O Sul Em Cima 22 – FILIPE CATTO

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de FILIPE CATTO, em especial músicas de seu mais recente CD Tomada.

Filipe Catto  –  Foto: Diego Ciarlariello
Filipe Catto, 28 anos, cantor, compositor, violonista e pianista, nasceu em Lajeado (RS), criado em Porto Alegre e radicado em São Paulo.
Apesar de nascido em Lajeado, cresceu e foi criado na capital gaúcha Porto Alegre. Ainda menino, cantava em bailes e festas com o pai e, numa de suas primeiras experiências, enfrentou uma platéia de três mil pessoas. Na adolescência, participou de algumas bandas com influências de rock. Em 2006 iniciou sua carreira solo e começou a se apresentar em bares e divulgar seu trabalho pela internet.
Em 2008 montou com o diretor João Pedro Madureira o show “Ouro e Pétala”, composto de voz, violão e palmas e se apresentou em teatros. Quando se viu pronto, lançou pela internet o EP “Saga” em 2009 para download gratuito, o que marcou o início de sua carreira profissional.
Filipe Catto – Foto: Gal Oppido
Formou-se em design pela ESPM-Sul. Em 2010 mudou-se para São Paulo e seu trabalho começou a ganhar mais visibilidade. Em 2011 a música “Saga” entrou para a trilha sonora da novela Cordel Encantado. Filipe Catto assinou contrato com a gravadora Universal Music e gravou o seu primeiro álbum: “Fôlego”. Em novembro de 2011 estreou a turnê “Fôlego” no Theatro São Pedro (Porto Alegre). Fôlego foi lançada pela Universal Music com produção de Paul Ralphes, Dadi Carvalho e Sérgio Guidoux.
Em 2013 lança o CD/DVD Entre Cabelos, Olhos e Furacões Ao Vivo, produção da Universal Music e Canal Brasil.  Em 2015 lança o CD Tomada. O projeto lançado pela Agência de Música, que inclui a gravação do disco e shows de lançamento, foi contemplado pelo primeiro edital do programa Natura Musical no Rio Grande do Sul, em 2014. Produzido por Kassin, direção artística e repertório de Ricky Scaff, Kassin e Filipe Catto.
Os músicos que participam do CD são: Domênico Lancellotti (Bateria, percussão), Kassin (baixo), Pedro Sá, Luis Carlini, Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro (guitarra), Danilo Andrade (teclados), Altair Martins (trompete), Marlon Sette (trombone) e Gabriela Riley (backing vocal).
O álbum tem participações de Marina Lima, Ava Rocha e Maíra Freitas.
Vamos ouvir nessa edição de O Sul em Cima as músicas do mais recente CD Tomada (2015) e também as músicas Saga e Nescafé do CD fôlego (2011). Imperdível!!


Ouçam Aqui – Programa 22

Programa 22/2016 – FILIPE CATTO (Tomada)  – Parte 1

Programa 22/2016 – FILIPE CATTO (Tomada)  – Parte 2


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O Sul Em Cima 21 – MPB4

Aquiles, Paulo Malaguti, Dalmo e Miltinho  –  Foto: Camilla Guimarães

O Sul em Cima dessa edição especial é dedicado a obra do grupo  MPB4.

O histórico do grupo remonta a 1962, inicialmente com formação de trio, integrado por Ruy, Aquiles e Miltinho, responsáveis pelo suporte musical do Centro Popular de Cultura, da Universidade Federal Fluminense (filiado ao CPC da UNE) em Niterói. Em 1963, com a adesão de Magro Waghabi, passou a atuar como Quarteto do CPC. No ano seguinte, com a extinção dos CPCs, Magro e Miltinho, na época estudantes de Engenharia, batizaram o conjunto como MPB4.
Em 1965, Ruy, Magro Waghabi, Aquiles e Miltinho, ainda estudantes, viajaram de férias para São Paulo, onde, na Boate “Ela, Cravo & Canela”, por intermédio do escritor e compositor Chico de Assis, conheceram Chico Buarque e as integrantes do Quarteto em Cy. Chico de Assis os apresentou a Manoel Carlos, diretor e produtor do programa O Fino da Bossa da TV Record junto com Nilton Travesso. Assim, O MPB4 se apresentou no programa ao lado do Quarteto em Cy, e para cantar ao lado de Elis Regina, apresentadora do programa junto com Jair Rodrigues.
Herdeiros de uma tradição que vem desde os aNos 1930, escrita por grupos como Anjos do Inferno, Namorados da Lua, Os Namorados e Os Cariocas, o MPB4 surgiu em momento transitório para nossa música. Diretamente influenciado pelas vocalizações da bossa moderna de artistas como Os Cariocas e Tamba Trio, o grupo, caracterizado pela excelência harmônica e os arranjos do Magro, teve, no entanto, de deixar de lado a temática idílica e romântica das letras das composições de ancestrais estéticos como João Gilberto e Tom Jobim, para aderir à canção de protesto, em uma movimentação que envolveu artistas como Edu Lobo, Marcos Valle e Nara Leão e foi deflagrada pela urgência de combater  a ditadura imposta com o golpe civil militar de 1964.
MPB4 e Chico Buarque
O MPB4 lançou o primeiro LP em 66 e se firmou para o grande público ao se apresentar com Chico Buarque defendendo a música “Roda Viva”, no Festival da Record produzido por Solano Ribeiro em 67. Ao lado de Chico, gravaram algumas composições que se tornaram clássicas e também registraram inúmeros temas criados por ele. Deram voz a canções que retratavam o momento político do Brasil, cantaram o amor e suas dores e gravaram músicas infantis que embalam gerações até hoje.
A discografia do grupo é imensa e podemos destacar o disco “Vira Virou” lançado em 1980, registrando “Olhar de Cobra” (Moraes moreira e Risério), “A Lua” (Renato Rocha), “Bilhete” (Ivan Lins e Vitor Martins) e “Vira Virou” (Kleiton Ramil), dentre outras. Realizaram show de lançamento do disco no Teatro Teresa Raquel (RJ). Ainda nesse ano, lançaram, com o Quarteto em Cy, o LP infantil “Flicts- de Ziraldo e Sérgio Ricardo”.
Magro Waghabi
O quarteto sofreu algumas modificações em sua formação original. Em 2004, Ruy Faria saiu do MPB4 por divergências e foi substituído por Dalmo Medeiros, ex-integrante do grupo Céu da Boca. Em 2012, o grupo perde Magro Waghabi. O cantor, compositor e arranjador, Paulo Malaguti, também ex-membro do Céu da Boca e integrante do Arranco de Varsóvia, é convidado para substituir Magro. Desde então, o MPB4 é formado por Aquiles, Dalmo Medeiros, Miltinho e Paulo Malaguti.
Nesse ano está sendo lançado pelo Selo Sesc, o CD “MPB4 50 anos – O SONHO, A VIDA, A RODA VIVA!” que comemora os 50 anos de carreira do MPB4. Esse novo álbum é composto por 13 canções, de autores como Paulo César Pinheiro, João Bosco, Vitor Ramil, Guinga, Mário Adnet e a dupla Kleiton & Kledir. Na apresentação do projeto o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos Miranda, enaltece a novidade. “O disco é uma vitrine de ritmos, com sonoridades diversas que somente as quatro vozes do MPB4 poderiam nos apresentar. Não é sempre que podemos comemorar os 50 anos de um grupo que faz parte da nossa memória afetiva e musical. Ainda mais quando esta comemoração aponta para novos caminhos”.
SHOWS DE LANÇAMENTO DO CD O SONHO, A VIDA, A RODA VIVA!
Teatro Municipal Serrador 
Rua Senador Dantas – 13 – Rio de Janeiro
Dias 23  e 30 de junho às 19h30
Nesse programa O Sul em Cima especial, vamos mostrar músicas de trabalhos anteriores do MPB4 e também do novo CD “O Sonho, a vida, a roda viva!”.  O programa está imperdível!!
Ouçam Aqui –  Programa 21/2016
http://www.mpb4.com.br/
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O Sul Em Cima 20 – KLEITON RAMIL

O Sul em Cima dessa edição, mostra o trabalho de Kleiton Ramil, em especial músicas do CD SIM!


Kleiton Ramil
Kleiton Ramil músico, compositor, violinista, cantor, arranjador, violonista, escritor e radialista, é consagrado pelos trabalhos na dupla Kleiton & Kledir. Também fundou em 1975 a banda “Almôndegas” sucesso em todo o Brasil, presente em novelas da Rede Globo e participações em festivais da extinta TV Tupi.
Além de 4 discos lançados pelos Almôndegas, 11 CDs com Kledir Ramil (desde os anos 80, forma o duo Kleiton & Kledir), entre eles um em espanhol, 3 DVDs, 5 coletâneas, possui 2 CDs solos: SIM gravado em Miami, Fl., US em setembro de 1990 no “Criteria Recording Studios” e Vitraux gravado na França, mas ainda não distribuído e comercializado no país.
Ultrapassaram a marca de 2000 espetáculos na cena brasileira; shows nos EUA, França, Argentina, Cuba, Portugal e outros países; suas composições foram gravadas por Mercedes Sosa, Simone, MPB4, Fafá de Belém, Emílio Santiago, Vitor Ramil e outros. A composição “Vira Virou” está incluída no disco comemorativo do 25º aniversário da Anistia Internacional, junto com grandes nomes como Sting e Joan Baez.
É embaixador da cultura do Rio Grande do Sul e desenvolve trabalhos paralelos em várias áreas de atuação. Participou das oficinas “Letra e Música” e Projeto Criança Esperança / UNICEF da Rede Globo de televisão. Apresenta desde 2010 o programa de rádio “O Sul em Cima” , tendo recebido em 2011 o Prêmio de melhor programa de rádio musical concedido pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte.
No meio acadêmico, Kleiton é conferencista, sendo temas de interesse composição, literatura e música popular brasileira. Foi docente da UFRJ e idealizador do curso de tecnologia em Produção Fonográfica da Universidade Católica de Pelotas, RS, uma das poucas graduações no Brasil a oferecer formação em nível superior aos técnicos em gravação e produção de discos para a indústria fonográfica.
Na literatura estão as seguintes publicações:
KYOTO –  (Romance – Editora InVerso, 2015)
INSÔNIAdeus – Alongamentos, exercícios de atenção e respiração (Editora Amazon – 2014)
Sobe Desce com a Nina (Infantil / Musical com versão em Espanhol – Libretos, Porto Alegre, 2013)
Memórias de um Sonhador (Psicologia – Editora InVerso, Curitiba, 2013)
O livro das Confissões (Ensaio/ Educação – Editora Santa Cruz, Pelotas, 2011)
Sonhos e Sonhadores – Caminhos do Insconsciente (Psicologia – Editora FiveStar, Rio de Janeiro, 2007)
O Vôo do Dragão (educação musical – Editora da Universidade Federal de Pelotas, 1991)
Sua formação é diversificada. É mestre em Composição – eletroacústica pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro; Diplomado em Composição e Regência pela Université Paris 8 a Saint Denis; Graduação em Engenharia Eletrônica pela UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O disco SIM foi originalmente gravado em setembro de 1990 na Flórida, Estados Unidos, no Criteria Recording Studios com produção de Gary Campbell e relançado em CD em 2002.. Das músicas originais, uma ficou de fora para dar mais unidade ao CD com a chegada das 3 novas gravações. No CD a ordem é: PORTO É MEU PORTO / VOLTAR NA PRIMAVERA / SIM / MESMO QUE / NUNCA DIGA NUNCA / UN-DEUX-TROIS / SAMBO / PHANERON / ANIMAIS / COUVERT ARTÍSTICO e os bonus track COMIGO / RUÍDOS / KANTILENA PARA KAIO.
Para os que cultuam o grupo Almôndegas (primeira banda de Kleiton) importante saber que a gravação da música RUÍDOS é um registro histórico, pois essa canção deveria estar no primeiro disco do grupo, mas a gravação foi extraviada pela gravadora.
A música ANIMAIS tem parceria com Vitor Ramil, SAMBO com Carlos Sandroni e COMIGO com Karina Ramil, filha do artista. As outras são da autoria de Kleiton que explora seu violino eletroacústico na instrumental COUVERT ARTÍSTICO e voz e violão por todo o disco. Kleiton assina também a direção musical e divide a concepção dos arranjos com Luis Antonio, músico carioca que participa também das gravações junto com a banda americana formada por Randall Dollaron – guitarra, Nicky Orta – baixo, Orlando Fernandes – bateria e Gary Campbell – sax tenor e soprano. O novo tratamento gráfico para o CD foi idealizado por Carla Taves e as novas gravações foram realizadas no Rio de Janeiro em 2002.
No programa dessa edição, vamos mostrar as músicas do CD SIM, disco solo de Kleiton Ramil e ouvir muitas coisas interessantes a respeito desse disco, onde ele divide conosco esse momento tão importante na sua vida artística.

Ouçam Aqui – Programa 20/2016





O Sul Em Cima 19 – LÍTERA

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da banda LÍTERA.

A Lítera nasceu no bairro Sarandi, em Porto Alegre. É formado por André Neto (voz/guitarra), James Pugens (baixo) e Rodrigo Bonjour (bateria). A banda de apoio atual é formado por Fernando Spillari (piano) e Fredi Bessa (guitarra).
A Lítera tem participações nas coletâneas da Rádio Ipanema e Marquise 51 “O Velho O Novo” (2012), da Rádio Pop Rock e Marquise 51 “Primavera Pop Rock” (2011) e no 10º Festival de música de Porto Alegre  (2007).
Em 2009, lançaram o primeiro álbum “Um Pouco de Cada Dia” e em 2013 lançam o primeiro EP “A Marquesa”. Em abril de 2014, a Lítera lançou o videoclipe da música Domitila. Uma realização da Tríade Produtora. A narrativa audiovisual traz consigo ares e cores do século XIX e uma história de amor atemporal. O clipe traça um paralelo do velho com o novo, já que se apropria de avançadas técnicas e tecnologias, Tracking 3D e efeitos visuais ainda não utilizados por bandas nacionais, para mostrar uma história do século XIX ao público. Em junho de 2014 a banda lança o EP2 – O Imperador e no final de 2015, finalmente “Caso Real”, um disco contendo músicas inéditas e as faixas dos EPs.
O álbum “Caso Real” é baseado no livro Titília e Demonão – Cartas Inéditas de Dom Pedro I à Marquesa de Santos, do escritor Paulo Rezzutti. Lançada em 2011 pela Geração Editorial, a publicação reúne cartas românticas trocadas por D. Pedro I e marquesa Domitila de Castro que foram encontradas no arquivo histórico da Hispanic Society of America, em Nova York. O livro reúne 94 cartas trocadas por eles entre 1823 à 1827. 
O álbum, conceitua o compositor André Neto, vocalista e também guitarrista da Lítera, é uma obra temática, espécie de Romeu & Julieta (obra de William Shakespeare) brasileiros. Que, da primeira à última faixa, por meio de suas canções, conta as conturbadas fases do relacionamento entre Dom Pedro e Domitila. Mais do que falar, questionar ou trazer uma reflexão, ressalta André, a banda quis provocar seus ouvintes tirando-os de sua “zona de conforto dos sentimentos”: “Que tipo de amor é impossível? Ou ainda, o que afinal, é um amor impossível? deixam no ar.
Musicalmente, as influências do Lítera, impressas nesse disco, são tão diversas quanto atuais e, por vezes, extemporâneas – vão, entre outras sonoridades e estilos, de The Clash aos Paralamas do Sucesso, do The Ours a The Killers e de The Cure aos Novos Baianos. Ou seja, passeiam entre o passado e a modernidade do rock e do pop universais com personalidade e grande desenvoltura.
Vamos ouvir no programa O Sul em Cima, as músicas desse interessante trabalho “Caso Real” do Lítera.
Ouçam Aqui – Programa 19/2016

Fontes:
http://litera.mus.br/
https://saopaulopassado.wordpress.com/author/saopaulopassado/
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Agradecimentos: Gisele D’ávila