O SUL EM CIMA 36 / 2024

O Sul em Cima 36_2024_Danny Calixto e Marcos Delfino ok


Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Danny Calixto e Marcos Delfino. 
 
 
DANNY CALIXTO – Baby Meu Bem é o novo single de Danny Calixto.  É uma canção que conversa com “Coração Selvagem”, canção de Belchior, numa possível perspectiva de sua musa inspiradora, em uma narrativa solta sobre o amor e o estado de presença que ele traz. Belchior é uma referência como compositor que acessa como poucos em suas canções o estado de paixão em toda a sua grandeza, com propriedade e eloquência. A canção toca em algumas chaves poéticas, hora reafirmando, hora trazendo novas perspectivas e imagens. Foi produzida por Térence Veras, músico e arranjador de Porto Alegre que já desenvolve há mais de 20 anos diversas atividades musicais com a autora. 
Danny Calixto, cantora e compositora radicada em São Paulo desde 2019, tem na sua trajetória experiências como atriz e musicista em teatro e TV. Lançou dois discos: “Abracadabra” álbum de estreia indicada nas categorias revelação e intérprete pop rock e “Quintais do Mundo” que recebeu das 8 indicações 3 prêmios, dentre elas como “melhor intérprete MPB 2018” no Prêmio Açorianos (premiação mais importante do estado do RS). Em Porto Alegre produziu e atuou em um espetáculo cênico chamado “Brasinaria” de releituras de músicas dos anos 40 e 50 contando curiosidades da história da implementação da rádio e da televisão no Brasil. Participou de diversos discos de autores do sul do Brasil como intérprete. Compôs trilhas para espetáculos de teatro em Curitiba e São Paulo. Participou de importantes festivais como o Sonora Brasil e recentemente no Music in The Forest Hybrid Festival, transmitido da Irlanda. Seus álbuns e singles podem ser ouvidos em todas as plataformas de música e são parte da programação em diversas rádios no Brasil, Suíça, Holanda e Portugal, Nova Zelândia e EUA. Em 2020 em São Paulo, concluiu sua especialização em Canção Popular, desenvolve um projeto de pesquisa de ritmos e folclore brasileiro e é integrante como violonista e cantora da “Magnífica Orchestra de Músicas do Mundo”. 
Músicas: 01 – Baby meu Bem  – Danny Calixto // 02 – Tempo, tempo – Danny Calixto e Márcio Celli // 03 – Maçã – Danny Calixto // 04 – Mas Zé! – Danny Calixto //  05 – Territórios – Danny Calixto e Eliana Chiossi 
 
MARCOS DELFINO – DELFINO” é o nome do primeiro álbum solo do cantor, compositor e intérprete gaúcho Marcos Delfino. Marcos é conhecido pelos Tributos Cazuza (CAZUZA – O Poeta Vive) e o Secos e Molhados (Secos & Molhados – Especial 50 anos). Com o lançamento do álbum ele busca uma afirmação no cenário nacional com suas próprias produções.  O álbum Delfino, que saiu no dia 21 de outubro pelo selo carioca Ternário Music, tem seis canções inéditas e uma releitura de Romance, um dos maiores sucessos de Nei Lisboa.  A produção de 6 faixas ficaram por conta de Stanis Soares e o Single Agora (parceria de Gerson Conrad e Márcio Celli) é assinado por Paulo Inchauspe. A carreira de Marcos Delfino começou na adolescência. Aos 15 anos, fundou a banda Sigma 7, com a qual lançou dois discos “Começamos nos anos 2000 e sai nos anos 2019 porque não dava mais conta de ajustar a minha agenda com os compromissos da banda. Tivemos muitos êxitos, mas minha carreira solo estava me exigindo mais espaço”, lembra. No caminho solo, o cantor, compositor e intérprete ganhou vários palcos com dois projetos: os tributos ao lendário grupo Secos & Molhados e ao eterno poeta do rock Cazuza. E também espalhou sua voz cristalina por vários bares, pubs e espaços, levando um repertório recheado de clássicos do pop e rock, nacional e internacional, e também da nossa MPB.
MÚSICAS: 01 – Agora  – Gerson Conrad e Márcio Celli // 02 – Romance – Nei Lisboa // 03 – Flor da Seca  – samba inédito do ator, cantor e compositor Antonio Carlos Falcão – Arranjos de Guinter Vieira // 04 – Cigana  – Tiago Ramos – participação especial de Diego Dias (Vera Loca / The Beatles no Acordeon)  no acordeon // 05 – QUE CRIME É ESSE?  – Tiago Ramos, Rodrigo Viegas e Cassiano Andrade (compositor que teve canções  gravadas por Maria Rita e Alcione) // 06 – Coisas do Coração  – Paulinho Mendonça e Sueli Costa – participação especial de Arthur de Faria no Piano. Essa canção é uma parceria inédita de Paulinho Mendonça (letrista de Sangue Latino/O Doce e o Amargo/Assim Assado do repertório dos Secos e Molhados) com Sueli Costa uma das maiores compositoras femininas da MPB que compôs canções que fizeram parte do cancioneiro de Elis, Gal e Bethânia // 07 – Livro Aberto – Marcos Delfino 
 
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O SUL EM CIMA 35 / 2024

O SUL EM CIMA 35_2024_VITOR RAMIL

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar um Especial sobre VITOR RAMIL, que está lançando o álbum Mantra Concreto. 
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VITOR RAMIL –  O cantor, compositor e escritor Vitor Ramil,  está lançando seu 13ª álbum  “Mantra Concreto”. 
Dois anos após transitar por Avenida Angélica (2022) em álbum lançado com músicas compostas a partir de poemas de Angélica Freitas, Vitor Ramil lançou em outubro de 2024, o álbum Mantra concreto. Com produção musical orquestrada pelo próprio Vitor Ramil com Alexandre Fonseca e Edu Martins, o álbum Mantra concreto alinha 13 músicas inéditas compostas por Vitor  Ramil a partir de poemas do escritor, músico e poeta curitibano Paulo Leminski (24 de agosto de 1944 – 7 de junho de 1989).
Com a colaboração dos músicos de base e co-produtores Alexandre Fonseca e Edu Martins, Vitor Ramil encarou o desafio de expressar a personalidade da obra de Paulo Leminski  trabalhando de forma minuciosa. “Eu estava em Pelotas, Alexandre no Rio de Janeiro, Edu em Porto Alegre. Os músicos convidados, André Gomes (sitar, guitarra), Carlos Moscardini (violão), Santiago Vazquez (kalimba) e Toninho Horta (guitarra) estavam, respectivamente, em São Paulo, Argentina, Uruguai e Belo Horizonte. Vagner Cunha (violino), José Milton Vieira (trombone) e Pablo Schinke (violoncelo) estavam em Porto Alegre. Nunca tocamos juntos, mas o resultado foi como se tivéssemos nos reunido na casa de Leminski, no Pilarzinho, em Curitiba”, pontua Vitor Ramil.
A ideia do disco Mantra Concreto de Vitor Ramil, surgiu em 2021, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes, a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”
“A contaminação fora brutal. Não demorou para que o contagiante repertório tomasse meus pensamentos. Eu nunca criara um grupo de canções tão coeso em tão pouco tempo. Anos antes já tinha musicado O velho León e Natália em Coyoacán e Uma carta uma brasa através. Agora contava então com quinze canções em parceria com Paulo Leminski. Como não pensar em um álbum?” conta Vitor Ramil.
Apontado como um poeta pop, Leminski se notabilizou por poemas curtos com uma linguagem coloquial, apresentando influências do haicai, do tropicalismo e do concretismo, sendo associado também à poesia marginal. Para Vitor, o autor curitibano transitava por mundos que o interessam. O nome do álbum Mantra Concreto, vem de um poema cujo título foi dado por Vitor Ramil, já que muitas obras de Leminski não possuem título. Capa e material gráfico do álbum, que terá tiragem em CD, levam a assinatura do premiado designer Felipe Taborda, que criou uma paródia do clássico cartaz de Rodchenko e Maiakóvski.  Para a capa, desde o começo, Vitor desejou algo que remetesse ao construtivismo e ao cubo futurismo russos e também à cultura pop. 
 
Músicas do álbum Mantra Concreto (Vitor Ramil / poesia de Paulo Leminski): 01 – De Repente // 02 – Teu Vulto // 03 – Administério // 04 – Amar Você // 05 – Profissão de Febre // 06 – Palavra Minha // 07 – Um Bom Poema // 08 – Anfíbios // 09 – Será Quase // 10 – O Velho León e Natália em Coyoacán // 11 –  Sujeito Indireto // 12 – Um Carta Uma Brasa Através //  13 – Minifesto // 14 – Caricatura // 15 – Mantra Concreto 
 
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O SUL EM CIMA 34 / 2024

O SUL EM CIMA 34_2024_Carlos_Necka

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de Carlos Patrício e Necka Ayala
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CARLOS PATRÍCIO – atua no meio musical porto-alegrense desde 1980 quando obteve destaque no VII Festival Universitário MUSIPUC com a composição Vertente.
Em 1986 lançou o LP Independente Vertente com 10 composições próprias, obtendo grande aceitação do público e reconhecimento da crítica musical local, e em 1987 venceu o I Festival MPB SUL URBANO de Porto Alegre com a canção Piazada. Nesse período participou da criação e foi membro da primeira diretoria da COOMPOR, Cooperativa de Músicos de Porto Alegre.
Em 1988 mudou-se para São Paulo, onde participou de inúmeros festivais na capital e interior e apresentou-se em Casas de Cultura Municipais e Centros Culturais do Estado, Sindicatos e Projetos como o Quartas Musicais Itaú Metrô. 
Em 1996 lançou o CD Subvertendo, participou dos CDs Chacarera Blues (2005) e Novo (2017) de Alexandre Vieira e como compositor participa do CD Quem Tem Boca É Pra Cantar de Zé da Terreira, CD homônimo de Mário Falcão e do CD Valentia, Tempo, Voz de Pablo Lanzoni. Em 2024, Carlos lança o álbum Revertério – Carlos Patrício & Camaradas. 
O album REVERTÉRIO é o resultado da série de encontros com parceiros da música e da poesia que Carlos Patrício vem promovendo e apresentando desde 2016 em Porto Alegre, em espaços como Clube de Cultura, Café Fon Fon, Meme Estação Cultural, Comitê Latino-Americano e Espaço Viandantes em Viamão. 
O álbum conta com as participações especiais de Alexandre Vieira, Mário Falcão, Johann Alex de Souza, Quinca Vasconcellos, Michelle Cavalcanti, Sebastián Jantos, Pablo Lanzoni, Marcelo Delacroix e Marcos Saraçol e a atuação dos músicos Zé Ramos na guitarra, Filipe Narcizo no baixo, Miguel Tejera no baixo acústico, Lucas Kinoshita na percussão e Felippe Pipeta no trompete. 
Músicas do álbum Revertério: 01 – Revertério – Carlos Patrício //  02 – Kids e Teens – Carlos Patrício e Mário Falcão – participação de Mário Falcão (produção musical, voz, guitarra e programação eletrônica) // 03 – Rota de Navegação  – Carlos Patrício e Pablo Lanzoni – part Pablo Lanzoni (produção musical, teclado e beats) // 04 – Niña  – Poema de Lota Moncada musicado por Carlos Patrício – part. Violão e Voz: Michelle Cavalcanti // 05 – Piazada – Carlos Patrício – part. Marcelo Delacroix (produção musical, voz e violão) // 06 – Primas Veras  – Carlos Patrício e Alexandre Vieira – voz: Carlos Patrício e Alexandre Vieira – Gravada em Porto Alegre em 2018 e Canoas em 2023
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NECKA AYALA – A cantora e compositora gaúcha radicada na cidade de São Paulo Necka Ayala, completou 60 anos de existência ao final de agosto. Na data, Necka lançou ‘Paradeiro’ em todas as plataformas digitais. O EP autoral é o primeiro de um trabalho que registra os 60 anos da artista e será lançado em três partes. 
Todas as canções foram gravadas em estúdio, ao vivo, com voz e violão de Necka Ayala e todas as composições são da gaúcha, exceto Meia-Taça, parceria com Anaadi, cantora e compositora radicada em Paris que participa da gravação. A faixa também é a única que tem o acompanhamento de Max Garcia (violão), Tuti Rodrigues (percussão), Felipe Câmara (guitarra) e Rômulo Gomes (baixo). 
O álbum novo de Necka Ayala traz cinco composições inéditas e a regravação de ‘Todos os Dias’, que a gaúcha lançou em Cavalo-Marinho, seu primeiro disco, em 2001. 
Necka Ayaka compõe desde os 6 anos, já trabalhou com Zé Caradípia, Alexandre Lemos, Mário Falcão, Sávio Andrade, Gisele de Santi, Gabriel Von Brixen e Ricco Nunes entre outros, e já teve canções gravadas por nomes como Zizi Possi. 
Músicas de ‘Paradeiro’  (de Necka Ayala): 01 – 7 Mil Dias Infindos  // 02 –  Depois do Amor  // 03 – Todos os Dias  // 04 – Quarto Minguante   // 05 – Arqui-teto   // 06 – Meia-Taça  – de Necka Ayala e Anaadi  –    voz: Necka Ayala e Anaadi 
 
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O SUL EM CIMA 33 / 2024

O SUL EM CIMA 33_2024_Lima e Bárbara, Marcela & Natália

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Lima Júnior e Bárbara Kristensen, Marcela Backer & Natália Pereira
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LIMA JÚNIOR  – é mineiro de Almenara, pequena cidade localizada no Vale do Jequitinhonha, onde deu início a sua carreira de cantor e compositor. Estudou harmonia na escola de música  de Milton Nascimento de 1984/1990.   É considerado pelos críticos musicais um dos mais criativos compositores do Vale. Músicas de sua autoria foram gravadas por Saulo Laranjeira, Rubinho do Vale, Jackson Antunes, Carlos Farias, Banda Falamansa, Estakazero, Flor Serena e Trio Jerimum, com participação de Dominguinhos. Em festivais, conquistou importantes prêmios de Música Popular Brasileira. Em sua discografia constam álbuns como Fina Flor, Xamã e Um Beija Flor me avisou. Em 2018, lançou o álbum “Bordados”,  um trabalho inspirado, desde sua concepção e criação, no ofício das bordadeiras, que no seu silêncio, a cada ponto, a cada linha, revelam a beleza e o encantamento da vida. Bordando sentimentos com notas musicais e lírica poesia, “Bordados” apresenta, em seus diferentes arranjos e melodias, expressões do amor capazes de colorir as dificuldades do cotidiano com os tons de superação e esperança. Em 2024, Lima Júnior lançou o álbum  ‘Coisa Rara’ em parceria com Paulinho Pedra Azul que assina todas as letras. Paulinho já é um parceiro letrista de Lima Júnior em mais de 300 canções. 
Músicas do álbum Bordados: 01 – BORDADO DE AMOR – Lima Júnior // 02 – CURVAS MEDIEVAIS  (Para Elomar) –  Lima Júnior  – part de Roberto Mendes, cantor e compositor baiano de Santo Amaro da Purificação // 03 – O AMOR DA AMIZADE – Lima Júnior e Roberto Lima 
Músicas do álbum ‘Coisa Rara’ (autoria de Lima Júnior e Paulinho Pedra Azul): 04 – COISA RARA // 05 – QUEREMOS MUITO MAIS – feat Paulinho Pedra Azul (voz) // 06 – VOU DE TREM –  feat. Xangai (voz)
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BÁRBARA KRISTENSEN, MARCELA BACKER e NATÁLIA PEREIRA – O álbum “Rezo” surge não apenas para celebrar a riqueza das manifestações populares catarinenses, mas também desempenhando um papel fundamental na preservação e disseminação dessa herança cultural única. O projeto teve início em 2021, quando Bárbara Kristensen e Natália Pereira iniciaram um processo de pesquisa de repertório dirigido de cultura popular, denominado “Cangoma”, dirigido e orientado pela artista joinvilense Ana Paula da Silva. O estudo consistiu em um mergulho nas cantigas das manifestações brasileiras, em especial as realizadas por mulheres (lavadeiras, rendeiras, benzedeiras, plantadeiras) e da tradição oral como a capoeira, o boi de mamão, o jongo, vissungo, samba de roda, samba de bumbo, catumbi, terno de reis e ratoeira. Desse processo, construído exclusivamente por mulheres, foram recolhidas canções de domínio público e foram desenvolvidas canções autorais relativas às manifestações da cultura popular.
Em setembro de 2022, juntou-se à dupla a violonista Marcela Backer, que agregou os instrumentos de corda ao projeto. Violão de seis cordas, violão tenor e viola machete compõem os elementos harmônicos das canções, que também lançam luz sobre a importância da representividade feminina na música e na preservação das tradições culturais. Músicas: 01 – RITUAL – Bárbara Kristensen // 02 – REZO – Bárbara Kristensen e Natália Pereira // 03 – TERNO DE RAINHAS – Bárbara Kristensen e Natália Pereira // 04 – ÀS ANCIÃS – Bárbara Kristensen e Natália Pereira // 05 – VIVA MUITOS ANOS – Bárbara Kristensen // 06 – EU VIM DA CAPOEIRA – Sinhá Rosária // 07 – CANGOMA ME CHAMOU – Domínio Público
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O SUL EM CIMA 32 / 2024

O SUL EM CIMA 32_2024_GRUPO TÁ_VÂNIA_RICARDO

Nessa edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos do Grupo Tá, Vânia Abreu e Ricardo Herz Trio.
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GRUPO TÁ – Criado, inicialmente, como forma de resistência à degradação das instituições democráticas no Brasil e ao retrocesso dos avanços e conquistas sociais ocorridos nas últimas décadas, o TÁ é um grupo formado por músicos e cantores experientes, que têm, em comum, o desejo de expressar visões semelhantes de mundo, bem como explorar as possibilidades de um novo ambiente de performance coral que emergia na época de sua criação: o espaço virtual.
Seu primeiro trabalho, “Meia palavra bas”, surgiu em meio à pandemia da Covid-19 como forma de repúdio aos avanços da  extrema direita, capciosa, negacionista.  A música O que se cala (de autoria de Douglas Germano e consagrada na voz de Elza Soares) é o segundo trabalho do Grupo Tá. A música trata do direito de fala a partir das próprias experiências e perspectivas de grupos historicamente silenciados ou marginalizados.
O terceiro trabalho é a canção Olha o Menino. A letra é um quadro vívido da dura realidade da juventude urbana, os desafios enfrentados pelos meninos e meninas de classes sociais da base que crescem em ambientes urbanos. Embora retrate um lado mais sombrio da vida urbana nas grandes cidades brasileiras, a música carrega uma mensagem de esperança e resiliência, apontando, no senso de comunidade e na solidariedade, uma das formas de superação destes desafios.  O quarto trabalho é a canção Vira-lata caramelo, uma das mais recentes composições de Barro & Chico César. Para os autores, a miscigenação, no Brasil, é um processo ainda indigesto, desconfortável, doloroso, complexo, difícil. Contudo, tantas influências, fusões e contaminações culturais, decorrentes dessa nossa capacidade de fundir muitas coisas nos torna, também, um povo mais “solto”, criativo, extrovertido, fluídico. A figura do viralata caramelo, para eles, faz-se a metáfora que traduz a potência de nossa brasilidade mestiça. Com atmosfera leve e praiana, a canção pulsa entre o reggae, o samba (em nossa versão) e outras influências de raizes nordestinas, resultando em uma sonoridade manante e harmônica que sintetiza nossas várias identidades culturais.  Os arranjos vocais são de Luciano Lunkes e os arranjos instrumentais são de Mateus Zanolla. Radicado na Irlanda, Zanolla assina, também, as edições de áudio e vídeo. A produção, concepção e curadoria é de Márcia Donat e Luciano Lunkes.  
Músicas: 01 – MEIA PALAVRA BAS – Carlos Rennó, Pedro Luis e Roberta Sá  //  02 – O QUE SE CALA – Douglas Germano // 03 – OLHA O MENINO – Negra Li e Helião  // 04 – VIRA LATA CARAMELO – Barro e Chico César 
 
VÂNIA ABREU – Sal do Himalaia é a primeira canção que Vania Abreu assina como coautora junto a Simão Abbud.  Produzida e arranjada por Giovani Goulart que também tocou todos os instrumentos da faixa.  Sal do Himalaia é uma mistura de composição de sons que soam como acústico com timbres de sintetizadores. Uma produção que enaltece a canção sem perder a musicalidade em torno dela. Vania Abreu é baiana e cantora da alma brasileira. Construiu repertório e identidade própria na música com 8 álbuns de carreira e 03 singles. Possui diversas participações em trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão e mais de 21 participações como convidada em álbuns de outros artistas. Música: SAL DO HIMALAIA – Vania Abreu e Simão Abbud
 
RICARDO HERZ TRIO – Neste ano comemorando 20 anos de carreira, com o lançamento do seu 11º álbum, o “Sonhando o Brasil”, Ricardo Herz reinventou o violino brasileiro. Sua técnica leva ao instrumento o resfolego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro tradicional e moderno. Com a influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim entre outros, o violinista mistura ritmos brasileiros, africanos e o sentido de improvisação do jazz. 
Graduado em violino erudito pela USP, sua sólida formação começou aos 6 anos, tendo passado pela escola Fukuda em São Paulo. Estudou na renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e no Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês, uma lenda do violino jazz. 
O novo álbum instrumental tem o nome de Sonhando o Brasil. Além de Ricardo Herz, a formação-base da gravação tem Fábio Leandro no piano e Pedro Ito na bateria e na percussão. O disco conta ainda com a participação da cantora Tatiana Parra, de Léa Freire na flauta  e de Zé Luis Nascimento na percussão.
‘Sonhando o Brasil é um disco de celebração de um país imaginário. A nossa imaginação usa muito da realidade, claro, mas pra esse sonho de Brasil, eu escolhi o que o nosso país tem de melhor: a alegria, a espontaneidade, a dança, as melodias, o carinho, a receptividade, generosidade e o amor. Nesses tempos loucos em que vivemos, tanto interna como externamente, espero que a minha música venha cheia desse lado bom, militando pela celebração da vida em comunidade. ‘ (Ricardo Herz)
Músicas do álbum ‘Sonhando o Brasil’ (autoria: Ricardo Herz) : 06 – CÔCO EMBOLADO  // 07 – SOMBO CHAMBADO – part Zé Luís Nascimento – percussão   /    Tatiana Parra: vozes  // 08 – SIRIBOBÉIA   // 09 – CENAS DO MAGREBE  (músicas 8 e 9 – part. Tatiana Parra)
 
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O SUL EM CIMA 31 / 2024

31_2024_BIAFRA_O SUL EM CIMA (2)

O programa O SUL EM CIMA faz uma homenagem a BIAFRA, relembrando seus grandes sucessos.

 
BIAFRA – O cantor e compositor Maurício Pinheiro Reis, mais conhecido  como Biafra nasceu em Niterói em 15 de outubro de 1957.  Ainda na infância interessou-se pela música, particularmente por percussão. Fez curso de música e flauta, o que impulsionou sua vocação musical. A vontade de cantar o levou ao Coral do Centro Educacional de Niterói, comandado pelo Maestro Hermano Soares de Sá. Logo estaria embarcando com seus colegas de coro para várias apresentações incluindo uma participação internacional no Festival de Aberdeen, na Escócia, para cantar peças de Villa-Lobos. Na metade dos anos 70, a carreira musical já era seu principal projeto de vida. E foi nessa época que nasceu O Circo, banda que teve rápido sucesso em apresentações em Niterói e no interior do Estado do Rio. E foi acompanhado por seus colegas de O Circo que Biafra entrou pela primeira vez no velho estúdio da CBS para gravar seu primeiro álbum. Lançado em 1979, Primeira Nuvem  foi rapidamente adotado pelas rádios de todo o Brasil. Uma das canções, composta pelo próprio Biafra e por Luiz Eduardo Farah, transformou-se em grande sucesso: “Helena”. Poucas semanas depois de introduzida nas rádios, essa faixa ganhou popularidade ainda maior ao ser incluída na trilha sonora  da novela Marron Glacê da Rede Globo. Essa mesma emissora iria, ao longo dos anos, solicitar mais  músicas de Biafra para suas novelas identificando suas canções com vários personagens famosos. Seus maiores sucessos, “Leão Ferido” (incluído no álbum Despertar  de 1981) e “Sonho de Ícaro” (incluído no álbum Existe Uma Ideia de 1984), renderam-lhe dois Discos de Ouro. Como compositor, Biafra registrou sua obra na voz de grandes artistas como Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Simone, Chitãozinho & Xororó, Chrystian & Ralf, Rosana,  Xuxa, Angélica, KLB, Danilo Caymmi  e muitos outros.  
Em 2018, ao completar 60 anos de idade e 40 anos de carreira, decidiu fazer um mestrado na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Sua tese abordou as novas estratégias de interpretação de música de câmara. Em maio de 2022 estreou, no Teatro Rival Refit , o show ‘4.0’, comemorando os 40 anos de carreira . O show havia sofrido diversos adiamentos desde 2020 por conta da pandemia do coronavírus. No decorrer do ano continuou apresentando o show pelo Brasil. 
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O niteroiense Maurício Pinheiro Reis não imaginava que o apelido que ganhara dos amigos de infância se tornaria o nome artístico de um cantor que emplacou sucessos e teve destaque com canções em telenovelas. O menino muito magro era chamado de Biafra (em alusão à República de Biafra, que existiu de 1967 a 1970) e, com 45 anos de carreira, se orgulha de ter 16 álbuns lançados, cinco coletâneas e milhões de discos vendidos. Atualmente, Biafra segue realizando vários shows pelo Brasil. 
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Músicas: 01 – PRIMEIRA NUVEM – Aloysio Reis, Biafra, Bolinha  – álbum Primeira Nuvem 1979  // 02 – HELENA  – Biafra e Luiz Eduardo Farah – álbum Primeira Nuvem 1979    //  03 – LEÃO FERIDO – Biafra, Dalto  //  04 – VINHO ANTIGO – Cláudio Rabello, Dalto    // 05 – QUALQUER ESTRADA – Guilherme Arantes  // 06 – TRÊS PALAVRAS –  Juca Filho, José Renato – Part Boca Livre    – (músicas 03 à 06 do Álbum Despertar 1981) // 07 – SONHO DE ÍCARO – Cláudio Rabello, Piska   – do álbum  Existe Uma Idéia  1984   // 08 – ÁGUA  ARDENTE – Biafra, Paulo Ciranda  – do álbum Existe Uma Idéia – 1984  //  09 – TE AMO – Franco de Vita – versão: Biafra e Aloísio Reis  // 10 – SEU NOME – Pyska, Biafra   // 11 – RUA RAMALHETE – Tavito, Ney Azambuja  – part Roupa Nova

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Contatos:

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https://www.instagram.com/biafra_oficial/

O SUL EM CIMA 30 / 2024

O SUL EM CIMA 30_2024_João_Ná e Luiz Tatit

Nessa edição de O Sul em Cima, vamos mostrar os trabalhos de João Palmeiro e Ná Ozzetti & Luiz Tatit
 
JOÃO PALMEIRO – Conhecido como o “Tom Jobim gaúcho”, João Palmeiro faleceu aos 80 anos, em janeiro de 2022, em Porto Alegre. O músico e compositor também chamado de João da Benga, é uma figura significativa no cenário musical do Rio Grande do Sul, especialmente dentro do gênero da bossa nova. 
Seu único registro fonográfico, o CD “Águas Abertas”, lançado pela prefeitura de Porto Alegre, conta com 18 canções divididas igualmente entre homenagens a Porto Alegre e celebrações a Garopaba. O disco reúne uma série de colaborações de músicos respeitados, como Geraldo Flach, Zé Caradípia, Renato Borghetti, e outros artistas notáveis, incluindo as cantoras Glória Oliveira, Flora Almeida e Fátima Gimenez. Todos os participantes participaram voluntariamente para o projeto, de acordo com a produtora Maria Lúcia Sampaio. João Palmeiro foi um dos principais nomes da bossa nova no Rio Grande do Sul. Na década de 1960, ele fez parte do grupo Canta Povo, ao lado de Mutinho, Ivaldo Roque, Giba Giba e as irmãs Sílvia e Laís Marques. Após a dissolução do Canta Povo, João Palmeiro passou quase três décadas afastado do cenário musical. Seu retorno ocorreu em 1995 com o lançamento do CD ‘Águas Abertas’. 
Juarez Fonseca, em uma reportagem para o jornal Zero Hora na época do lançamento do CD, descreveu João Palmeiro como ‘apenas o maior compositor que a bossa nova já produziu no Sul do país. Um músico refinado e inventivo, um letrista sensível e talentoso. As suas canções marinhas, principalmente, estão dentre as melhores que já se produziu no gênero no Brasil”. 
Músicas: 01 – Águas Abertas  – João Palmeiro – intérprete: Glória Oliveira // 02 – Outonal – Ivaldo Roque e João Palmeiro -intérprete: Fátima Gimenez // 03 – Armadilhas  – João Palmeiro – Intérprete: Josiane // 04 – Caminho do Oswaldino – Zé Caradípia e João Palmeiro – intérprete: Zé Caradípia // 05 – Girassóis  – Clóvis Alegre e João Palmeiro – intérprete: Flora Almeida // 06 – O Calhau – João Palmeiro – com Adriana Gimenez, Beto Bollo, Fernando do ó, Flora Almeida, Fátima Gimenez, Heleno Gimenez, Josiane e Zé Caradípia 
 
NÁ OZZETTI e LUIZ TATIT – De Lua é o nome do novo álbum da cantora e compositora Ná Ozzetti e do compositor e professor Luiz Tatit. Já disponível nas plataformas digitais, o disco traz dez canções da dupla, três delas compostas especialmente para esse novo trabalho: Et Cetera, Boa Ideia e De Lua. As dez canções tem melodia de Ná e letra de Tatit. Diversos conteúdos se entrelaçam nesse disco. Temos, por exemplo, um confronto entre a Terra, a Lua e as Estrelas (‘De Lua”), uma fábula sobre a paralisação e o sucessivo destravamento das ruas da cidade de São Paulo por intermédio da música (“Boa Ideia”), um estímulo à valorização dos detalhes desprezados da vida (“Et cetera”), um apelo para que o amor abstrato se materialize de algum modo (“Se Você Aparecer”), uma musa que revela o seu ponto de vista sobre o compositor (“A Voz da Musa”) e assim por diante. 
Ná Ozzetti e Luiz Tatit iniciaram suas carreiras no Grupo Rumo (expressão da vanguarda paulistana dos anos 1980), onde realizaram estudos e propostas para um novo modo de composição e execução de canções, com destaque para os recursos que oscilam entre as entoações da fala cotidiana e as soluções musicais que dão o acabamento necessário à fixação sonora de cada obra. Parceiros em dezenas de composições, os artistas agora escolheram dez canções representativas desse longo período de trabalho para a produção do álbum DE LUA, que tem produção musical de Jonas Tatit – também responsável pela mixagem e masterização do disco – e com arranjos criados coletivamente pelos solistas e pela banda que reúne os músicos Danilo Penteado (baixo, guitarra e sanfona), Mário Manga (violoncelo e guitarra) e Sérgio Reze (bateria), além do próprio Tatit ao violão. Edição: Circus Produções Culturais e Fonográficas
Músicas (todas de autoria de Ná Ozzetti e Luiz Tatit): 07 –  Se você Aparecer  // 08 – Boa Idéia  // 09 – A Voz da Musa  // 10 – De Lua  // 11 – Et Cetera 
 
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O SUL EM CIMA 29 / 2024

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Essa Edição Especial de O Sul em Cima, é uma Homenagem à vida e obra do inesquecível PERY SOUZA!!
 

Nascido em Jaguarão / RS, Pery Souza integrou a primeira formação do grupo Almôndegas, criado na década de 1970 pelos seus primos, os irmãos Kleiton e Kledir, além de Gilnei Silveira e Eurico Guimarães de Castro Neves (Quico).  Pery foi compositor, cantor, instrumentista, arranjador e um percussionista excepcional. Na música ‘Quadro Negro’ tem um set (especial) só de percussão onde podemos ouvir esse, que era um dos seus grandes talentos. Neste set ele toca cubana e Gilnei, Bangô. Os dois levantavam a platéia em suas performances ao vivo. Autor de canções como “Noite de São João”, “Estrela Guria”, “Pampa de Luz” e “Sonho Sideral”, Pery era formado em composição e regência pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhou como professor, dirigiu corais em escolas, criando muitos arranjos. Pery era um artista eclético,trabalhando com vários estilos. Suas canções também tiveram a interpretação de vários artistas. Pery também dedicou um tempo precioso a criar música infantil, além de dar aulas para crianças. Um desses lindos trabalhos foi  “Pequenas observações sobre a vida em outros planetas” que é um livro de poemas para crianças, de autoria de Ricardo Silvestrin, lançado em 1998 pela editora Projeto, de Porto Alegre. Em 2004, teve uma nova edição pela editora Salamandra, de São Paulo. Essa segunda edição foi incentivada por Ziraldo, que era fã desse livro, e que o apresentou à editora paulista. Pery  musicou, por sua própria iniciativa, os 18 poemas do livro.

Pery Souza foi um artista que atuou em vários segmentos da música. Podemos citar a Missa da Terra Sem Males. Projeto de Dom Pedro Casaldáliga. Pery escreveu arranjos e regeu corais e orquestra em vários espetáculos. A primeira apresentação foi na Catedral da Sé em São Paulo em 1980 e depois em outras partes do país. Textos de Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra e  Músicas da autoria de Martín Coplas, com temática indígena. Fernando Brandt tbm estava na estréia da Missa na Catedral da Sé. Daí surgiu a ideia que originou a Missa do Quilombo, também com Dom Pedro Casaldáliga, nesse caso com temática sobre afro-descendentes. Em 1984, Pery lança o disco Pery Souza (RBS Discos / Som Livre) que é uma obra-prima de fusão entre o pop e o regional – reeditado em CD em 1998, independente, com financiamento do Fumproarte da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Neste disco, compôs músicas com Jerônimo Jardim, Luiz Coronel, Fogaça, Raul Ellwanger, além de gravar com Luiz Carlos Borges, Pedrinho Figueiredo e Kleiton e Kledir. Na carreira solo, além do disco Pery Souza (de 1984), lançou também  Milonga do Pendular Encontro (1996) que é todo de parcerias suas com o letrista (e psicanalista) Jaime Vaz Brasil. Outro trabalho de mestre, lançado independente.  Em 1985, a canção Pampa de Luz teve enorme destaque no 3º Musicanto de Santa Rosa.  Infelizmente o cantor e compositor gaúcho Pery Alberto Alves de Souza, mais conhecido como Pery Souza, nos deixou em 2 de setembro de 2024, aos 71 anos. Longe dos palcos há mais de 10 anos, ele lutava contra o Alzheimer e estava internado em uma clínica na Capital gaúcha. Lastimamos a partida desse grande artista. 

Músicas: 01 – Olavo e Dorotéia (Uma Louca Estória de Amor ) – Pery Souza/ Kledir Ramil – com Almôndegas // Quadro Negro – Kledir Ramil – com Almôndegas // 03 – Moradia – Luiz Coronel / Pery Souza – com Olívia Hime – part. Roupa Nova  // 04- Mulheres do Brasil – José Fogaça e Pery Souza – com Elaine Geissler, Isabela Fogaça, Loma, Ângela Jobim e Marisa Rotenberg // 05 – Noite de São João – Pery Souza e Kledir Ramil – com Kleiton & Kledir  // 06 – Planeta Poft – com Kleiton & Kledir  // 07 – Planeta Gugus – com Pery Souza // 08 Planeta Coração – com Pery Souza (músicas 6,7 e 8 de Pery Souza e Ricardo Silvestrin // 09 – Estrela Guria // 10 – Sonho Sideral // 11 Para Sempre Amigo (músicas 9,10 e 11 de Fogaça e Pery Souza) // 12 – Pampa de Luz – Pery Souza e Luiz de Miranda -com Pery Souza e Flávio Medina // 13 – Milonga Borgeana – Pery Souza e Jaime Vaz Brasil – part. Vitor Ramil  // 14 – Um Cheiro Bom de Mar – Pery Souza e Fogaça

O SUL EM CIMA 28 / 2024

O SUL EM CIMA 28_2024_Milton e Esperanza

 
Nessa edição, vamos mostrar os trabalhos de Milton Nascimento e Esperanza Spalding
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MILTON NASCIMENTO e ESPERANZA SPALDING 

Em 1974, Milton Nascimento gravou em Los Angeles (Califórnia, EUA) um álbum com o compositor e saxofonista norte-americano Wayne Shorter (1933 – 2023). Lançado em janeiro de 1975, o LP Native dancer amplificou o alcance da música do artista brasileiro ao redor do mundo, sobretudo no universo do jazz. Decorridos 50 anos, Milton Nascimento – já entronizado como entidade da música brasileira – se une em disco a outro nome do jazz dos Estados Unidos. Milton Nascimento e a cantora de jazz norte-americana Esperanza Spalding lançaram em agosto, o seu álbum colaborativo “Milton + Esperanza“ (Concord Records) em todas as plataformas digitais, CD físico e Vinil.  Gravado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) ao longo de 2023, com produção musical e arranjos de Esperanza Spalding, o álbum flagra a artista dos Estados Unidos cantando em português, às vezes com sotaque, como em Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972), às vezes praticamente sem, como em Saci (Guinga e Paulo César Pinheiro), faixa de clima bucólico – feita com a participação de Guinga – que reforça a espiritualidade do disco , sobretudo quando Milton invoca o Saci com a voz.

“Milton + esperanza“ apresenta 16 faixas que celebram e reimaginam os clássicos amados de Nascimento, novas peças escritas por spalding pensando em Nascimento e interpretações de “A Day in the Life”, dos Beatles, e “Earth Song”, de Michael Jackson. Os convidados são nomes de peso, incluindo Dianne Reeves, Lianne La Havas, Maria Gadú, Tim Bernardes, Carolina Shorter, Elena Pinderhughes, Shabaka Hutchings, Paul Simon, Guinga e outros. O disco conta com a banda principal de Spalding, composta por Matthew Stevens (guitarra), Justin Tyson e Eric Doob (bateria), Leo Genovese (piano), Corey D. King (vocais, sintetizadores) e vários músicos brasileiros, incluindo a Orquestra Ouro Preto, os percussionistas Kainã Do Jêje e Ronaldinho Silva e o violonista Lula Galvão.
“Milton + Esperanza” brilha com duetos entre essas duas vozes, músicos requintados e o que Spalding identifica como um tema central do álbum: a importância de as gerações mais jovens criarem, aprenderem e construírem novos mundos com os mais velhos. Um espírito guia para o projeto foi Wayne Shorter, cuja colaboração com Nascimento, “Native Dancer”, foi lançada há quase 50 anos.
Com cinco prêmios GRAMMY® e onze indicações, Spalding já lançou oito álbuns completos. Além de trabalhar com seus heróis, incluindo Nascimento e Shorter, ela colaborou com Prince, Herbie Hancock, Janelle Monáe e muitos outros.   

Músicas: 01 – Cais – Ronaldo Bastos e Milton Nascimento // 02 – Outubro  – Fernando Brant e Milton Nascimento // 03 – A Day in the Life  – John Lennon e Paul McCartney // 04 – Wings for the Thought Bird  –  (Esperanza Spalding) | Participação especial Elena Pinderhughes e Orquestra Ouro Preto // 05 – Saci  – Guinga e Paul César Pinheiro | Participação especial Guinga // 06 – Morro Velho  –  Milton Nascimento / Participação especial Orquestra Ouro Preto // 07 – Earth Song –  (Michael Jackson) | Participação especial Dianne Reeves //  // 08 – Um Vento Passou (Para Paul Simon)  –  Marcio Borges e Milton Nascimento | Participação especial Paul Simon // 09 – Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)  – Fernando Brant e Milton Nascimento  –  | Participação especial Lianne La Havas, Maria Gadú, Tim Bernardes, Lula Galvão

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O SUL EM CIMA 27 / 2024

O SUL EM CIMA 27_2024

Nesta edição de O SUL EM CIMA, vamos mostrar os trabalhos de Paola Kirst & Kiai Grupo e Trio Fluctua
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PAOLA KIRST & KIAI GRUPO  – É possível encontrar lugares seguros na música e na coletividade como forma de estar no mundo? Buscando refletir sobre as multiplicidades de uma redoma, a cantora, compositora e performer Paola Kirst retoma a parceria com os companheiros da KIAI Grupo, formado por Lucas Fê, Dionisio Souza e Marcelo Vaz. “Redoma”, seu segundo álbum de estúdio em parceria com a banda instrumental, nasce do reencontro criativo entre os quatro musicistas. Durante o processo criativo de “Redoma”, o quarteto se voltou para os sentimentos de enclausuramento e impotência, que retratam uma sociedade adoecida. Como contraponto, os musicistas também buscaram respiro no sentido de “proteção” da palavra, em que a potência do encontro com o outro é uma forma de acolhimento. O álbum conta com as participações das cantoras Marietti Fialho e Gabi Lamas, da banda Psycho Delícia e do cantor, compositor e instrumentista Pedro Borghetti. 
Com sonoridade inspirada em ritmos latino-americanos e rock psicodélico, o álbum retrata temas recheados de melancolia e sarcasmo, trazendo a voz inventiva da cantora como fio condutor. Além disso, os musicistas fizeram escolhas tentando ampliar o leque de referências sonoras, potencializando a comunicação com o público. 
A parceria entre Kiai e Paola teve início em 2018, com o álbum de estreia de Paola Kirst, ‘Costuras Que Me Bordam Marcas na Pele’, lançado pelo selo Escápula Records, que rendeu à artista o troféu Revelação no Prêmio Açorianos de Música. Os quatro são oriundos das periferias da cidade do Rio Grande, extremo sul do estado do Rio Grande do Sul e atuam com música autoral há mais de 10 anos. “Redoma” foi gravado no estúdio Pedra Redonda por Wagner Lagemann e foi produzido por Guilherme Ceron. O álbum é um lançamento do selo Pedra Redonda.
Músicas: 01 – Cidade Pulsa – Paola Kirst // 02 – Submersos – Gabi Lamas – com Paola Kirst e Gabi Lamas // 03 – Palavras Bobas – Paola Kirst, Carlos Medeiros e Pedro Borghetti // 04 – Pessoa Bonita – Carlos Medeiros e Paola Kirst // 05 – Contínuo – Thais Andrade, Paola Kirst e Pedro Borghetti – com Erick Endres e Paola Kirst – part. Psycho Delícia // 06 – Nada – André Paz – Adaptação (coautoria) Paola Kirst e Pedro Borghetti – part Marietti Fialho  // 07 – Véu do Tempo – Carlos Medeiros e Lucas Fê – com Lucas Fê 
 
TRIO FLUCTUA – Lançou em junho o álbum ARAMADO. O Fluctua é formado por Edu Waghabi (violão, piano, teclados e vocais), João Faria (baixo, vocais) e Moreno Leon (vocais), o grupo combina elementos afro, latinos e nordestinos. O resultado é um som fresco e autoral, obtido principalmente a partir das harmonias vocais que se impõem como assinatura e diferencial da banda, elevando o Fluctua ao mais alto nível do R&B produzido atualmente no Brasil.
‘FLUCTUS’. Termo em latim que significa ‘onda’, ‘fluxo’. Em um sentido mais poético, ‘agitação’, ‘turbilhão’, que também pode ser aplicado a conceitos físicos relativos à propagação do som. É exatamente essa idéia que interessa ao trio carioca Fluctua. 
A tradição dos grandes grupos vocais brasileiros está no sangue não só de Waghabi, mas também no de João Faria. Os dois são filhos dos integrantes já falecidos do MPB4. O primeiro, de Antonio José Waghabi Filho (1943-2012), o Magro. O segundo, nascido da união entre Ruy Faria (1937-2018) e Cynara (1945-2023), uma das vozes do Quarteto em Cy. Influência e legado postos com sensibilidade e lirismo em canções que vão direto ao ponto. 
Músicas: 01 – Céu do Teu Olhar – Moreno Leon, Edu Waghabi e João Faria // 02 – Do Que Vi – Moreno Leon, Edu Waghabi e João Faria // Cena – Moreno Leon, Edu Waghabi e João Faria // 04 – Congo Chamou (vinheta) – Moreno Leon // 05 – O Tempo Dirá – Moreno Leon, João Faria e Edu Waghabi // 06 – Amanhã o mundo acabou – Edu Waghabi // 07 – Todas as músicas são sobre você – Edu Waghabi 
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