FLORA ALMEIDA1

O Sul em Cima – Flora Almeida

O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a FLORA ALMEIDA e mostra em especial, músicas de seus álbuns Tudo Beleza e Com que Roupa – Flora Almeida canta Noel Rosa.

“Flora Almeida é uma cantora de jazz. Não sei que feeling é este. Se soubesse, patenteava a fórmula e vendia para todas as cantoras que gostariam de ter o que na Flora, não resisto o trocadilho ecológico, é natural. Porque cantoras de jazz não se fabrica. Elas já nascem, como esta, completas”.  (Luis Fernando Verissimo)

A inspiração de Flora Almeida vem de lendárias cantoras de blues e jazz, como Billie Holiday e Ella Fitzgerald, de Dee Dee Bridgewater e da jovem Esperanza Spalding, contrabaixista e cantora estadunidense, além de Tom Jobim, Edu Lobo e Elis Regina.

Nascida em Butiá (RS) e criada em Porto Alegre, com 12 anos de idade Flora já cantava e tocava órgão na Igreja Metodista. Sua carreira começou em 1984, quando fez o primeiro show, Mulher Verso e Reverso, dirigido por Delmar Mancuso. Foi com ele que aprendeu “como estar e ser no palco” e foi pelas suas mãos que Noel Rosa entrou no seu repertório para sempre. O primeiro LP de Flora foi lançado em 1988, Acordei Bemol, Tudo Estava Sustenido, com a banda Circuito Emocional. O trabalho levou a cantora ao mercado nacional, quando, em 1989, foi para São Paulo mostrar o disco e lá ficou fazendo shows durante um ano. Em 1998, o LP foi transformado em CD, com financiamento do Fumproarte, porque retratava a produção musical de Porto Alegre.

No final de 1989 e início de 1990, Flora Almeida foi convidada pelo diretor e produtor Luciano Alabarse para acompanhar o músico Carlos Sandroni, que lançava seu disco na capital gaúcha. Em seguida, fez shows com ele no Rio de Janeiro, com as participações de Adriana Calcanhoto, Muni, Coca Barbosa e Luciana Costa. Foi no Rio que Flora desenvolveu o trabalho com foco na obra de Noel Rosa, com arranjos para jazz, blues e samba do guitarrista Ademir Cândido. Apresentava-se com um sexteto integrado também pelo baixista Mazinho Ventura, o pianista Fernando Moraes, o baterista Paulo Camanga e o trompetista Bidinho. O desejo antigo tomava forma.

Já em 1991, ainda no Rio, Flora Almeida fez sucesso com a dupla Country Gurias, com a cantora Luciana Costa. Voltou para Porto Alegre em 1992. Dois anos depois, estreou o espetáculo Singular, um monólogo musical, ela e uma percussão em off. Com esse show conquistou, em 1995, o Prêmio Açorianos de Melhor Cantora. Na cerimônia de entrega do Prêmio, apresentou-se com Solon Fishbone, entrando no mundo do blues.

Em 2000, lançou o CD Não Pare na Pista, com a banda Flora Almeida & Kozmic Blues, gravado ao vivo no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Projeto Unimúsica. Foi o registro de um trabalho de cinco anos com o grupo. Tudo Beleza foi o terceiro CD da sua carreira. Lançado em 2010, com músicos da cena porto-alegrense, foi o primeiro disco que trouxe a bossa nova para a nossa linguagem. No exterior, Flora já se apresentou na Alemanha, Suíça e França. Inquieta e dedicada ao universo musical, em Porto Alegre Flora Almeida foi uma das idealizadoras da Mostra de CDs Independentes, juntamente com Nanci Araújo e Márcio Celli, reunindo mais de 180 artistas. Com essa iniciativa receberam Menção Honrosa do Prêmio Açorianos de Música em 1999.

__________________________________________________

NOEL ROSA EM SAMBA JAZZ E BLUES POR FLORA ALMEIDA

Cantora gaúcha lança CD que dá nova roupagem a músicas do Poeta da Vila

Músicas de Noel Rosa interpretadas por Flora Almeida, que faz uma releitura singular da obra do grande compositor de Vila Isabel. A cantora gaúcha, lançou em 2015 o CD Com que Roupa – Flora Almeida canta Noel Rosa, seu quarto disco, onde explora todo o seu feeling em jazz e blues para dar uma nova roupagem às canções do “Poeta da Vila”.

Pensado desde o final dos anos 1980, o projeto ganhou força em 1990, quando Flora morou no Rio de Janeiro e apresentou o trabalho em diversos shows. Cantando em Vila Isabel, reduto do compositor carioca, teve uma grande surpresa. Lindaura, esposa de Noel Rosa, assistia ao show. Flora foi cumprimentá-la e ouviu dela: “Você está fazendo Noel para os jovens.” Desde a primeira vez em que cantou Noel, Flora desejou fazer o que está fazendo agora. “Minha natureza é o blues, mas sempre estive entre a bossa e o jazz”, afirma. Para ela, o CD retrata o modo como conduz o processo de criar e recriar, transitando do jazz para o blues e para a bossa e o samba, se reinventando sempre.

Flora Almeida observa que a música Com que Roupa não integra o disco. Está no título do CD porque se refere à roupagem musical que inseriu no samba de Noel. Para compor esse Noel moderno e jazzístico, contou com a parceria fundamental do guitarrista e violonista Ademir Cândido. O repertório traz canções escolhidas especialmente pela cantora: As Pastorinhas, Conversa de Botequim, Estátua da Paciência, Feitiço da Vila, Feitio de Oração, Fita Amarela, Gago Apaixonado, Palpite Infeliz, Três Apitos e Último Desejo. Para dar o toque característico do seu estilo, Flora convidou, além de Ademir, os músicos Luís Henrique – “New” (piano), Edu Martins (contrabaixo), Marquinhos Fê (bateria), Claudio Calcanhotto (percussão), Jorginho do Trompete (trompete), Marcelo Ribeiro (sax alto e sax tenor), Carlos Mallmann (trombone) e Leo Bracht (rebolo e percussão), com participação especial de Vagner Cunha (violas e violino), Alegre Corrêa (guitarra), Wanderlei Fontanella – “Nambu” (clarinete) e Marcelinho da Cuíca (cuíca).  Produção musical de Leo Bracht, Direção musical de Ademir Cândido, Flora Almeida e Leo Bracht

Site:  http://floraalmeida.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/floraaalmeida

PARTE 1:


 

PARTE 2:

 

marcio celli 4

O Sul em Cima – Márcio Celli

O Sul em Cima dessa edição, mostra o trabalho de Márcio Celli, em especial músicas dos álbuns: “Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto” e “Da Minha Janela”.

 

“Márcio Celli tem uma voz leve, feliz, e que acaricia os ouvidos de quem a escuta.”

ROSA PASSOS
Cantora e compositora

 

“Márcio Celli tem a chama poderosa dos vencedores, ouço falar e percebo que ele é desse tipo de pessoa de rara determinação, que tem como meta principal a autossuperação. Eu, de alma bem mais vagabunda, tenho profunda admiração (para não dizer uma ponta de inveja) pelos indivíduos desta estirpe e sei reconhecer um deles a quilômetros. É assim o Márcio, e nós ainda vamos ouvir falar muito a respeito.”

ADRIANA CALCANHOTTO
Cantora e compositora

 

Márcio Celli – Cantor/Compositor (Natural de Porto Alegre/RS) tem um trabalho focado essencialmente na música brasileira. Suas composições abordam estilos variados como o samba, a bossa nova, ijexás e baladas. Dentre as características de repertório observam-se também as regravações com arranjos diferenciados.

Ainda adolescente Celli teve aulas com Déa Mancuso, mestra em técnica vocal e professora de vários nomes da música gaúcha, entre eles Adriana Calcanhotto, Flora Almeida e Muni. Estreou na década de 90 no palco do Porto de Elis, em Porto Alegre, o Show “Bem Agosto” dirigido por Patsy Cecato. Também nos anos 90, Celli residiu em São Paulo, onde cantou na noite e apresentou-se em diversos espaços culturais como Bar Armazém, Bom Motivo, Vou Vivendo, Boca da Noite, Ilha Porchat, Olympia, bem como apresentações para convenções, Prefeituras e Governo do Estado de São Paulo.

Celli vem referendado por nomes como Adriana Calcanhotto e Rosa Passos, que assinam as contracapas dos seus mais recentes Discos “Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto” e “Da Minha Janela“. Recebeu elogios dos maiores críticos da Música Brasileira, Tárik de Souza/RJ, Antonio Carlos Miguel/RJ e Juarez Fonceca/RS. Com o seu mais recente trabalho, o CD autoral “Da Minha Janela“, lançado em 2014, Celli foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música de Porto Alegre/RS – 2014 em duas categorias, melhor cantor de MPB e melhor compositor de MPB. Foi pré-selecionado ao Prêmio da Música Brasileira e recebeu Menção Honrosa nos Melhores Álbuns da Música Brasileira de 2014.

Márcio Celli tem cumprido temporadas de shows em Porto Alegre e São Paulo, mostrando o seu trabalho autoral mesclado com regravações em Sescs, Bares e Teatros das capitais. No Rio de Janeiro foi convidado para participar do show “Eu vi Elis sorrindo”, do cantor Elohim Seabra, com direção e participação do saudoso Miele. Celli Já se apresentou também nas capitais Fortaleza/CE, Palmas/TO e Rio Branco/AC.

Márcio Celli lançou em 1998 o CD Um Novo Tom, em 2006 Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto e em 2014 o álbum Da Minha Janela. Seu novo show faz um passeio por canções dos três CDs lançados por Celli além de clássicos da música brasileira e novas músicas autorais em parcerias com nomes como Zé Caradípia, Bebeto Alves , Monica Tomasi e Roberto Haag.

 

Contatos e mais informações:

https://www.facebook.com/marciocellioficial/

http://marciocelli.com.br/

 

PARTE 1:

PARTE 2:

 

livia e arthur_foto claudia cavalcanti

O Sul em Cima – Lívia Nestrovski

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de LÍVIA NESTROVSKI, em especial músicas dos álbuns “DUO”, parceria com Fred Ferreira e “PÓS VOCÊ E EU” com Arthur Nestrovski.

LÍVIA NESTROVSKI e FRED FERREIRA

livia e fred

Lívia Nestrovski, cantora, e Fred Ferreira, guitarrista, vêm sendo apontados de forma proeminente dentre a nova geração de artistas do país, participando de projetos que os destacam tanto individualmente quanto em duo, no Brasil e no exterior. Já passaram por França, Portugal, Hungria, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Indonésia. Buscando um distanciamento das maneiras tradicionais de interpretação, o duo utiliza-se somente de guitarra, voz e efeitos eletrônicos para traçar narrativas sutis e inusitadas entre canções de Kurt Weill, Zé Miguel Wisnik, Milton Nascimento e compositores da nova geração, além de intersecções destas com peças de música erudita, como as de Britten e Debussy. O virtuosismo e a expressividade se encontram para evidenciar aspectos do que o próprio Wisnik descreve como a “gaia ciência” da canção popular brasileira, onde fica evidente a “permeabilidade entre a citação culta e a fluência lírica, a densidade e a transparência, a filosofia e o sentido paródico, a inocência cem vezes refinada”.

Em 2012 lançaram o disco DUO, que nas palavras de Tom Zé, tem a canção Jogral como grande destaque de um disco “muito feliz nas escolhas”. Já Luiz Tatit destaca: “todas [as canções] dizem ao que vieram. Mas Youkali é uma das melhores interpretações que já ouvi na minha vida”. O disco foi apontado também como ousado, inovador (Guia da Folha) e arrojado (Revista Continente).

LÍVIA NESTROVSKI é formada em Canto Popular pela UNICAMP e é mestre em Musicologia pela Uni-Rio, onde desenvolveu trabalho sobre o scat singing na música brasileira. Iniciou seus estudos musicais nos Estados Unidos, onde residiu entre 1999 e 2002, recebendo 8 prêmios por excelência musical em competições solo e de coral no estado de Indiana. Em 2013, foi apontada pelas revistas Marie Claire e Vogue como uma das novas vozes da música nacional. Em 2014, foi descrita pela revista Polivox como uma cantora de “presença luminosa, avassaladora”, cuja voz é “uma das maiores realizações da canção brasileira contemporânea”. Desde 2008, é solista de Arrigo Barnabé, que em entrevista recente referiu-se a ela como sendo “tranquilamente uma das maiores vozes de sua geração”. Lívia Nestrovski lançou os discos DUO (2012), com o guitarrista Fred Ferreira, com quem já excursionou o país e o exterior, e De Nada Mais a Algo Além (2013), aclamado disco em parceria com Arrigo Barnabé e Luiz Tatit contendo canções inéditas dos dois. Pós Você e Eu, em parceria com seu pai, Arthur Nestrovski, foi lançado em 2016.

FRED FERREIRA é graduado em Composição e Viola de Orquestra pela UNICAMP. Atua como arranjador, diretor musical, trilhista e instrumentista em diversos trabalhos, tanto no meio erudito quanto popular. Tocou e gravou com artistas como Alcione, Rita Benneditto, Elymar Santos, Orlandivo, Bebeto, Jair Rodrigues, Simoninha, Ritchie, João Sabiá, Carlos Dafé, Paula Lima, Léo Jaime, Sandra de Sá e Fernanda Abreu. Foi solista do samba-enredo de 2013 da Mocidade Independente de Padre Miguel. Foi arranjador do concerto “Imagine: A Canção Inglesa de Purcell aos Beatles” (para teorba, viola da gamba e contratenor) e do projeto “Cartas e Canções” (para guitarra elétrica, teorba, contratenor e cantora popular – patrocinado pelos CORREIOS). É arranjador e diretor musical do cantor Eduardo Canto, com quem realizou ciclos de tributos a cantores e compositores da época de ouro do Rádio (recorde de público de importantes teatros do Rio de Janeiro). Fez trilhas para os espetáculos “Conhece-te a ti mesmo”, vencedor do Prêmio Klauss Viana de Dança – Funarte (2006), “A Terceira Margem do Rio” (teatro), e para o curta-metragem “Iracema” (Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo). Em 2014, participou do Java Jazz Festival, em Jakarta (Indonésia). Em 2015, apresentou-se no Maracanã e no Rock in Rio.

As músicas apresentadas do CD “DUO” de LÍVIA NESTROVSKI e FRED FERREIRA são:

Clube da Esquina (Lô Borges / Márcio Borges / Milton Nascimento) / Estrada do Sol (Dolores Duran / Tom Jobim) / Modinha (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)  / O Paraíso (Rudi Vilela) / Youkali (Kurt Weill / Roger Henry Bertrand) / Jogral (Djavan / Filó Machado / José Neto).

LÍVIA E ARTHUR NESTROVSKI 

livia e arthur

Pela primeira vez juntos em disco, pai e filha apresentam um repertório que traz, lado a lado, Pixinguinha e Luiz Tatit, Ary Barroso e Arrigo Barnabé, Tom Jobim e Dolores Duran, além de composições do próprio Nestrovski e algumas de suas versões para canções americanas e Lieder de Schubert e Schumann. Arthur Nestrovski é diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), desde 2010. Formado pela Universidade de York (Inglaterra) e doutor em música e literatura pela Universidade de Iowa (EUA), o violonista e compositor toca ao lado de artistas como Zé Miguel Wisnik, Ná Ozzetti, Paula Morelenbaum e Zélia Duncan, no Brasil e no exterior. Lançou o DVD O Fim da Canção (com Luiz Tatit e Zé Miguel Wisnik, selo SESC, 2012) e os CDs solo Jobim Violão (IMS, 2007/ Biscoito Fino, 2009) e Chico Violão (Biscoito Fino, 2010), além de um disco de composições, Tudo o Que Gira Parece a Felicidade (Gaia Discos, 2006), e Pra Que Chorar (Biscoito Fino, 2011), ao lado de Celso Sim.

As músicas apresentadas  do CD “Pós Você e eu” de Lívia e Arthur Nestrovski lançado em 2016 são: PÓS VOCÊ E EU  (Arthur Nestrovski / Luiz Tatit) / SERENATA [STÄNDCHEN]  (Franz Schubert / Ludwig Rellstab) – Versão: Arthur Nestrovski / LONDRINA  (Arrigo Barnabé)  / I’M THROUGH WITH LOVE  (Matty Malneck / Gus Kahn/ Fud Livingston // Adeus, amor (versão: Arthur Nestrovski) / PRA QUE CHORAR [ICH GROLLE NICHT]  (Robert Schumann  / Heinrich Heine – versão: Arthur Nestrovski / VEJO VOCÊ (I Only Have Eyes for You) (Harry Warren / Al Dubin – versão: Arthur Nestrovski )

Contatos:

https://duoliviafred.com/

https://www.facebook.com/LiviaNestrovskiEFredFerreira/

https://www.facebook.com/pos.voce.e.eu/

 

PARTE 1

PARTE 2

marcelo_delacroixdany_lopez-credito_marcelo-d

O Sul em Cima – Dany López e Marcelo Delacroix

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra os trabalhos de DANY LÓPEZ e MARCELO DELACROIX.

DANY LÓPEZ

Compositor, instrumentista, arranjador e produtor artístico, Dany López é um importante representante uruguaio no intercâmbio musical entre o Rio Grande do Sul (BR), Uruguai e Argentina. Foi pianista no show Sin Fronteras (Porto Alegre em Cena 2009), onde conheceu Marcelo Delacroix e formou uma “parceria”, que resultou no disco Canciones Cruzadas, lançado em turnês no Rio Grande do Sul e Uruguai em 2013. El Maestro, como carinhosamente o chamam os músicos que o rodeiam, além de ter realizado música para teatro e acompanhar um grande número de compositores e intérpretes como pianista e tecladista,  produziu mais de 15 álbuns, destacando entre eles Mar Abierto, de  Daniel Drexler, que recebeu o  prêmio Gardel de 2013.

Em 2015 ele lançou seu segundo álbum solo, “Polk”. O disco contém em sua essência, uma ideia integradora de música e dos fenômenos culturais em geral em um repertório que inclui e transcende o regionalismo, os entrelaçando ao rock e pop, e conta com a participação de Vitor Ramil (BR), Zeca Baleiro (BR), Queyi (ES) e Mariana Baraj (AR). “Polk” é um neologismo criado por Dany López para descrever um universo de formas culturais, formas de perceber o mundo e fazer arte. Popular e folclórica (como um fenômeno regional), pop e folk (como um fenômeno universal) integrados em um final que resulta em uma plataforma integradora: um lugar de inclusões. A idéia é integrar as polaridades, transcendendo divisões e categorias, entendendo que, em última análise, os reducionismos e exclusões acabam nos empobrecendo.

“Minha experiência de ouvir música começa numa casa povoada de sons: tango e folclore, música clássica, rock. Duke Ellington e Deep Purple, entre milhões de outras coisas, formando a trilha sonora da minha infância e adolescência. Mais tarde, fui somando mundos como “fazedor” de músicas, tocando para outros, dirigindo distintas formações musicais, arranjando, produzindo, compondo minhas próprias canções – em todas essas ocasiões, cruzando com outras pessoas, com outros universos, e deixando-me contagiar por suas músicas . “Polk” não se restringe à música, mas a um modo de “estar no mundo” e funciona como um organismo permeável ao universo cultural. ” – Dany López

MARCELO DELACROIX

Músico, compositor, cantor, arranjador, produtor e educador musical. Estudou na Escola de Música da OSPA e cursou o Bacharelado e licenciatura em Música na UFRGS, com ênfase no violão. Tem dois discos independentes gravados, Marcelo Delacroix (2000), com o qual ganhou o Prêmio Açorianos de Música de Melhor Disco de MPB, e Depois do Raio (2006), premiado com os Prêmios Açorianos de Melhor Disco de MPB, e Melhor Disco do Ano. Para ouvir mais de Marcelo Delacroix, acesse: http://osulemcima.com/blog/2015/02/21/o-sul-em-cima-2-marcelo-delacroix/
Vamos mostrar no programa O Sul em Cima, músicas dos álbuns POLK de DANY LÓPEZ lançado em 2015 e  Canciones Cruzadas (2013) que é fruto de uma parceria musical entre o gaúcho Marcelo Delacroix e o uruguaio Dany López, em que cada músico lança um olhar distinto sobre as composições do outro, cruzando canções, ritmos e influências do Brasil e do Uruguai.

Contatos:

https://www.facebook.com/danylopezoficial/?fref=ts

http://www.danylopez.net/

https://www.facebook.com/marcelodelacroix/?fref=ts

 

PARTE 1: 

PARTE 2:

1

O Sul em Cima – Lorena Mayol

O SUL EM CIMA dessa edição, mostra o trabalho da cantora, pianista e compositora argentina LORENA MAYOL.

1090 dias “é o terceiro álbum de Lorena Mayol. Mas não é apenas um número aleatório, ou a conta caprichosa dos dias que se produziu “1090 dias”, é um momento atemporal, um processo interno de amadurecimento que traz Lorena de volta para casa. Um álbum cheio de belas canções, que miram direto nos olhos, com uma produção e som requintado e internacional. “1090 dias” foi concebido entre Madrid, Buenos Aires e Nova York com o produtor Pablo Sbaraglia (Indio Solari, Proyecto Verona, Man Ray, entre outros) e o Engenheiro Héctor Castillo (Roger Waters, David Bowie, Bjork, Rufus Wainwright, Lou Reed, Gustavo Cerati, entre outros). Participaram da gravação Fernando Lupano, Jorge Minnisale, Gaspar Benegas, Pablo Sarcos (Sarcófago), Pablo Sbaraglia, Martin Bruhn, Marina Sorín, Luca Frasca, Vivi Rama, Juan Cruz Peñaloza e José Gómez entre outros.

Lorena começou sua carreira musical em Buenos Aires, como fundadora, tecladista e vocalista do grupo Carmelas com a qual lança o disco Carmela (1995) . Logo estréia como solista com seu primeiro álbum, Mío (2001), onde mostra seus pontos fortes como compositora e vocalista. O disco é apresentado simultaneamente na Argentina e Espanha. Cinco anos depois, lança Resbalar (2006) em ambos os países, apresentando ao vivo em várias turnês pela Espanha. Este álbum, acústico, coloca várias de suas canções (“Resbalar” “Nada queda dicho” e “Que vuelvas”) na televisão da  Argentina e Espanha. Com “1090 dias”, Lorena volta a Buenos Aires, sua cidade natal, para revelar a sua mais recente criação, um registro que pode ser considerado o ponto mais alto da sua carreira artística.

“Algumas canções são mulheres que te amam por toda vida. E a gente vive bem dentro delas. As mulheres as vezes querem cantar. Há as que cantam o que outros compõem. E há as que contam – como ninguém – suas próprias canções. São cantautoras, ou “storytellers” como Polly Jean ou Rickie Lee. Sim, de acordo, há muitas. Mulheres e canções. Porém só conheço uma mulher capaz de cantar assim – ao  deslizar dentro de suas canções. E de compor algumas dessas “forever”, nascidas com a intenção de ficar com a gente, para sempre… Ela é argentina e se chama Lorena Mayol”. (Alberto Casal – jornalista).

Contatos:

www.lorenamayol.com

https://www.facebook.com/lmayolmusic/?fref=ts

 

PARTE 1

 

PARTE 2

RAUL E MARCIA

O Sul em Cima – Raul Boeira

O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de RAUL BOEIRA, em especial músicas do seu mais recente CD – CADA QUAL COM SEU ESPANTO – lançado em 2016.

Sempre que perguntam sobre sua carreira, ele diz: “Não tenho carreira, sou um amador e toco violão pra brincar, nas horas vagas”. No entanto, ainda que nunca tenha atuado como músico profissional, o compositor RAUL BOEIRA é uma referência na música de Passo Fundo. Chegou à cidade em 1974, aos 17 anos, e desde então “vive rondando” – como gosta de dizer – a cena musical. Aos 60 anos de idade, acaba de lançar o seu segundo CD com canções próprias. “Cada qual com seu espanto” foi gravado em fevereiro de 2016, no Yahoo Estúdio (Rio), sob a direção musical de Dudu Trentin.

No final de 2014, Raul e sua esposa, Márcia Barbosa, professora de Literatura da Universidade de Passo Fundo, começaram a letrar algumas melodias que estavam na gaveta: “a parceria deu tão certo que, em dois meses, aprontamos dezessete canções muito boas, e só aí é que passamos a pensar em fazer um disco. Fomos ao Rio, mostramos o material a Dudu Trentin, que topou comandar a produção musical”.

A banda base que gravou tem Dudu Trentin (pianos, teclados e programações), Eduardo Farias (piano, flautas e sax soprano), Marco Vasconcellos (violão e guitarras), André Vasconcellos (baixo acústico e elétrico) e Jurim Moreira (bateria). Como convidados, atuaram Jessé Sadoc (flugelhorn e trompete), Bruno Santos (trompete), Marcelo Martins (sax tenor e flauta), João Carlos Coutinho (acordeom), Sidinho Moreira e Ian Moreira (percussão). Celso Fonseca: como convidado especial, tocou violão e cantou em uma faixa.

DADOS BIOGRÁFICOS

Raul Boeira (Porto Alegre-RS, 1956) ouve música desde que nasceu. O pai era gaiteiro. Em casa, o rádio tocava o dia todo. E quando tinha uns 11 anos, não perdia os programas musicais da TV: Jovem Guarda, O Fino da Bossa, os festivais da Record, os cartoons dos Beatles, Som-Livre Exportação, Concertos para a Juventude… Aos 15, foi trabalhar como office-boy de um escritório de advocacia e o primeiro salário se transformou em um violão usado. Dois amigos o ensinaram a tocar Beatles, Stones…

DEIXANDO A CAPITAL

Em 1974, quando tinha 17 anos, a família se mudou para Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul. Arranjou emprego como auxiliar de escritório e, nas horas vagas, “grudava no violão”. Percebeu, então, que toda aquela música que ouvira antes de partir para o instrumento (bossa, tropicália, música orquestrada americana, a soul music, os concertos) estava gravada na sua mente. “Com os acordes naturais que havia aprendido tocando rock não era possível tocar canções com harmonias mais elaboradas.” Nessa época, começaram a surgir nas bancas as VIGU. Graças a elas, aprendeu a tocar Caetano, Chico, Milton, Elis… Havia, enfim, encontrado a sua praia, a MPB.

Em 1976 se aproximou de uma turma de garotos que tocava pelas esquinas da Vila Cruzeiro. Nessa época, já comprava discos de jazz, Hermeto, Gismonti, e, claro, muita MPB. Os amigos da esquina (Alegre Corrêa, Ronaldo Saggiorato, Guinha e outros) logo se tornaram ótimos instrumentistas e ganharam o mundo. Raul, por outro lado, seguia trabalhando e estudando, e não tinha como se dedicar à música a ponto de alcançar o mesmo nível técnico deles: “Eu nunca vou tocar tão bem assim… meu negócio é compor e ficar tocando em casa”.

SURGE O COMPOSITOR

Em 1977 fez a primeira música e não parou mais. Tem umas 150 prontas. As fitas cassete que gravava e presenteava aos amigos foram se multiplicando e ganhou a fama de compositor. Em 1979 ingressou no Ministério da Fazenda, de onde saiu em 2013. No início dos anos 80 teve aulas de harmonia com Dudu Trentin: “Passei a entender melhor aquilo que eu tocava, a formação dos acordes, suas funções, o campo harmônico maior…”.  Em 1989, teve duas canções lançadas na Europa, pelo Mato Grosso Group, do qual faziam parte Alegre, Ronaldo e Dudu Trentin, além de Fernando Paiva e Marcelo Onofri. A partir daí, seu trabalho musical passou a ter visibilidade e muitos artistas, como Leonardo Ribeiro, Ana Paula da Silva, Mirianês Zabot, Lili Araújo, Ita Arnold, Vitor Kardoso, Tiago de Moura e outros, gravaram suas canções. O samba Negro Coração, uma parceria com Alegre, é um hit nos bares e está no repertório de muitos intérpretes. “Clariô”, outra parceria com Alegre, integra o cd Joe Zawinul 75, premiado com o Grammy 2010 de Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo.

Em 2008, Raul Boeira lançou “Volume Um”, com doze canções autorais, também produzido pelo amigo e antigo professor Dudu Trentin, e gravado no lendário estúdio Nas Nuvens (de Liminha e Gilberto Gil). Importantes instrumentistas do país, como Lula Galvão, Ricardo Silveira e Torcuato Mariano estão no disco.

Sobre Volume Um, o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, escreveu:

Assim como a onda é redonda e eterna, assim as tuas melodias parecem existir desde sempre. Não se sente o labor do músico em criá-las; esse é, penso eu, o melhor que se pode dizer acerca da qualidade artística de um criador. São assim as obras-primas: ninguém pensa que alguém as criou, um dia. Falo tudo isso como escritor que pensa ter adquirido algum juízo crítico quanto aos poemas, mas também como músico que fui por 15 anos, da OSPA [violoncelista]. E tanto o músico como o escritor te dizem, os dois, parabéns! Belo é saber de tua existência. E que sigas assim, alegrando-nos e fazendo-nos percorrer as ilhas musicais do Brasil.

Vamos ouvir no programa O SUL EM CIMA, as músicas de seu mais recente CD ” CADA QUAL COM SEU ESPANTO”. Músicas de Raul Boeira, letras de Raul Boeira e Márcia Barbosa e Direção Musical de Dudu Trentin. Gravado no Yahoo Estúdio (Rio), em fevereiro de 2016.

O programa ainda conta com a participação especial da Isabela Domingues nos comentáriosO programa está imperdível!!

PARTE 1:

PARTE 2:

 

Contato e pedidos:

facebook.com/raulboeiramarciabarbosa

raulboeira@gmail.com

17155927_1490297624348977_1314702915958876137_n

O Sul em Cima – Danadões

O Sul em Cima dessa edição, mostra o trabalho dos DANADÕES, um duo formado por Robson Almeida e Marcelo Astiazara e que a cada dia vem conquistando seu espaço com músicas alegres e contagiantes.

Robson Almeida e Marcelo Astiazara nasceram e cresceram em Tramandaí, cidade do litoral norte do Rio Grande do Sul, conhecida como a capital das praias gaúchas. Ambos começaram a carreira musical muito cedo, porém separadamente. Robson era guitarrista e vocalista da banda  Corte Real e Marcelo participava da banda Os Taxons e do projeto/tributo Sarau Beatles.  Acumularam muita experiência musical, participaram de festivais de música, aprenderam a criar composições e amadureceram como profissionais.

Ao fim de 2011, começam juntos o projeto: “DANADÕES”. A idéia do nome seria trazer algo da essência e da nostalgia da Jovem Guarda. Robson e Marcelo apresentam com os Danadões uma música pop vibrante influenciados pelo Pop Rock Britânico dos Anos 60, a música folk e a música popular brasileira.
Em 2012 lançaram o CD independente “Nosso Disco” com 11 faixas, sendo 10 autorais e 1 cedida por K&K (Autorretrato). O “Disco” foi gravado e produzido pelos músicos Robson Almeida, Marcelo Astiazara e por Thiago Henrich, da banda The Darma Lovers, em seu estúdio em Parobé (RS). Essencialmente, o disco traz o amor como tema principal.

“O Mundo” é o novo CD da dupla Danadões. O trabalho já está finalizado e chegou ao mercado no Final de ano (2016)cheio de novidades. O CD tem 12 músicas e a faixa título passa uma mensagem de otimismo, fala da busca por um mundo melhor. “Estamos passando por um momento complicado no mundo. As pessoas estão precisando de mais esperança. Até por isso decidimos lançar perto das festas de final de ano, já que nesta época as pessoas estão mais abertas a essas mensagens”, explica Robson Almeida. A dupla, por seu figurino e estilo teatral bem humorado, tem grande identificação com o público infantil. Mas, ao contrário do primeiro trabalho “Nosso Disco”, este CD trata de diferentes temas, sem esquecer da criançada. Tanto que a faixa título foi dedicada a este público. “Foi pensando nestes fãs que a canção foi produzida. Sempre vamos lembrar desses fãs, até porque as crianças são muito importantes nesta busca por um mundo melhor, que falamos na canção”, explica Robson Almeida. O novo trabalho tem participação especial da dupla Kleiton e Kledir, na faixa “Mágico Estrambólico.” Não é a primeira vez que as duplas se aproximam. A identificação veio ainda no primeiro CD. A canção, “Autorretrato” foi um presente da dupla pelotense para os guris de Tramandaí. “Eles já eram nossos ídolos. Fomos nos aproximando pela internet. Quando fizeram shows em Tramandaí e Porto Alegre cantamos juntos. Eles já cantaram músicas nossas em programas de rádio e a amizade foi crescendo, até o convite de participação no nosso novo trabalho”, conta Marcelo Astiazara. O CD tem ainda regravações da banda Pública, na faixa “Long Plays” e da banda Maria do Relento na canção “Nem todo dia é igual.” O CD foi gravado entre 2015 e 2016 no estúdio Áudio Works de Parobé, Vale do Paranhana. Conta ainda com participação dos músicos Thiago Heinrich, Duda Rocha, Chico Paz e Jef. E na faixa-título “O Mundo” tem participação de crianças da cidade.

Os Danadões vem buscando conquistar o seu espaço, realizando apresentações em programas de rádio e TV e fazendo shows vibrantes por onde passam. Os Danadões querem é fazer com que as canções da dupla cheguem aos ouvidos de todo o Brasil e do mundo e deixar a sua marca na música popular de boa qualidade.

 

Contatos:

https://www.facebook.com/danadoesoficial/

http://www.danadoes.com.br/

 

Ouça agora:

Parte 1

Parte 2

Gastão villeroy _ foto de marcos hermes

O Sul em Cima – Gastão Villeroy

O Programa O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de  GASTÃO VILLEROY, em especial músicas de seu CD “AMAZÔNIA, AMAZÔNIA”.

Depois de anos tocando e gravando com artistas brasileiros e estrangeiros de renome, finalmente o baixista gaúcho, nascido em São Gabriel/RS GASTÃO VILLEROY estreia em disco solo.

Com a presença de Lenine, Maria Gadú, Milton “Bituca” Nascimento, Seu Jorge, Samuel Rosa, Chico Chico, Antonio Birabent e Kika Werner, o instrumentista internacional, Gastão, faz do seu primeiro álbum uma amazônia de sentidos. Com músicas que vão do mais profundo instrumental com batidas de jazz e referências latinas, caminhando pelo samba e chegando até à bossa nova, somos convidados a desbravar o que as raízes brasileiras e as tendências contemporâneas tem de melhor: a capacidade de nos fazer viajar. O resultado de toda essa pluralidade resulta na união que torna tudo singularmente familiar.

Em “Amazônia, Amazônia”, Gastão mostra como a música do sul marcou sua carreira: “Recebi muita carga da música dos pampas, onde nasci. Mesmo nos sambas e músicas com sotaque nordestino é visível a influência dos ritmos gaúchos. Lenine, que divide a faixa ‘Rio Seco’ comigo, costuma dizer que esta composição é uma ‘milonga-maracatu’ “, conta Villeroy.

Sobre Gastão Villeroy

Gastão Villeroy é baixista, compositor e cantor, nascido em São Gabriel, RS. Começou sua carreira musical em Porto Alegre, para onde se mudou aos 9 anos de idade. Cresceu ouvindo as músicas que seu pai, Gil Villeroy, pianista amador e assíduo compositor, tocava ao piano e violão, ou colocava na vitrola. Ouviam de Tom Jobim a Bach, de Frank Sinatra a Beatles.

Aos 17 anos Gastão foi baterista da banda de rock progressivo “A Mursa”, com seus dois irmãos e mais dois amigos. Em Porto Alegre, estudou com Everson Vargas e Ary Piassarolo e teve a oportunidade de tocar com alguns dos principais artistas gaúchos, dentre os quais seu irmão Antonio Villeroy, com quem tem uma parceria até os dias de hoje, em discos, dvd e canções. Com 27 anos mudou para o Rio de Janeiro onde aprofundou seus estudos. Estudou baixo elétrico, com Jorge Helder e Iuri Popov, baixo acústico com Dener Campolina e Harmonia, com o mestre húngaro Ian Guest. Desde então, teve a oportunidade de tocar com diversos artistas, do samba ao rock, do forró ao erudito, do brega ao jazz. “Foi a escola que a vida me proporcionou, com muito orgulho” diz Gastão.

Gravou com Dione Warwick, Tim Reies ( saxofonista dos Rolling Stones ), com o cantor colombiano Stéfano. Tocou com as cantoras portuguesas Carminho e Marisa, com o Argentino Fito Paes, o uruguayo Rubem Rada e o congolês Lokua Kanza. Na MPB e no jazz, teve a oportunidade de dividir o palco com Adriana Calcanhoto, Gal Costa, Caetano Veloso, João Bosco, Lenine, Lô Borges, Toninho Horta, Beto Guedes, Tim Maia, Sandy, Carlinhos Brown, Maria Rita, João Donato, Ana Carolina, Baby do Brasil, Moraes Moreira, Sargenteli, Luis Airão, Banda Zero, Nando Reis, Alceu Valença, Dominguinhos, João Carlos Martins, Kátia, Sidney Magal, Wayne Shorter, Ron Carter e muitos outros.

Em 2001, comecou a tocar com Milton Nascimento, com quem gravou 3 álbuns e 2 dvds e com quem trabalha até os dias de hoje. “Foi Milton que me viu cantando, testando seu microfone, em uma passagem de som, na Itália, na primeira tour que fizemos à Europa. Bituca disse que eu cantaria Morro Velho com ele naquela mesma noite. Anos depois, o mesmo Milton me convidou a dividir, com ele, uma faixa em um disco que saiu somente na Inglaterra, para a revista seleções. Estava dado o start na minha carreira de cantor, algo inusitado para mim, até então.Em 2009 comecei a tocar com a cantora Maria Gadu, com quem gravei 1 disco e 1 dvd. Viajamos pelo Brasil inteiro, Europa, EUA e África, durante 6 anos. Gadu sempre me deu espaço para que cantasse nos shows, invariavelmente dividindo os vocais com ela, ora em sua composição “Laranja”, ora em “Maria Solidária” de Milton e Fernando Brant. Gadu e Bituca são alguns dos responsáveis pela minha decisão de gravar um disco com minhas músicas, além de minha família, especialmente à Kika Werner, que esteve ao meu lado quando compus a maioria das canções e sempre apoiou esse projeto” conta Gastão.

 

Vamos ouvir no programa, as músicas:

Caballito,

Rio Seco (part. Lenine);

Amazônia, Amazônia (part. Maria Gadu);

Ismália (part. Milton Nascimento);

Ilusionado (part. Antonio Birabent);

Buscando Tu Amor (part. Chico Chico);

Casamenteiro (part. Seu Jorge);

Na Picada da Maré (part. Samuel Rosa);

It Would Never Be Enough (part. Kika Werner);

Pampa Andaluz.

 

PARTE 1

 

PARTE 2

RUY FARIA_

O Sul em Cima – Ruy Faria

O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a RUY FARIA e mostra músicas de seus discos “Amigo é Pra Essas Coisas” e “Ruy Faria – 50 anos de carreira”.

RUY FARIA

Nascido no dia 31 de Julho de 1937, no Município de Cambuci, no Rio de Janeiro, Ruy Alexandre Faria é um cantor, compositor e produtor musical. Filho de Enedina Alexandre Faria, que tocava piano e Octávio Faria, segundo pistom de uma banda, iniciou suas atividades musicais como crooner do “Boêmios do Ritmo”, um conjunto de baile de Santo Antônio de Pádua (RJ). Em Niterói, com Gerardo, Gilberto Peruzinho formou o Trio Alvorada, cover do Trio Irakitan e atuou como músico, cantor e ator no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), ao lado de Carlos Vereza, João das Neves e Oduvaldo Viana Filho, entre outros. Em 1964, integrou o Conjunto do CPC, um embrião do que viria a ser o MPB-4, que em 1965 por força do golpe militar de 64, virou profissional, em São Paulo. Formou então um dos principais grupos musicais da MPB, ao lado de Magro, Miltinho e Aquiles e fez parte do MPB-4 até o ano de 2004.

Paralelamente ao seu trabalho com o MPB-4, Ruy gravou em 1984 com produção e direção próprias, o  disco solo “Amigo é pra essas coisas”, com direção musical do maestro Luiz Antônio e a participação do Chico Buarque, do Quarteto em Cy, MPB-4 e o violino de Kleiton Ramil. Com o repertório básico deste disco e textos de Millôr Fernandes, Ruy fez shows individuais em várias partes do mundo – todas elas no Brasil, como diria o próprio Millôr. Atuou como diretor artístico e produtor musical de um disco de Roberto Nascimento e do LP “Pronta pra consumo”, de Cynara, do Quarteto em Cy, com quem foi casado e teve três filhos: João, Irene e Francisco.

Ruy foi responsável por assinar inúmeros roteiros para espetáculos do MPB-4, como “Canções e momentos”, “Feitiço carioca” (em homenagem a Noel Rosa em 1987), “Melhores momentos” (em homenagem aos 30 anos do Canecão/RJ) e, com Miguel Falabela e Maria Carmem, “Arte de cantar” (em comemoração aos 30 anos de carreira do grupo). Atuou também como diretor artístico do CD “Melhores momentos”, gravado ao vivo pelo MPB-4 no Teatro Rival. Participou de projetos como roteirista e diretor geral de shows de Danilo Caymmi; Marisa Gata Mansa e Reinaldo Gonzaga em homenagem à obra de Antonio Maria; Do show de lançamento do CD da cantora Dora Vergueiro e do show de lançamento do instrumentista, compositor e cantor Kiko Furtado.

Ao deixar o MPB-4, após 40 anos de trabalho em conjunto, Ruy fez shows em dupla com o compositor Carlinhos Vergueiro, no Rio de Janeiro e em 2005, lançaram juntos o CD “Dupla brasileira – Só pra chatear”, reverenciando duplas que marcaram o cenário da música popular brasileira, como Francisco Alves e Mário Reis, Cascatinha e Inhana, Zé e Zilda, Jackson do Pandeiro e Almira, Joel e Gaúcho, Jonjoca e Castro Barbosa, Toquinho e Vinicius, Irmãos Tapajós e ainda Cynara e Cybele.

Em 2008, Ruy adaptou e dirigiu o espetáculo musical “Calabar”, de Chico Buarque e Rui Guerra, no Teatro Niemeyer, Niterói.

Ruy Faria lançou em 2016 o álbum “Ruy Faria – 50 anos de carreira”  lançado pela PlayRec Music com participações especiais do pianista Edu Toledo e da violinista Lara Salustiano e pode ser baixado no ITunes, Google Play Music, Spotify, entre outros.

Vamos ouvir no programa O SUL EM CIMA, as músicas dos álbuns Amigo é Pra Essas Coisas e Ruy Faria – 50 Anos de Carreira::

1 – AMIGO É PRA ESSAS COISAS –  (Aldir Blanc / Silvio da Silva Júnior)  -Participação : Chico Buarque

2 – CACO VELHO – (Ary Barroso) -Participação: Kleiton Ramil

3 – AMAR DE NOVO – (Magro Waghabi / Miltinho “MPB4”) – Participação: MPB4 / Quarteto em Cy

4 – NÓS DOIS – (Milton Nascimento / Luiz Avellar)

5 – TROCANDO EM MIÚDOS – Chico Buarque / Francis Hime

6 – COMO FUE – Ernesto Duarte

7- BEATRIZ – Chico Buarque / Edu Lobo

8- MEDO DE AMAR – Vinícius de Moraes

9- DESENHO DE GIZ – João Bosco

10- ABRAZAME ASÍ  –  Mário Clavell

11- SE EU QUISER FALAR COM DEUS –  Gilberto Gil

12- ESTATE –   Brighenti – B. Martino

13- LA PUERTA –  Luís Demetrio

14 – VALSA TRISTE –  Edu Toledo / Paulo César Feital

 

PARTE 1 –

PARTE 2 –

purahéi trio

O Sul em Cima – PURAHÉI TRIO

O SUL EM CIMA nº 1 de 2017 é dedicado ao grupo PURAHÉI TRIO, formado por ROMY MARTÍNEZ (Paraguai), CHUNGO ROY (Argentina) E MAIARA MORAES (Brasil).

Depois do primeiro disco do grupo (Paraguay Purahei), que foi um trabalho feito usando o cancioneiro paraguaio como matéria prima, este projeto propõe a partida de seu ponto de origem em direção a novas paisagens. Percorrendo os caminhos dos rios, desde a foz até o encontro com o mar, a poética que percorre todo o imaginário deste trajeto é construída em torno do da água. Água como caminho. Água como modo de sobrevivência. Água como o tempo que passa.

E ao fim da jornada que se empreende chegam novas paisagens, novas perspectivas, mas chega também a saudade, a nostalgia. Se recriam as imagens de um passado idealizado, vivido ou não, as lembranças e os sentimentos da infância, da família, do povoado, da terra. As idealizações de um Brasil profundo que, mesmo quem não o viveu, carrega consigo, quem sabe através de uma memória coletiva, compartilhada.

O projeto foi selecionado no primeiro lugar do Prêmio da Música Catarinense/Edital Elisabete Anderle 2014, e tem como ponto de partida pesquisar as músicas de uma região que pouco se conhece e que pouco lugar tem nas projeções do que seria a identidade cultural brasileira. É uma região muito ampla, as fronteiras que o Brasil possui com dois países: Paraguai e Argentina, ou seja, os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. E embora tenha tido uma produção cultural – aqui falamos de música – que foi extremamente popular em diversos momentos da história da música brasileira, pouco é reconhecida como representante de uma brasilidade.

Longe dos estereótipos do carnaval, do samba, do país tropical, esta música e sua poética estão ligadas às imagens calmas do pampa e da margem do rio, usa palavras e expressões que vêm do espanhol, do guarani, toma forma através de gêneros como a guarânia, o chamamé e a milonga. Todas essas formas de expressão que são tão paraguaias e argentinas, quanto brasileiras.

Assim foi escolhido e arranjado o repertório. Contemplando diversos gêneros, regiões, compositores contemporâneos e tradicionais, a temática que unifica as canções escolhidas é o cantar desta terra através das letras e das formas musicais. Os arranjos buscam ressignificar e renovar este repertório por vezes esquecido dentro do cancioneiro da música popular brasileira.

Alguns clássicos da música mato-grossense receberam novas versões, como Tocando em Frente e Sonhos Guaranis. Paulo Simões, co-autor de Sonhos Guaranis, ao ouvir a versão em guarani e a gravação de sua canção feita pelo trio, disse: “Romy, fiquei emocionado em dobro, ouvindo seu belo trabalho (e de seus companheiros) e, em seguida, lendo suas palavras tocantes (referindo-se à versão). Realmente, às vezes, compor canções pode valer muito a pena”. Outra música muito conhecida que recebeu novo arranjo foi Tristeza do Jeca, ressaltando a forte influência que a música caipira (e brasileira de uma forma geral) recebeu da música latino-americana e paraguaia, mais especificamente.

PURAHEI TRIO

Maiara Moraes é flautista. Sua formação começou em Florianópolis – cidade onde cresceu – e passou pelo Conservatório de Tatuí, EMESP (SP), Escola Municipal de São Paulo, professores particulares em Buenos Aires e São Paulo. Sempre se dedicou ao estudo da música popular latino-americana, especialmente a brasileira,com foco na interpretação e improvisação dentro dos gêneros. Atualmente participa de diversos grupos de forró, samba, choro e música instrumental, além de ser mestranda em música na UNICAMP, onde, sob orientação do Prof. Dr. Rafael dos Santos, realiza uma pesquisa sobre o grande flautista Copinha, falecido em 1984.

Chungo Roy é pianista, arranjador e compositor, nascido na cidade de Posadas (Misiones/AR). Desde 1999 reside em Buenos Aires onde se apresentou ao lado dos músicos mais importantes da cena musical de Buenos Aires e Montevideo como Rubén Rada, Pipi Piazzolla, Ramiro Flores e Osvaldo Fatorusso. No quinteto de Daniel Maza como tecladista, arranjador e compositor; no grupo de Matias Mendez como tecladista; além de desenvolver seu projeto como pianista e compositor ao lado de Ezequiel Canteros, Andrés Pellican e Pablo Gonzalez. Em 2015 finalizou a Diplomatura em Música Argentina, sob direção de Juan Falú e Lilián Saba, na qual se especializou em estilos como tango, chacarera, gato, zamba, milonga e música litoraleña. Tendo em sua formação diversas influências como do folclore argentino, jazz e música clássica, em seu trabalho criativo busca expandir os estilos tradicionais – harmonias e melodias – trazendo novas sonoridades a esta música.

Romy Martínez é cantora, pesquisadora e compositora /versionista. Nascida em Cidade do Leste (Alto Paraná, PY), sua carreira e formação acadêmica transcorrem entre o Paraguai, Brasil e Argentina. É proficiente em espanhol, português, guarani e inglês. Desenvolve projetos de música e pesquisa com artistas e gêneros de diversas nacionalidades, principalmente os inter-relacionam a diversidade cultural da região do Cone Sul latino-americano. Trabalhou e colaborou com Carlinhos Antunes, Willy González, Alegre Corrêa, Badi Assad, Juan Falú, Rudi Flores e Néstor Acuña, entre outros músicos e artistas. É licenciada em música pela UDESC (2008). Cursou Etnomusicología e, Tango e Folclore no Conservatório Manuel de Falla de Buenos Aires, cidade onde residiu entre 2011 e 2014. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina da USP, sob orientação dos Prof. Dr. Renato Seixas e Alberto Ikeda onde realiza sua pesquisa sobre músicas da fronteira entre o Paraguai, Argentina e Brasil.

Participações especiais no disco Yrupa Purahéi:

Lea Freire  flautas baixo e contrabaixo, Bebê Kramer no acordeom, Duo A corda em Si (Mateus Costa e Fernanda Rosa) contrabaixo e voz, Carlinhos Antunes na viola caipira.

No site do grupo www.puraheitrio.com  está disponível para download o disco Yrupa Purahéi (2016), além de vídeos de cinco músicas desse trabalho, onde cada uma é acompanhada por uma breve explicação sobre o gênero apresentado, seu compositor e pela partitura do arranjo elaborado pelo trio.

Vamos ouvir no programa O Sul em Cima, as músicas do CD YRUPA PURAHÉI Canções das Margens do Rio:
1 – Estrangeiro (Alegre Corrêa / Romy Martinez)

2 – Batendo água (Luiz Marenco / Gujo Teixeira)

3 – Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira)

4 – Tapera (Vitor Ramil / João da Cunha Vargas)

5- Pé de cedro (Zacarías Mourão / Goiá)

6 – Irupé (Chungo Roy)

7 – La Cautiva (Emiliano R. Fernández / Agustín Larramendia)

8 – Tocando em frente (Almir Sater / Renato Teixeira)

9 – Milonga três nações (Fernanda Rosa / Versão guarani-espanhol: Romy Martínez)

10- Sonhos guaranis – Avá kéra poty (Almir Sater / Paulo Simões ) Versão: Romy Martínez

11- Tres Hermanos (Chungo Roy)

12 – Estrangeiro (Bonus Track)

 

Ouça o programa:

Primeira Parte:

 

Segunda Parte:

 

Contatos:

http://www.puraheitrio.com/

https://www.facebook.com/puraheitrio/?fref=ts