, trazendo para o seu cenário musical: cariocas, paulistas, gaúchos, paranaenses, maranhenses entre outros, o que mostra a diversidade sonora da nossa base cultural. Somado a isso, a ABQNE acredita que a música é ampla e profunda para ser classificada apenas pelo seu gênero, por esse motivo o EP tem um conceito sonoro “random”, com uma pitada de nostalgia peculiar dos anos 90.
Idealizada no início dos anos 90, a ABQNE de Lyra e Pissutto, lançará em breve seu primeiro álbum com 9 músicas. Suas canções autorais ganham vida na voz dos intérpretes de diversas partes do país, mesclando sotaques e sublimando as diferenças.
Músicas: 01 – Só Uma Vez – Participação de Augusto Licks // 02 – Essa Canção – Participação de Pedro Mariano
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CARDO PEIXOTO – Os poemas de Valder Valeirão foram musicados por Cardo Peixoto no EP Precisão. A sinergia entre poesia e música é a essência desse EP, que foi lançado em junho / 2020, nas plataformas de música digital.
Cardo Peixoto é músico, compositor, produtor musical e professor de canto. Natural de Pelotas, radicado em Caxias do Sul, há 12 anos. Sua discografia conta com quatro álbuns: Rota da Estrela (2002), Canções de Armar e Desarmar (2007), As Estações (2015) e Menino Brasileiro (2017); além de participações em diversas coletâneas. Já fez shows em vários estados do Brasil, além de Uruguai, Holanda, Bélgica e Alemanha. Integra o Projeto Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, já no sétimo ano e promove, de forma colaborativa e autônoma, a circulação de artistas de raiz brasileira, abrangendo seis estados: além de Uruguai, Argentina, Chile e Venezuela, na América Latina; e Portugal, Espanha e França, na Europa.
Atualmente é coordenador do Dandô, no Rio Grande do Sul, onde o circuito passa por 13 cidades.
Valder Valeirão é natural de Pelotas, onde atua como designer gráfico, poeta, músico e ativista cultural. É um dos criadores do grupo Mandinga – Arte Cultura (2013) que busca aglutinar, fomentar e divulgar produções de poetas, músicos, fotógrafos, artistas visuais. Entre as ações do coletivo, Valder semeou o Mandinga Editorial, que já lançou cinco livros através do Procultura Municipal, onde Valder é autor de “Outonos no chão”.
Músicas: 01 – Precisão // 02 – Louca por mim // 03 – Reinvento
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REALIDADE PARALELA – Imagine quatro artistas gaúchos consagrados: a cantora Vanessa Longoni – A Mulher de Oslo – vencedora de inúmeros prêmios e uma das artistas mais atuantes nos últimos anos no cenário musical gaúcho; o violonista Angelo Primon – produtor e multiinstrumentista muito requisitado para atuações em shows e gravações, vencedor dos prêmios Mosaico e Açorianos; o baterista Luke Faro – Hard Working Band, vencedor de concursos nacionais de bateria e extremamente atuante em diversas áreas de música do sul; o guitarrista Marcelo Corsetti, artista com inúmeros prêmios, produção de trabalhos de extremo valor artístico no Rio Grande do Sul.
Agora, imagine esses quatro artistas em um projeto com o objetivo de fazer boa música, novos arranjos e interpretações, num instigante desafio lúdico?
Esse é o Realidade Paralela, um grupo que pesquisa sonoridades e ambiguidades entre os sons de alta tecnologia e os sons acústicos. Das cáusticas guitarras de Marcelo Corsetti passando pelas matizes acústicas da viola caipira, sitar, rabeca, berimbau e violão de Angelo Primon e ainda navegando no imenso oceano polirritmico da bateria de Luke Faro. Essa idéia musical não poderia ficar completa sem a presença da excelente Vanessa Longoni e suas personais interpretações.
Músicas: 01 – Dona Iolanda e o Domador dos Ventos // 02 – Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes) // 03 – Luz da Nobreza (Pedro Luís e Zé Renato).
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