CAU KARAM

40 / 2018 – CAU KARAM

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho do violonista, compositor e arranjador CAU KARAM.


Cau Karam (Pelotas 1962), começou seus estudos de violão como autodidata com 18 anos de idade e dedica-se ainda ao cavaquinho e à viola caipira. Depois de pré-selecionado no Projeto Rumos Musicais – Tendências e Vertentes da Produção Brasileira Atual do Itaú Cultural em 2001, passou a dedicar-se mais à composição.

O CD “Sambas, choros, valsas e um frevo” é o primeiro CD de Cau Karam. O álbum reúne obras criadas para formações instrumentais variadas (duos, trios, quartetos e quintetos), não se restringindo ao violão solo. A obra demonstra a concepção do autor sobre os ritmos brasileiros.  Foi gravado em São Paulo, com direção do violonista e compositor Mário Gil, e conta com as participações de Nailor “Proveta” no clarinete, Ronen Altman no bandolim, Beto Sporleder na flauta e saxofones, Lucas Vargas, no piano e acordeom, Rui Barossi no baixo acústico, Mário Gaiotto na percussão, Paulo Ribeiro e Muari Vieira nos violões. Cau Karam toca violão, violão de 7 cordas, viola de 10 cordas e cavaquinho. Das três indicações no Prêmio Açorianos de Música 2006 (Melhor Disco; Compositor e Melhor Intérprete/Instrumentista), o autor recebeu os prêmios de Melhor Disco de Música Instrumental e Melhor Compositor de Música Instrumental do ano de 2006.

Em novembro de 2006, o compositor fez pré-lançamento do CD em pocket-show na Livraria da Vila, com as participações de Beto Sporleder, Rui Barossi, Paulo Ribeiro, Muari Vieira e Guilherme Marques na percussão. Em 2007 o compositor começa a temporada paulistana de lançamento do disco com o show ocorrido em junho no MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Em outubro do mesmo ano, o segundo show foi realizado no Museu da Casa Brasileira, dentro do Projeto Música no Museu, sob a curadoria de Benjamim Taubkin. Em novembro de 2009 e março de 2010, juntamente com o violonista Paulo Ribeiro, faz o show dentro do projeto Comboio de cordas – Coletivo de violonistas onde apresenta músicas de seu primeiro disco e mais algumas inéditas, além do repertório de música popular brasileira, com arranjos do próprio Duo. Em 2011, o Duo é convidado para participar do Projeto Música de Bandeja, organizado pelo SESC/SP, e faz apresentações no Sesc Pinheiros (agosto e dezembro/ 2011) e Sesc Bom Retiro (novembro/2011); e, em abril de 2012, o Duo faz nova apresentação, dentro do Projeto Música no Jardim, na cidade de Porto Alegre.

CAU KARAM - foto estudio marcus hausser

Em 2011 inicia um trabalho dedicado à canção brasileira e latino americana de diferentes períodos, juntamente com Francisco Andrade (viola de 10 cordas e violão) e Letícia Torança (voz), surgindo assim o Trio Encanto de cordas. Em junho de 2012, o trio faz seu primeiro show, no projeto Comboio de Cordas, no Teatro da Vila, em São Paulo e, em outubro, o trio é convidado a fazer uma participação especial no projeto Saraus, na Casa das Rosas, e concerto na Capela Nossa Senhora das Mercês, em São Luiz do Paraitinga.

Em janeiro de 2013, entra em estúdio com o Quarteto À Deriva, para gravação do álbum “De senhores, baronesas, botos, urubus, cabritos e ovelhas“. Nesse segundo disco, a sonoridade baseada em instrumentos acústicos, o interesse em conhecer e respeitar diferentes culturas que estão ao nosso redor e o compromisso com a contemporaneidade são as características que unem os dois universos e pontos de partida na construção da parceria. No encontro entre o grupo e o violonista, as afinidades conduzem a uma música original, expressiva e cheia de nuances, atenta à riqueza das matrizes que a cultura brasileira oferece e, ao mesmo tempo, aberta à infinidade de possibilidades criativas que surgem no diálogo entre essas tradições e formas contemporâneas de jazz e música erudita. Em maio de 2013, o primeiro show de lançamento do disco, no Theatro São Pedro, na cidade de Porto Alegre.

Nos anos seguintes tem feito inúmeras apresentações e em 2018, tem viajado com os espetáculos da CIA do Latão em comemoração aos 20 anos do grupo (temporada no CCBB – Rio de Janeiro, Festival de Teatro de Guaramiranga (CE)) e de 21/09 a 14/10 temporada no SESC Paulista com o espetáculo Lugar Nenhum (Cia do Latão).

 

Vamos apresentar no programa O Sul em Cima dessa edição, as músicas:

 

01 – Os Mistérios de Be // 02 – Ribeirando //  03 – Lurdinha na Janela //  04 – Falta de Ética Amorosa // 05 – 22 x 19  //  06 – Inveja Capilar //  07 – Ciúme Retroativo //  08 – Camila (Choro pro Zé Ramalho) // 09 – Valsando, Frevando, mas sem saber frevar direito.

Todas as músicas de Cau Karam e fazem parte do álbum ” Sambas, choros, valsas e um frevo”.

Músicos: Nailor “Proveta” no clarinete, Ronen Altman no bandolim, Beto Sporleder na flauta e saxofones, Lucas Vargas, no piano e acordeom, Rui Barossi no baixo acústico, Mário Gaiotto na percussão, Paulo Ribeiro e Muari Vieira nos violões, Cau Karam toca violão, violão de 7 cordas, viola de 10 cordas e cavaquinho.

 

E temos ainda as músicas do álbum “De senhores, baronesas, botos, urubus, cabritos e ovelhas” – Com Cau Karam e Quarteto À Deriva (2013):

10 – O Tímido e (é) o Narcisista (Cau Karam) //  11 – O Hábito estraga “um monte”(Cau Karam)  //  12 – Nem o Freud, nem o Roberto Carlos (Cau Karam) //  13 – Moorit Yow (Rui Barossi).

Músicos: Cau Karam (violão e viola de 10 cordas), Daniel Muller (piano e sanfona), Beto Sporleder (saxofone e flauta, Guilherme Marques ( bateria e percussão),  Rui Barossi (baixo acústico).

 

Contato:

https://www.facebook.com/cau.karam

 

DANIEL

39 / 2018 – DANIEL DEBIAGI

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do cantor e compositor gaúcho DANIEL DEBIAGI.

 

Daniel Debiagi começou na música aos 11 anos, com aulas de canto e violão na sua cidade natal, Cachoeira do Sul/RS. Passou a adolescência nos palcos e foi vencedor de diversos festivais estudantis.

Em 2013, o músico lançou o EP Drama-Flor com 6 canções e chegou a ser destaque no jornal inglês “The Brasil Observer” como uma das grandes promessas da música brasileira.

Foi vencedor do 8º Festival da Canção Francesa na capital gaúcha e vice-campeão no Rio de Janeiro/RJ na etapa nacional do Festival em 2015.

Em 2016, apresentou em Paris/FR seu show em tributo à cantora Maysa, que no mesmo ano fez temporada em Porto Alegre.

Em 2017, Daniel estreou no teatro musical como integrante do elenco de «Os Insepultos» (espetáculo baseado na obra Incidente em Antares, de Érico Veríssimo) com 10 apresentações. Com a bailarina e percussionista Ana Medeiros lançou o espetáculo cênico musical «Ay mi amor!» que ainda segue em cartaz por diversas cidades do Rio Grande do Sul.

Dando sequência ao seu trabalho autoral, Daniel apresenta em 2018 o CD  «Sem chover em teus olhos» com 11 músicas próprias ou em parcerias. O álbum passeia pela MPB em variados ritmos como samba, tango e blues, também flertando com o pop, o folk, a chanson e a música latina.

O primeiro CD autoral e independente do cantor e compositor gaúcho Daniel Debiagi está em todas as plataformas digitais.

O álbum tem produção musical de Marisa Rotenberg e as participações especiais do cantor pernambucano Almério, da paulista Bruna Caram e da gaúcha Paola Kirst.

 

  Vamos apresentar no programa O SUL EM CIMA as músicas:

01 – DE CANTO (Daniel Debiagi) // 02 – DRAMA – FLOR (Daniel Debiagi / Maikel Rosa) // 03 – MEIO MUNDO (Daniel Debiagi). Músicas do EP Drama – Flor de 2013.  Músicos: Daniel Debiagi (voz), Angelo Primon (violão de aço, violão de nylon e guitarras), Fernando Sessé (Percussão e efeitos), César Moraes (Baixo), Marisa Rotenberg e Andréa Cavalheiro (vocais).
04 – CHANSON DE VALSE (Daniel Debiagi / Maikel Rosa) // 05 – ESSAS BOCAS (Daniel Debiagi)  //  06 – HOMEM DE BEM (Daniel Debiagi) – Participação de Almério  //  07 – DUAS QUADRAS – depois da solidão (Daniel Debiagi) // 08 – BEM QUE ME FAZ TÃO SEU (Daniel Debiagi) //  09 – SAMBA DO AVESSO (Daniel Debiagi) – Participação de Paola Kirst  //  10 – VIDA DE NOVELA (Daniel Debiagi / Maikel Rosa) //  11 – É O QUE PARECE (Daniel Debiagi / Jocê Rodrigues)  //  12 – PORTA – AMARES ( Daniel Debiagi / Maikel Rosa)  //  13 – TANGO PARA MAYSA (Daniel Debiagi) – Participação de Bruna Caram //  14 – SIN LLOVER EN TUS OJOS (Daniel Debiagi). Músicas do álbum “Sem Chover em teus Olhos” de 2018.
Produzido por Marisa Rotenberg Arranjos por Marisa Rotenberg e demais músicos Captação dos instrumentos no Estúdio Municipal Geraldo Flach em Porto Alegre por André Birck. Mixagem e captação de voz: Clauber Scholles Masterização: Rodrigo Deltoro

 

Músicos:

Acordeon: Matheus Kleber // Violão Nylon, violão aço, guitarra: Guiza Ribeiro // Violão 7 cordas: Max Garcia  // Baixo: Diego Banega // Baixo Acústico: Caio Maurente e Clóvis Boca Freire  //  Teclados: Handyer Borba  //  Percussão, Loop e efeitos : Fernando Sessé  //  Efeitos, macrófono  – Marisa Rotenberg  // Coro: Marisa Rotenberg, Jean Melgar e Daniel Debiagi

Na música  SIN LLOVER EN TUS OJOS: Versão em espanhol: Isabel Janostiac // Violão: Giovanni Capeletti // Castanholas: Ana Medeiros // Palmeios: Ana Medeiros e Daniele Zill // Coro: Marisa Rotenberg, Jean Melgar e Daniel Debiagi  

 

Contatos:

danieldebiagi.com

www.facebook.com/DanielDebiagiOficial

 

Denis Graeff

38 / 2018 – DENIS GRAEFF

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho do cantor e compositor DENIS GRAEFF, em especial as músicas de seu álbum BULNES 12 40.

 

O cantor e compositor catarinense Denis Graeff já fez muitas coisas na vida, teve empregos de escritório, atuou na televisão e chegou mesmo a trabalhar como crupiê de blackjack em um cassino nos Estados Unidos. Contudo – mais importante – ele é um poeta, que constrói sua música em torno das histórias pessoais encontradas ao longo de seu caminho. Inspirado por alguns dos grandes poetas da música – Leonard Cohen, Nick Cave, Jacques Brel – e artistas com forte senso de experimentação como Serge Gainsbourg, David Bowe, Kraftwerk e Astor Piazzolla, ele não se prende a um gênero musical imutável. Vindo do Brasil meridional, ele busca em seu ambiente, suas raízes e sua história pessoal elementos de composição, levando à criação de baladas urbanas, poemas eletrônicos e milongas modernas que retratam as desilusões das metrópoles.

Após muitos anos escrevendo poemas e compondo só para si e para amigos, em 2014 começa a gravar demos e se apresentar pelos palcos catarinenses. E logo a música o leva por caminhos inesperados. Em 2014 e 2015, em duas viagens aos Estados Unidos e Canadá, se apresentou em open mics de Nova York e até apareceu como backing vocal no programa de televisão Belle et Bum da Téle-Québec, em Montreal, acompanhando a cantora brasileira Bïa.

Seu trabalho  atual é baseado na música de suas raízes no sul do Brasil e na bacia do Rio da Prata. Mas não de uma maneira óbvia. Os elementos familiares do tango, milongas e payadas são reinterpretados, tirados do seu ambiente natural e línguas nativas para criar viscerais canções contemporâneas.

 

“Bulnes 12 40”, primeiro álbum do cantor e poeta catarinense Denis Graeff, é uma proposta de novos caminhos para música do Sul.

Bulnes 12 40 é um local, uma hora, um ponto de encontro e desencontro de histórias que moram nas ruas da metrópole sem fim. Cada parede revela dramas, cada esquina abriga desejo, cada janela esconde olhos errantes, perdidos na esperança de um dia sentir, também, saudade. O cenário é Buenos Aires e é sempre Buenos Aires, não importa qual cenário seja. É a Santa María guardadora de universos, onde a pampa infinita termina em mar, onde o mar nasce do Prata e o Prata escoa das almas, dos sonhos e das lágrimas borradas nos assentos de veludo vermelho do metrô. Seus personagens vagam por milongas, começam pelo fim, são estranhos até que dancem, para, então serem estranhos novamente. Seus retratos são revelados enquanto pulam as casas de um jogo circular, de eterno reinício, saltando a casa do amor em que não podem jamais pisar.

O compositor catarinense Denis Graeff sempre concebeu sua música como um veículo para poesia e para contar as histórias humanas escondidas no anonimato das cidades.  Com seu primeiro álbum completo, ele transforma essa ideia em canções de sangue platino, mas escritas para ecoar muito além dessa região.
Denis Graeff - Bulnes 12 40 (Edição especial)“Bulnes 12 40” é um trabalho com duas datas de concepção: a primeira em setembro de 2016, quando, em visita a amigos em Buenos Aires, o compositor percebeu o quanto se sentia em casa e tinha muito de suas histórias de vida simbolizadas por aquela cidade, onde ele e sua família haviam estado tantas vezes, ao longo de gerações. A segunda data é 7 de novembro do mesmo ano. Uma ideia que surge quando do falecimento de Leonard Cohen, grande referência na fusão da poesia sensível e profunda com a música popular. O cantor canadense, de quem Denis Graeff é fã declarado, deixou um corpo de obra extraordinário, mas nunca havia visitado em suas canções a capital portenha, de caráter dramático, sentimental e tão tomado pela música de origens espanholas e judaicas, que tanto combinava com seu universo poético. Assim nasce a ideia do disco: visitar raízes pessoais e imaginar o disco que o mestre nunca fez.

Natural de Blumenau, em Santa Catarina, mas filho de pais gaúchos, com uma história pessoal de ligações com a Argentina e o Uruguai, Denis Graeff trouxe dessas influências os elementos para criação de “Bulnes 12 40”. Mas não se trata de um disco de canções tradicionalistas. Aqui Jayme Caetano Braun, Zitarrosa e Atahualpa Yupanqui encontram Piazzolla, Nick Cave e até Throbbing Gristle. As letras trazem retratos da vida na cidade e neles a história de dois personagens hesitando em torno de se entregar a um amor que não combina com suas experiências urbanas. Os elementos musicais familiares de milongas, payadas e tango acompanham esse desconforto – são reinterpretados, misturados e  tirados do seu ambiente natural e línguas nativas para criar viscerais canções contemporâneas. Os arranjos densos, com toques eletrônicos e experimentais, assim como as paisagens sombrias da metrópole, são elementos que ultrapassam os limites geográficos e estilísticos dos gêneros de raiz. O resultado dessa transformação leva a profunda expressividade emocional da música platina a um público mais amplo que as fronteiras da América do Sul.

O cenário, contudo, é aquele delineado desde o início: Buenos Aires, cidade infinita que como o Aleph de Borges contém em si todas as histórias do universo; capital dos pampas e metrópole moderna, o ponto de contato das referências internacionais com a  cultura do Prata. É, assim, o lar simbólico da proposta que Denis faz à música do sul: levar suas milongas e payadas para o mundo.

 

Vamos apresentar nessa edição de O SUL EM CIMA, as músicas do álbum BULNES 12 40 que são:

01 – MILONGUETA, 02 – VOS Y YO, 03 – AND HER EYES, 04 – WELL PAST MIDNIGHT HOUR, 05 – I JUST WANT YOU TONIGHT,  06 – YOUR OWN SONG, 07 – LADY OF THE MIRROR, 08 – DON’T SHOW ME THOSE EYES, 09 – BOEDO Y RIVADAVIA, 10 – STRANGERS AGAIN, 11 – MILONGUETA #2, 12 – MILONGA DE BULNES.

Todas as canções compostas e gravadas por Denis Graeff

 

Contatos:

http://www.denisgraeff.com

https://www.facebook.com/denisgraeffmusic/

 

Fernando Lobo

37 / 2018 – FERNANDO LOBO

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho do músico, compositor, produtor e arte educador FERNANDO LOBO.

 

FERNANDO LOBO

Músico, produtor e arte educador, atua em diferentes segmentos e estilos musicais desde a década de 90. Relaciona suas experiências musicais com a educação e espiritualidade, traz em sua obra a mescla de culturas tradicionais em um contexto contemporâneo. Se utiliza da tecnologia como conexão da raiz com o sutil no ambiente Pop.Afro.Caiçara. Como instrumentista, atuou em shows e gravações com diversos artistas, entre eles André Abujamra, Siba, Serenô, Kiko Dinucci, Karol Conka, Real Coletivo, B Negão, Confraria da Costa, Eek A Mouse, François Muleka.

Se apresentou em concertos e festivais no Brasil, Argentina, Uruguai, Portugal, Irlanda, França, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Espanha e Ilhas Canárias.

Fernando Lobo é autor do Livro Somos Som – Música percussiva brasileira, em parceria com a percussionista Simone Sou, o método apresenta a percussão brasileira como linguagem musical contemporânea. O livro foi lançado em 2016 e o trabalho já esteve presente em festivais no Brasil, Holanda e Inglaterra.

 

CD TAMBAKI

TAMBAKI é um barco de tripulação multiétnica comandado por Fernando Lobo, esse Cidadão do Mundo difusor da TAMANCADA DE CABOCLO HIGH TECH.

A mescla de influências das Raízes Afro com o Universo Caiçara, apresentadas num contexto Pop Contemporâneo dão vida à Cultura PopAfroCaiçara.  Conceito cultural desenvolvido no Litoral do Paraná por um grupo de artistas interessados em expressar a multiplicidade cultural da miscigenação local. A essência da cultura PopAfroCaiçara tem cores, sons e gosto de mar. A bordo do TAMBAKI, saindo do Grande Mar Redondo em direção a mar aberto, Lobo e sua tripulação desvendam rotas e confluências por onde passam. TAMBAKI remonta as experiências de navegação em frias águas irlandesas, histórias de piratas e lendas de sereias nas margens do Tâmisa, dias de tempestade na costa lusitana, bravos ventos holandeses, banhos no Mediterrâneo e nas claras águas Caribenhas. Portos de passagem que deixaram suas marcas e desenharam a história do TAMBAKI.

TAMBAKI é o primeiro álbum solo de Fernando Lobo, o trabalho é fruto de dias em isolamento no litoral do Paraná, mais precisamente na Ilha dos Valadares,  local de concentração e inspiração para o conceito e criação dos arranjos do disco. O repertório de TAMBAKI é composto por canções de diferentes fases da vida do músico. No disco, Lobo assume a versatilidade e assina as composições, execução instrumental e produção musical. Em busca de musicalidade própria, TAMBAKI transita por diversas referências de música no mundo, aborda as sonoridades da música caiçara, raízes da cultura afro, rock e regionalismos, mesclados numa linguagem de fácil entendimento. O trabalho demonstra claramente o caminho percorrido por Fernando Lobo apresentando diversas visões, percepções e comportamentos que o concretizaram.

As 10 composições presentes no TAMBAKI abordam a Raíz, o Sagrado e o Tempo. A celebração às divindades marca presença em muitos momentos da poesia contada na história do disco, esse ambiente que também traz os elementos estéticos da Cultura Caiçara, um universo de descobertas entre o mar e a mata, a água e o céu, refúgios de vida e auto conhecimento que nutriram e inspiraram a concepção do trabalho.

 

Vamos apresentar nessa edição de O SUL EM CIMA, as músicas do disco TAMBAKI

01 – OXUMARÉ (Fernando Lobo) //  02 – TCHAU!  (Fernando Lobo / Mariana Barros)  // 03 – FALA (Fernando Lobo)  //  04 – MALI  (Fernando Lobo) //  05 – FLECHA E ESPELHO (Fernando Lobo / Carlito Birolli) //  06 – FILHO DE FÉ (Fernando Lobo)  //   07 – CASA VELHA (Fernando Lobo)  //  08 – CANDONGA (Fernando Lobo)  //  09 – TESOURO DO CÉU  (Fernando Lobo)  //  10 – MULEKE  (Fernando Lobo).

 

Produzido por Fernando Lobo, Mixagem e Masterização de Fred Teixeira,

participação de François Muleka, Federico Puppi e Otto Nasca.

 

Contato:

producaofernandolobo@gmail.com

https://www.facebook.com/lobofernandolobo/

 

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36/2018 – GIBA GIBA

O SUL EM CIMA dessa edição faz uma homenagem ao grande cantor, compositor e instrumentista GIBA GIBA.

 

Natural de Pelotas (6/12/40  – 3/2/2014), o cantor, compositor e instrumentista Gilberto Amaro do Nascimento, mais conhecido como Giba Giba, é um percussionista reconhecido nacionalmente, sendo considerado pela crítica especializada um dos maiores expoentes na utilização do tambor sopapo, instrumento que representa a identidade musical do Rio Grande do Sul. Suas músicas já foram gravadas por artistas como Vitor Ramil e a dupla Kleiton & Kledir.

Difusor da cultura negra no estado, ele foi um dos fundadores e primeiro presidente da Praiana, na  década de 1960. Criou e participou de festivais de música, foi conselheiro de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul e laureado cidadão emérito de Porto Alegre pela Câmara de Vereadores.  Ao longo de sua trajetória, o artista recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor CD (1994) pelo disco “Outro Um”, concebeu e participou de grandes espetáculos, como A Ópera dos Tambores e Missa da Terra Sem Males. Ele também é o autor do projeto cultural Cabobu, que resgata a memória cultural do Rio Grande do Sul.

Giba Giba foi um dos grandes expoentes da cultura negra no Rio Grande do Sul. O músico pesquisou em profundidade a musicalidade afro-brasileira no Estado.  “Ele teve uma carreira tímida fora do Rio Grande do Sul, até por não ser um músico popular. Mas dentro do nicho da música negra, da percussão, é um referência no país inteiro” – destacou o crítico musical Juarez Fonseca.

Já a cantora Loma Pereira lembrou da importância do percussionista no resgate da história da música negra do Rio Grande do Sul:  “Ele foi o precursor do resgate do sopapo. Colocou o tambor embaixo do braço e percorreu o Rio Grande do Sul e o Brasil contando a história do instrumento, a partir de como este chegou ao Litoral Sul. Muitos seguidores se uniram a esta pesquisa e conferiram a importância que o instrumento tem para a região”.

A pedido de ZH, o músico Richard Serraria escreveu um depoimento sobre o amigo:  “Certas figuras são a síntese de fatos e lendas. De fato, Giba Giba em vida entendeu bem cedo ser sua missão dar destaque ao tambor de sopapo, herança dos negros que construíram o estado do RS através do árduo trabalho nas charqueadas no período colonial sob regime escravista. Sua obra é viva nesse “Lugarejo” e seus seguidores permanecerão batendo tambor para lembrar que o estado mais meridional do país, entendido por muitos como a “Europa do Brasil”, também é, inegavelmente, a “África do Brasil”.

 

Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima as músicas:

01 – Lugarejo (Giba Giba / Wanderley Falkemberg), 02 – Outro Um (Giba Giba / Xyko Mestre), 03 – Negro Mina India Belmira (Giba Giba / Nelson Coelho de Castro), Tassy(Giba Giba / Maria Betânia Ferreira), 05 – Teresópolis (Giba Giba), 06 – Beirando o Rio(Giba Giba / Celso Ferreira), 07 – Bata Beta (Giba Giba / Wanderley Falkemberg), 08 –Feitoria (Giba Giba / Maria Betânia Ferreira), 09 – Caboclinha (Giba Giba / Xyko Mestre), 10 – Areal da Baronesa (Giba Giba), 11 – Cerco à Princesa (Giba Giba / Toneco), 12 – Sopapo (Giba Giba / Toneco / Ivaldo Roque / Pery Souza / Maria Betânia Ferreira) / 13 – Lugarejo (interpretação de Simone Rasslan do CD Xaxados e Perdidos), 14 – Tassy (interpretação de Kleiton & Kledir).